sábado, 1 de dezembro de 2012

Thogun Teixeira festeja retorno à TV


Thogun Teixeira: está na série ‘Pedro e Bianca’, na TV Cultura, e na reprise de ‘Filhos do carnaval’, na HBO
Foto: Divulgação
Thogun Teixeira: está na série ‘Pedro e Bianca’, na TV Cultura, e na reprise  
de ‘Filhos do carnaval’, na HBO Divulgação
De volta à televisão na série “Pedro e Bianca”, na TV Cultura, Thogun Teixeira está animado. No papel de um eletricista casado e pai de dois filhos (os protagonistas do título), ele conta que, pela primeira vez, vive um papel “normal”, sem pancadaria ou violência. O retorno é duplo: Thogun ainda está no ar na reprise de “Filhos do carnaval”, na HBO, na qual também é pai da personagem de Heslaine Vieira — sua filha em “Pedro e Bianca”.

Como foi ganhar um papel na série?
Vários outros atores fizeram teste. Eu consegui. É uma vitória, porque faço um cara comum, um pai de família, sem a marca do “negão’“ E o que é melhor: com uma mensagem bacana para a juventude. Muitos programas só servem para vender produtos. É uma grande responsabilidade.

Qual é a mensagem?
A de que o mundo e as pessoas podem ser bem melhores . E a escola é essencial.

O que falta agora?
Não ganhei o Emmy ainda, mas estou na fila. Trabalho bastante, assobio e chupo a cana, sem reclamar da vida. Sou assim.

Envolvida com adoção de Aisha, Wanda chantageará Berna

Totia Meirelles em cena como Wanda em "Salve Jorge" (Foto: Reprodução) 
Totia Meirelles em cena como Wanda em "Salve Jorge" (Foto: Reprodução)
 
Depois de mentir para Helô (Giovanna Antonelli) sobre a adoção de Aisha (Dani Moreno), Berna (Zezé Polessa) ficará ainda mais desesperada ao encontrar Wanda (Totia Meirelles) em Istambul. É que a turca contou com a ajuda da pilantra para adotar sua filha ainda bebê.

Agora, tensa com as investigações policiais, a mulher de Mustafá (Antonio Calloni) insistirá para conversar com a traficante, que ela acredita ser uma assistente social chamada Adalgisa. Por conta dessa aproximação, acabará sofrendo chantagem.

Tudo começará quando a turca chamar a criminosa para conversar sobre o passado. Sem paciência, Wanda tentará fugir, mas Berna insistirá. Durante o papo, a mãe de Aisha mostrará sua preocupação em relação à busca da jovem pelos pais verdadeiros e acabará entregando uma informação preciosa: a de que a investigação foi parar na Polícia Federal.

Berna ainda pedirá à falsa assistente social que minta para o marido e para a filha sobre a família biológica. Wanda conhecerá os dois e será simpática no encontro. Porém, em seguida, ao perceber que o casal é rico, exigirá à turca dinheiro para sumir do mapa e não contar toda a verdade.

Sessão de Terapia – 6ª semana


“Eu estou cruzando seus limites, entrando em seu mundo interior, desvendando seus segredos”.

Spoilers  Abaixo:
A frase que abre essa review, dita pelo terapeuta Théo, demonstra a evolução dessa semana em que o terapeuta conseguiu finalmente se impor e derrubar as fortalezas de seus terapeutas. O resultado foi que estamos cada vez mais nos importando com os personagens e nos conectando com eles.

Segunda- Júlia
Não tínhamos dúvidas de que Júlia voltaria, só não sabíamos que esse retorno seria tão bom. Após o infarto de seu pai, ela viu em Théo, a única pessoa com quem pudesse conversar (já que nem André quis ouvir). Júlia se sentiu culpada por seu pai estar na UTI, tudo porque ela seguiu o conselho de Théo e resolveu contar que se envolveu com Beto. Diante da revelação, o pai dela só disse “eu não imaginava”, demostrando toda a apatia que Júlia disse que ele tinha.

 Não esperava que Théo falasse tão abertamente para Júlia sobre seus sentimentos, dizendo que sentia falta e queria ficar com ela. O nosso impulso era pensar que Júlia se aproveitaria dessa situação, não foi isso que vimos, naquele instante Júlia duvidou e se afastou. Esse episódio nos mostrou um quadro diferente das demais sessões com Júlia, vimos um Théo incisivo, provocador, assumindo o controle da terapia e uma Júlia surpresa, tentando recuar. Depois que Théo confessou, Júlia teve dificuldade de olhar nos olhos dele, até quando ele disse que não sabia o que fazer, ela respondeu que essa era uma fantasia dele e não dela. Como assim, uma fantasia dele? Naquele momento, eu entendi que ela não estava preparada para aquilo, ela não queria aquilo.

Quando Júlia afastou as coisas no sofá e chamou Théo para sentar ao seu lado, ela pediu por uma igualdade, quis que ele saísse do profissional e se colocasse ao seu lado naquela situação.  E ele se colocou. Théo se colocou no lugar da paciente quando ele contou que fantasiava com uma professora e quando ela quis beijá-lo, ele fugiu. Ao contar sua experiência, ele fez com que Júlia se sentisse a vontade para contar a dela, como eu disse, essa é uma sessão de sentimentos e essa troca de confissões é a estratégia usada por Théo para desvendar o subconsciente de Júlia.

Desmentindo o que disse na sessão passada, Júlia afirmou que Beto foi nojento e essa experiência traumática fez com que Júlia mudasse, destruiu sua capacidade de se relacionar com os homens por amizade e não sexualmente. Ao menos, sabemos que Théo está ciente de que esse é um teste imposto por Júlia e se ele cair estará se igualando a Beto. Porque Júlia não quer apenas sexo, ela quer que alguém a conserte, cuide dela e se Théo corresponder a essa fantasia, ele não será o mesmo pra ela, ele sairá do pedestal, não será mais admirado.

Nessa sessão, consegui me conectar emocionalmente com Júlia, como nunca tinha conseguido antes. Por mais clichê que possa parecer essa transferência erótica de paciente para terapeuta, sinto que estão abordando bem esse tema com Théo jogando com sinceridade e assumindo um interesse. Lembrando, que na ficção isso é muito bom, porque surpreende.  Quando Júlia sentiu uma estranheza sobre voltar ao consultório, eu fiquei preocupada e penso que ela pode voltar e não se sentir mais uma paciente. Se isso acontecer, espero que ele não caia no jogo da paciente e não volte a ser manipulado por ela.
P.S: Aquela encarada final de Júlia e Clarice, fechou o episódio com chave de ouro, né?

Terça- Breno
A vulnerabilidade de um homem em guerra. É assim que defino essa sessão de Breno. Por mais que ele tenha tentado se impor no começo do episódio, exigindo desculpas de Théo, ficou claro que ele não estava como nos outros dias. Breno parecia confuso, pela primeira vez aparentou estar assustado com o fato das pessoas o verem como um assassino. Seu sonho sobre um atirador que não matava um cara armado revela seu medo de ser impotente e a sensação de que ele tem que matar uma parte sua que ele não gosta.

Foi muito bom ver Théo tomando conta da situação, assumindo que sentiu que seu subconsciente pediu para que ele atacasse Breno. Como eu já disse, essa reação furiosa de Théo, serviu para aproximá-lo de Breno e mostrar que ele não é fraco. Há algumas semanas atrás, eu expus minha teoria de que Breno poderia ser gay e me surpreendi em ver o próprio Breno falar sobre isso nessa sessão. O episódio foi cheio de frases que nunca esperei ouvir de Breno, como por exemplo, quando ele confessou ter ficado excitado com um filme pornô gay. Ele tem consciência de que seus atos entram em contradição com sua fama de machão, mas talvez, isso ocorra não porque Breno seja gay, mas sim, porque ele tem dificuldades de assimilar suas emoções e sentimentos.

O pai de Breno foi o grande responsável por esse bloqueio de emoções do filho, que o fez impedir de demonstrar sentimentos depois de apanhar de alguns garotos ou mesmo depois de matar uma criança inocente. Foi esse pai que o fez acreditar que ele estaria sendo gay se fosse sensível de alguma forma e talvez, agora que ele está sentindo esse turbilhão de sentimentos, ele possa estar confundindo isso com ser gay. Por isso, estou curiosa quanto ao futuro dessa trama.

Emocionei-me quando Théo disse que Breno estava acostumado a abafar o que sentia e agora, ele estava sentindo tudo transbordar e isso o apavora. Naquele momento, foi como se uma barreira fosse ao chão e uma alma fosse revelada, o que fez com que nós tivéssemos a oportunidade de ver um Breno vulnerável, que foi desabar em prantos no banheiro.

Breno disse que precisava de um tempo e isso me deixou com receio. Não é de hoje que elogio as sessões de Breno. No começo, o detestava e achava desinteressante toda trama do atirador de elite durão, mas o que vimos no decorrer das semanas, foi uma evolução tanto do personagem, quanto do ator Sérgio Guizé. São sessões como essa que nos emocionam e nos brindam com excelentes atuações!
P.S: Breno todo inspirado, perguntando se Théo colecionava barcos porque queria navegar pelo mundo e não podia. 

Quarta- Nina
Desde a primeira vez que conhecemos Nina, percebemos seus conflitos e deleites. Ao longo das semanas, Théo tocou em vários assuntos da vida dela, mas um parecia intocável: seu pai. Quando Isabel (mãe de Nina) revelou na última sessão que o pai da garota estava nos EUA, nós tivemos uma noção de como essa relação também é complicada para Nina. O pai que não faz parte do cotidiano da filha acaba ficando isento de críticas, mas é tão responsável quanto Isabel.

Toda a história envolvendo a pizza que Nina pediu, serviu como pano de fundo para mostrar o  problema que ela tem com vontades. Quando Leon mandou que ela emagrecesse, ela sentiu fome; quando Isabel quer que ela coma, ela diz que está gorda; quando Théo diz que gosta de vê-la comendo, ela decide parar de comer. É como se tudo que Nina faz, fosse apenas uma contradição. A vontade de ser contra tudo e todos faz com que a sua vontade desapareça.

Achei tão bonito, quando Théo perguntou o porquê de Nina estar escondendo o pai dela, quando ele pediu que ela ficasse, que ela não tentasse fugir. Théo realmente quis “tocar na ferida” ao mostrar o livro de fotografias (com mulheres nuas) do pai dela, assim, ele acabou gerando uma reação furiosa de Nina, que quebrou um de seus barcos. Nunca ninguém havia demonstrado um afeto, uma invasão no interior de Nina, uma vontade de saber sobre a raiva que ela sente do pai. Agora que Théo enxergou essa raiva, ele se colocou ao lado dela. Nina não está mais sozinha nesse lugar de sofrimento, de impotência, de morte emocional.

Agora Théo está com ela, ele invadiu um espaço e espero que ele consiga ficar. Pelo sorriso de Nina no final, eu acho que ele pode ter uma chance de ajudá-la a se libertar. Nina agora terá muito trabalho pela frente, as eliminatórias se aproximam e espero que voltem a tocar no relacionamento dela com Leon. Aliás, quando Théo questionou Nina sobre as fotos das mulheres nuas e como isso a fazia sofrer, ela disse que ele estava querendo insinuar que ela tivesse sido abusada. O que levou Nina a achar isso? E por que ela tocou nesse assunto? Vale lembrar que ela disse que quando transou com Leon, estava meio sonolenta. Será que ela foi abusada sexualmente? Vamos ver se essas perguntas serão respondidas.
P.S: O entregador de pizza, todo folgado, contando história pra ganhar uma gorjeta do Théo. 

Quinta- Ana
Na busca do conhecimento individual sobre o casal Ana e João, esse episódio de Sessão de Terapia nos apresentou uma sessão só com Ana, e eu não poderia ficar mais satisfeita. Eu venho falando sobre a vontade de saber o que se passa na mente de cada um desse casal, há muito tempo. Quando estão juntos, parece que Ana e João se anulam e só brigam, nos impedindo de ter uma opinião sobre cada um e achando os dois (às vezes) chatos.

Parece que João está decidido a ser um novo homem, depois da última sessão, ele mudou de comportamento. Prova disso é o fato de ir fazer um teste para um comercial e deixar Ana ir para a terapia, sozinha. Só que Ana achou patética e ficou até com nojo da declaração do marido e disse não estar gostando desse “novo” companheiro.

Théo essa semana estava bem astuto e dessa vez não foi diferente, ele conseguiu descobrir a razão da repulsa que Ana tem por afeto. Como tudo em sessão de terapia, isso é causado por um problema familiar, um sofrimento na infância. Era a cinderela que tinha que conviver com a mãe (que mais parecia uma madrasta), com a irmã que queria diminuí-la e com a perda de seu príncipe (seu pai).

Como foi dito na sessão passada, Ana era uma criança gordinha e isso a tornou uma adulta insegura, quando ela questionou Théo sobre trair, ou não, João com Veloso, ela demonstrou isso. Ana é como tantas pessoas que se escondem atrás de uma figura poderosa, arrogante e sexy, mas que vivem com a sombra do passado. Ela se atraiu por João, por ele ser frio, estúpido, ignorante. Agora que ele está tentando passar uma linguagem de afeto, ela não quer compreender, porque ela sente que não pode se envolver, porque pessoas gentis a abandonam. Ela cresceu sem afeto e pensar em conviver com isso, é muito difícil. Por isso, ela resolve tudo na cama, com o sexo. Seja pra se vingar da irmã, ou do marido que não está agradando ela.

No final, Ana praticamente admitiu que não é primeira vez que ela vai trair João. Antes de sair com Veloso, ela liga para o marido e parece tomar coragem para fazer, o que segundo ela, é inadiável. Grande interpretação de Mariana Lima, que me parece muito melhor no flerte com Théo do que Maria Fernanda Cândido. Quero ver uma sessão individual de João, semana que vem!
P.S: Como será que a mãe da Ana completou a frase “Ela ia parecer uma…”?

Sexta- Dora
As sessões de sexta-feira não estão sendo as mesmas depois da inclusão de Clarice na trama. Se por um lado, não vemos o Théo não mais tão agressivo como antes, por outro, podemos conhecê-lo pessoalmente. Essa semana, o foco foi sobre os filhos do casal.

Dora soube perceber que os filhos tentam a todo custo, unir novamente os pais. Seja tentando causar uma preocupação, ou fazendo uma visita inesperada. Os filhos já percebem o desgaste do casamento e fazem de tudo para vê-los agindo de fato, como um casal. Nessa sessão, a filha Malu foi a mais citada, com Théo falando que ela tinha uma aptidão terapêutica. Pelo menos, a sessão serviu para explicar que ela estava se envolvendo com rapazes no centro de recuperação de jovens, porque queria chamar a atenção dos pais.

O encontro de Clarice e Júlia na segunda-feira, foi citada nessa sessão, quando Clarice disse que se sentiu “traída” ao perceber que Júlia não era uma menina sensível e histérica como Théo e Dora descreviam. Clarice não se sente mais desejada e se subestima em relação à Júlia, dizendo que ela é o tipo de Théo. A relação era cômoda para os dois, Théo se sentindo admirado enquanto cuidava de Clarice e ela se sentia cuidada, amada. Em um determinado momento, essa imagem de prazer em se sentir cuidada, se desfez na mente de Clarice. Talvez por isso, Júlia provoque tanto interesse em Théo, porque ela precisa de alguém que cuide dela.

 Achei desnecessário Théo ficar repetindo e interpretando tudo o que Clarice dizia, isso me incomodou um pouco.  Dora, mais uma vez não foi imparcial (ela nunca é) e acabou discutindo com Théo, deixando Clarice mais desconfortável e fazendo com que ela fosse embora. Não achei que foi uma sessão tão boa quanto as anteriores e não fechou tão bem a semana.
P.S: Vocês viram a nova teoria de que a Dora é apaixonada pelo Théo? Não acredito nisso, seria muito desastroso!

SESSÃO ABERTURA: Presença de Anita

(fdp) – 1×06/07: Efeitos Colaterais/Nu Com a Mão no Bolso

 
O sonho de qualquer juiz.



Spoilers Abaixo:


1×06: Efeitos Colaterais
O sexto episódio de (fdp) continua a mostrar as durezas da vida de um árbitro de futebol. Dessa vez, a necessidade de manter uma boa forma física – o que, com o avanço da idade, vai ficando cada vez mais difícil. E nosso protagonista, como traduziu bem o sonho do início do episódio, estava correndo tão rápido quanto um velhinho de andador. Consequentemente, foi reprovado em um teste físico em que (supreendentemente) Carvalhosa fez o segundo melhor tempo e “até a bandeirinha” Vitória conseguiu passar (palavras do educador físico).

Com o resultado, Juarez é colocado na geladeira, devendo melhorar seu condicionamento físico enquanto aguarda um novo teste. Mas o momento não poderia ser pior: como repete religiosamente desde o primeiro episódio, o juiz está “curto de grana”. E por “três mil reais, sem nota”, até ser bandeirinha de joguinho de várzea da firma ele topa – afinal, dinheiro é dinheiro. Por sua (falta de) importância, o jogo da semana acabou reduzido a alguns poucos minutos, sem o habitual comentarista “engraçadalho”.

Curiosamente, este foi o jogo que me pareceu mais tecnicamente bem feito: estava a cara de um jogo de firma, informal e despreocupado. Como não se precisava encher um estádio, pela primeira vez a torcida foi verossímil – afinal, partida de firma só tem poucos gatos pingados na plateia mesmo. É uma pena concluir que a produção de (fdp), até agora, só se mostrou competente em reproduzir uma partida de futebol amador.

Chega o novo teste físico e, desta vez, o árbitro é aprovado, correndo mais que o Usain Bolt. Tal recuperação milagrosa se deve ao grande segredo que o amigão Carvalhosa revelou: um remédio à base de efedrina (segundo a Wikipédia, um estimulante que aumenta a performance atlética, mas com uma pá de efeitos colaterais), aproveitando-se de não haver antidoping para árbitros. Carvalhosa só esqueceu-se de comentar que o remedinho causa perda temporária da libido (mas é um fdp mesmo!), o que fez Vitória apenas se divertir com as luzes do motel – por que nem “falando com ele” Juarez acordou.

Fora isso, me parece que o episódio da semana foi contratado pelo Ministério da Saúde para evitar a automedicação: além do juiz, Dona Rosali toma uma pilulazinha pra dormir (sem receita médica) e o menino Vinny andou tomando remédio escondido na escola (para ficar doidão na aula de educação física). Este foi pego e terá que frequentar uma psicóloga; aquela teve a caixa do remédio despedaçada e jogada no lixo pelo preocupado filho. Tudo muito avulso, tudo sem muita graça.

Graças a Deus, essa semana Manu deu uma maneirada na chatice – vai ver perder o emprego tem esse efeito. Nada se falou sobre a guarda do filho e a proibição do pai em vê-lo, e, felizmente, nada do advogado insuportável. Também faltou, assim como no episódio passado, palavrão e politicamente incorreto. Todo mundo tem estado muito polido, muito urbano, muito amável. Cadê aquele Carvalhosa, aquele Guzman e aquela Dona Rosali bocões dos primeiros episódios? Espero que voltem a abrir a boca suja. E agora que Juarez irá morar com Carvalhosa (para o alívio de Dona Rosali), há um imenso potencial para que tudo volte ao normal.

1×07: Nu Com a Mão no Bolso
Após um episódio morno como o anterior, (fdp) voltou com tudo em sua sétima semana. E não foi só pelas mulheres de biquíni desfilando pela tela, juro (claro que isso ajudou…). Mas o episódio marca o retorno de tudo que fez a série me prender lá nos primeiros episódios: os diálogos afiados, a camaradagem malandra entre Carvalhosa e Juarez, os merchans de Neri Nelson, os comentaristas com um toque de canalhice, as piadas sem pudor…

O episódio começa com uma discussão entre Vitória e Juarez, pelo fato deste querer apitar a partida beneficente entre Gostosas X Poderosas, promovida pela Playboy. Juarez, claro, já se imaginou em uma cena de filme pornô, com direito a orgia numa cama redonda de motel. Como era de se esperar, Vitória logo fechou a cara, e tentou convencer o namorado a não apitar o suposto jogo de Várzea, pois seria ruim para a reputação do árbitro. Ô Vitória, pra quem apitou jogo de firma no episódio passado e não se preocupou com isso, um jogo de modelos vai pará-lo? Além de faturar um trocado para pagar as dívidas, tenho certeza que é o sonho da carreira de qualquer juiz.

Daí segue uma das melhores cenas do episódio (certamente a com o melhor diálogo, transcrito ao final), quando Manu abre a porta do quarto de Juarez e o surpreende bem no momento que ele “faz um teste” sobre a presença ou não de silicone nos peitos da namorada. É importante notar que Manu voltou com seu azedume habitual, mas dessa vez foi muito bem utilizado na situação – a garota estava possuída, insinuando prostituição da bandeirinha a torto e a direito: “paga a moça e veste uma roupa”, disse. Depois disso, Carvalhosa, afiadíssimo, não se segurou e passou o episódio todo cantando Vitória, sem a menor cerimônia.
Mas vamos à partida: jogada de mestre essa da Prodigo Films em juntar mulheres seminuas e futebol no mesmo episódio. Não tem como um marmanjo que se preze não assistir a esse episódio (e a todas as reprises nos canais HBO que se seguirem) – quesito marketing: nota dez. Foi tudo muito bom, desde o enquadramento estratégico da câmera na retaguarda das garotas, até os “trocadalhos do carilho” dos comentaristas (“agasalhar a jogadora” foi o mais comum). O resultado do jogo? Quem se importa!

Devo elogiar também a atuação dos envolvidos: a felicidade estampada no rosto de Eucir de Souza (Juarez) ao apitar a partida foi bem genuína – talvez o ator estivesse realmente feliz na cena. Do mesmo modo, também convenceu a cara fechada de Fernanda Franceschetto (Vitória). Paulo Tiefenthaler (Carvalhosa), como já comentei, estava muito bom com sua cara de cachorro pidão. Comparando com os primeiros episódios, o elenco principal mostra uma ótima evolução, sem sombra de dúvida.

Além de embelezar o episódio, o enredo do jogo de modelos não me pareceu forçado, encaixando bem com a proposta da série. Ademais, foi interessante notar que a relação entre Vitória e Juarez está se aprofundando – os dois se mostraram bastante mordidos pelo ciúme nas situações advindas da partida. Vitória ficou com medo de que Juarez se “apaixonasse por um zagueiro”. Juarez, por sua vez, se roeu por dentro com o convite que a bandeirinha recebera para posar nua para a revista que promoveu o jogo.

Aparentemente, o namoro dos dois tinha tudo para evoluir, não fosse a insinuação de que o relacionamento entre Manu e o protagonista ainda não acabou. Não sei se gosto dessa reaproximação: se ela for apenas para fazer draminha dispensável (como o beijo/tapa seguido por uma proposta de DR entre o ex-casal), o roteiro poderia se livrar disso. Afinal, há alguns episódios Manu não mostra outro sentimento a não ser rancor pelo ex-marido. Este também já parecia bem confortável na sua vida de solteiro. Prevejo futuras cenas de mimimi de Manu e, se eles tiverem uma recaída, uma discussão também dispensável adicionando Rui e Vitória ao caldo.

Falando de Manu, começaram as repercussões do seu recente desemprego: ela já bateu à porta do ex para pedir dinheiro. Com isso, a série relembrou a história do jogo proibido, esquecida no episódio passado, como comentei acima. Talvez um furo do roteiro, vez que no sexto episódio Juarez viu o filho sem problemas e nesse, para fazer o mesmo, o pai teve que chantagear a progenitora. Mas isso é o de menos.

O que importa é o episódio ótimo que, além do que já denotei, ainda arranjou tempo para mostrar uma maior aproximação entre pai e filho. Em uma cena leve e oportuna, os dois começaram a dialogar sobre seus respectivos relacionamentos, de maneira bem saudável. Juntando tudo isso com a edição e direção mais acertadas (sem exagerar, por exemplo, nos dramas familiares), (fdp) divertiu e embelezou meia hora de minha vida, de forma que estou contando os minutos para ver o desdobramento do que se iniciou neste capítulo. E é assim que se reconhece uma série boa.

Observações:
- Juarez vai morar na casa de Carvalhosa pagando condomínio, água, luz e faxineira. Fez bom negócio, hein seu Carvalhosa? Mas é um fanfarrão mesmo!

- Desirée da Luz, a diretora da Playboy, foi (muito bem) interpretada pela atriz e modelo Isadora Ribeiro, que já foi “Garota do Fantástico” e posou para a revista em 1988 e 1991. Entretanto, não posso dizer o mesmo de outros participantes do elenco de apoio. Alguns dos escalados foram de dar dó. Embora com pouco tempo de tela, eles reforçam a sensação de amadorismo que a produção passa às vezes. Acho que eu – que nunca fiz isso na vida – ficaria mais confortável e natural na frente das câmeras que o ex-chefe de Manu e que a assessora de imprensa da drogaria.

- Neri Nelson sempre é muito bom, mas o pior é se dar conta que a caricatura é bem próxima da realidade de alguns programas esportivos. Dessa vez, fomos interrompidos pelos faróis SóLux, pelos aquecedores Calorex e pelo Conhaque Rocha. O apresentador também revelou que não suporta Juarez – será que essa história se desenrolará futuramente?
- Ótima a cena de Carvalhosa implorando de joelhos para participar do jogo das modelos, mesmo de graça. “Amigo, jogo de vinte e duas gostosas de biquíni, eu apitava até pagando!”

Aprenda a ser sutil com (fdp):
- Juarez, sobre a mãe: “E ela não tá tomando remédio sem receita, né?”
- Guzman: “Claro que non, por que aqui na Finlândia, farmácia só vende remédio com receita.”
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- Juarez: “Tchau, mãe!”
- Dona Rosali: “Vê se não fica 25 anos na casa do Carvalhosa!”
—–
- Vitória: “Que que acha de saírem dizendo por aí que tá apitando jogo de várzea?”
- Juarez: “Não é várzea!”
- Vitória: “Óbvio que é várzea, a diferença é que você pode se apaixonar por um zagueiro…”
- Juarez: “Tá bom, me dá o telefone, que vou ligar e dizer que não quero trabalho.”
- Vitória: “Ah, ficou chateado foi? Que eu tô te afastando daquelas vacas de tetas de silicone? Juarez, elas só vão te usar pra subir na carreira.”
- Juarez: “Não é isso que tá fazendo?”
- Vitória: “É, mas pelo menos meu peito é natural.”
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- Manu: “Fui despedida.”
- Vitória: “Bem feito!”
- Manu, para Juarez: “Vim pedir pra você pagar a escola até eu me acertar. Isso se sobrar, né… Se bem que ela deve ser baratinha, menos de cem.”
- Vitória: “Baratinha é a puta que te pariu!”
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- Carvalhosa: “É cemzinho mesmo que cobra?
- Vitória: “Não é hora de fazer piada, Carvalhosa!”
- Carvalhosa: “Eu pagava quinhentos!”
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- Carvalhosa, após dar uma checada no corpo de Vitória: “Vou botar o pôster na minha sala! Não, no quarto! Não, no banheiro!”
- Carvalhosa, para Juarez: “Tá comendo a capa da Playboy, hein? Filho da puta!”

HBO prepara ‘Destino: Rio de Janeiro’


O canal HBO Brasil estreiou Destino: São Paulo, produção em seis episódios originalmente anunciada como minissérie. No entanto, antes mesmo da exibição do primeiro episódio, o canal já colocou em desenvolvimento a segunda temporada, que recebeu o título de Destino: Rio de Janeiro.

Prevista para 2013, Destino Rio de Janeiro seguirá a mesma estrutura de Destino São Paulo, ou seja, cada episódio retratará a história de um grupo de imigrantes vivendo na cidade do Rio de Janeiro nos dias de hoje. Segundo divulgado pela O2 Filmes, produtora da série, os seis novos episódios estão em fase de desenvolvimento de roteiros. As filmagens devem iniciar em janeiro, com locações na cidade, tal como foi feito em São Paulo.

Criada por Fábio Mendonça e Teodoro Poppovic, a série conta com a participação de atores amadores, selecionados entre os grupos de imigrantes que são retratados em cada história.

O episódio de estreia da série antológica (com histórias e atores diferentes a cada episódio) recebeu o título de Dia da Independência, escrito por Felipe Braga. Os imigrantes retratados no episódio são os bolivianos que vivem nos bairros do Bom Retiro e Brás, onde trabalham na indústria de confecção. Na história, Checho, um menino de nove anos, sofre bullying dos coleguinhas de escola. A direção é de Alex Gabassi, com fotografia de César Charlone.

Diretores da Record abandonam grupo de discussão de "Balacobaco"

Cena de "Balacobaco", novela da Record
Cena de "Balacobaco", novela da Record

 O grupo de discussão solicitado pela Record junto ao Ibope, e realizado em São Paulo para “tomar a temperatura” da novela “Balacobaco”, deixou os executivos da emissora, que dela participaram, profundamente desanimados.

As críticas foram muito fortes. A partir de um determinado momento ninguém quis ouvir mais nada.

Sessão de Terapia – 5ª Semana


Reações inesperadas.

Spoilers Abaixo:

Sessão de Terapia apresentou mais uma ótima semana, se firmando como uma fiel adaptação e surpreendendo o espectador mais vez. A série é imprevisível e se supera a cada semana!
Vamos ao que aconteceu essa semana:

Segunda- Júlia
Será o fim da terapia de Júlia? Não acredito nisso, seria surpreendente se ela não voltasse, mas não acredito. Apesar de o episódio ter começado com Júlia certa de que aquela era sua última sessão, surpreendendo Théo, o que vimos no decorrer do episódio nos impede de acreditar nisso.  O relato inicial da anestesista sobre uma paciente que quase morreu e toda a sua culpa me deram a exata sensação de que Júlia tinha algo a ver com o que aconteceu, e ela realmente tinha. Ela acabou revelando que ligou por um descuido, a menina no tubo errado, de tanto pensar em Théo, ela quase matou alguém. Pra Júlia, aquela foi a prova de que a influência de Théo, fazia mal pra ela e o certo era encerrar a terapia.

Foi uma sessão de revelações. Achei de uma sinceridade incrível o que Júlia contou sobre como se sentia sozinha e queria até que o pai sumisse e levasse com ele o silêncio, depois da morte de sua mãe. Quem já perdeu alguém, sabe o quão doloroso é todo esse processo de voltar a se acostumar com a vida, sem alguém que você amou. A perda da mãe fez com que Júlia encontrasse no casal um refúgio para aquela situação e é isso que ela busca em Théo.

Perceber que Beto se aproveitou de Júlia e ela não teve ninguém para ampará-la, nos ajuda a entender mais da paciente e do por que ela tem essa transferência erótica com Théo. O conselho que Théo deu a ela, para conversar com o pai me parece o caminho certo, já que descobrimos que ele é o grande abusador da história dela. Júlia era só uma menina de 15 anos, que tinha acabado de perder a mãe e que quis atrair Beto de uma maneira errada, pra fugir daquela solidão. O triste é perceber que até hoje Júlia continua desamparada, perdida, se odiando e tendo que usar a sedução como arma pra conquistar alguém, pra logo depois perder o interesse, como aconteceu com Breno.

Ao julgar pela passada de perfume no início do episódio e o abraço final, Théo já estava completamente envolvido. Como Júlia muda de opinião muito facilmente e não desiste fácil do que quer, tenho certeza que a veremos em breve. Espero que ela conte como realmente se sente em relação ao pai e que Théo continue a dizer não, porque assim ele se coloca como alguém importante, alguém não seduzido por Júlia, o que o aproxima dela. Eu queria mais emoção na interpretação de Maria Fernanda Cândido, a achei tão distante, era como se a preocupação fosse colocar a paciente indiferente a tudo.
Frase do episódio: “Agora é a gente que precisa terminar Théo”. – Júlia
PS: Júlia ganhou meu respeito ao dizer que gosta de Legião Urbana e que conseguiu decorar a música Faroeste Caboclo. 

Terça- Breno
Toda a disposição de Breno em ser de fato um paciente na última sessão, veio abaixo nessa. Se na sessão passada ele já desconfiava de que Júlia estava interessada em outra pessoa, nessa ele teve a certeza de que essa pessoa é Théo. A obsessão da paciente por Théo ficou claro nas palavras de Breno, quando ele disse que ela passava o todo tempo falando do terapeuta. Algumas coisas já repetitivas apareceram mais uma vez no episódio, como o fato de Breno falar de dinheiro pra mudar o foco do assunto emocional, ou o desejo de ter se envolvido com Júlia para desafiar o terapeuta.

Breno, assim como os outros pacientes, questionou a posição de estar revelando tudo da sua vida e não saber nada sobre a vida pessoal do terapeuta. Só que Breno foi longe demais e levantou informações sobre a vida pessoal de Théo. Toda a cena de Breno falando que descobriu que Théo é um deus em ruínas e colocando pra fora tudo o que soube da vida do terapeuta, até conseguir uma reação furiosa com Théo agarrando o seu pescoço, foi incrível! Nunca pensei que Théo chegaria a esse ponto, isso só reforçou a ideia de que a série é sobre um terapeuta que está passando pelo pior momento da vida pessoal e tendo que lidar com os pacientes mais difíceis.

Essa atitude de Théo foi tudo o que Breno almejava, ao mesmo tempo em que tirou o terapeuta do pedestal, ele conseguiu uma reação, mais do que um tapinha na coxa. Reação de verdade que ele nunca teve de seu pai e posso dizer, que essa reação vai ser um fator importante para aproximar Breno de Théo e permitir que o paciente se abra. Imagino como deve ter sido difícil e frustrante para Breno conviver com a “perfeição” de seu pai e que o fato dele querer ser o melhor sempre, é reflexo disso. Essa distância de Breno com o pai é o que faz com que ele o idolatre, e queira ser tão frio quanto o pai, que nas palavras dele, é um homem de aço.

Outra coisa que vale a pena destacar é que quando Théo parte pra cima de Breno, ele grita para que ele não fale de seus pacientes. Percebam que Breno tinha falado de toda a sua família, mas Théo só se alterou e se ofendeu quando Breno falou de Júlia. Isso prova o que Clarice disse sobre Théo se importar mais com os pacientes, do que com a família e como ele está envolvido com Júlia. Falando de Clarice, ela ainda apareceu nesse episódio, mas nada que me prendesse, o estrago já estava feito, a emoção já havia me atingido e a cara de assustado de Breno já tinha refletido a minha reação com aquela sessão excepcional.

Foi uma sessão tensa e que eu considero, até o momento, como a melhor sessão da série. As atuações de Zécarlos Machado e Sérgio Guizé foram precisas, maravilhosas. Aliás, a atuação de Guizé cresceu muito durante a série e nos fez se aproximar de Breno, é incrível a identidade que ele deu ao personagem. Hoje, considero Breno como o paciente com mais potencial a ser tratado e espero a cada semana ansiosamente pela sessão dele.
Frase do episódio: “Não fala assim dos meus pacientes, quem você pensa que é? Seu muleque!” -Théo
PS: Breno contando que tomou comprimido e vodca pra encarar Júlia, foi hilário!

Quarta- Nina
Desde o começo da terapia com Nina, percebemos como é caótica a relação dela com os pais. A sessão dessa semana é especial justamente por nos mostrar além da visão da paciente adolescente como é, de fato, a sua mãe. Quem já foi adolescente, sabe como é discordar e se irritar com a maioria das coisas que os pais fazem e com a Nina não é diferente. Ela é uma personagem de fácil identificação.

Após a tentativa de suicídio semana passada, Nina foi a terapia acompanhada de sua mãe a pedido de Théo, o que nos permitiu ver vários confrontos. Nina quer voltar aos treinos e sua mãe não aceita isso, isso prova o que Nina disse de sua mãe ser controladora e por isso, ela se sente melhor e mais livre nos treinos. Por outro lado, nós como espectadores vimos uma mulher tentando recuperar a relação com a filha, como Théo disse, ela errou no passado e se preocupa com a situação da filha, mas está sendo desprezada com palavras duras.

Théo finalmente compreendeu que Nina tentou com uma atitude, já que ela não consegue com as palavras, pedir uma ajuda e queria ser salva por ele, por isso tentou se matar no consultório. Achei bem tocante quando ele pergunta a ela, o porquê de querer morrer e ela diz que só queria dormir pra sempre, não sentir nada e se livrar desse lado fraco. A morte pra Nina é a saída da situação caótica em que se encontra a vida dela, ela não quer morrer de fato, ela só quer que tudo isso passe. A relação de cumplicidade entre os dois que tanto falo nas reviews, foi destacada essa semana por Théo, que praticamente disse amar a paciente, se importar com ela e pra Nina, que sempre se sentiu tão sozinha, isso é importante.

A maravilhosa cena da briga com a mãe no consultório, revelou que um problema naquela relação também é o cotidiano. Nina jogou sobre a mãe palavras duras, realçou o fato de se sentir trancada pela mãe e mentiu sobre transado no hospital com Leon só para machucá-la. Já Isabel não entendeu o porquê de Théo achar certa essa decisão de voltar aos treinos e disse que a garota só idolatra o pai porque ele está distante e que se ela também estivesse, seria valorizada.

O acordo proposto por Théo para que Nina não tentasse se matar durante a terapia também foi importante e eu espero que ele explore como ela de fato se sente em relação ao pai distante, confronte essa idealização. A tentativa de se matar foi o que Nina encontrou para chamar a atenção e agora que sua mãe finalmente a vê, ela rejeita essa relação. Isso é bem contraditório, mas como Théo disse, Isabel não quer perder a filha e Nina, apesar de tudo, não quer desistir da mãe.
Frase do episódio: “Eu só queria acabar com esse lado fraco que não serve pra nada”– Nina
P.S: É irritante e engraçado quando a Nina fala “Saaaaaco”

Quinta- Ana e João
Sempre que Ana e João chegam ao consultório, é possível decifrar como está a relação dos dois só pela distância no sofá. Essa semana, eles estavam bem separados.

Já pararam pra pensar em como deve ser o filho desse casal em crise? Segundo João, o menino é gordinho por má influência da mãe e Ana disse que o pai influenciou negativamente o menino, o ensinando a agredir os colegas da escola. Ana e João se separaram semana passada, depois de João ameaçar matar Ana durante uma relação sexual. O que me impressionou não foi a ameaça e sim, como Théo lidou com isso na terapia. Ao invés de colocar João como um vilão, ele entendeu a profundidade dos sentimentos contidos naquela ameaça. Diante da indiferença de Ana ao contar sobre a ameaça e a descoberta que ela foi uma criança gordinha, fez Théo desvendar o nojo que ela sentiu.

João não queria perder Ana e sua ameaça foi a maneira encontrada por não conseguir dizer o quanto a ama, por não conseguir admitir que se ela o deixar, é ele que vai morrer. João apesar da desconfiança é totalmente refém dessa relação, ele é absurdamente dependente da vontade de ter essa mulher ao seu lado. Diante de uma reação passional, uma demonstração de fraqueza e emoção forte de João, Ana recuou. Convém a ela que o marido seja um estúpido, porque assim, ela que já sofreu de baixa autoestima, não precisa demonstrar e ver as suas fraquezas. Ainda que Ana ainda tenha uma postura de arrogância e indiferença durante as sessões, eu acredito que isso só seja uma máscara, uma maneira de esconder as dores que ela tem pelo casamento, as desconfianças, a rotina.

No final, João desaba e a distância no sofá acaba. O homem estúpido confessou todo o seu amor, o medo do casamento acabar e se transformou em um menino que deixou as lágrimas brotarem, repousando a cabeça sobre o colo da esposa. Lindas interpretações, comovente sessão, espero que eles decidam começar a entender os erros que estão cometendo nessa relação. O casal precisa de uma identidade individualmente.
Frase do episódio: “Eu não consigo mais viver sem você, eu não vou aguentar ficar sem você”- João
P.S: O filho da Ana e do João, deve ser igual esse menino aqui.

Sexta- Dora
As sessões de sexta-feira, agora já tem uma nova paciente: Clarice. Finalmente, depois da cena em que ela confessou trair o marido, podemos ouvir e conhecer mais de Clarice. Dora sugeriu três sessões para a decisão de continuar ou não com a terapia de casal e ao julgar por essa primeira, teremos sessões tensas. Apesar de gostar muito da sessão de sexta por ver o Théo contar tudo, acredito que essa é uma boa oportunidade de conhecê-lo como pai e marido.

Os dois aparentavam estar bem incomodas no começo das sessões, mas depois cada um revelou uma mágoa. Théo não consegue perdoar a esposa pela traição e disse muito magoado, mas como Dora bem pontuou, ele não demonstra isso. Clarice apesar de dizer que não era boa de explicar seus sentimentos, revelou que Théo matou um lado impulsivo, irresponsável, espontâneo dela e que no caso extraconjugal passageiro, ela encontrou isso. Com certeza, não deve ser fácil ser casada com um terapeuta que a todo instante deve querer interpretá-la.

Dora não foi imparcial durante a sessão, a todo instante ela tentava colocar Théo contra a parede, provavelmente por querer dele a revelação que veio no final do episódio. Théo confessou ter uma paciente interessada nele e Clarice contou como o marido está frio há exatamente um ano, tempo em que Júlia faz sessão com Théo. É claro que Júlia não é um assunto bobo na vida de Théo, por isso ele decidiu contar sobre ela na sessão, ele foi ali só para isso.

Senti a dor de Clarice ao perceber que a confissão de sua traição pode ter sido um alívio ao invés de uma dor para Théo. Théo se defendeu alegando que não cometeu uma traição, tentando tirar de si a culpa e jogando sobre a esposa. Imagino como foi difícil pra ela ter o marido distante, frio e ainda por cima, ter a vida conjugal exposta pra Dora.

Foi mais uma ótima sessão! Acho que o Théo não deveria ter citado o nome da Júlia, com certeza, isso terá um desdobramento futuramente. Espero que Dora seja mais imparcial e descubra o que tornou essa relação vazia.

Frase do episódio: “Como eu saio daqui? O que eu levo dessa sessão? O que eu vou fazer?” – Clarice

'Preamar' e '(fdp)' não terão novas temporadas na HBO

“Preamar” e “(fdp)”, bem-sucedidas séries da HBO Brasil, não deverão ter segunda temporada. Tudo porque, graças à Deliberação 95 de 8/6/2010, em vigor para a TV brasileira, a HBO só tem os direitos de distribuição por cinco anos dos produtos feitos com dinheiro de incentivo.

TELETEMA: Lado a Lado



O Mundo é um moinho faz parte da Trilha Sonora Nacional Oficial da novela das 18 horas, "Lado a Lado" de João Ximenes Braga e Claudia Lage que estreou dia 10 de Setembro de 2012 na Rede Globo.

(fdp) – 1×05: A Bandeirinha Gostosa

 
¡Belleza, gracia, hermosura! ¡Que pernitas!

Spoilers Abaixo:
Desta forma o locutor do jogo da semana definiu Vitória Müller, a mais nova personagem de (fdp), uma bandeirinha claramente inspirada em Ana Paula Oliveira. Pena que a adição não fez tão bem ao episódio, talvez o mais morno da série até então.

Pela primeira vez, a sequência de abertura não trouxe um sonho do protagonista, mas sim um diálogo de introdução à nova personagem. Fui pego de surpresa com a reação de Carvalhosa à notícia de que Vitória substituiria Serjão (suspenso pelo deslize do episódio passado), demonstrando grande inquietação com aquela figura feminina, o que não condiz com seu comportamento cafajeste habitual (talvez pelo preconceito infundado contra mulheres apitando partidas de futebol). Bom mesmo foi o pequeno devaneio de Juarez, em que Serjão aparece vestido de mulher, esbanjando sensualidade com sua barriga de fora (/not) – devo dizer que foi a cena mais engraçada do episódio.

O novo trio viajou a Caracas, para apitar Villa Roja x Altetico Asunción, pela Copa Libertadores. Embora reconheça uma direção mais ajustada, com movimentos de câmera mais similares aos que ocorrem em uma cobertura esportiva televisiva, lá estava a plasticidade habitual das pelejas em (fdp), em especial a sonoplastia tão realista quanto as laughtracks das sitcoms. Pior, a série teve que cair no lugar comum do erro cometido pela profissional feminina logo na sua primeira aparição – para poder repetir o “tinha que ser mulher”. Assim, lançou mão de recurso pedestre para acentuar o conflito entre a bandeirinha e Carvalhosa, culminando com a decisão deste em não mais apitar em conjunto com a moça.

Infelizmente, o roteiro também abusou de saídas fáceis nas cenas entre Juarez e sua família. Claro que a mãe iria surpreender o filho falando com pai via internet. Claro que Carvalhosa falaria algo inconveniente no meio da declaração de amor de Juarez (por sinal, desencane dessa mulher, seu juiz!). Claro que a bandeirinha gostosa entraria no quarto na mesma hora, para Manu ver e ativar seu “modo azedo”. Claro que isso a faria assinar a petição promovendo a medida cautelar. Claro que Juarez ficaria com raiva da ex e, pensando com seu membro inferior, claro que aceitaria a proposta de sexo de Vitória. Pela obviedade do enredo, o episódio passou sem surpresa alguma: apenas esperei os eventos acontecerem.

Mais que isso, fizeram falta os palavrões e as piadas politicamente incorretas, que sobravam nas semanas anteriores. Para usar a expressão em inglês, foi tudo muito vanilla, com diálogos mornos e sem muita graça, abusando de clichês (por exemplo, as sete perguntas que Vitória faz a todo homem). Destaco também o fato de a partida de futebol ter ocupado mais de 10 minutos do episódio (ocupava, geralmente, por volta de 6) – ficou a impressão de que faltou roteiro para o tempo de exibição.

Para aumentar minha lista de críticas, devo ressaltar que a intérprete de Vitória (a bela Fernanda Franceschetto) não conseguiu convencer, apresentando uma atuação pouco à vontade e, às vezes, forçada. Destaco a cena em que flerta com Juarez no restaurante – as caras e bocas e as risadas falsas beiraram a ofensa pessoal. Juntando o roteiro titubeante às derrapadas da moça e, ocasionalmente, de Eucir de Souza (Juarez), Cynthia Falabella (Manu) e Gustavo Machado (Rui), a sensação de amadorismo da produção – que já tinha levantado na primeira review que fiz – ficou bem mais evidente.

No fim das contas, o episódio não foi péssimo, mas foi comum, descartável. Pecou ao deixar de lado o humor ácido que nos fazia esquecer os defeitos do seriado. Espero que seja apenas um tropeço nesta série que vinha se mostrando tão boa. Afinal, como bem pontuou a bandeirinha, quem nunca errou na vida?


Observação:
Nessa semana não pude separar muitas pérolas dos personagens. Não por falta de vontade, mas por que ao roteiro faltaram palavrões e diálogos inusitados, dignos de destaque. Fora, claro, a ótima (mas pouco aproveitada) Dona Rosali, demonstrando todo o amor ao filho:
- Rosali: “Ué, já vai? Mas nem avisou?”
- Juarez: “Achei que não precisava…”
- Rosali: “É, precisar não precisava… Quer saber de uma coisa, acho que vai ser bom pra você. Chega uma hora que o filho tem que ir embora mesmo. Eu te entendo! Pra mim também vai ser bom! Acho que as pessoas têm que ter seu espaço! Foi até divertido quando você veio pra cá, mas depois de um tempo assim, acaba cansando, fica difícil de conviver! Cada um tem que seguir seu caminho! E pra onde cê vai?”
- Juarez: “Caracas”.
- Rosali: “Mas por que tão longe?”
- Juarez: “Eu não tô indo embora mãe, vou só apitar um jogo na Venezuela”.
- Rosali: “Ah… Leva um casaquinho…”

O retorno de ‘Mandrake’

(E-D) Marcelo Serrado, Claudia Ohana, Marcos Palmeira, Erika Mader e Miéle. (Foto: HBO/Divulgação)

Adaptada por José Henrique Fonseca, da obra de Rubem Fonseca, a série Mandrake estreiou sua terceira temporada, composta de dois episódios especiais. Embora nada tenha sido decidido ainda, existe a possibilidade da temporada se estender para o número de treze episódios, segundo informou Luis F. Peraza, vice-presidente de aquisições e produções originais do canal, em coletiva à imprensa no Rio de Janeiro.


 

Mandrake estreou em 2005, tornando-se a primeira série produzida pela HBO no Brasil. Com oito episódios em sua primeira temporada, a série foi bem recebida pela crítica e pelo público que acompanha a programação do canal. Assim, ela voltou em 2007 com sua segunda temporada, composta de cinco episódios.

A história acompanha a vida de Mandrake (Marcos Palmeira), um advogado criminalista que trabalha no Rio de Janeiro. Ajudando os ricos e famosos a se livrarem de enrascadas, Mandrake e seu sócio Wexler (Luiz Carlos Miéle) costumam recorrer a métodos pouco ortodoxos.

Os novos episódios trazem uma única história dividida em duas partes, com 90 minutos de duração cada uma. O segundo será exibido no dia 17 de novembro.

No primeiro episódio, sozinho e sentindo-se depressivo, Mandrake se entrega aos prazeres da noite até que um novo cliente chega para desafiar as habilidades do advogado.

No elenco de apoio estão Carlos Alberto Riccelli, como João Paulo Birman, um empresário que contrata Mandrake para resolver um problema; Ester Góes, como Magali, esposa de João; Marcelo Serrado (Raul); Erika Mader (Bebel), Virginia Cavendish (Verônica), Claudia Ohana, Letícia Colin, Cinara Leal, Sasha Bali e Fábio Rabin, entre outros.

Com direção de José Henrique Fonseca, os episódios foram filmados em locações do Rio de Janeiro, como a região central, Copacabana e Barra da Tijuca. A produção é da HBO Latin America em parceria com a Goritzia Filmes.

Com audiência baixa, “Salve Jorge” deveria focar na trama do tráfico de mulheres


Adriano Garib e Carolina Dieckmann em “Salve Jorge” (Foto: TV Globo)

As críticas pipocam por todos os lados. “Salve Jorge é lenta e confusa” “Já vimos essa novela antes!” “São muitos personagens, não consigo decorar os nomes!” “Lá vem as dancinhas e os bordões estrangeiros!”.

A novela de Glória Perez, depois de um mês no ar, não vem despertando grande audiência: é a pior média para o horário até o capítulo 24 – 30,63 pontos no Ibope da Grande São Paulo, a praça que realmente interessa ao mercado publicitário (cada ponto equivale a 60 mil domicílios). Sabe-se que no resto do Brasil a novela tem números melhores.
Compare com as tramas anteriores no horário – audiência média na Grande São Paulo até o capítulo 24:
Salve Jorge: 30,63
Avenida Brasil (2012): 35,5
Fina Estampa (2011-2012): 38,25
Insensato Coração (2011): 31,75
Passione (2010): 31,21
Viver a Vida (2009-2010): 36,5
Caminho das Índias (2009): 34,54
A Favorita (2008-2009): 35,25
Mesmo com 30,63 pontos, a novela das nove da Globo ainda é a maior audiência da TV aberta brasileira – há mais de 40 anos é assim -, líder isolada quando comparada à audiência da segunda emissora concorrente no horário.

Em um mês no ar, Salve Jorge pegou dois feriadões (2 e 15 de Novembro). E estreou em pleno Horário de Verão, o que seria um fator a ser considerado, já que o Horário de Verão costuma ser o fantasma das novelas das seis e sete horas (é um dos motivos para o baixo desempenho de Lado a Lado e Guerra dos Sexos). Mas, historicamente, o Horário de Verão afeta pouco a novela das nove horas. Há um ano, Fina Estampa – com dois meses no ar – registrava números bem mais expressivos.

Não desmerecendo o trabalho de pesquisa da autora, Salve Jorge nos dá a impressão de que a Turquia não passa de uma mistura de Marrocos com a Índia. Claro que cada autor tem seu estilo. Assim como os atores com quem gosta de trabalhar (as chamadas “panelinhas”) e os personagens e tramas que já usou várias vezes. Mas, uma coisa é estilo, outra é repetição deslavada. Salve Jorge parece um arremedo de O Clone + América + Caminho das Índias.
Nanda Costa chegou a ser citada em algum momento, mas a culpa não é da atriz, que, aliás, está ótima como Morena. Nanda defende com garra e talento a típica heroína de Glória Perez: a moça passional e batalhadora, contestadora, que luta pelos seus objetivos, mesmo abrindo mão de seu amor (vide Clara, Dara, Jade, Sol e Maya). O elenco é ótimo, grandioso em talento e – principalmente – em quantidade – o que, às vezes, confunde o público, perdido entre tantas tramas paralelas e nomes. Bom para os atores: todos empregados.
O diretor de núcleo é Marcos Schechtmann, que já acompanhou Glória em América e Caminho das Índias, entre outros trabalhos. Os dois têm afinidade mas, acostumados a trabalhar sempre com a mesma equipe técnica e artística, acabam deixando as suas novelas com a mesma cara, esteticamente falando. Somados a isso: elenco repetido, com atores que já estiveram com Gloria ou Marcos várias vezes, personagens com perfis psicológicos já vistos antes, exotismo de um país longínquo, diferenças culturais apresentadas didaticamente, figurinos folclóricos, dancinhas a todo o momento por qualquer motivo, palavras estrangeiras ditas com a tradução em português na sequência… Já vimos essa novela antes. E mais de uma vez.



Salve Jorge x Avenida Brasil

 
Na quinta-feira (feriado de 15 de Novembro), durante a exibição do capítulo de Salve Jorge, os tuiteiros subiram a hashtag #EssaHoraEmAvenidaBrasil (*) para bater de frente com a trama de Glória Perez, como uma forma de criticar a autora. Sim, existe o luto pela novela anterior. Mas, muito mais do que isso, existe o estranhamento causado pela novela substituta de Avenida Brasil.
A trama de João Emanuel Carneiro acostumou mal o seu público. Direção inovadora com tomadas e fotografia cinematográficas, atores soltando cacos (texto fora do roteiro), ritmo acelerado, ganchos impactantes, sempre envolvendo o núcleo central, elenco enxuto, linguagem de seriado, etc. A novela se tornou um grande sucesso e repercutiu como nunca nas redes sociais (principalmente no Twitter e Facebook).
Aí entra Salve Jorge, com a narrativa e linha dramatúrgica tradicional de Glória Perez, com o seu universo já conhecido, testado, aprovado e reprovado em trabalhos anteriores, e a direção linear e certinha de Marcos Schechtmann. O realismo e o sabor de novidade de Avenida Brasil foram substituídos pela mais conservadora das novelas, com uma trama central que beira o dramalhão mexicano. Realmente é uma diferença gritante. Como se diz no Twitter: tem que ver isso aí!

 
(*) a palavra-chave #EssaHoraEmAvenidaBrasil ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter.


 
Merchandising social

Toda novela quando estreia leva um tempo para cativar a audiência. Caminho das Índias, o folhetim anterior de Glória Perez, também demorou a engrenar e terminou com ótimo Ibope – até ganhou prêmio no exterior.
Torcemos para que Salve Jorge decole. Glória Perez deveria focar no que sua novela tem de melhor: a trama do tráfico de mulheres, que é o grande diferencial de Salve Jorge em relação às suas outras novelas. O tema é interessante, chama a atenção, é atual, serve como alerta, denuncia, levanta a discussão. Merchandising social é uma marca registrada das novelas de Glória Perez, o diferencial que fez da autora uma das mais talentosas e competentes de nossa televisão.

Fonte: Nilson Xavier / UOL

Sessão de Terapia – 4ª Semana



Ao fim dessa semana, fiquei exatamente como Dora: surpresa e sem palavras.

Spoilers Abaixo:

Foi uma bela semana em Sessão de Terapia, essa é uma série de evolução, envolvimento, revelações e surpresas. Gostei muito dessa 4ª semana apesar de uns equívocos que citarei a seguir, mas eu senti que ficou claro, o desejo de Théo de se identificar com seus pacientes.

Segunda - Júlia

Como apontei na minha review passada, o momento era propício para um envolvimento de Breno e Júlia, já que ele estava separado e ela doida para trair (mais uma vez) André e irritar Théo. A cena inicial do episódio, com Théo imaginando a pegação de Júlia com Breno a partir dos relatos dela, o evidenciou como um simples expectador do envolvimento de seus pacientes. Júlia fez questão de contar nos mínimos detalhes como foi sua experiência sexual com Breno, e pelo que entendemos, foi completamente frustrante e ela se sentiu sozinha. Para Théo, a frustração foi consequência da tentativa de Júlia para atingi-lo. Lutando contra essa ideia, Júlia reforçou mais uma vez, que Théo estava sendo egocêntrico e que Breno não pertencia a ele.
Ao julgar pelo que vimos na primeira sessão de Júlia, Théo estava certo. Ela usou o homem do bar para sentir que estava com Théo e com Breno não é diferente. A necessidade que Júlia tem de ter posse e manipular pessoas é mostrada a nós, desde a primeira sessão e só se confirma com o passar do tempo. Prova disso é o fato dela ter decidido terminar tudo com André (o que foi um alívio para ele), descartando-o de uma hora pra outra, como se já tivesse outra pessoa para ferir Théo.
Essa semana Théo revelou para sua paciente duas coisas, que eu acho que permitem uma identificação entre os dois: o ódio próprio e a infância dolorosa marcada pela perda da mãe. Essa decisão de cair no jogo de emoções de sua paciente, nos apresenta uma dúvida sobre o potencial terapêutico de Théo, por mais que a série seja uma ficção. Como um terapeuta pode se deixar levar pela paciente dessa maneira, não conseguindo se manter neutro diante da transferência erótica dela? Mas analisando por um outro lado, ele usou essas revelações em momentos oportunos para se aproximar de Júlia e dos sentimentos mais profundos dela. Entrar no jogo do paciente, às vezes, pode ser a saída encontrada para conhecê-lo.

A sessão de segunda-feira com Júlia é marcada pela autenticidade e profundidade dos sentimentos, em que ela é a única paciente que parece não ter medo de falar o que sente. Eu não sei vocês, mas muitas vezes, eu sinto o Théo totalmente coagido e ela com o controle da situação. A cena final do episódio nos mostrou uma Júlia manipuladora, tendo Breno como seu objeto para provocar ciúmes e sabendo que seu terapeuta Théo, está do outro lado da janela, se envolvendo (ainda que escondido) com tudo aquilo.

Frase do episódio: “Théo, você tá querendo dizer que eu mirei no Breno pra acertar em você?”- Júlia.

 

Terça - Breno
Théo estava bem debochado nessa sessão e usou a pergunta de Breno sobre quantos pacientes ele tem por dia, para afirmar que na verdade, o paciente quer toda atenção e não suporta dividir a atenção com outros pacientes. Breno usou o mesmo argumento de Júlia e disse que Théo era egocêntrico e que só chegou mais cedo porque foi barrado pela corporação que não o deixou entrar na base. Nesse momento, fica claro que Breno chegou com uma certa fragilidade na sessão e tentou demonstrar poder e controle, jogando o dinheiro para Théo. Foi uma tentativa do paciente de após uma humilhação, humilhar o terapeuta, lembrando-o de qual é o seu lugar.

Assim como na sessão com Júlia, Théo também revelou algo pessoal para Breno: ele se masturba. Nesse caso, a confissão íntima foi para que Breno também contasse uma intimidade, foi a saída encontrada, certa ou não, para fazer o paciente falar. Do ponto de vista de Breno, entendemos um pouco mais do que aconteceu durante a primeira transa com Júlia. Pra ele também foi frustrante, já que foi sua primeira experiência sexual depois do fim do casamento com Milena e porque Júlia fez cara de paisagem com algo que ele falou durante o jantar. Aliás, o fato dele ter se sentido diminuído por Júlia, fez com que ele a humilhasse (falando da ex-mulher!) durante todo aquele encontro. Como Théo disse, Breno teve sensação de desamparo, inadequação, cometeu erros, fez sexo contra a sua vontade e sentiu que sua performance sexual, não foi a melhor. Imagine como foi para Breno não ser o melhor, um total desastre!
O café, essa semana foi usado como um anticlímax, uma fuga de Breno no momento mais tenso. Após a pausa, tivemos uma interessante analogia da terapia com o trabalho de Breno, como ele disse, a sua visão periférica o levou até ali e talvez, seja a hora dele mudar o foco e deixar Théo ajudá-lo. Será que ele vai permitir essa ajuda e opinião do terapeuta? Não acredito que será fácil assim, mas foi um começo. No final, Breno revelou saber que Júlia está gostando de outra pessoa e só usando-o, ele ainda citou que Júlia mudou completamente de comportamento depois do fim da sessão. Fora do carro, ela estava agarrando-o, mas dentro do carro, ela ficou frígida. Agora, mais do que nunca, temos certeza que a atitude de Júlia só foi para incomodar Théo. Não vejo futuro, ainda mais depois desse episódio, na relação entre Breno e Júlia. Acredito que ambos entenderam que não dará certo.

Preciso dizer que acho extremamente estranho para um tipo machão como Breno, dizer que não sabe se sexo é realmente importante. Só serviu pra reforçar minhas suspeitas de que talvez o personagem seja gay. Sim, eu penso isso e tenho argumentos: a tentativa de ser sempre aceito, a dificuldade de lidar com uma humilhação, a insistência em falar do amigo gay, a vontade de chamar a atenção de Théo, a dificuldade em transar com outra mulher, o fato de só admirar Milena e não amá-la. Não sei se essa suspeita é certa, mas espero os desdobramentos dessa trama.

Frase do episódio: O sexo realmente importa ou a gente que dá atenção demais pra isso? – Breno



Quarta - Nina
Nina não está mais com os braços engessados e com o colar cervical, mas a fragilidade permanece a mesma. Como em todas as sessões de Nina, fomos surpreendidos, dessa vez ela chegou bêbada, com direito a deitar no sofá do consultório e reclamar de ressaca. O telefonema de Théo para a mãe da garota, resultou numa saída ao shopping, atitude que para Nina é completamente diferente do habitual.

 
Nina falou da bebedeira, da má relação sexual que teve e de como seus sapatos machucavam. Confesso que achei lindo Théo comparando Nina com Dorothy, tudo porque assim como a garota do musical, Nina só precisa descobrir que o lar é o melhor lugar para estar. O problema é que a garota não quer voltar pra casa e não se vê com uma família.

O que me surpreendeu e impactou, foi Nina falando abertamente sobre o acidente. Evidentemente, que a confissão dela sobre o acidente não pode ser levada em conta nesse momento. Acredito que nem ela tem a exata noção se causou ou não acidente, aquilo foi mais uma tentativa de transcender uma emoção. Nina se sente sozinha, sem o apoio da mãe, com um pai que não está presente, se sente obrigada a transar, até a usar sapatos que não gosta.

Théo revelou para Nina que sabe como é ser um adolescente conturbado. Nem preciso dizer que isso foi para se aproximar dela, assim como ele fez com Júlia e Breno. Incomodou-me um pouco a posição de Théo diante da Nina, senti-o um pouco apático, distante, não entendendo que a garota gritava por uma ajuda, uma atenção.

Essa situação de clamar por uma ajuda, ficou explícita com o fato de Nina ter tomado os comprimidos no banheiro do Théo. Vi muitas pessoas criticando isso na série e até dizendo que foi um furo. Claro é difícil de imaginar, mesmo numa ficção, como um terapeuta deixa remédios no banheiro; Mas vale lembrar que aquele também é o banheiro íntimo dele, já que ele tem dormido no consultório. É necessário que algo aconteça na ficção para que a história ande, mas é difícil de imaginar que isso não teria consequências graves para um profissional na vida real. Foi uma brilhante sessão!

Frase do episódio: “Eu tentei me matar” – Nina



Quinta-feira – Ana e João

 
O episódio se inicia e Ana chega primeiro novamente, o que me fez pensar que João teria desistido de comparecer a terapia. Mas não foi o que aconteceu. Depois, ambos são interrompidos antes de começaram a falar por um telefonema para Théo, sobre Nina. Nem preciso citar que atender ao telefone durante a sessão de outros pacientes, também é um erro e pode demonstrar falta de respeito, né? Mas vamos relevar, porque essa semana foi cheia desses detalhes!

Théo contou que ainda se surpreende com a chegada do casal, o que faz Ana dizer que eles são um casal previsível e estável. Quando João não voltou cedo pra casa, ele sabia que Ana estaria lá com seu filho, nesse caso, é a clara sensação de que o outro nunca vai tomar uma decisão definitiva e sair de casa. Assim como Théo, entendo que essa relação tem necessidade de sobreviver com conflitos. A relação nasceu de um conflito, já que Ana traiu o advogado Felipe (conhecido de João) com o ator João, a diferença nas profissões já nos mostra a liberdade que João trazia para Ana no começo. Concordo que tudo era interessante no começo, Ana era uma princesa e agora virou uma esnobe, já João era muito charmoso e agora é só um desempregado controlador, é como se tudo que eles gostavam um no outro, hoje fosse motivo de repulsa e discussão.

 
Eles estão feridos e cansados de buscarem um ânimo nessa relação, mas dar fim ao conflito, nesse caso, é pior ainda, porque o interesse acabaria de vez. Os velhos conflitos voltaram, com um João agressivo (ameaçando socar Théo) e uma Ana cansada da relação monótona e de ser controlada. Théo bem que tentou fazer com que os dois se acertassem, mostrando o quanto eles começaram a sessão distantes e depois se uniram para criticá-lo, e até tiveram uma conexão com a história do encontro inventada por Ana; Mas depois, eles discutiram e sobraram ofensas e tapas por todos os lados. João tem medo de perder o controle sobre Ana. A conversa gravada e sonho com o caminhão são provas disso, provas da fraqueza de João ao pensar que não poderá mais ter poder sobre a mulher.

No caso do casal, Théo se identifica porque sabe como estar em um casamento que parece estar desabando. Achei a sessão muito tensa, mas não estou mais tão interessada na história do casal. Acredito que o aborto aconteceu muito rápido (na 2ª sessão) e isso me tirou um pouco da vontade de acompanhar essa trama. O grande desafio de Théo nessa sessão é ajudar os dois a se encontrarem individualmente e como casal ao mesmo tempo.

Frase do episódio: Vocês não estão forçando um ao outro, para se enquadrar no mundo de cada um? – Théo

 

Sexta - Dora

A sessão de sexta-feira é importantíssima por nos mostrar os sentimentos do terapeuta e funcionar ao mesmo tempo, como um resumo da semana no ponto de vista de Théo. Théo começa a sessão, elogiando Dora e instalando um clima bem agradável entre os dois. É óbvio que sessão de Terapia, já nos mostrou que nada do que acontecer no começo da sessão, continuará no decorrer da mesma. Depois, ele esclareceu que pensa em usar Dora como um álibi no jantar com uma antiga amiga de faculdade dos dois, Miriam. Com Clarice em Roma com o amante, era óbvio esperar esse tipo de atitude de Théo.

Théo de bom humor, até ousou cortejar Dora, numa tentativa de mostrar como ele se sente em ser paquerado por Júlia. Ao vermos o Théo como pessoa, descobrimos como é difícil pra ele conviver com esse clássico caso de transferência erótica de uma paciente. Em um determinado momento, Théo relembra que Jorge, antigo paciente apaixonado por Dora, perguntava a ele se não podia ir pra cama com a terapeuta; Lógico que isso foi apenas para ferir Dora, lembrando-a que ela passou pela mesma situação.

 
Uma observação que Dora fez e que eu concordo plenamente é que no momento em que Théo der um passo, avançar nessa relação com Júlia, ela vai perder o interesse nele. Júlia idealiza Théo como alguém distante a ser conquistado, seduzido, não acho que ela o ama, ele é apenas a pessoa da vez para que ela possa transferir sua carência. Evidentemente que isso desagradou Théo e ele nos apresentou outra situação que acabou com sua relação de amizade com Dora: ela o prejudicou no passado. Théo era o pupilo de Dora e prestes a ser nomeado, ela decidiu que ele ainda não estava pronto, que ele só queria mostrar ao pai que era capaz de fazer aquilo.

Ali, Théo deixou claro que é superior que Dora porque se identifica com seus pacientes (como percebemos essa semana), enquanto ela é rígida, fria, superior e distante. Toda aquela ofensa nos mostrou que Théo quer provar a ela que atualmente, é um melhor terapeuta, o que revela toda mágoa com o passado e o desejo de provar que superou aquilo. Porém o melhor ficou para o final. Depois do desabafo, ele admitiu estar completamente apaixonado por Júlia. Pela primeira vez, a supervisora ficou sem palavras e ela sabe que seu grande desafio é evitar que com o fim do casamento, Théo resolva fazer uma bobagem. Ela é a pessoa responsável por situá-lo e mostrar o que é o correto.

 
Fiquei muito surpresa com a confissão de Théo e a inversão dele com Júlia, agora, o terapeuta declarou estar apaixonado pela paciente. Não acredito que esse amor seja verdadeiro, talvez ela também só seja um escape para a situação atual dele. Um homem traído, com uma bela paciente se declarando, isso pode ser bem confuso. Acredito que essa confissão só ocorreu pelo grau de intimidade de Théo com Dora, se fosse um outro terapeuta, ele jamais contaria. Vamos ver se essa posição de Théo continuará nas próximas sessões!

“Lado a Lado” precisa de mais ação para concorrer com o Horário de Verão

Camila Pitanga, como Isabel em “Lado a Lado” (Foto: TV Globo)

Lado a Lado, a novela das seis da Globo, é o atual “biscoito fino” da programação da emissora. Trama de época (se passa no Rio de Janeiro no início do século XX) em uma produção impecável em fotografia, figurinos, cenários e direção de arte, que reproduzem os francesismos tupiniquins no período da Belle Époque. Direção de núcleo do experiente Dennis Carvalho, escrita pela dupla de iniciantes João Ximenes Braga e Cláudia Lage, com supervisão de texto de Gilberto Braga.

 
De fato, tem muito de Gilberto no folhetim das seis. Recentemente, a novela teve uma virada, com um salto no tempo e o retorno por cima da sofrida mocinha Isabel (Camila Pitanga) – o que remeteu à trama de Dancin´ Days (1978).

 
A novela ainda mescla o folhetim com fatos reais do Rio das décadas de 1900 e 1910, como o surgimento do samba e do “foot-ball” (sim, com sotaque inglês, como falado na novela), o fim dos cortiços e o processo de favelização do Rio, e as Revoltas da Vacina e da Chibata. Como pano de fundo, a emancipação feminina – o surgimento de uma nova mulher – em contraponto com os preconceitos de uma sociedade tacanha que não evoluiu com os novos tempos da República. É neste contexto que se desenrola a trama das protagonistas vividas por Camila Pitanga e Marjorie Estiano.

Mas, apesar de tantos predicados, Lado a Lado não decola no Ibope. É a novela das seis de menor audiência da história: até o momento amarga uma média de 18 pontos, quando a meta é 25 (cada ponto equivale a 60 mil domicílios na Grande São Paulo). Reflexo dos tempos de concorrência com outras mídias – como a Internet e a TV a cabo, mais acessíveis do nunca. E também da vida moderna, que faz com que as pessoas fiquem mais tempo fora de casa depois do trabalho – ou porque não conseguem estar em casa às 18 horas, ou porque o calor e o sol a pino do Horário do Verão são atraentes e convidativos para se prolongar na rua.

 
No ar há dois meses e meio, a trama começou devagar, mas foi abrindo o seu caminho. O ritmo é bom, de uma novela comum: sem grandes arroubos ou acontecimentos impactantes. O elenco é de primeira e a trama está repleta de personagens interessantes.

 
Percebe-se, entretanto, uma não uniformidade nos capítulos. Alguns têm sequências excelentes – como os embates entre as arqui-inimigas Isabel e Constância (Patrícia Pillar), que aconteceram na semana que passou. Mas outros deixam a desejar: o capítulo do dia segue sem que nada de interessante aconteça.

 
Para fisgar o público moderno e levá-lo para frente da telinha às 18h30, é preciso mais do que uma bela história contada no ritmo do início do século passado. Com o solão que tem feito em pleno fim de tarde, parece realmente um desperdício bocejar diante da TV.

Fonte: Nilson Xavier / UOL

Destino: São Paulo

VALE A PENA LER DENOVO



Presença de Anita é uma minissérie brasileira que foi exibida pela Rede Globo, de 7 de agosto a 31 de agosto de 2001 totalizando 16 capítulos. Escrita por Manoel Carlos, a minissérie foi baseada no livro homônimo de Mário Donato, teve direção geral de Ricardo Waddington e Alexandre Avancini e núcleo com Ricardo Waddington.

A minissérie foi reprisada um ano depois de sua apresentação original, entre 17/09 e 11/10/2002. O capítulo 4 dessa reprise exibiu uma cena inédita não mostrada no ano anterior: um ângulo diferente da nudez frontal de Anita. Talvez não tenha sido mostrado anteriormente por causa do horário da reprise, mais tarde do que na primeira exibição.

Reapresentada também de 10 a 31/03/2005, no Multishow (canal de TV paga pertencente à Rede Globo), em comemoração aos 40 anos da emissora. E, ainda, no canal Viva (outro canal de TV a cabo da Globo), a partir de 22/11/2012, às 23h15.

Em agosto de 2001, foi lançado em livro o roteiro de Presença de Anita, escrito por Manoel Carlos. O livro trazia praticamente o mesmo script que o elenco recebia para as gravações, com exceção de alguns detalhes técnicos.

Em 2002 a minissérie foi lançada em DVD.
 
 
SINOPSE
Nando quer aproveitar o final de ano para dar o pontapé inicial em um antigo sonho: escrever um romance. Lúcia Helena só pensa em retomar a paixão em seu casamento. Zezinho quer viver seu primeiro amor. E Anita só quer seguir seu destino, com a certeza de que nada é por acaso, tudo está escrito.

Para tentar escapar da rotina louca de São Paulo, Lúcia Helena resolve passar as festas de fim de ano com a família, em Florença, cidade do interior de São Paulo. Pensa em aproveitar o clima familiar para reacender a paixão em seu casamento. Nando vê nas férias, a possibilidade de escrever o seu romance. Em busca de inspiração, encontra Anita, a personagem ideal. Ela se mudou para um sobrado onde no passado aconteceu um crime de amor.

Se Anita não pode mudar o destino, vive da forma mais intensa. Seduz Nando e desperta a primeira paixão de Zezinho. Com os dois, forma um triângulo amoroso que muda para sempre a vida de todos.


ELENCO
 
MEL LISBOA - Anita (Cíntia)
JOSÉ MAYER - Nando
HELENA RANALDI - Lúcia Helena
LEONARDO MIGGIORIN - Zezinho
VERA HOLTZ - Marta
LINNEU DIAS - Venâncio
CAROLINA KASTING - Julieta
ALEXANDRE BARROS - Heitor
JÚLIA ALMEIDA - Luiza
WÁLTER BREDA - Antônio
NOEMI GERBELLI - Susana
RENATA BRIANI - Celeste
TONY MASTALER - Roberto
DAYSE BRAGA - Cláudia
ANDRÉ CURSINO - Anselmo
UMBERTO MAGNANI - Dr. Eugênio
TAIGUARA NAZARETH - André
ANTÔNIO DESTRO - Edgar
CELSO FRATESCHI - Ígor
MARCOS CARUSO - Gonzaga
DÉBORA OLIVIERI - mulher de Gonzaga
VANESSA NUNES - Silvia
JOANNA TRISTÃO - Neuza
NELSON SARGENTO - João
PEDRO PAULO ROSSA - Luizinho
MARIA TEREZA CRUZ LIMA - Amélia
FRANCISCO CARVALHO - Joel
CLARISSE ABUJAMRA - Cecília
SIMONE VIANA
WOLNEY DE ASSIS - delegado
EROM CORDEIRO - pipoqueiro
ADRIANA AMARAL
ALAN ALENCAR
ANDRÉ GILSON
DANIEL DE CASTRO
IVAN GRADIM
JORGE BARROS
KÁTIA ERBITES
LARISSA PRADO
MARIANO MAROVATO
PEDRO KOSOVSKI
RICARDO LYRA JR.
TON REIS
YARA MANTIANA
SELMA REIS - Cigana
PAULO CÉSAR PEREIO - Armando