Autoria: Carlos Lombardi
Escrita por: Carlos Lombardi, Margareth Boury e Tiago Santiago
Direção: Marco Rodrigo e Edgar Miranda
Direção geral: Wolf Maya e Alexandre Avancini
Direção de núcleo: Wolf Maya
Período de exibição: 08/01/2002 – 29/03/2002
Horário: 23h
Nº de capítulos: 48
Elenco:
Adalberto Nunes
Ademir Zanyor – escravo
Adriana Garambone – Luísa
Adriana Tolentino – Antônia
Adriano Garib – marido de Eugênia
Alexandre Barbalho – César
Ana Furtado – D. Maria Tereza
André Mattos – D. João VI
Ângelo Paes Leme – Emanuel
Antônio Grassi – capitão Vidigal
Archie Lu Drury – almirante inglês
Bettina Vianny – Escolástica
Betty Lago – Carlota Joaquina
Bruna Lombardi – Branca
Bruno Abrahão – D. Miguel (criança)
Bruno Garcia – Carlos
Caco Ciocler – D. Miguel
Caio Junqueira – Diogo
Camilo Bevilacqua – comandante Manoel Moraes
Carlos Bonow – Gastão
Carlos Gregório – Rodrigo
Carlos Machado Filho – D. Pedro (criança)
Carlos Thiré – Eduarda
Carolina Ferraz – Naomi
Carolina Galvão – Lili
Cássio Gabus Mendes – D. João VI (jovem)
Catarina Abdalla
Cecília Dassi – Maria da Glória
Chica Xavier
Cláudia Abreu – D. Amélia
Cláudia Alencar – Amapola
Cláudia Lyra – Rita
Cláudio Corrêa e Castro – Dr. Vieira
Danielle Winits – Manuela
Dartagnan Júnior – amigo de Francisco Gomes
Débora Duarte – Amália
Diogo Morgado
Eduardo Conde – Desoaseux
Edwin Luisi – Saucer
Erika Evantini – D. Leopoldina
Ernani Moraes – louco no hospício
Eva Wilma – D. Maria I
Fábio Junqueira – Avelar
Fábio Lago – Gonzaguinha
Felipe Rocha
Flávio Galvão – Cauper
Francisco Milani – narrador
Françoise Forton – Miou-Miou
Gabriel Braga Nunes – Felício
Geórgia Gomide – Aurora
Geraldo Pestalozzi – Nolasco
Gilberto Marmorosh
Heitor Martinez – Marialva (jovem)
Helena Fernandes – Chiquinha
Henri Castelli – Chico
Henrique Pagnocelli – Dr. Rebordão
Humberto Martins – Chalaça (Francisco Gomes)
Jardel Mello – almirante português
Joana Lima Verde – Benedita
Joana Tristão – escrava
John Herbert – Lobato
Jonas Bloch – Francisco I
Jonathan Nogueira – guarda
José Carlos Sanches
José Steimber – professor Cruguer
José Wilker – Marques de Marialva
Julia Magessi – Maria da Glória
Juliana Silveira – Rosaura
Julio Levy
Karina Bacchi – Letícia
Licurgo Aspínola – Fernão
Lima Duarte – Conde dos Arcos
Luana Piovani – Domitila (Marquesa de Santos)
Luiz Guilherme – Conde de Bagaceira
Marcos Breda – Frei
Maria Cristina Gatti – dona da pousada
Marcos Pasquim – D. Pedro I
Marcos Oliveira
Maria Maya – Lelé
Maria Padilha – Hemengharda
Mariana Hein – Fátima
Marilu Bueno – Violante
Mário Frias – Manuelzinho
Mario Gomes – Marques de Barbacena
Mauro Mendonça – Arcebispo Melo
Miguel Thiré – Augusto
Mila Moreira – Inês
Monah Delacy – madre superiora
Mônica Torres – Kate
Murilo Elbas
Nair Bello – Giovanna (Marquesa de Pesto)
Nathalia Timberg – Xuxu
Nuno Leal Maia – coronel João de Castro Canto e Melo (Visconde de Castro)
Oswaldo Louzada – Alencastro
Othon Bastos – Soares
Paulo Gorgulho – Juvêncio
Paulo Goulart – José Bonifácio
Pedro Paulo Rangel – Camargo
Pia Manfroni – Carmem
Raíssa Medeiros – Carlota Joaquina (criança)
Raquel Nunes – Lalá
Renato Rabello
Roberto Bomtempo – Sardinha
Rodrigo Souto Maior – capanga do conde Bagaceira
Roger Goubeth – Plácido
Rosa Diaz – Maria Tereza (criança)
Tamara Taxman – Augusta
Taís Araújo – Dandara
Tatiana Issa – Urbana
Thaís de Campos – Arminda
Thaís Muller – Rosaura (criança)
Úrsula Corona – Esmeralda
Vanessa Lóes – Mariana
Vanessa Machado – Eugênia
Walter Breda – Arcoverde
Yeda Dantas
A Trama:
- Para escrever a minissérie, o autor baseou-se em obras literárias que abordam de maneira inovadora o período histórico do primeiro Império, como O Chalaça, de José Roberto Torero; A Imperatriz no Fim do Mundo, de Ivani Calado; e As Maluquices do Imperador, de Paulo Setúbal.
- O enredo de O Quinto dos Infernos mostra os bastidores da Independência do Brasil, começando com a vinda da família real, passando por suas impressões ao se deparar com o “quinto dos infernos”, até o retorno de D. Pedro I (Marcos Pasquim) a Portugal, onde vai travar uma guerra com o irmão D. Miguel (Caco Ciocler). Para retratar o panorama político-social da época, o autor injeta doses de humor, ação e sensualidade na trama.
- Narrada por Francisco Milani, a minissérie começa em 1785, com a chegada a Portugal da espanhola Carlota Joaquina (Raissa Medeiros), de apenas dez anos de idade, para se casar com D. João VI (Cássio Gabus Mendes), que tem 18. O casamento com o nobre português é um arranjo promovido pelo pai de Carlota, o espanhol Carlos IV, para selar a amizade entre as nações da Península Ibérica. Apesar de ser ainda uma criança, a menina já demonstra ter uma personalidade forte e rebelde, muito diferente das outras mocinhas de sua época.
- Adulta, Carlota Joaquina (Betty Lago) se torna uma mulher avançada para seu tempo: tem amantes, anda a cavalo, atira e exerce total controle sobre D. João VI (André Mattos), sempre amedrontado com os ataques intempestivos da mulher. Embora possa ter todos os homens que deseja, Carlota não consegue conquistar o grande amor de sua vida, o Marquês de Marialva (José Wilker). Por conta de sua relativa independência e controle sobre o marido, ela tem uma imagem negativa na corte portuguesa. Carlota é a grande vilã da minissérie e, secretamente, deseja tomar o poder do marido.
- D. João VI é um homem atrapalhado, glutão, a quem o destino, de certa forma, alterou a trajetória. Em 1972, após a morte de seu irmão, D. João VI é obrigado a assumir o trono e zelar pelo bem da Coroa Portuguesa. Além da esposa, D. João VI precisa conviver com outra mulher de gênio forte: a mãe, Dona Maria (Eva Wilma). Desde que perdeu o marido e um filho, ela passou a ser conhecida como a Rainha Louca: vive com medo de ir para o inferno e coloca a corte de pernas para o ar com seus inúmeros surtos de loucura. Apesar de submisso à Carlota Joaquina, D. João VI torna-se um grande estadista.
- Em 1808, ele resolve transferir a Corte para o Brasil, ao constatar que Portugal não teria poderio militar para enfrentar os franceses. A história, então, passa a ser ambientada no Brasil, onde a família real tenta se adaptar ao clima tropical e às diferenças de hábitos dos países.
- Toda a história é narrada sob a ótica do humor. Quando Carlota Joaquina chega ao Brasil, ela usa um turbante, pois teve que raspar a cabeleira devido a uma infestação de piolhos. As finas mulheres brasileiras aderem ao acessório pensando ser a última moda entre as européias. O universo dos habitantes da colônia é mostrado através dos Cauper, uma família classe média deslumbrada: Emengarda (Maria Padilha), Sr. Cauper (Flávio Galvão) e suas filhas Maria Laura (Raquel Nunes), Maria Lélia (Maria Maya) e Maria Lívia (Carolina Galvão); do casal Fernão Almeida (Licurgo Spinola) e Madalena (Vanessa Lóes); e também de Miou Miou (Françoise Fourton), dona do boteco, ponto de encontro dos homens da cidade.
- No Brasil, D. João VI e Carlota Joaquina criam os filhos Pedro (Carlos Machado/ Marcos Pasquim), Miguel (Bruno Abrahão/ Caco Ciocler) e Maria Isabel (Rosa Diaz/ Ana Furtado). Pedro e Miguel têm personalidades inteiramente distintas. O primeiro é amante do mar, da noite e das mulheres. O segundo, filho preferido de Carlota, vive doente, trancado em casa por horror ao sol. Miguel tem uma profunda inveja do irmão e de sua habilidade com as mulheres. Ao longo da história, percebe-se que o perturbado Miguel sente-se fisicamente atraído pelo irmão.
- Francisco Gomes (Humberto Martins), o Chalaça, é outro personagem central na história. Grande companheiro de D. Pedro, Chalaça é o típico anti-herói. Astuto, mulherengo e trapaceiro, vem para o Brasil fugindo de uma de suas inúmeras encrencas. Bêbado, ele conhece Pedro em uma noitada, e os dois partem para a briga. Mais tarde, percebem suas inúmeras afinidades, fazem as pazes e tornam-se inseparáveis amigos. Pedro o nomeia secretário e braço direito do Imperador, e ele passa a freqüentar a Corte.
- Mulherengo como Pedro, Chalaça tem um grande amor. Antes de vir para o Brasil, ele conheceu Manoela (Danielle Winits), uma camponesa bonita e doce, que fora expulsa de casa pela mãe, Amália (Débora Duarte), depois de quase ter sido estuprada pelo padrasto, Juvêncio (Paulo Gorgulho). Ao saber da tragédia, Amália não acredita em Manoela e fica contra a filha, chegando a apedrejá-la. Solitária e sem rumo, ela acaba conhecendo Chalaça, e os dois se apaixonam. Por um engano, Chalaça acha que Manoela morreu e parte para o Brasil. Ela, por sua vez, acredita ter sido abandonada e decide se vingar dele.
- Em Lisboa, Manoela tenta trabalhar como cozinheira, já que é uma excelente doceira, mas não consegue emprego fixo. Sem ter como sobreviver, ela acaba se prostituindo. Após alguns anos, decide ir para o Brasil atrás de Chalaça.
- No Brasil, Chalaça se apaixona por Branca (Bruna Lombardi), uma mulher linda e atraente, mas sem escrúpulos. Viúva duas vezes, aos olhos de todos, porém, Branca é uma mulher de respeito. É filha de um nobre falido, Camargo (Pedro Paulo Rangel), capaz de qualquer coisa para manter seu status. Ao saber que Manoela está no Brasil, Chalaça fica divido entre as duas mulheres. Mas, após muitas idas e vindas, ele termina a história nos braços de Manoela.
- As peripécias de D. Pedro e Chalaça dão o tom de aventura da minissérie. A dupla conta ainda com a amizade de Plácido (Roger Goubeth), camareiro de quarto de D. Pedro, que se torna seu companheiro. Pedro é o membro da família real que melhor se adapta às condições do Brasil. Após permanecer um tempo no Brasil, D. João VI volta a Portugal em 1821, por conta do movimento constitucionalista do Porto, e deixa o filho Pedro como regente do Brasil. Carlota e Miguel partem junto com D. João. Apaixonado pelo país, Pedro articula e lidera o movimento de independência do Brasil, em 1822.
- Mulherengo e muito sedutor, Pedro acaba se casando com Leopoldina (Érika Evantini), a arquiduquesa da Áustria, uma mulher gordinha, bem diferente das jovens assediadas pelo insaciável rapaz. Leopoldina morre, e Pedro se casa pela segunda vez com a bela e graciosa Amélia (Cláudia Abreu). Apesar de adorar a esposa, ele não consegue resistir às outras mulheres e logo se apaixona perdidamente por Domitila, a Marquesa de Santos (Luana Piovani), que se torna sua amante até o final de seus dias. Outra mulher marcante na vida de D. Pedro foi a artista Naomi (Carolina Ferraz), por quem ele se apaixonou, mas que fora obrigada por Carlota Joaquina a abandoná-lo.
- Com a morte de D. João VI, Pedro pretende que a filha mais velha assuma o trono de Portugal, e um acordo nesse sentido é acertado. Entretanto, Miguel desrespeita o trato e tenta tomar o poder para si, dando início a uma guerra civil com o irmão. Miguel chega a fazer prisioneira a própria mãe, que sempre esteve ao seu lado. Pedro volta para Portugal para enfrentar o irmão. Ao lado de Chalaça e Plácido, e contando com ajuda inglesa, ele lidera soldados e navios em uma campanha vitoriosa que restitui o regime constitucional em Portugal.
- Pedro triunfa, mas está doente e fraco. Em 24 de setembro de 1834, no Palácio de Queluz, onde nasceu, ele morre, vítima de tuberculose. Sua mulher, Amália, e sua amante, Domitila, de mãos dadas, choram sua morte, assim como o inseparável companheiro Chalaça e sua mãe, Carlota Joaquina.
- Outra personagem importante na história é Giovanna (Nair Bello), uma trambiqueira que se apresenta como Marquesa di Pesto. Ao final da minissérie, ela revela que é mãe de Branca. Giovanna se une à filha e a Camargo, e os três formam um afiado trio de trapaceiros.
Produção:
- Para compor o ambiente da trama, que se passa no século XIX, cenografia, figurino e produção de arte se integraram e trabalharam de acordo com a orientação do autor e do diretor. As locações foram feitas na cidade histórica de Paraty (RJ) e em Bento Gonçalves (RS).
- A cidade cenográfica foi distribuída em duas partes: o Paço e o Basfond. No Paço, a grande praça no porto do Rio, foi reconstituído o Paço Imperial, casa da família real, e também seu entorno, com o Convento e a Igreja do Carmo, o Arco do Teles com o hotel L’Impére, o teatro e o centro urbano, com uma alfaiataria e as casas de alguns personagens brasileiros de classe média, como os Cauper e Saucer. O Basfond é o local da boemia, para onde D. Pedro foge durante as noites, usando uma passagem subterrânea do Paço Imperial.
- A equipe de cenografia contou com mais de 100 profissionais para montar os 26 cenários de estúdio e os 20 prédios – todos eles com mais de um andar – na cidade cenográfica construída no Projac. Os cenógrafos usaram como referência obras do inglês Thomas Ender e dos franceses Debret e Rugendas, além de se inspirarem nos desenhos do arquiteto francês Grandjean de Montigny, que veio ao Brasil em missões artísticas francesas.
- A cidade cenográfica foi construída com uma peculiaridade: todos os telhados foram preparados para suportar o peso dos atores nas cenas de fugas. Na composição de alguns cenários também foi usada a computação gráfica em 3D – que recriou os palácios de Madrid, Queluz e Mafra –, além da técnica do chromakey (processo eletrônico pelo qual a imagem captada por uma câmera pode ser inserida sobre outra, como se compusessem fundo e primeiro plano), que permitiu obter uma visão de 180º do Paço Imperial, tendo ao fundo a Baía de Guanabara.
- Os figurinos de O Quinto dos Infernos incluíam peças que combinavam o estilo histórico e o espírito pop dos personagens da comédia. O guarda-roupa também acompanhou os dois momentos da minissérie. Como a história começa em 1785, a figurinista Beth Filipecki preocupou-se em manter as características principais do período pré-Revolução Francesa. A partir da chegada ao Brasil, em 1808, os personagens começam a se “despir”, por causa do calor, e as roupas passam a ser mais leves. Além disso, alguns figurinos marcavam as diferenças entre determinados personagens. As roupas da personagem Domitila, a Marquesa de Santos, amante de D. Pedro, traziam cores fortes e cortes exuberantes. Já Dona Amélia, a esposa de D. Pedro, sua principal rival, vestia-se sempre com roupas sofisticadas, em tons claros. Vale ainda destacar o figurino de Carlota Joaquina, personagem que carregou nos acessórios, vestidos, perucas, brilhos e pedras. Seu figurino foi todo composto com muito brilho e ouro.
- Os figurinos masculinos retratavam os uniformes da época com fidelidade. Em Portugal, no século XIX, e depois no Brasil, o traje obrigatório dos homens na corte era o uniforme. Para compor o visual dos personagens, o figurinista Renaldo Machado foi buscar nos anais do Museu Histórico Nacional dados sobre os trajes dos archeiros, servos, camareiros, ministros e dos integrantes da guarda imperial e do Exército Nacional. Galões, capacetes, barretes, dragonas e até botões dos uniformes gravados com o brasão do Império são cópias fiéis dos originais.
- A produção de arte foi responsável pela reforma de carruagens, construção de maquetes de naus, reprodução de mapas, cartas, bandeiras, convites do século XIX e brasões reais, além da reprodução de um caixão nos moldes da época. A arrumação das mesas, com louça portuguesa, cristais, flores e comidas mostradas em cena foram pesquisadas minuciosamente em livros históricos e nos arquivos do Museu Histórico Nacional.
- O elenco também passou por uma preparação especial, com aulas de etiqueta, prosódia, equitação, canto, esgrima e capoeira.
Curiosidades:
- A minissérie foi criticada por historiadores brasileiros e portugueses pela forma escrachada de retratar os bastidores da Independência do Brasil, além de conter um apelo excessivo à sexualidade. Um dos maiores jornais lusitanos, o Correio da Manhã, chegou a publicar uma crítica à obra de Carlos Lombardi. Integrantes da família real brasileira também se irritaram com a versão caricata de D. João VI, apresentado como glutão covarde e marido traído.
- O Quinto dos Infernos teve grande sucesso de audiência. Cerca de um ano depois, quando foi exibida em Portugal, a minissérie ficou em quinto lugar entre os programas mais assistidos da emissora portuguesa SIC. Em setembro de 2003, foi comercializada nos canais de pay-per-view.
- O ator André Mattos se destacou no papel de D. João VI. Infernizado pela mulher, medroso e amante da boa mesa, ele vivia a repetir: “Ai, Jesus!”, expressão que se tornou marca do personagem.
Trilha sonora:
- Apesar de ser uma história de época, a trilha sonora de O Quinto dos Infernos era contemporânea. Canções como I’ve Got You Under My Skin, sucesso interpretado por Frank Sinatra, Raindrops Keep Falling on My Head, consagrada por B.J. Thomas, Barco Negro, de Ney Matogrosso, e Só Louco, na voz de Gal Costa, ajudavam a compor o clima das cenas.