sábado, 23 de outubro de 2010

Cinara Leal, Nanda Lisboa e Raquel Villar brilham como as joias de 'Araguaia'


Uma saiu de Salvador, a outra de um bairro do subúrbio do Rio de Janeiro, a terceira da Zona Sul carioca e todas se encontraram no rio Araguaia. Nanda Lisboa, Cinara Leal e Raquel Villar trilharam estradas diferentes, mas, juntas, acertaram o caminho para dar vida às irmãs Ametista, Safira e Esmeralda, respectivamente, mais conhecidas como "as joias" na novela das 18h da TV Globo.

As meninas, que tinham pouca experiência na telinha, se esforçaram muito para ganhar as personagens da trama de Walther Negrão e, segundo o diretor de núcleo de "Araguaia", Marcos Schechtman, estão conseguindo dar unidade ao trio de irmãs fogosas e espevitadas:

- Estamos muito felizes com o trabalho das três. A Nanda é um lançamento, é a primeira vez dela na TV. Raquel e Cinara vêm de alguns trabalhos anteriores e todas estão correspondendo muitíssimo bem. Nós sabíamos que iam dar essa liga. Elas são lindas, talentosas e estão abrilhantando a nossa história - elogia o diretor.

Para as atrizes, a constante convivência nos bastidores trouxe intimidade:

- Passamos um mês juntas no Araguaia e acabamos criando uma cumplicidade, como irmãs mesmo. Hoje, nos vemos quase que diariamente por causa das gravações e, além disso, ainda saímos juntas - revela Cinara, de 32 anos, a mais velha do trio dentro e fora da trama: - Acabamos nos apegando e eu, como mais velha das três, sempre me preocupo com elas.

No folhetim, Cinara interpreta Safira, a primeira filha do casal Pérola (Tânia Alves) e Cirso (Gésio Amadeu). Na vida real, ela é a caçula da família. Criada na Penha, subúrbio do Rio, a menina que entrou no balé aos cinco anos de idade se tornou bailarina profissional. Mas acabou mudando o roteiro de sua história e deixou de lado as sapatilhas.

- Quando eu tinha 18 anos, minha família resolveu morar na Zona Sul. No começo resisti à mudança, mas, com o tempo, fui me acostumando. Passei a ir cada vez mais ao teatro e, um dia, assistindo ao espetáculo "A máquina", de João Falcão, pensei: "Isso é o que eu quero para a minha vida" - conta a atriz, que largou a faculdade de Educação Física depois de três anos de curso e parou de dar aula de dança para se dedicar exclusivamente à faculdade de Artes Cênicas e aos trabalhos como atriz.

Com peças de teatro, participações em programas de TV e no cinema, Cinara teve que batalhar para conseguir o papel em "Araguaia".

- Fui até a sala do Marquinhos (Marcos Schechtman) pedir para fazer o teste. Eu já sabia que a personagem era mais nova do que eu. Então, coloquei um vestido, com o estilo mais menininha, e fui na cara e na coragem - diz ela.

Depois de um mês, a atriz foi chamada para o teste e, trinta dias mais tarde, ficou sabendo que tinha conquistado o tão sonhado papel.

- Hoje me dedico à carreira. Foi uma escolha. Mas amo dançar. Outro dia mesmo tinha uma cena de dança na novela e fiz da Safira uma verdadeira pé de valsa - conta Cinara.

Aos 21 anos e a mais nova do grupo, Nanda Lisboa interpreta a irmã do meio, Ametista. A baiana, que saiu de Salvador aos 16 para trabalhar como modelo em São Paulo, lembra que já perdeu muito trabalho em comerciais. O motivo?

- Eu não passava nos testes por causa do meu sotaque. Como não tinha dinheiro para pagar aulas de fonoaudiologia, comecei a imitar as pessoas falando na rua - diverte-se.

Depois de fazer aulas de teatro e deixar seu vídeo cadastrado na Globo, Nanda teve que esperar um ano até ser chamada para o teste de sua personagem em "Araguaia". E, por pouco, não ficou de fora da seleção:

- Fiquei um tempão sem ver meu e-mail e uma noite resolvi checá-lo. Meu olho bateu direto na mensagem da Globo, que me chamava para fazer um teste. Quando li, me dei conta que para participar da seleção eu teria que estar no dia seguinte, às 13h, no Rio. E eu estava em São Paulo! Bateu um desespero. Corri muito para conseguir confirmar minha presença e para comprar a passagem. Só no aeroporto notei que não tinha onde dormir naquela noite.

Com tudo resolvido, a atriz conseguiu decorar o texto no caminho para o estúdio e, ao chegar lá, ficou nervosa com as outras atrizes que foram participar do mesmo teste - muitas com mais experiência em televisão do que ela.

- Foi uma correria. Uma loucura. Mas deu tudo certo e, um mês depois, me chamaram para outra etapa. Eu fiquei muito tensa, mas foi ótimo - revela Nanda, que se sente realizando um grande sonho: - Eu fiquei muito feliz. Todo dia olho pela janela do meu apartamento e ainda não acredito no que está acontecendo. Não imaginava que tão cedo conseguiria fazer uma novela na Globo e morar no Rio de Janeiro.

Raquel Villar, de 23 anos, que interpreta Esmeralda, a irmã mais nova da trupe, diz que soube do teste para "Araguaia" quando ainda estava no ar em "Cama de gato".

- Soube do teste logo que a novela acabou e quis participar da seleção. Fiquei radiante por ter passado e poder interpretar a Esmeralda - vibra.

Raquel, que vem de uma família de músicos, começou a fazer teatro ainda criança na igreja que a família frequentava. Aos 13 anos, procurou cursos de interpretação e de canto para ter uma formação mais completa. Em seguida, foi atrás de informações sobre testes para novelas e chegou a participar de curta-metragens de amigos. Entre 2007 e 2008, a moça participou da novela "Duas caras", em que viveu uma dançarina de boate. Pouco depois, em "Cama de gato", interpretou Glória, uma das filhas de Rose (Camila Pitanga), que queria ser independente e se tornar modelo.

- Eu sempre tive cara de menina mais novinha mesmo. Então, acabei perdendo alguns papéis por causa disso - conta Raquel, que hoje se sente realizada na pele da irmã mais nova do trio.

Sabendo que ainda têm um longo caminho pela frente, as atrizes dizem que não ficam tímidas nem incomodadas com as inúmeras cenas em que aparecem com roupas curtinhas ou usando biquínis:

- São três meninas que cresceram e viraram mulheres lindas. Elas chamam atenção e sabem disso. E, com esses nomes, se acham verdadeiras joias mesmo - explica Cinara: - Ao mesmo tempo em que elas são muito ligadas à família, adoram a rotina que vivem na cidade e sonham em encontrar um marido rico.

Assim como suas personagens, as atrizes estão curtindo cada momento da rotina de gravações e já sabem que a experiência vai deixar saudades no trio.

- Cada papel tem uma característica e deixa uma marca registrada na gente - afirma Raquel.

Carolina Dieckmann diz que seria uma ousadia do autor matar a mocinha em 'Passione'


Numa tarde de setembro, sozinha em sua casa, Carolina Dieckmann arregalou os olhos diante da cena escrita em um dos capítulos de "Passione". Sem preparar a atriz para ler tão duras palavras, o autor Silvio de Abreu havia escrito: "Diana não tem tempo de pronunciar o nome do agressor. Um tiro certeiro sai de um revólver com silenciador e estoura o seu peito". Não restava dúvida: era o ponto final da heroína na trama das 21h.

- Parecia que alguém tinha me dado um soco. Li e reli. Fiquei um tempo sem ar, olhando aquilo... Depois, percebi o quanto era incrível e corajoso da parte do autor. Eu ia ser a primeira mocinha a morrer numa novela. Fiquei animada - diz.

Mas tudo não passava de uma pegadinha de Abreu, que afirma que desde o início já havia escolhido Saulo (Werner Schunemann) para morrer. Faltou dividir seus planos com a atriz... Até o assassinato do executivo malvado ir para o ar no último dia 11, Carolina - que assim como Reynaldo Gianecchini, Mayana Moura e Marcello Antony também gravou a morte de sua personagem numa manobra do autor para confundir elenco e público - não descartava a possibilidade de ser o alvo escolhido.

- Um dia depois de ler a cena, cheguei ao Projac e algumas pessoas já me diziam que eu não iria morrer na novela, que o Silvio não escreveria isso num bloco de capítulos onde todo mundo teria acesso - conta ela, que nesse curto espaço de tempo não chegou a questionar se sua personagem estaria sendo limada da novela por estar desagradando: - Seria muito grave se uma mocinha de uma trama das oito não funcionasse a ponto de ter que ser morta. Pelo contrário, as pessoas me veem na rua e falam: "Mauro (Rodrigo Lombardi) tem que ficar com Diana" ou "Mata a Playmobil", como elas chamam a Melina (Mayana Moura).

Carolina afirma que não ligou para o autor pedindo para permanecer na história. Já Abreu diz que a procurou depois de ter enviado o capítulo falso:

- Procurei para dizer que, sim, ela iria morrer, como fiz com todos os outros envolvidos, cada um de um jeito. Para o Gianecchini escrevi uma carta de despedida. Foi tanto trabalho para esconder esse segredo que já estava quase matando quem inventou essa história - diverte-se o autor.

Mas o que anda acontecendo no mundo da ficção a ponto de a mocinha - mesmo que seja como uma estratégia para badalar a atração - ter sua vida ameaçada? Apesar de ter colocado Diana na "mira", Abreu ainda acredita que esse papel é imprescindível num folhetim:

- Só que, talvez, não haja mais espaço para aquela que só chora e fica esperando o príncipe encantado. Diana tem atitude e não sente vergonha de dizer que errou - explica ele, satisfeito com o desempenho de Carolina: - Não poderia ter escolhido melhor. Além de linda, soube captar e imprimir a verdade que a personagem pedia.

O fato é que, no thriller das oito, o papel do telespectador não se resume apenas a acompanhar o desenrolar de uma história de amor vivida pelo casal bonzinho. Na trama, não faltam ingredientes capazes de atrair o público: é a avó cafetina; o italiano apaixonado pela vigarista; uma mãe que reencontra seu primogênito; outra que rouba o namorado da filha; um esportista dependente de drogas; um piloto com problemas sexuais...

- No passado, a maior emoção era esperar o final feliz. Hoje, é mais difícil chamar atenção mostrando o quanto é bom lutar por um amor. Sem falar que, nessa novela, os vilões estão bem fundamentados. Têm um porquê de agirem assim. O Fred (Gianecchini) quer acabar com a metalúrgica porque viu o pai se matar. É compreensível, por mais que a gente não concorde. Já Diana trocar um homem pelo outro ninguém entende. Por que ela se achou no direito de querer os dois a seus pés? O público ficou revoltado - acredita Carolina.

A atriz sai em defesa de sua personagem:

- É toda essa dificuldade que existe em fazer uma mocinha que me faz cada vez mais achar legal encarar esse papel. Diana não é uma chata. É uma pessoa comum, o que torna o trabalho desafiador. Tive que abrir mão do meu brilho próprio, da minha espontaneidade - justifica ela, dando um exemplo de que o esforço tem valido a pena: - Não sinto rejeição. Passei por uma obra e fui chamada de Diana. Se me chamassem de gostosa não me deixariam tão ouriçada quanto isso. Sei que aquele cara imagina o meu nome, mas o ímpeto de olhar para mim e me chamar de Diana é um presentão.

A atriz também não se queixa do espaço que sua personagem ocupa no enredo:

- Não vejo Diana sendo tratada como uma coadjuvante. E não tenho vaidade em relação a quantas cenas tenho por capítulo. O meu interesse é contar a história dessa menina. Não é fazer sucesso ou lançar um bordão.

Carolina fala com a segurança de quem exibe o rosto na tela há 17 anos e protagonizou cenas inesquecíveis como a de Camila, em "Laços de família", quando comoveu o país ao ter os cabelos raspados em frente às câmeras:

- Não vejo ninguém que tenha uma importância desse tamanho nesta novela. Hoje, se me perguntarem quem em "Passione" tem o mesmo peso que Camila tinha em "Laços", eu não saberia responder.

O certo é que, já que escapou da morte, Diana vai ter que fazer jus ao posto de mocinha. Em outras palavras: sofrer um bocadinho. Nos próximos capítulos, o sonho de se casar com Mauro estará ameaçado. Abreu é quem conta:

- Noronha (Rodrigo dos Santos) vai morrer e, como única testemunha da briga entre ele e Mauro, Melina vai chantagear a jornalista. Se ela se casar, a estilista irá à delegacia contar que foi Mauro quem o matou. Diana terá que escolher entre o casamento e a liberdade de Mauro. Agora, se ela será feliz para sempre, só o tempo dirá...

SESSÃO GRANDES ATORES: Eva Wilma


Eva Wilma Rilfles (São Paulo, 14 de dezembro de 1933) é uma atriz brasileira de origem alemã.

Eva Wilma iniciou sua carreia como bailarina clássica aos 14 anos. Logo passou a fazer parte do São Paulo Ballet de Maria Oleneva e, em 1953, apresenta-se no Theatro Municipal de São Paulo juntamente com o corpo de ballet do IV Centenário de São Paulo. O Produtor e Diretor do TBC (Teatro Brasileiro de Comédia), José Renato, chamou-a para formar a primeira turma de teatro de arena, onde atuou com grandes astros e estrelas na época nos espetáculos, Judas em Sábado de Aleluia, Uma mulher e Três Palhaços, depois, teve grande repercussão ao fazer trabalhos como Boeing-Boeing, O Santo Inquérito, A Megera Domada e Black-Out, peça produzida e dirigida por John Herbert. Fez Um Bonde Chamado Desejo, Pulzt, Esperando Godot, dirigiu Os Rapazes da Banda, depois participou de Quando o Coração Floresce, Queridinha Mamãe, onde recebeu o Molière de Melhor Atriz e O Manifesto.

Em 1952, o diretor italiano Luciano Salce convidou-a para fazer um participação como figurante no filme Uma Pulga na Balança na Companhia Cinematográfica Vera Cruz, simultaneamente, participou do documentário do IV Centenário de São Paulo Se a Cidade Cantasse do diretor Tito Banini. Protagonizou dois filmes ao lado de Procópio Ferreira: O Homem dos Papagaios e A Sogra, ambos do diretor Armando Couto, e o drama de José Carlos Burle, O Craque. Foi a estrela da cinebiografia do cantor Francisco Alves:Chico Viola Não Morreu, de Roman Vanoly Barreto, em co-produção com a Atlântida e Sonefilme da Argentina. Volta a trabalhar com José Carlos Burle em uma comédia, O Cantor e o Milionário. Atuou no policial Cidade Ameaçada de Roberto Faria, na aventura A Ilha de Walter Hugo Khouri e no suspense O Quinto Poder de Alberto Pieralisi. Começa a trabalhar em coproduções estrangeiras,A Moça do Quarto 13 do americano Richard Cunha, simultaneamente, trabalha em filmes sob os olhos do alemão Horst Hachler como Noites Quentes em Copacabana e Convite ao Pecado. Premiada no Brasil e exterior, Eva Wilma, participa do filme São Paulo S/A do diretor Luiz Sérgio Person, onde interpreta Luciana, a jovem esposa ambiciosa de um alto funcionário da indústria paulista em busca de ascensão social. Depois, ela participa de comédias como A Arte de Viver Bem, episódio 1: A Inconveniência de Ser esposa, baseada na peça homônima de de Silveira Sampaio, sob direção de Fernando de Barros, da co-produção Brasil-México,Juegos Peligrosos, episódio 2: Divertimento do diretor mexicano Luiz Algoriza e Cada Um Dá O Que Tem, episódio 2: Cartão de Crédito, sob direção de John Herbert. De Ricardo Bandeira faz uma pequena participação no filme religioso O Menino Arco-Íris ( A Vida de Jesus Cristo).


Representa a abnegada mãe de um jogador de futebol em Asa Branca, um sonho brasileiro do diretor Djalma Limongi Batista, e o Feliz Ano Velho de Roberto Gervitz. Paticipou dos filmes Person, Veias e Vinhos. O Signo da Cidade de Bruna Lombardi e A Guerra dos Vizinhos do diretor Rubens Xavier

Na televisão Eva Wilma estreou em 1953, quando Cassiano Gabus Mendes convidou-a para atuar no seriado Namorados de São Paulo, ao lado de Mário Sérgio. Posteriormente, Gabus Mendes mudou o título da série para "Alô, Doçura", e esta foi protagonizada por Eva Wilma e John Herbert durante dez anos. O seriado entrou para o Guiness Book como o mais longo do país e, Eva Wilma, recebeu o Troféu Imprensa 1964 como Destaque do ano.

John Herbert e Eva Wilma formaram o principal casal da televisão brasileira dos anos 50 e 60, depois do sucesso em Alõ Doçura, eles trabalharam na Record, protagonizando duas novelas: Comédia Carioca e Prisioneiro de um Sonho de Roberto Faria. O Casal retorna à TV Tupi e fazem trabalhos importantes como A de Amor e Confissões de Penélope, antes Eva Wilma comove os telespectadores como a meiga Ana Maria de Ana Maria Meu amor, faz Fatalidade e a vilã Jane de Angústia de Amar, novela baseada no filme O Que Aconteceu a Baby Jane?.


Recebe reconhecimento internacional ao trabalhar em O Amor Tem Cara de Mulher do mestre Cassiano Gabus Mentes e recebe o Troféu imprensa de 1966 de atriz revelação. Atuou em Nenhum Homem é Deus de Lauro César Muniz.

Nos anos 70, o rosto de Eva Wilma é referência no Teatro, Cinema e TV, tornou-se ao lado do Carlos Zara um dois principais pares românticos da televisão brasileira, onde juntos trabalharam em novelas de grande sucesso, teleteatros e especias, pois Carlos Zara foi até 1977 o diretor de teledramaturgia da extinta TV Tupi.

Atua em novelas importantes como Meu Pé de Laranja lima, onde interpreta a uma mulher amarga, Jandira e a sonhadora Gabriela emNossa Filha Gabriela, ambas da Ivani Ribeiro, na trama A Revolta dos Anjos da psicologa Carmem Silva ela interpreta a prudente Silvia.

Em 1973, Eva Wilma detona ao interpretar as gêmeas Ruth e Raquel de Mulheres de Areia (1973) novela de Ivani Ribeiro, que é sucesso nacional e internacional, popularmente chamada de Vivinha pelos colegas, ela trabalha em novelas de sucesso da Ivani Ribeiro, A Barba Azul e A Viagem (1975). Depois, participa de novelas do Sérgio Jockymann, O Julgamento e Roda de Fogo. Faz o remake de O Direito de Nascer e chega a participar das gravações da novela Maria de Nazaré, que por problemas internos da emissora paulista nunca chegou a ser levada ao ar.

Com o fim da TV Tupi em 1980, Eva Wilma é contratada definitivamente pela Rede Globo, onde exerce seu lado humorístico nas novelas Plumas e Paetês e Elas por Elas, faz a esquizofrênica Laura de Ciranda de Pedra, a autoritária Francisca Moura Imperial de Transas e Caretas, novela onde o nome de sua personagem era uma leve crítica ao FMI, depois vieram a engraçada Angelina de De quina pra Lua, a ex-militante política que sofreu os horrores da ditadura militar, Maura, de Roda de Fogo, o sucesso Sassaricando e muitas outras novelas marcantes: Pedra sobre Pedra, Pátria minha e A Indomada, onde interpretou a cômica vilã Maria Altiva Pedreira Mendonça de Albuquerque. Atuou em História de Amor, onde o autor Manoel Carlos criou um personagem só para ela, fez também grandes produções como O Rei do Gado, Esperança, Começar de Novo e Desejo Proibido.


Sempre participou de grandes séries, em especial, Mulher e O Quinto dos Infernos , logo após, Os Maias, Um Só Coração, JK, Norma, Na Forma da Lei, Sempre participando com personagem de destaque, a atriz mostra-se sempre presente.

Vale Tudo: Chamada Canal Viva

CRÍTICA: ‘As cariocas’, altos e baixos


“As cariocas” apresentou seu time pelos prenomes, sugerindo intimidade e abrindo a porta para a generalização. No episódio de estreia, “A noiva do Catete”, a estrela, por exemplo, era simplesmente Alinne. Qual Alinne? Ora, Alinne/Nádia, a Noiva do Catete, uma figura da mitologia de Sérgio Porto, mas pinçada no cotidiano comezinho nas redondezas do Largo do Machado e da Silveira Martins. Alguém comum, que você pode ter conhecido.

Deliciosamente narrada por Daniel Filho, “As cariocas” tem fotografia impecável (de Nonato Estrela), trilha inspirada e direção de mestre de Daniel. A sacanagem, o espírito libertino, e a possibilidade de uma mulher ter não duas, mas mil caras estão ali o tempo todo. No entanto, a linguagem visual não poderia ser mais elegante. São meros relances dos jogos sexuais, das brincadeiras nunca 100% mostradas, como a do escambo da calcinha pela toalha, e depois pela cueca. Alinne Moraes, Pedro Nercessian, Ângelo Antônio e Nélson Baskerville estiveram perfeitos. Fica visível ali também a mão de um bom diretor.

Um erro de conceito, entretanto, atrapalha a série. Diferentemente de “A vida como ela é...”, programa de 1997 baseado na obra de Nelson Rodrigues (e também com adaptação de Euclydes Marinho e direção de Daniel Filho), “As cariocas” foi trazida para os dias de hoje. O Catete que se vê aqui não é o idílico bairro ainda com resíduos de pose por causa do palácio, como testemunhou Sérgio Porto. Difícil também conceber, nos tempos atuais, uma mulher na cama com um homem casado que goste de vê-la usando avental e falando “paizinho”.


Ao atualizar a obra de Sérgio Porto, Euclydes automaticamente transformou em ponto fraco o que poderia ser uma viagem ao Rio dos anos 60. Ficou datado.

Por onde anda a Teledramaturgia brasileira?


Já houve quem defendesse que o Brasil vive na década atual o seu melhor momento em teledramaturgia, afinal, são três emissoras investindo alto em produções de ficção e ainda há a quarta rede que tenta se estabilizar com pelo menos um produto novo.

Desde o início da década, quando a Rede Record iniciou sua onda de investimentos milionários buscando um projeto ousado de tirar da Rede Globo a preferência do telespectador, o burburinho em praticamente todas as TVs começou. A emissora entendeu rapidamente que não se constrói uma Rede de Televisão no Brasil sem que tenha os dois pés fincados na teledramaturgia e passou a investir muito nesta área com novelas, séries e, mais recentemente, minisséries.

Após um período completamente perdido, vivendo numa bolha e funcionando como se fosse uma TV interna da família Abravanel, o SBT voltou a investir no ramo das telenovelas com a contratação de Tiago Santiago e um elenco respeitável em suas últimas tramas e, aparentemente, manterá o investimento para os próximos anos.

Ainda assim, deixando de lado a Rede Globo, a maior produtora de novelas e séries do país e, detentora dos melhores produtores de teledramaturgia do país e um dos melhores do mundo, a pergunta que se deve fazer é: Onde está a dramaturgia no Brasil? A Record alardeou produzir folhetins do nível da concorrente, se orgulhou em passar a realizar minisséries - tidas como muito mais complexas - e sempre lembra que também investe em séries. E daí? Atualmente, a emissora conta com um único produto de dramaturgia nacional no ar, Ribeirão do Tempo.

O restante da programação tem de tudo, menos produto próprio na área. Em pleno horário nobre a Rede coloca no ar uma série americana. Além do que, segue indefinida a estréia da versão brasileira de Rebelde e, a minissérie A História de Davi foi adiada, enquanto Sansão e Dalila entrará no ar apenas em 2011. Muito pouco para quem quer ser comparada a Globo, não?

E o SBT que encurtou a novela Uma Rosa com Amor sob a fraca alegação de que o Horário Eleitoral Gratuito iria atrapalhar a grade da emissora? Com isso, a emissora voltou a não ter nenhuma produção própria e inédita no ar. Chega a ser deprimente sintonizar o SBT e perceber que a emissora não tem produção própria. Atualmente a emissora exibe dois folhetins, duas reprises, Canavial de Paixões que, ao menos é própria e A História de Ana Raio e Zé Trovão, da extinta Rede Manchete.

Se não fosse a Globo - esta sim, bem organizada, com três novelas no ar o tempo todo, além de muitas séries, minisséries, sitcoms - e alguns canais da tv paga, o Brasil seria provavelmente o pior país do mundo na produção de teledramaturgia. Enquanto este produto é valorizado no mundo inteiro, as emissoras brasileiras preferem apostar em Realities-Shows de qualidade duvidosa, em Programas de Auditórios que dão sono ou no mundo cão que dá audiência mais fácil.

É uma pena.

Paola Oliveira está pronta para protagonista das 8?


Esta é a pergunta que praticamente toda a mídia especializada se faz nesta semana desde que a Rede Globo divulgou que a atriz Paola Oliveira foi a escolhida como protagonista da próxima novela das 8, Insensato Coração, assinada por Gilberto Braga e Ricardo Linhares. A atriz foi chamada às pressas para substituir a afastada Ana Paula Arósio, escalada para o papel e que simplesmente deixou de comparecer às gravações em Santa Catarina.

É difícil se responder a uma pergunta como esta e, para não correr o risco de ser injusto, é preciso fazer uma série de análises individuais que, somadas, podem trazer alguma conclusão importante sobre o tema. Paola Oliveira surgiu na televisão ao interpretar Giovana, filha de Safira (Cláudia Raia) na novela Belíssima em 2005. Ela foi muito elogiada e, a partir daí, engatou uma série de novelas em sua carreira.

Paola já começava a ficar estigmatizada como uma atriz própria do horário das 6, devido a seus trabalhos seguidos em folhetins deste horário. Sua primeira protagonista foi no remake de O Profeta (2006), assinada pela dupla Duca Rachid e Thelma Guedes, ela viveu o papel da doce Sônia e encantou telespectadores e críticas por sua composição. Em 2008, ela viveu Letícia na trama Ciranda de Pedra, novela de Alcides Nogueira, e novamente chamou a atenção por sua interpretação. Mas seu auge esteve no ano de 2009 ao ser convidada novamente para uma trama das 6 - sua terceira consecutiva - pela dupla Duca Rachid e Thelma Guedes, Paola interpretava sua primeira vilã da carreira, Verônica, na ótima Cama de Gato.

Com tantos trabalhos no currículo em um período de tempo curto, sendo todas as personagens de grande importância nas tramas, Paola se tornou uma atriz bem vista pela crítica e considerada promissora dentro da emissora. Em 2010 ela já tem participação garantida nas séries As Cariocas e Afinal, o que querem as mulheres? Ela já estava escalada como protagonista da próxima novela das 6, ainda sem nome e com estreia prevista para março.

Agora, escalada para integrar como protagonista o folhetim Insensato Coração, a atriz deve dar uma guinada em sua carreira por se ter o papel de maior evidência do país no ano de 2011. Ela vem realizando ótimos trabalhos e a oportunidade mais cedo ou mais tarde chegaria. O ponto é se é a novela e o momento certo. Paola irá ter como vilã simplesmente Glória Pires, que rouba a cena em todos os seus trabalhos. Não será fácil para ela manter o nível de interpretação de Glória, principalmente porque a personagem da veterena atriz já está muito a frente em repercussão e expectativa.

Paola corre o risco de acontecer com ela o que vem acontecendo com Mariana Ximenez que, como Clara, tem dado conta do recado em Passione, mas todas as vezes que precisa contracenar com Fernanda Montenegro, mostra-se insegura em cena. O problema é que Clara não é a mocinha e Paola será.

REVIEW: A Cura 1x09



Se cada um dos episódios da primeira temporada de A Cura já foi espetacular, o último episódio fechou com chave de ouro uma obra de arte da TV brasileira e colocou a série no patamar de melhor produto de dramaturgia da História da televisão brasileira e, sem exagero, entre as melhores séries já produzidas em todo o mundo da dramaturgia.

É impossível descrever o sentimento do telespectador enquanto assistia ao desenrolar dos acontecimentos neste último episódio. Cada diálogo, cada cena, cada minuto de suspense levava o público para dentro da história e produzia em cada um de nós os mesmos sentimentos das personagens. Não é fácil citar um momento como o ponto alto desta exibição, pois foram inúmeros os momentos em que o público ficou abismado e boquiaberto com o incrível roteiro criado por João Emanuel Carneiro.

A morte de Graciema (Ana Rosa) caiu como uma bomba em Diamantina e Turíbio (Ary Fontoura) fez questão de lembrar Rosângela (Andréia Horta) que não apenas Dimas (Selton Melo) era responsável pela morte da esposa, mas a própria filha, ao permitir que o curandeiro se aproximasse da mãe. Muito forte a cena em que Turíbio diz a filha: "Você cravou aquela faca em sua mãe, você é a responsável pela morte dela", num show de atuação de Ary Fontoura e Andréia Horta.

Oto (Juca de Oliveira) seguiu seu plano maquiavélico para incriminar Dimas e, aparentemente tudo funcionava. Enquanto isso, ele ordenou a morte de Luis Camilo (Caco Ciocler) emparedado, exatamente da mesma forma como José Silvério (Carmo Dalla Vecchia) fazia no século XVII com seus inimigos. Cena terrivelmente forte de assistir quando Luis Camilo era emparedado e também muito forte quando ele conseguiu se libertar, graças a chuva que deixou o barro mais mole.

Oto, claramente um demônio que ultrapassou gerações, conseguiu atrair Rosângela para a mansão abandonada e a usou de isca para atrair Dimas. Ameaçando a vida da garota obrigou Dimas a curá-lo. Muito boa a cena em que mostrou Dimas pronto para curá-lo e, colocando a faca no pescoço de Oto ameaçando matá-lo para, em seguida, mostrar exatamente a mesma cena com José Silvério gritando para Ezequiel matá-lo e acabar com seu sofrimento. Ezequiel diz que não sabe matar e José Silvério ordena a morte da mãe do garoto, desesperado, ele consegue matar o vilão que comemora, lembra-se da maldição do índio e diz que, a partir dali, a maldição foi transferida para o garoto e eis a explicação de porque os dois se perseguem por tantas gerações.

Ao contrário de Ezequiel, Dimas manteve-se firme e não mata Oto que, irado, foi contra Rosângela e a feriu gravemente e deixou Dimas caído, desmaiado, com a ajuda do avô do médico. Por fim, temos a cena de Dimas numa prisão psiquiátrica recebendo a visita de Luis Camilo que afirma que o tirará de lá para ele curar Rosângela e, juntos, encontrarem Oto para matá-lo. A cena em seguida é a de Rosângela em coma no hospital, a câmera se aproxima dela até que ela abre os olhos e acaba a temporada, deixando claro que teremos a segunda temporada da série em 2011.

Um fim espetacular com um gancho sensacional coloca a primeira temporada de A Cura como a maior produção da história da TV Globo e deixa o telespectador ansioso pela segunda temporada e o desenrolar dos acontecimentos. Enquanto isso, só nos resta aplaudir João Emanuel Carneiro e Marcos Bernstein pelo roteiro excepcional, a Ricardo Waddington pela direção impecável e a todo elenco, sem exceção, pela interpretação impressionante da melhor série brasileira de todos os tempos.

Em tempo: O último episódio de A Cura registrou média de 16 pontos com picos de 18, garantindo a liderança para a Globo. A temporada fechou com média de 16 pontos e a liderança em todos os episódios.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Audiência de quinta (21/10)


Sete pecados - 11

Malhação - 14

Araguaia - 21

Ti-ti-ti - 28

Passione - 37

A grande família - 25

Pérola Negra - 4

Esmeralda - 6

Canavial de paixões - 5

Ana Raio e Zé Trovão - 5

Os mutantres - 7

Ribeirão do Tempo - 11

SESSÃO ABERTURA: Desejo

Novo triângulo na novela: Felícia balançará entre Gerson e Totó


Felícia (Larissa Maciel) está apaixonada por Totó (Tony Ramos) em "Passione"? Pode até ser, mas nos próximos capítulos, quando Fátima (Bianca Bin) descobrir que Gerson (Marcello Antony) é seu pai, tudo vai mudar de figura.


É que tanto Felícia quanto Gerson ficarão sabendo que foram vítima da vilania de Eugênio (Mauro Mendonça): o empresário deu dinheiro ao pai de Felícia para que ela abortasse, e por isso eles se separaram. Gerson nunca sequer soube da existência da filha.


Felícia reviverá antigos sentimentos. E Fátima vai querer os pais juntos de novo.


- Aí, um novo triângulo se formará: Gerson, Felicia e Totó - conta o autor da novela, Silvio de Abreu.

Melina fará chantagem e impedirá que Diana e Mauro se casem


Fortíssimas emoções abalarão os próximos capítulos de "Passione" e Mauro (Rodrigo Lombardi) e Diana (Carolina Dieckmann) não conseguirão se casar. Tudo por obra de Melina (Mayana Moura), que vem se revelando uma víbora "daquelas".


Mauro estará no cartório, com todos os convidados, esperando a noiva. Mas Diana não aparecerá. E por que? É que Melina vai procurar Diana em seu apartamento, quando ela estiver saindo para o cartório e dirá que se ela se casar com Mauro, ele sairá do cartório para a cadeia porque ela vai dizer à polícia que o viu matando Noronha.


Isso, claro, é mentira. Mas, como ela é a única testemunha da morte do advogado, pode dizer o que quiser. Melina quer que Mauro fique esperando por Diana, assim como Fred ficou esperando por ela, quando ela não compareceu ao casamento porque Mauro prometeu se casar com ela.


Diana, sabendo que Melina está disposta a tudo para impedir o casamento, não comparecerá ao cartório e atendendo as exigências de Melina, para que não coloque Mauro preso, rompe definitivamente com o amado, sacrificando o seu amor, para que ele não seja prejudicado na ânsia de vingança de Melina.

Felipe Dylon: 'A mulherada está caindo em cima, mas estou tranquilo'


Sem os dreads e bem mais magro, Felipe Dylon vai aparecer no próximo domingo (24 de outubro) no seriado "Open bar", que vai ao ar no Multishow. O cantor fará uma participação especial no programa como Vicente, um garotão conquistador que vai disputar com Heitor (Alejandro Claveaux) o título de maior pegador da região. Animado para se ver na televisão, Felipe disse ao blog que, na vida real, não se sente um galã.

- Sou um cara de boa aparência, mas faltam bagagem e tempo de carreira para isso. Quem sabe um dia eu chego lá - declarou.

Mas Felipe, que perdeu sete quilos recentemente, admite o assédio feminino.

- Ah, a mulherada está caindo em cima, mas eu estou tranquilo - despita.

Felipe vai aparecer em dois episódios de "Open bar". Vicente, seu personagem, será convocado por Babu(Silvio Guindane) para reinar na área. Desde que ele prometeu que não faria sexo com nenhuma mulher até quitar as dívidas do bar, Heitor está ganhando todas as suas ex-namoradas.

Audiência de quarta (20/10)


Sete pecados - 10

Malhação - 14

Araguaia - 20

Ti-ti-ti - 30

Passione - 39

Pérola Negra - 5

Esmeralda - 6

Canavial de paixões - 5

Ana Raio e Zé Trovão - 7

Os mutantes - 7

Ribeirão do Tempo - 15

Alcides Nogueira e Mário Teixeira deverão substituir a trama de Duca Rachid e Thelma Guedes

A trama de Duca Rachid e Thelma Guedes, que irá substituir "Araguaia", a partir de março, na faixa das seis, na Globo já pode ter uma substituta. Uma novela de Alcides Nogueira e Mário Teixeira deverá substituir.

Caso seja aprovada, tem previsão de estreia em setembro de 2011.

SESSÃO ENTREVISTA: João Falcão - Série Clandestinos

Pelo original, 'Ana Raio e Zé Trovão' só termina em março de 2011 no SBT


O que para muitos é motivo de comemoração, para outros nem tanto. Os telespectadores que puderam acompanhar a novela na Manchete, agora estão revivendo o passado com a reprise no SBT.

O fato é que 'Ana Raio e Zé Trovão' começou com altos índices de audiência no SBT, vencendo até a novela 'Ribeirão do Tempo' e o programa 'Legendários' ambos da Record, e agora se vê estagnada. Sem reação.

A novela está no ar desde o dia 07 de junho e deve prolongar-se por mais 5 meses, ou seja, terminando somente em março de 2011.

Isso, se o SBT seguir o original da trama, coisa difícil de acontecer.

Hoje vai ao ar o capitúlo 118 da novela, que ainda guarda muitas emoções como a morte de Ana Raio nos próximos capitúlos.

‘Desejo’ é a nova minissérie do canal Viva


Estreia no canal Viva, no dia 2 de novembro, às 23h45, a minissérie "Desejo", escrita por Glória Perez, com direção geral de Wolf Maya e Denise Saraceni. Um dos sucessos da teledramaturgia brasileira, a trama traz o trágico triângulo amoroso composto pelos atores Tarcísio Meira, interpretando Euclides da Cunha, Vera Fischer, como Anna, e Guilherme Fontes, vivendo o personagem Dilermando.

Esta é a história que Euclides da Cunha não escreveu nem idealizou, mas foi o personagem principal. A tragédia da Piedade, ocorrida em 15 de agosto de 1909, quando o escritor acabou morto pelos tiros do amante - Dilermando de Assis - de sua mulher Anna. Euclides da Cunha dividia a vida entre seus escritos e as viagens distantes. Nestas viagens, deixava para trás a esposa, Anna, a Saninha, uma mulher feita para o amor e para ser feliz. Quando a possibilidade de um amor completo surge na pessoa do jovem cadete Dilermando de Assis, ela se entrega totalmente. Mas Euclides acaba descobrindo o romance secreto da esposa e vai armado à procura do casal de amantes. Essa é uma tragédia de amor numa época em que os sentimentos eram mais fortes, as consequências mais graves e desafiar as instituições tinha um preço. E a honra era lavada com sangue.

Foi o desejo que levou Anna, Euclides e Dilermando à tragédia da Piedade. E foi também o desejo que levou Alquimena (Deborah Evelyn), irmã de Anna, a uma vida igualmente trágica e solitária, fechando ainda mais o cerco para o terrível destino dessa família.

DesejoInédito

VIVA - Canal Globosat

No ar de segunda a sexta-feira, às 23h45

Horários alternativos: de segunda a sexta-feira, às 3h30

A Vingativa do Méier é o 2º episódio de As Cariocas

Adriana Esteves é a protagonista de "A Vingativa do Méier", o segundo episódio de "As Cariocas"; que vai ao ar dia 26 de outubro, logo após "Casseta e Planeta". Dirigida e produzida por Daniel Filho, escrita por Euclydes Marinho, a série traz a vida de 10 mulheres cariocas em episódios independentes, inspirados na obra homônima de Sérgio Porto e interpretados por diferentes atrizes.


Bárbara Paz e Adriana Esteves no episódio "A Vingativa do Méier" Foto:Divulgação


Em "A Vingativa do Méier", Celi (Adriana Esteves) é uma mulher recatada ao extremo, passa tanto tempo na casa do pais, que parece que ainda mora lá. Celi é casada há 5 anos com Djalma (Ailton Graça), um protético que montou um consultório em um quarto dentro do apartamento. Só que o relacionamento não vai nada bem. Apesar de boazinha, Celi não tem nada de boba. Ela se incomoda com a falta do desejo do marido e suspeita que pode estar sendo traída. A boa moça então, resolve pagar na mesma moeda e ainda conta com o apoio da família de amigos.

O episódio conta com a participação de Agildo Ribeiro (Alberto), Barbara Paz (Deysi), Créo Kellab (Chaveiro), Joaquim Lopes (Professor de ginástica) e Myriam Pérsia (Jacira).

Globo estreia a série 'Clandestinos - o sonho começou'


A Rede Globo estreia na quinta-feira, dia 4 de novembro, logo após "A Grande Família" a série "Clandestinos - o sonho começou". A produção de sete capítulos conta a histórias de jovens de diferentes lugares do Brasil que sonham com o sucesso.

Inspirado nos relatos de vida de 17 atores selecionados em um teste de elenco, João Falcão escreveu esta trama que aproxima realidade e ficção. Fábio (Fábio Enriquez) é autor e diretor de teatro e resolve fazer uma audição para sua próxima peça. Para isso, conta com a ajuda de sua fiel assistente e produtora, Elisa (Elisa Pinheiro). O casal enfrenta dificuldades de montagens, orçamento, dilemas de diretor/autor e produtores de uma maneira divertida e poética.

Esta é uma história “sobre esses moços e moças que sonham nessa cidade esse sonho de ser artista”. A fala de um dos personagens da série apresenta com propriedade o tema do programa que vai além da arte e fala a todos da jornada seguida pela juventude em busca de seus objetivos. A história surgiu quando João Falcão escutava relatos de jovens que buscavam em um teste para o teatro o ponto de partida para o sucesso. A peça virou sucesso de público e crítica, ganhou os prêmios APTR (Associação dos Produtores de Teatro do Rio de Janeiro) de melhor autor, Qualidade Brasil de melhor direção em comédia e agora ganha adaptação para a TV .

Depois de contar suas histórias em uma trajetória de sucesso no teatro, o mesmo grupo de atores foi escolhido por João Falcão para a adaptação em TV. “Eu queria pessoas que estivessem representando algo que eles estariam vivendo de verdade”, explica João. Embora estreantes em televisão, a diretora Flávia Lacerda garante que não houve dificuldades na hora das gravações: “Eles são excelentes atores, o que torna mais fácil o ajuste para a mídia televisiva. Até porque eles já tinham essa longa vivência dos personagens”, garante.

Ao contrário do processo tradicional de criação de um roteiro, em 2008, João Falcão decidiu compor seu enredo a partir dos personagens. Foi então que publicou na internet um chamado para um teste de seleção de elenco para jovens de 18 a 28 anos. Em resposta, centenas compareceram ao teste e, após ter o elenco escolhido, as histórias foram escritas com base na entrevista e convívio com os rapazes e moças, dando então origem a ‘Clandestinos - o sonho começou’.

A partir daqui, realidade e ficção se confundem, assim como criatura e criador. A partir de suas experiências de vida, seus medos, pontos fortes e fracos de cada candidato, os atores trouxeram aspectos únicos para seus papéis. As dificuldades de montagens de uma peça, orçamento, dilemas de diretor/autor e produtores são também exibidos de uma maneira divertida e poética. A montagem apresenta os personagens de maneira dinâmica, utilizando-se do artifício do flashback para desenhar por completo o perfil de cada um deles.

À procura de uma história

Fábio (Fábio Enriquez) é autor e diretor de teatro e resolve fazer um teste de elenco para sua próxima peça. Sem história, orçamento ou um planejamento, ele publica uma convocação para audições na internet. O chamado acaba surtindo um efeito melhor do que o esperado: um mar de gente formando uma fila na porta do teatro na hora do teste. Jovem muito sonhador e idealista, Fábio (Fábio Enriquez) conta com sua fiel assistente e produtora, Elisa (Elisa Pinheiro), para ajudá-lo a tomar decisões e organizar suas ideias. Como os dois já viveram um romance no passado, suspeita-se que a motivação do convite seja mais do que profissional.

Os candidatos ao teste são verdadeiros personagens de mundos muito diferentes, mas com algumas semelhanças: jovens que acreditam no seu talento e alimentam o mesmo sonho de viver da sua arte.

A história destes moços e moças

Já na fila formada à porta do teatro, é possível conhecer um pouco mais sobre a história de cada um dos candidatos. Eduardo (Eduardo Landim), por exemplo, tem 17 anos e foi criado por sua avó, que é a sua maior preciosidade e está muito doente. Persistente, busca uma saída para os papéis estigmatizados para negros para os quais ele sempre foi escolhido, desde a época de teatrinho da escola.

A mineira Adelaide (Adelaide de Castro) vem de uma família humilde. Saiu de Três Rios com o dinheiro contado apenas para fazer o teste no Rio de Janeiro. Dotada de um olhar romântico em relação à cidade, tem a certeza que vai esbarrar com Fábio Assunção assim que pisar lá. Já as gêmeas Giselle (Giselle Batista) e Michelle (Michelle Batista) enfrentam um dilema de querer conquistar carreiras independentes e deixarem assim de ser “a mesma pessoa”. Conhecidas pelo papel que interpretaram em ‘Malhação’ como irmãs gêmeas, já tentaram ser diferentes, mas quanto mais tentam se distanciar, mais sucesso fazem juntas.

Ao longo dos episódios, serão mostradas outras realidades. Como a de Junior (Junior Vieira), jovem ator negro, filho de diplomata. Viveu muito pouco no Brasil, mas deseja interpretar um verdadeiro bandido em cena e vai convencer Fábio (Fábio Enriquez) de seu talento de uma forma bem convincente. Já a nordestina não assumida Chandelly (Chandelly Braz) vem para o Rio sonhando com o sucesso e acredita que só aprendendo o sotaque carioca vai conseguir seu espaço como atriz. Ela trabalha em uma lanchonete onde conhece Edmilson (Bruno Heitor). Ele se apaixona pela moça de Olinda e vai fazer de tudo para realizar seu desejo, até ensiná-la a falar “carioquês”.

Fábio (Fábio Enriquez) consegue reunir também pessoas com os mais diversos talentos, como é o caso de Marcela (Marcela Coelho). Do interior de Minas, ela saiu de casa para estudar teatro e seu forte está nos musicais. O mesmo vale para o baiano “branquinho”, Emiliano (Emiliano D´Ávila), que é fã de Daniela Mercury e sabe dançar axé, jogar capoeira e mexer com as mulheres como ninguém.

Encontros inesperados

A cada teste, Fabio fica mais ansioso por novos relatos de vida e Elisa (Elisa Pinheiro) mais aliviada pela previsão de fim das audições. Para surpresa do diretor, alguns personagens de seu passado responderão à convocação de elenco. Um deles é Hugo (Hugo Leão), amigo com quem contracenou no teatro na época de escola, em Brasília, e de quem acababou se afastando por motivos que ele prefere não revelar.

Fábio (Fábio Enriquez) também irá rever uma ex-namorada da época de faculdade, Nanda (Nanda Costa). A ideia de fazer uma peça sobre atores iniciantes foi compartilhada com ela, no passado, mas ficou esquecida a partir do momento em que ela passou em um teste para televisão que acabou separando o casal. A presença da atriz irá abalar o diretor e instigar o ciúme de Elisa (Elisa Pinheiro).

Outra surpresa será o reaparecimento de Luana (Luana Martau), que foi apresentadora mirim de um programa de TV quando tinha 11 anos e dividia o palco com alguns meninos, um deles era o Fábio (Fábio Enriquez). Desequilibrada, ela culpa-o pelo declínio de sua carreira que começou no dia em que ele recusou o convite para ser seu par, ao vivo, no programa infantil. Convicta que este é o motivo de seu fracasso, ela retorna para cobrar dele um papel que vai trazê-la de volta aos holofotes, e usará de métodos nada convencionais para convencê-lo a cumprir seu desejo.

Os últimos serão os primeiros

Outro teste nada convencional será o de Alejandro (Alejandro Claveaux), que se incomoda por, após interpretar um modelo em uma novela, ter ficado estereotipado pelo público. Ele é capaz de fingir ser gago e até mesmo forjar uma amnésia para provar a Fábio (Fábio Enriquez) e Elisa (Elisa Pinheiro) que não é ator de um papel só. Já Renata (Renata Guida) é uma paulistana que veio para o Rio escalada para protagonizar uma novela, mas não chegou a gravar uma cena sequer. Sua vontade é voltar para o teatro alternativo, mas seu pai, um político milionário, utilizará suas facilidades para mudar os planos da filha.

Ao contrário de Renata, Deborah (Deborah Wood) tem o apoio de seu pai para tudo. Ele é o maior incentivador da filha para seguir a carreira de atriz. Contudo, Deborah está cansada de fazer papel de gordinha hilária e sonha em interpretar a mocinha. Em paralelo, um ator em crise comparece ao teste apesar de todas as dificuldades que sua vida impôs à sua profissão. Esse é Pedro (Pedro Gracindo), que, diante da surpresa de uma gravidez não planejada de sua esposa, acabou deixando sua profissão de lado para tornar-se pai e “dona-de-casa” por tempo integral. Com o tempo, ele passa a achar a profissão de médica seguida por sua mulher muito mais importante que a sua, mas ela não vai deixar que ele abandone seus sonhos com tanta facilidade.

O Cenário

A cenógrafa Márcia Inoue conta que teve uma grande liberdade para experimentar um olhar diferente, não convencional, neste programa. Como a série tem um aspecto realista muito forte, eles recriaram o palco do Teatro Glória, o mesmo usado no teste de elenco para a peça ‘Clandestinos’, em 2008. Partindo daí, os recursos foram ficando mais elaborados, como o uso de maquetes e escalas, utilizando referências do filme ‘A Máquina’, e cenário virtual em 3-D. Para contar a história de cada personagem, foi utilizada uma mistura de trabalho manual e recursos tecnológicos, com a intenção de criar um clima romântico que traduzisse o ponto de vista do diretor da peça, que ouvia e imaginava a saga de cada um dos personagens que se revelava durante o teste. A construção de cada perfil foi feita de maneira diferenciada, como por exemplo o teatro do personagem Pedro, que era de papel e o de Renata, que era uma ilustração.

A Caracterização e o Figurino

A caracterizadora Mary Help conta que trabalhou em parceria com o figurinista Antonio Medeiros para criar um trabalho harmonioso. As referências ele conta que vieram de estudos da moda usada na rua das grandes cidades do mundo todo, como Amsterdam, Londres, Paris e até Xangai. “As ansiedades e pulsações dos jovens daqui não são diferentes dos de outras partes do mundo. Eles estão muito interligados”, explica Antonio. Já Mary comenta os desafios de caracterizar alguns dos atores em diferentes idades de seu personagem, como é o caso de Fábio que, em flashbacks, revive seus 13 anos, a adolescência em Brasília e depois, já mais velho, na faculdade estudando teatro.

“Nesses momentos, contamos muito com a parceria dos atores e neste caso foi ótimo, pois o Fábio concordou em usar uma peruca, raspar a cabeça e até fazer um corte estilo Menudos”, lembra a caracterizadora. João Falcão forneceu muitas informações sobre os personagens para a dupla, o que ajudou na composição de cada um deles: “Ele gostava e opinava, às vezes mudava o texto em função da caracterização. O que é muito gratificante para nós”, conta Mary.

A Trilha Sonora

Música é personagem importante em ‘Clandestinos – O Sonho Começou’. Começa com um Belchior de 1976 revisitado pela clandestina banda Vermelho 27 em arranjo concebido por Robertinho do Recife. “Apesar de muito moço, me sinto são e salvo e forte”, diz um verso de Sujeito de Sorte. “Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro”, diz um outro.

A série tem ainda mais nove canções produzidas especialmente por Ricco Viana, parceiro de João Falcão no teatro (“O pequeno Príncipe”, “Mamãe Não Pode Saber”, “Clandestinos – a peça”), e de João Falcão e Flávia Lacerda na Televisão (‘Sitcom.br’, ‘Dó Re Mi Fábrica’, ‘Laços’).

Tem Laila Garin, clandestina baiana, cantando “Se Eu Quiser Falar Com Deus”, de Gilbert Gil, e, vestindo apenas a guitarra de Carlos Martau, clandestino gaúcho de longa data, ela canta “Banho de Piscina”, de João Falcão. Tem Luana Martau, filha de Carlos, a Mirinda da série, cantando mais duas de João Falcão: “Fadinha da Paz”, antigo hit do seu personagem, e “A Outra Metade do Blues”, tema de Fábio e Elisa. Tem “Glass Morning”, de Coy Klark, clandestino carioca em Los Angeles sobre o piano de Toninho Van Han, do Rio Grande do Sul. Tem Bruno Heitor, do elenco, fazendo cello de contra-baixo em “You Don’t Know-me”, de Eddy Arnold e Clint Walker, Clarice Falcão cantando “I'm Nobody” dela mesma e “Ar de Chique” pelas clandestinas Luana Martau, Laila Garin e Elisa Pinheiro. Além de “Quem Quer Comprar Meu Samba”, de Ricco e João pelos Clandestinos do elenco.

Fábio Assunção e Dennis Carvalho gravam 'Clandestinos'.


Antes de embarcarem para Florianópolis onde gravam as primeiras cenas de "Insensato coração", Fábio Assunção e Dennis Carvalho participaram, como eles próprios, de "Clandestinos – o sonho começou", nova série de João Falcão.

A dupla vai aparecer logo no primeiro capítulo, previsto para ir ao ar no próximo dia 4. Dennis e Fábio foram dirigidos por Flávia Lacerda, que agora, olha a coincidência, está trabalhando com ambos em "Insensato coração".

- Foi muito rápido, mas muito divertido - contou Dennis.

No episódio, Adelaide (Adelaide de Castro), uma mineira de Três Corações, viajará para o Rio só para fazer um teste de elenco para uma peça. A aspirante a atriz acha que na capital fluminense tudo pode acontecer.

- Antes de vir aqui para o Rio de Janeiro, eu jurava que aqui era só eu sair na rua, assim distraída, que ia dar de cara com o Fábio Assunção - dirá ela na cena.

Até que, sem querer, Adelaide entrará numa gravação de uma novela e vai esbarrar em... Fábio Assunção! Apesar de estragar a cena, a princípio, o incidente irá agradar ao ator, que pedirá a Dennis que ele faça parte do roteiro:

- Ô, Dennis! Eu gostei desse esbarrão, você não gostou? - perguntará Fábio.

Adelaide acabará gravando ao lado de seu ídolo.