quarta-feira, 31 de outubro de 2012

TRILHA SONORA: Cheias de Charme

Trilha Sonora 1


01. PAVILHÃO DE ESPELHOS - Roberta Sá (participação especial de Ballaké Sissoko & Vincent Segal) (tema de Elano)
02. CHALALÁ - Léo Magalhães (tema de Rosário e Fabian)
03. PISCAR O OLHO - Tiê (tema de Cida e Conrado)
04. CHORA CORAÇÃO - Alcione (tema de Penha)
05. TUDO NOSSO - Samba Livre (tema de Penha e Gilson)
06. DISRITMIA - Zeca Baleiro (tema de Liara e Rodinei)
07. LÊ LÊ LÊ - João Neto & Frederico (tema geral)
08. BREVE CANÇÃO DE SONHO - Zélia Duncan (tema de Rosário)
09. SE VOCÊ ME DER - Arthur Danni (tema de Fabian)
10. SÓ SEI DANÇAR COM VOCÊ - Tulipa Ruiz (tema de Inácio e Rosário)
11. MALDITO RÁDIO - Adriana Calcanhoto (tema de Inácio)
12. TANGO PRA TEREZA - Ângela Maria e Agnaldo Timóteo (tema de Sidney)
13. SE VIRA - Beth Carvalho (tema de Sandro)
14. CANTA MARIA - Fernanda Takai (tema Cida)
15. EX MAI LOVE - Gaby Amarantos (tema de abertura)
16. DARTE - Ivete Sangalo participação especial de Juanes (tema de Lygia e Alejandro)
17. SÓ MARCANDO MEU NOME - Marcelo D2 e Stephan (tema de Rodinei)

BREVE CANÇÃO DE SONHO - Zélia Duncan ainda
FROM UNITED STATES OF PIAUÍ - Luís Gonzaga (tema de Socorro)
ESTRANHO NATURAL - Maria Gadú (tema de Gilson)
É O AMOR - Zezé di Camargo & Luciano (tema de Arruda e Chayene)
TE VIVO - Luan Santana
XONOU, XONOU - Banda Calypso

músicas cantadas pelos personagens da novela
XOTE DA BRABULETA - Cláudia Abreu (Chayene)
VIDA DE EMPREGUETE - Taís Araujo, Leandra Leal e Isabelle Drummond (Empreguetes)
MARIAS BRASILEIRAS - Taís Araújo, Leandra Leal e Isabelle Drummond (Empreguetes)
NOSSO BRILHO - Taís Araujo, Leandra Leal e Isabelle Drummond (Empreguetes)
FORRÓ DAS CURICAS - Taís Araújo, Leandra Leal e Isabelle Drummond (Empreguetes)
CHORA ME LIGA - Cláudia Abreu (Chayene)
VIDA DE PATROETE - Cláudia Abreu (Chayene)
SE VOCÊ ME DER - Cláudia Abreu e Juliano Cortuah (Chayene e Fabian)
CHALALÁ - Leandra Leal (Rosário)
AMOR SEM FIM - Leandra Leal (Rosário)
SÓ ME VEJO CONTIGO (QUANDO A GENTE BRIGA) - Leandra Leal e Juliano Cortuah (Rosário e Fabian)
VOU MATAR ESSE AMOR DENTRO DE MIM - Leandra Leal e Juliano Cortuah (Rosário e Fabian)
IMPOSSÍVEL ACREDITAR QUE PERDI VOCÊ - Juliano Cortuah (Fabian) (tema de Fabian)
CHEIA DE CHARME - Juliano Cortuah (Fabian)

Emílio Boechat colaborará com Carlos Lombardi na Record

 

Emílio Boechat
 
O autor Emílio Boechat já foi escalado para um novo trabalho na Record. Ele será colaborador na primeira novela de Carlos Lombardi na emissora.
 
Antes disso, Emílio era autor de “Rebelde”; ele assumiu a trama teen após Margareth Boury deixar o projeto.
 
A novela de Lombardi tem estreia prevista para o fim do primeiro semestre de 2013, entrando no lugar de “Balacobaco”. Betty Lago, Iran Malfitano, Carla Regina, Andrea Avancini, Jorge Pontual, Claudio Heinrich estarão no elenco.

“Da Cor do Pecado” deve ser exibida até fevereiro

 

Paco (Reynaldo Gianecchini) e Preta (Taís Araújo)
 
A ideia de reprisar a novela “Da Cor do Pecado” no “Vale a Pena Ver de Novo” não deu certo. A trama chega a marcar 9 pontos em São Paulo, registrando, até agora, a menor audiência da história da sessão. Nem o aumento de chamadas geraram resultados.
 
Com isso, foi definido que o folhetim será encurtado. Os capítulos serão reeditados e algumas tramas secundárias serão deixadas de lado. A aceleração já pode ser observada, em alguns dias, por exemplo, cerca de quatro capítulos são exibidos em um.
 
Com essa reedição, a previsão é que novela seja exibida até fevereiro, totalizando cerca de 5 meses de exibição. Ainda não se sabe qual será a substituta de “Da Cor do Pecado”, mas é certo que dessa vez a Globo deve optar por uma obra mais antiga.
 

Em baixa na audiência, “Lado a Lado” terá grande reviravolta

 

Chega de sofrer! Isabel voltará ao Brasil cheia de dinheiro
 
A Globo está acompanhando de perto os trabalhos da equipe de figurino e cenografia de “Lado a Lado”, que já é a novela de menor audiência da faixa das seis de todos os tempos. A trama terá uma grande reviravolta, e a Globo vai aproveitar para fazer alguns ajustes.
 
Isabel, papel de Camila Pitanga, vai “sofrer” em Paris por alguns dias. A mocinha vai viajar com Madame Dorleac (Maria Fernanda Cândido) para ser sua coreógrafa de dança brasileira, após a “morte” do filho.
 
A grande reviravolta será quando Isabel, que já estará conhecida na França pela carreira de dançarina, voltar ao Brasil. Para o delírio de Berenice (Sheron Menezes), a protagonista voltará cheia da grana, mas sem o marido Zé Maria (Lázara Ramos), que sumirá misteriosamente.
 
O romance de Edgar (Thiago Fragoso) e Laura (Marjorie Estiano) também sofrerá uma reviravolta. O rapaz vai viajar para Portugal e não dará notícias, deixando a esposa desesperada. A jovem chegará a ficar grávida de Edgar, mas acabará perdendo o bebê.
 

Record manda Cristianne Fridman mudar temática de novela

Cristianne Fridman prepara sua nova novela na Record
 
A autora Cristianne Fridman foi orientada pela Record para mudar o tema de sua próxima novela na emissora, que ganhou o título provisório de “Maré Alta”, prevista para estrear após “Dona Xepa”, em 2013, na faixa das 20h30.
 
De acordo com o jornal O Globo, o folhetim, aprovado pela direção da emissora, não será mais uma comédia romântica, como estava prevista. O tema ficaria batido, já que “Dona Xepa” também mistura comédia e drama.
 
Christianne Fridman não esconde seu desejo de deixar a Record assim que seu contrato acabar, em 2014. A autora, que escreveu recentemente “Vidas em Jogo”, afirma que vai cumprir o prazo até o final.

Globo ainda não sabe qual novela exibirá após “Da Cor do Pecado”

Novelas da Globo
 
A Globo vive uma má fase à tarde. A emissora vem registrando médias entre 9 e 11 pontos das 12h às 18h. Um dos grandes problemas da faixa é a re-reprise da novela “Da Cor do Pecado”, no “Vale a Pena Ver de Novo”. A trama acumula média, até o capítulo 20, de 10.65 pontos. A meta para o horário é de 18 pontos.
 
“Da Cor do Pecado” terminará antes do previsto, mas a emissora ainda não sabe qual trama entrará no horário. O canal vem optando por novelas exibidas nos anos 2000, deixando as mais antigas para o canal Viva.
 
As últimas reprises de grande audiência no horário foram “Senhora do Destino”, com 21 de média geral e 29 em seu último capítulo, e “Alma Gêmea”, com 20 de média geral e 34 em seu último capítulo. Desde que a meta passou a ser 18 pontos apenas quatro novelas, das doze exibidas, atingiram o índice estipulado.
 

Sessão de Terapia – 3ª Semana


Coisas simples como um atraso, uma cafeteira, um vaso, uma mancha ou uma ida ao banheiro,
em Sessão de Terapia tomam proporções inimagináveis!

Spoilers Abaixo:

A 3ª semana de Sessão de Terapia não decepcionou e desenvolveu novas situações. Uma coisa importante que deixei de comentar em minha última review, foi que eu não vi a série original israelense Be Tipul e a versão brasileira, está sendo o meu primeiro contato com essa trama e seus personagens.
Por isso, te convido a assim como eu, entrar no mundo e no inconsciente desses personagens tão complexos e humanos. Vamos ver o que rolou nessa 3ª semana?
 
Segunda- Júlia
O atraso de 10 minutos de Júlia adiantou mais um embate na relação terapeuta e paciente com Théo. O atraso foi justificado por ela querer ajudar um cachorro na rua, fato que intrigou Théo, e o fez refletir se já não era a hora de encerrar a terapia com Júlia. Para Théo, o fato de Júlia se atrasar pela primeira vez em um ano de terapia, é uma resposta de que seu trabalho não está mais dando certo, é como se ela estivesse desistindo de ser tratada. Para Júlia, Théo só estava esperando um deslize como esse para usar como desculpa para não ser mais seu terapeuta, afinal, é ele que está numa situação cômoda fingindo que aquela situação não existe e ela já está errada antes de abrir a boca, porque ele é o terapeuta.
 
Ao julgar pela cena inicial do episódio, em que Théo é observado pelo filho acordando no sofá do consultório, o casamento com sua esposa Clarice não vai bem. E Júlia após aceitar o pedido de casamento com André, declarou que ele parece a noiva no relacionamento, porque ela está indiferente em meio a tudo aquilo, ela nem sequer contou ao pai doente a notícia de que vai se casar. Júlia começou a pensar se valia a pena rodear a casa e a vida de Théo, como ela mesma disse, André a adorava, então por que ela continuava a desejar quem não a queria? Achei curioso Théo dizendo que ela se identificava com o cachorro, porque assim como cachorro estava perdido no trânsito, ela estava perdida na vida.
 
Théo ainda instigado com o atraso de Júlia, disse que o atraso era o reflexo da raiva da moça, raiva que ela sentia de não ser correspondida, raiva de não poder ter o que queria naquele momento. Ele estava certo de que para ela, ele não era mais seu terapeuta, era um homem que a humilhava e rejeitava a cada sessão. Júlia o lembrou de que provavelmente ela não era a primeira paciente a se apaixonar por ele, então por que ele não fazia o que era necessário? Ele não tinha obrigação de amá-la. Ou será que Théo também estava tentando fugir, porque o sentimento e atração era recíproco?
 
Nesse momento a câmera focou na reação de ambos, mas uma resposta de Théo não veio, apenas a constatação de que o horário de Júlia havia terminado. Sem os minutos a mais que pediu, ela saiu e encontrou com Breno (que estava com uma caixa na mão) na saída. Ela lembrou a ele de que ainda não era terça-feira, os dois reclamaram do terapeuta e o episódio terminou com Breno dando uma carona para Júlia. Como será que vão abordar essa interação de Júlia e Breno nos próximos episódios?
 
Frase do episódio- Júlia provocando mais uma vez Théo: “Por que você não pode me tratar? Por que você também está apaixonado por mim?” .
 
Terça – Breno
Breno chegou à sessão (no dia certo dessa vez) com a mesma caixa na mão, surpreendendo Théo. Arrancou-me risos o fato dele ter dito que comprou a cafeteira porque o café de Théo era horrível, e pelo que ficamos sabendo, para Júlia, nem chá de saquinho o terapeuta sabe fazer. Aliás, o encontro de Júlia e Breno também foi explorado nesse episódio, mas vamos falar disso mais pra frente. Para Théo, a cafeteira foi a prova de que Breno estava tentando se familiarizar naquele ambiente, estava disposto a ser de fato, o seu paciente e fazer terapia. Mesmo com Breno tentando desconversar depois e dizendo que só estava emprestando a cafeteira, já deu pra perceber que agora era definitivo, já que ele contou mais um pouco de sua relação familiar.
A opinião de Breno sobre o seu filho foi no mínimo curiosa, porque ele disse que o garoto era especial, mas totalmente o seu oposto, já que seu filho pensava no próximo. Nesse caso, Breno julgou que seu filho era bom demais para ser comparado a ele, uma exceção numa família de homens problemáticos e que o garoto muito provavelmente, puxou à mãe, que é inteligente e moderna. Mais uma vez, Breno retornou à sua figura paterna, conta que seu pai traiu sua mãe por diversas vezes e Théo constatou que o fato de Breno sair de casa é uma maneira de agir ao contrário de seu pai.
Sim, Breno decidiu sair de casa e segundo ele, a esposa nem surpresa se mostrou com a atitude, apenas disse “Eu já esperava por isso”. Agora sem compromisso, Breno já tem alguém em mente: Júlia. Breno logo contou a Théo sobre seu envolvimento com Júlia e ela, mesmo sem aparecer no episódio, soube como provocar mais uma vez o terapeuta, já que ligou durante a sessão para falar com Breno, sabendo é claro que ele estaria lá naquele horário. Por fim, Breno buscou uma mais vez a opinião de Théo, questionando-o se em seu lugar se envolveria com Júlia, só que aí já era hora da sessão acabar.
 
Gostei dos detalhes desse episódio, como quando tudo ficou em silêncio só porque Breno estava colocando um pouco de café na xícara, ou o close nos olhos inquietantes de Théo e destaco a atuação de Zécarlos Machado que soube demonstrar para mim todo o desconforto e a irritação de Théo com aquela situação.
 
Frase do episódio- Breno questionando Théo sobre Júlia: “Se você estivesse no meu lugar, você se envolveria com ela?”.
 
Quarta- Nina
Quando Théo largou seu livro, abriu a porta e viu Nina com o pescoço enfaixado, eu tive a certeza que o episódio seria bem dramático. Depois que a moça explicou que o pescoço enfaixado era porque tinha dormido de mau jeito no sofá, ela entregou, bem alegre, um barco de presente para coleção de Théo. Théo entendeu que aquele presente demonstrava que a moça estava com medo que aquela fosse a última sessão e sugeriu que ela virasse de vez sua paciente. A troca de lugares (Nina na cadeira e Théo no sofá) e a moça imitando o terapeuta reforçou a ideia de que ela deseja que ele se coloque em seu lugar, tentando uma cumplicidade.
 
Nina começou desabafando sobre a separação de seus pais e como isso a afetou, levando-a a buscar refúgio na casa de Leon e Helena, que eram seus vizinhos. A complexidade de sua relação com Leon (que descobriu sua habilidade como ginasta) foi provada em suas palavras, como quando ela disse que ele a amava, mas ao mesmo tempo se distanciou dela com a volta de Helena ou gritou com ela nos treinos. Como Théo disse, devia ser muito difícil aguentar tudo isso, sem poder fazer nada e ainda contar com indiferença tudo aquilo.
Além de se sentir sozinha, como demonstrou na sessão passada, nessa sessão ela deixou claro que se sente culpada por tudo. Seja por estragar tudo com Leon e Helena, pelo acidente ou pela separação de seu pai e da madrasta que não a aceitava. O olhar deslocado e distante de Nina nos mostraram em como era difícil aquela situação e sem auto piedade, a moça revelou que acha melhor estar em casa, porque assim não pode estragar nada, mesmo que só se sinta verdadeiramente “em casa” nos treinos. Ficamos sabendo também que o acidente ocorreu na noite em que Nina saiu da festa de Tati, filha de Leon e Helena, onde se sentiu totalmente deslocada e saiu envergonhada com o presente que Helena deu a ela. Diante desse fato, fica difícil de imaginar que o acidente não foi uma tentativa de suicídio, mas com o passar dos episódios, vamos descobrir.
 
A trilha sonora esteve perfeita, passando o momento exato da mudança de comportamento e da tensão que foi instalada quando Nina questionou se Théo colocaria que ela foi culpada ou não do acidente, e mesmo com Théo dizendo que não acreditava nisso, a moça ficou bastante exaltada. Quando o tempo de Nina acabou, Théo ligou para Isabel, mãe da garota, já perguntando sobre a perícia e é óbvio que semana que vem, ela estará de volta. Destaco a imagem do vaso que Nina quebrou no banheiro, estilhaçado no chão, e a certeza que ficou em nós de que Nina também estava como aquele vaso, diante de tudo que estava passando na vida. O vaso não tem mais conserto, mas a garota, nós esperamos que tenha.
 
Frase do episódio- Nina sobre sua carência após a separação de seus pais: “Eu precisava de alguém pra cuidar de mim”.
 
Quinta- Ana e João
Nessa semana, todas as vezes que Théo abriu a porta do consultório, tivemos uma surpresa. Na quinta-feira não foi diferente. Dessa vez, só Ana estava presente. Depois de sofrer um aborto natural durante a sessão de terapia, ela retornou ao consultório querendo expor seus sentimentos sobre o ocorrido, sem a companhia de João. Entendi que a escolha de ir sozinha foi até porque os sentimentos de Ana no momento, não são os esperados de uma mulher que acabou de sofrer um aborto; ela disse que estava se sentindo feliz, radiante e até com vontade de dançar.
 
O mal estar de Ana não é por ter perdido o bebê e sim, por não se sentir culpada diante daquela situação, o que fez com que ela perguntasse a Théo se ele o achava fria. Achei incisiva a resposta do terapeuta, dizendo que ela só ela queria brigar com ele, até porque desde a primeira sessão, percebemos que Ana e João expressam seus sentimentos através das brigas. O comportamento de Ana durante a sessão me surpreendeu, tudo porque como Júlia, ela começou a provocar e paquerar Théo. O terapeuta logo percebeu e disse que aquele comportamento era uma tentativa de envolvê-lo numa briga com João, assim como ela envolvia seu chefe Veloso (com quem João acreditava que ela o traía). Vale lembrar que a relação do casal surgiu de uma traição (Ana era casada), é como se Ana tivesse a necessidade de formar um triângulo, como se ela não soubesse sustentar uma relação a dois e tivesse que envolver uma terceira pessoa.
Ao passar a mão sobre o sofá, Ana perguntou da mancha que ficou do aborto e se Théo demorou muito para tirá-la. Tudo porque no fundo, Ana não queria que a mancha e aquela situação fosse esquecida facilmente, queria que todos se lembrassem de sua agressividade em relação ao bebê, para que ficasse marcado que o que ela queria (o aborto) aconteceu. Após ligações ignoradas, João chegou ao consultório. Apesar de controlador, João se mostrou totalmente inseguro, com medo de ser traído, tudo porque é sustentado pela esposa e está sempre com uma opinião contrária à de Ana e Théo. Depois de Ana ir embora, Théo fala com João sobre ele ir ali não só pela esposa, mas por si próprio.
No fim do episódio, ainda ficamos sabendo mais sobre o que ocorreu depois que Clarice revelou estar traindo Théo. Ela desabafou dizendo que começou o caso por ela, está saindo todas as noites e ainda vai com o amante para Roma (o que ficou claro que era um lugar importante na sua história com Théo). A relação está insustentável, os filhos já estão percebendo e Théo permanece irritado.
 
Frase do episódio- Théo sobre a fixação de Ana em envolver mais uma pessoa na relação com João: “Você sente atração por triângulos?”.
 
Sexta- Dora
Imagine um terapeuta com problemas no casamento, que passa a semana toda ouvindo histórias de seus pacientes (sendo que uma está apaixonada por ele), que está irritado e resolver fazer terapia. É assim a sessão de sexta- feira. Ficamos sabendo logo no início, que o atraso de Júlia foi a desculpa perfeita encontrada por Théo, para seguir o conselho de Dora e encaminhá-la para outro terapeuta; embora depois ele tenha declarado estar arrependido.
Apesar de ter sido culpada por Théo pela conversa má sucedida com Júlia, Dora permaneceu intacta, irônica e incisiva em vários momentos. Como quando questionou o porquê de Théo se aproveitar de um deslize de Júlia para querer encaminhá-la a um terapeuta, ou usou o fato de Théo ter mudado de opinião e ter resolvido seguir o seu conselho de uma hora pra outra, como se quisesse fugir de fato da atração pela paciente. Achei bizarra (e engraçada) toda analogia que Théo fez de sua relação como terapeuta com Júlia, com quem vai ao ginecologista, ou no caso dele, quem vai tratar de uma dor nos testículos. O fato é que para ele, Júlia pode até não imaginar que ele a deseja, como ele confessou que fantasia após cada sessão, mas ela quer isso. Segundo Dora, Júlia já percebeu a atração de Théo e está usando isso a seu favor.
 
É claro que o assunto Breno não poderia ficar de fora. Algo curioso e que foi lembrado por Théo, é o fato de Breno, que sempre é tão certinho, errou o dia da sessão e isso fez com que ele conhecesse Júlia. É claro que Théo pensou que toda aproximação dos dois, era uma tentativa de Júlia para desafiá-lo, é como se a rejeição dele tivesse a empurrado para Breno. Nesse momento, em uma das melhores falas do episódio, Dora disse que isso estava direcionado ao homem com quem Júlia vai se casar, então porque Théo se sentia traído? Uma ida ao banheiro, pela segunda vez, foi o jeito que Théo encontrou de aliviar a tensão e fugir da pergunta tão direta.
 
A sessão de sexta-feira é maravilhosa, porque conhecemos mais do ser-humano Théo. Vemos que ele, como qualquer um de seus pacientes, também é afetado por problemas pessoais. Como o fato de seus filhos sentirem tudo o que está acontecendo em casa, ou de ter cuidado da mãe doente, ou ainda da sua raiva da mulher que vai pra Roma com o amante. Uma das coisas pessoais mais importantes é sua identificação com o pai que também era terapeuta, e seu pai ter fugido com uma paciente reforça sobre ele a necessidade de não cometer o mesmo erro. Dora, na sequência final, nos entregou a sua tese sobre o porquê Théo voltou ali e resumiu para ela cada um de seus pacientes; ele pensa em encaminhá-los a ela, por isso para ele é conveniente o fato de sua esposa ir viajar nesse momento, porque que ele quer abandonar tudo e ficar com Júlia. Até onde isso é verdade? É o que eu quero descobrir nas próximas sessões!
 
Uma coisa que sempre percebo nas sessões de sexta-feira é que algumas vezes, talvez pela tensão e ironia, falta naturalidade e os diálogos entre Théo e Dora, soam artificiais ou forçados. Semana passada, elogiei o episódio, mas nesse senti novamente um pouco disso. Espero que melhorem, porque sempre é bom ver esse duelo de titãs!
 
Frase do episódio - Théo sobre Dora pensar que ele estaria indo ao banheiro pra fugir de suas perguntas: “Dora, às vezes um mijo, é apenas um mijo”.
 
Resumo das impressões da 3ª semana:
A trilha sonora me agradou bastante essa semana, mas achei os cortes na edição muito bruscos em alguns momentos. É claro que eu não posso deixar de citar a novidade dessa semana: fato das histórias de Júlia e Breno se encontrarem. Isso me surpreendeu e contribuiu para uma agitação na história.
 
Cada personagem nessa semana teve uma evolução:
Júlia sem dar “show” e com um jeito mais desencanado e indiferente pareceu bem mais decidida e segura. Breno teve uma pitada de humor, o que aliviou a grosseria, que é uma de suas principais características. O fato de ele admitir que o filho seja bom por se parecer mais com a mãe é uma evolução para um personagem que sempre se julgou tão bom em tudo. Nina se permitiu interagir bem mais com Théo e até chegou a imitá-lo. Sem contar, que ela admitiu se sentir culpada. Ana começou a sessão sozinha, o que nos ajudou a conhecê-la mais, sem a pressão do marido. Descobrimos que ela ficou satisfeita com o aborto e de seu desejo de sempre querer incluir uma terceira pessoa na relação. João mostrou a sua insegurança por trás de seu lado agressivo. O medo de ser traído e a vergonha de ser sustentado pela esposa. Dora me pareceu uma mulher muito menos rígida do que a da primeira sessão. Seu sorriso com a pergunta de Théo sobre em que lado ficava o banheiro, nos permitiu acreditar que a volta de Théo para sessão também é significativa para ela. Théo teve um momento ótimo de confissão sobre o fato de sentir desejo por Júlia e fantasiar com ela, após cada sessão. Isso nos levou a ver além do grande profissional e descobrimos que a atração é recíproca.

(fdp) – 1×04: O Time do Juiz


É gol do juiz! Pode isso, Arnaldo?

Spoilers Abaixo:

O “sonho” que abre o episódio dessa semana, em que Juarez faz um gol de pênalti, denota o time de futebol do coração do árbitro: o Juventus (não o de Turim, mas o de São Paulo mesmo). E daí surge o dilema ético do capítulo: é possível apitar idoneamente uma partida para o time de seu coração?
 
Por motivos desconhecidos, talvez para testar a hombridade do árbitro, Camponero escalou Juarez para o “jogo da morte” entre Juventus x Recreativo, pela série A2 do Campeonato Paulista – algo estranho para um juiz que quer arbitrar a Copa do Mundo e, para isso, tem que “fazer sua fama” em jogos de times grandes. Para evitar a publicidade negativa, Juarez logo aponta que torcia pelo Juventus quando criança, mas que “não torce mais para time nenhum”. Claro que essa afirmação é política, desmentida logo na cena em que, em um barzinho (provavelmente da Mooca), Juarez é traído por sua expressão facial, que se ilumina ao ouvir o hino do time – apitar esse jogo seria mais difícil do que a encomenda. Além da pressão que sofria de si mesmo, Juarez ainda teve que lidar com “fatores externos”, como a camisa que o presidente do time, Gino Viale, lhe presenteara; ou o pedido do próprio filho para “dar uma mãozinha” ao Juventus.
 
Como bem asseverou Carvalhosa, qualquer que fosse o resultado, a culpa seria do juiz. Pra piorar, Juarez ainda se deixa posar para uma foto ao lado de Gino e do filho (com a camisa do “Moleque Travesso”) – olha a mancada, seu juiz! Para resolver o problema, e mostrando que amigo é pra essas coisas, Carvalhosa tratou de tascar um soco na cara de Juarez, arrebentando seu nariz. E digo uma coisa: esses “acidentes de última hora” só não são mais estranhos que gol de juiz. Achei digna a manobra do roteiro em afastar Juarez (todos sabemos que ele iria manter o decoro e não iria “roubar” para ninguém), ficando para Serjão a tarefa de apitar a peleja.
 
Daí brota uma situação impensável, pelo menos pra mim: o favorecimento de um time por motivos mais “íntimos” – mais especificamente, “o Brad Pitt do Recreativo”. É certo que os roteiristas pesaram um pouco a mão na arbitragem de Serjão: não aconteceria tanta roubalheira a um mesmo time, em um mesmo jogo. Mas o fato serviu para ilustrar como o ser humano é influenciável e como é importante manter o profissionalismo (ainda mais por um motivo fútil como esse). Espero que o fato não seja esquecido, e que Serjão seja punido pelos pênaltis e faltas marcados em equívoco, não bastando, para tal, os xingamentos que recebera da arquibancada. Talvez seu futuro no trio esteja ameaçado e conheçamos mais um bandeirinha nos episódios seguintes.
 
Com a derrota do Juventus (mais um jogo em (fdp) se decide por pênalti aos 45 do segundo tempo), o time cai à série A3 do campeonato – para a tristeza do protagonista, do filho e de Gino (o autor do xingamento do fim deste episódio). Ocorre que Juarez nem o merecia – muito mais filhos da puta foram Serjão e, mesmo com boas intenções, Carvalhosa.
 
Mudando de assunto, foi ótima a aparição do casal Rosali e Guzman (cuja falta foi sentida no episódio passado). Coitado do Juarez, que não pode nem assistir o programa do Neri Nelson em paz sem a mãe mudar o canal e lembrar, no maior cinismo do mundo, que ele não tem TV. Guzman, por sua vez, já encarnou o papel de pai (mas é muito folgado mesmo!), e deu uma aula de que pai “não é quem entra com espermatozoide, é quem te cria” – fazendo o protagonista pensar no seu rebento e tomar coragem para levá-lo à partida do Juventus, sem avisar à mãe do garoto – o que eu até entendo: ela não ia deixar mesmo…
 
Por falar em mãe, cada vez minha antipatia pela criatura aumenta mais, principalmente pela repetição, episódio após episódio, das falas “você nunca mais vai ver meu filho” e “você transou com uma prostituta e me deu sífilis”. Ok, Manu, já deu pra entender. Depois, fica fazendo “bola-gato” no namorado em plena luz do dia, no estacionamento da casa, com o portão aberto e diz não querer ser vista. Sei. Pior que, como já denotei acima, Juarez ainda dá combustível para o “mimimi”, levando o filho ao jogo sem avisar – agora aguente a chatice dos próximos episódios.
 
Fora isso, (fdp) continua com todos os elementos que fazem da série uma ótima comédia. De fato, nesta semana a quantidade de palavrões e de frases politicamente incorretas esteve ainda maior, o que deixa tudo mais realista (destaco o técnico do Juventus, reclamando de Serjão: “esse viado aí, que dá a bunda pro moleque!”). Se jogarem a Manu de um penhasco, aí fica perfeito.
 
Observações:
- Foi desnecessária a substituição do bebum Afrânio Carlos por Gilda Marques (interpretada por Chris Couto). Os bordões avulsos relacionados ao universo feminino (como o inspirado “futebol é que nem bolsa de mulher, ninguém sabe o que vai sair de lá”), além de desprovidos de graça, não surpreenderam – todo mundo sabia que ela ia falar esse tipo de coisa. Mirou na inovação, acertou no choque velho.
- Suspeito que a dupla que escreve os episódios, José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta, já teve um trauma muito grande com advogado. Se no segundo episódio insinuaram que causídicos cobram caro demais, dessa vez, Juarez abomina a possibilidade de seu filho ser criado por outro homem – “homem não, advogado!”. Pera aí, quer dizer que advogado não é homem? Estou pessoalmente ofendido.
 
- Por falar em advogado, mais um erro jurídico: Rui disse que convenceu Manu a não “prestar queixa” do crime de sequestro. Ocorre que tal crime é de ação penal pública, não cabendo o instituto da queixa. Ademais, entendo não ter ocorrido tal crime (não houve cerceamento da liberdade de locomoção, nem dolo de sequestrar). Reitero: assessoria jurídica para ontem, Prodigo Films!
 
- No episódio, o Juventus joga pela série A2 do campeonato paulista e é rebaixado para a série A3. Na realidade, é o contrário: desde 2010, o “Moleque Travesso” disputava a terceira divisão do paulistão e somente este ano conseguiu garantir vaga para a segunda divisão do campeonato de 2013.
 
Aprenda a ser sutil com Carvalhosa
- “Ela pode dar pra quem ela quiser, inclusive pra mim.” (sobre Manu)
—–
- “Está escrito na Bíblia, não sei se tiraram, deve tá lá: não comerás a ex-mulher do seu amigo”.
—–
- “Juarez, como é que você consegue se cagar tanto em cinco minutos?”
—–
Juarez: “Fudeu, cara, fudeu!”
Carvalhosa: “Quem fudeu quem?”
Juarez: “Eu me fudi!”
Carvalhosa: “Normal, né? Eu quando fico sozinho também topo uma fudidinha!”

Próxima novela das seis passa a se chamar “Flor do Caribe”

 

Grazi Massafera e Henri Castelli vão formar par romântico
 
A Globo começa a cuidar dos últimos preparativos da próxima novela das seis, assinada por Walther Negrão. Chamada provisoriamente de “O Caribe é Aqui”, a trama ganhou um novo título: “Flor do Caribe”.
 
De acordo com a coluna “Na TV”, do IG, o título ainda não é definitivo. A Globo vai confirmar os detalhes em uma reunião marcada com a equipe da trama, comandada por Jayme Monjardim, em dezembro.
 
O folhetim será protagonizada por Grazi Massafera, no papel de Ester, uma motorista de buggy, que despertará o desejo dos personagens de Henri Castelli (Floriano) e Bruno Gissoni.
 
A trama se passará numa cidade fictícia, chamada Vila dos Ventos, e já conta com Bete Mendes, Ângela Vieira, Igor Cotrim, Raphael Vianna, César Trancoso, Dudu Azevedo, Patrícia Naves, Thiago Martins, Aílton Graça, Daniela Escobar, Débora Nascimento, José Loreto e Sérgio Mamberti.
 

O começo do fim

 
Talvez os Maias não imaginassem que o calendário inventando por eles há dois mil anos serviria como pano de fundo para uma linda história de amor. Provavelmente porque já sabiam que no dia 21 de dezembro de 2012 tudo teria um fim. Paixões deveriam ser para sempre. Ao menos para a maioria. Mas não para Kátia (Alinne Moraes) e Ernani (Danton Mello), duas pessoas solitárias, extremamente diferentes e que só se envolveram justamente por conta das profecias apocalípticas.
O cenário para o grande encontro é o mais improvável, assim como a história dos dois. Funcionária do departamento pessoal de uma empresa, a exuberante e romântica Kátia não se conforma ao saber que Ernani solicitou suas férias justamente para o dia 22 de dezembro. Determinada a fazê-lo mudar de ideia, ela vai atrás desta figura cética. Poucos minutos separam o momento em que se apresenta dos desaforos que despeja sobre o técnico de contabilidade. Ela sai acusando ele de viver em um mundinho materialista. E ele fica pensando que maluca é essa que apareceu em sua vida.
As coincidências, ou não, começam aí. Assim como relação de Kátia e Ernani. Quarenta e nove dias, 10 horas e 16 minutos para o fim do mundo. Estourar o cartão de crédito em um restaurante chique será o primeiro item da lista dela, seguido de acertar as contas com um antigo professor da escola. Praticar um esporte radical é o escolhido por ele. E interpretado por ela como descer uma ladeira de skate. Completamente diferentes, os dois passam a se entender de um jeito único. Entre provocações e um sentimento de compaixão, têm um longo caminho e muitos desejos e pendências a realizar.
Com texto de Alexandre Machado e Fernanda Young e direção de núcleo e geral de José Alvarenga Jr., ‘Como Aproveitar o Fim do Mundo’ estreia quinta-feira, dia 1º de novembro. O seriado vai ao ar logo após ‘A Grande Família’.

Novo seriado de Luiz Fernando Carvalho estreia em novembro

Uma história de amor e drama social, cuja ação principal se passa no seio de uma família da Zona Norte do Rio de Janeiro, em meados dos anos 1990.
Suburbia, seriado idealizado pelo diretor Luiz Fernando Carvalho e desenvolvido por ele e pelo escritor Paulo Lins, estreia em 1 de novembro na TV Globo, sendo exibido em oito episódios, um a cada semana.
A trama conta a trajetória de Conceição (Débora Nascimento/Erika Januza), menina pobre que deixa o interior de Minas Gerais em busca de uma vida nova, longe dos fornos de carvão, e vai parar no Rio de Janeiro, onde, tempos depois, é acolhida por uma amorosa família do subúrbio carioca. Ali ela se apaixona por Cleiton (Fabrício Boliveira) e vira estrela dos bailes funk, mas não perde a pureza, reafirmando sua integridade diante dos obstáculos que a vida lhe apresenta.
O elenco de Suburbia é formado, em sua quase totalidade, por artistas negros e mulatos, escalados em testes de seleção realizados em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Conceição é interpretada pela mineira Erika Januza, que nunca havia trabalhado como atriz. Outros não atores também atuam na trama, como Ana Pérola, ex-gari e passista da escola de samba carioca Império Serrano, que interpreta Jessica, a rival da protagonista. Atores de companhias teatrais do Rio de Janeiro e artistas de grupos culturais como Nós do Morro e AfroReggae também integram o elenco, que traz, ainda, os veteranos Haroldo Costa e Rosa Marya Colin.
Com Suburbia, o diretor Luiz Fernando Carvalho busca retratar a realidade a partir de um olhar documental, mais próximo do real. Seu foco está na rede de afetos que move a vida e também no retrato da Zona Norte com as diversas facetas que a compõem, sugerindo reflexões sobre a representação dos negros na produção cultural e na dramaturgia, e apontando seu olhar para a importância do espaço das periferias na sociedade brasileira. Minas Gerais e vários bairros do subúrbio do Rio de Janeiro serviram de cenário para a história, cujas cenas foram todas realizadas em locações externas, evitando radicalmente os estúdios e as representações cenográficas da realidade.

Fernanda Nobre deixa a Record e tenta voltar à Globo

Fernanda Nobre tenta voltar à Globo
 
A banco de atores da Record sofreu mais um desfalque. De acordo com o jornal O Globo, Fernanda Nobre, que passou os últimos oito anos na emissora, não renovou seu contrato e já pensa em voltar à Globo.
 
A atriz, que trabalhou em novelas como “Poder Paralelo” (2009) e “Os Mutantes” (2008), quer estudar, fazer teatro e cinema, enquanto não consegue um papel na TV. Ela gravou um vídeo para o cadastro de atores da Globo e tenta uma vaguinha. O sonho de Fernanda é trabalhar em uma novela do Walcyr Carrasco.
 
Nobre começou a carreira na Globo em 1992, em “Despedida de Solteiro”. Seu último trabalho na emissora foi em “Malhação”, em 2000.
 

“Sangue Bom” já tem 18 capítulos escritos

Letícia Isnard fará par com Felipe Camargo na trama
 
Maria Adelaide Amaral já está bem adiantada nos trabalhos de “Sangue Bom”, título provisório da próxima novela das sete. Junto com Vincent Villari, a autora entregou à Globo 18 capítulos escritos.
 
A trama terá muita comédia. Letícia Isnard, a Ivana de “Avenida Brasil”, foi confirmada no papel de Brenda, que faz parte de uma família aristocrática paulista falida. Yoná Magalhães será a matriarca desta família. Brenda também formará par romântico com o personagem de Felipe Camargo.
 
O folhetim conta ainda com Marco Pigossi, Sophie Charlotte, Débora Evelyn, Marisa Orth, Malu Mader, Marco Ricca, Regiane Alves, Bruno Garcia, entre outros. A direção-geral é de Dennis Carvalho.
 

(fdp) – 1×02/03: A Mãe/Entre a Chuteira e a Sapatilha


¡És un ladrón!

Spoilers Abaixo:

Após uma boa estreia, as expectativas para os episódios seguintes de (fdp) estavam bem altas. Felizmente, a série vem mostrando que é uma bola dentro da HBO Brasil (depois da enfadonha Preamar). Seja aprofundando o lado pessoal da vida do juiz boa pinta (em “A Mãe”), ou o lado profissional (em “Entre a Chuteira e a Sapatilha”), a produção segue cumprindo seu papel, apostando em um humor bem feito, divertido e politicamente incorreto.
 
1×02: A Mãe
¡Hijo de puta! O segundo episódio de (fdp) também termina com a expressão que dá nome à série. Só que dessa vez em espanhol, dada a introdução de mais um personagem: Bartolomeu Guzman, o “namorado/amante/parceiro sexual” argentino da mãe de Juarez. Ô dona Rosali, tinha que ser um argentino? E Guzman cumpre exatamente o seu papel: ser um argentino canastrão. A cena em que ele conhece o árbitro, com o velho pelado abrindo a porta da geladeira, é um trauma para toda a vida! Entendo totalmente Juarez agindo como menino birrento, virando a cara pro “novo pai” (e depois de ter “ouvido” toda a movimentação no quarto ao lado – sabe como é, depois que inventaram o Viagra…). Pobre Juarez!
 
Tal encontro se deu pelo fato de o árbitro ter que voltar para casa por falta de dinheiro (devo considerar que acho um absurdo botar a culpa no advogado – só cobramos o justo e necessário para uma representação de qualidade!). Muito além da humilhação imbuída na situação, o pior é ter que, além de aturar o autoproclamado padrasto argentino, lidar com dona Rosali, que se mostrou ácida como um abacaxi (filtro entre o cérebro e a boca passou foi longe). Como essa mulher solta pérola! Não basta mandar o filho para o quarto de costura, tem que frisar que ele não é tão bem vindo ali.
 
Além dos problemas da “velha nova casa”, em geral o segundo episódio de (fdp) foi muito bom, corrigindo alguns problemas que observei no episódio piloto. Naquela ocasião, embora tenha gostado bastante da estreia, tinha ficado com uma impressão de amadorismo: os atores não pareciam tão confortáveis e a direção deu algumas escapadas. Contudo, neste episódio, tudo pareceu mais acertado, e as personificações estavam mais confortáveis e realistas. Tanto que, quando me dei conta, o episódio já tinha acabado.
 
Em um roteiro bem feito, me agradaram as observações sobre a paixão brasileira pelo futebol: os torcedores que xingam só por que o juiz favoreceu time rival, sem se importar com a realidade; os clichês da cobertura esportiva (“um amistoso com clima de decisão!”); as propagandas invasivas no meio do jogo; a torcida violenta, e por aí vai. É importante notar, também, como são bons os coadjuvantes. Os bandeirinhas continuam ótimos alívios cômicos, em especial Caravalhosa. Um amor de pessoa, ele sempre tem um comentário fdp para fazer. O que não me convenceu ainda foi o draminha da ex-esposa Manu (desculpa, eu olho pra ela, mas só vejo a “me serve vadia” da novela das 8). Meio que foi um repeteco do piloto (“ah, você me transmitiu sífilis, e agora estou com raiva eterna de você e por isso não pode ver meu filho nunca mais”). Porém, compreendo que o enredo é necessário. Só tem que evoluir, nada de ficar no mesmo draminha de sempre, ok?
 
Ainda, pode parecer picuinha minha, mas uma coisa me incomoda: a partida de futebol em si. Como no episódio anterior, ficou artificial demais. O espectador pôde perceber que a partida não ocorria de verdade (e não é função da mágica linguagem televisa nos fazer crer no que não aconteceu?). Por exemplo, a arquibancada que mostrava a torcida era sempre a mesma. Pior, os barulhos da torcida eram plásticos (como nas laughtracks das sitcoms): às vezes a torcida aparecia calma, mas o som era de uma multidão em polvorosa. As jogadas eram as mesmas poucas ensaiadas, repetidas. É um pequeno detalhe, que não interfere tanto no resultado final – mas que certamente deveria ser levado em conta.
 
Por fim, quanto ao jogo da semana, mais uma vez Juarez teve que enfrentar um interessante dilema ético. Se no primeiro episódio foi confirmada toda a hombridade do árbitro, dessa vez os roteiristas acertaram em nos deixar na dúvida: será que Juarez apitou novamente um pênalti aos quarenta e tantos minutos do segundo tempo só para “se vingar” do padrasto que torcia pelo time argentino? Pelas imagens que foram mostradas, tenho minhas dúvidas, mas me inclino a achar que o orgulho ferido de ver a mãe se enroscando com o velho falou mais alto. Recebo muito bem tal conclusão, para tirar aquela aura idealista e pouco realista que poderia se criar em torno de um juiz-que-nunca-comete-injustiças.
 
1×03: Entre a Chuteira e a Sapatilha
O terceiro episódio de (fdp) veio para nos mostrar como é difícil ser árbitro de futebol. Ser xingado eternamente e correr risco de ser linchado após a partida, não é pra qualquer um. Nesse caso, apitar o jogo Siete Cruces x Punta Del Este traz consigo uma grande pressão, por ocorrer o jogo na casa do time uruguaio. E o episódio ilustrou muito bem a situação, ao mostrar a reação da torcida – jogando garrafas e latinhas logo no início do jogo – e do comentarista uruguaio (que soltou a frase que abre esta review). Pressão esta que se repete a cada jogo, e aumenta conforme a importância do campeonato – no caso a Libertadores. Assim como no episódio piloto, o juiz não se deixou abater e, pelo que foi mostrado, apitou a partida como deveria – mesmo que isso signifique enfurecer a torcida do estádio onde você está.
 
E, ainda que com alguma dose de artificialidade, a partida da Libertadores foi bem mais convincente do que as anteriores – aleluia! Contudo, está começando a ficar repetitivo e fora da realidade o fato de que, em todos os jogos, algo só acontece após os 40 minutos do segundo tempo. Nesse caso foi a não marcação de um pênalti e a anulação de um gol do time da casa – tudo a poucos minutos do fim do jogo. Por enquanto, relevemos para dar mais emoção ao episódio, mas uma hora isso tem que mudar. O ponto positivo foi que, dessa vez, chamaram mais figurantes, e a cena da corrida tresloucada do trio de arbitragem para salvar suas vidas foi bem verossímil (e hilária) – dava pra ver o desespero na cara dos coitados! Quem salvou o dia foi Serjão, faixa preta em taekwondo – falemos disso.
 
Tenho que dizer que achei uma sacanagem o site oficial da HBO denotar a homossexualidade do personagem antes mesmo de os episódios começarem (fica a dica: permaneça longe daquele site, que tem informações demais sobre o enredo de episódios futuros). Como já sabia disso, a revelação deste episódio não me pegou de surpresa, já esperava desde o piloto que algo do gênero fosse ocorrer. Ainda assim, achei bem pertinente a série abordar o tema, até por que, depois de sair do armário para o amigo Juarez (bem enfaticamente, até!), o personagem melhorou muito: bem resolvido e sem dramas, Serjão se dedica a fazer piadinhas canastras para o protagonista. Sobram piscadelas, insinuações de beijo e frases de duplo sentido, que, claro, deixam o encabulado Juarez ainda mais desconcertado. Quero ver quando Carvalhosa descobrir, a zoação que não vai ser.
 
Por falar em homossexualidade, a parte do drama familiar essa semana foi um pouco mais divertida, com a história do filho querer uma sapatilha de ginástica artística só para conquistar uma menina. Juarez, mesmo sem querer admitir, estava travadinho, torcendo pelo filho querer voltar ao boxe. E nossa, como o juiz respirou aliviado ao ter certeza que Vinny gosta do sexo oposto. E daí se construiu o já tradicional “filho da puta” do fim desse episódio, desta vez enunciado, claro, por Serjão (e com toda razão!).
 
Quanto a história da ex-mulher, continua um porre. Ô criatura azia, boa de procurar algo para fazer! Além de abusar da paciência de Juarez, todo o romancinho com o advogado foi totalmente dispensável. Todo mundo já sabe que eles estão juntos, não precisava a cena do restaurante chique como se fosse o primeiro encontro.
 
Obviamente, o saldo é mais que positivo. Após os episódios, fiquei ainda mais contente com a série que, até agora, é a surpresa da fall season (esticando o termo para o Brasil), pois está ficando difícil achar uma comédia de qualidade. Há muito não me empolgava tanto com uma série do gênero, e já estou torcendo pelo trio de arbitragem – que consigam apitar a Copa do Mundo! E estarei lá para acompanhar, na primeira fila da arquibancada.
 
Observações:
- Imperdível mesmo é o programa do Neri Nelson, sempre com sua enxurrada de merchan. Tal e qual a cobertura esportiva de muitos canais. E não esqueça: “Preservativos UAU, ela vai te achar um animal!”
- O advogado Rui diz que a apelação movida por Juarez fora julgada improcedente, mas que a advogada do réu vai apelar. Mas de novo? Olha que assessoria jurídica é importante, Prodigo Filmes, sejamos verossímeis!
- Senti falta, no terceiro episódio, do casal na Rosali e Guzman! Nem sequer uma pérola de sabedoria deles neste capítulo. Absurdo!
Aprenda a ser sutil com (fdp):
- Juarez: “Vou ficar só até eu me acertar”
Rosali: “Da última vez levou 25 anos”.
———-
- Torcida: “Aê juiz cuzão, trouxe a mamãezinha também?”
Rosali: “Vai tomar no seu cu, seu viado!”
———-
- Arquibancada: “Viado!”
Serjão: “Preto é foda!”
———-
- Juarez, irônico: “Você escolhe bem as palavras, entende bem os problemas dos outros…”
Carvalhosa: “Cara, sou teu amigo, eu sirvo pra tomar cerveja. Quer colo? Liga pra mamãe!”
———-
- Rosali: “Hoje tô aqui, jantando sozinha”
Juarez: “E eu sou o que, um fantasma?”
Rosali: “Logo agora, que aprendi a chegar no orgasmo…”
———-
- Juarez, após o filho ir tentar a sorte com uma garota: “Esse menino, vai ser um comedor!”

TRILHA SONORA: Avenida Brasil

Trilha Sonora 1


01. REZA - Rita Lee (tema de Cadinho e suas mulheres)
02. AMIGA DA MINHA MULHER - Seu Jorge (tema de Olenka e Silas)
03. HUMILDE RESIDÊNCIA - Michel Teló (tema de Adauto)
04. ASSIM VOCÊ MATA O PAPAI - Sorriso Maroto (tema de Leleco e Tessália)
05. DEPOIS - Marisa Monte (tema de Nina e Jorginho)
06. CACHORRO PERIGOSO - Tchê Garotos (tema de Darkson)
07. CORRENDO ATRÁS DE MIM - Aviões do Forró (tema de Suelen)
08. MEU LUGAR - Arlindo Cruz (tema de locação: Divino)
09. FILHO DA SIMPLICIDADE - Revelação (tema da família de Tufão)
10. ESTÓRIA DE NÓS DOIS - José Augusto (tema de Monalisa e Tufão)
11. PURA ADRENALINA - Belo (tema de Silas)
12. A MENINA DO SALÃO DE BELEZA - Pedro Luís (tema de locação: salão de Monalisa)
13. O DIA DO CORNO - Reginaldo Rossi
14. TÁ FALTANDO HOMEM - Nanda Xeiro de Mel
15. VEM DANÇAR COM TUDO - Robson Moura e Lino Krizz (tema de abertura)
16. CUPIDO - Maria Rita (tema de Débora e Jorginho)

Trilha Sonora 2



01. VOCÊ DE MIM NÃO SAI - Luan Santana
02. EU QUERO TCHU TCHA TCHA - João Lucas e Marcelo (tema geral)
03. HOT DOG - Buchecha (tema de Dolores e Diógenes)
04. FAVORITA - Mc Marcinho (remix)
05. EM UM OUTDOOR - Zeca Pagodinho (tema de locação)
06. MAS QUE NADA - Sergio Mendes featuring Black Eyed Peas (tema dos treinos do Divino Futebol Clube)
07. MINHA RAZÃO - Péricles (participação especial de Chitãozinho & Xororó) (tema de Tufão)
08. PRA ME PROVOCAR - Mc Koringa (tema geral)
09. RICARDÃO - Mariozan (tema de Leleco e Muricy)
10. NEM VEM QUE NÃO TEM (NÃO VEM QUE NÃO TEM) - Wilson Simonal (tema de Nilo)
11. CHARME - Bebeto
12. NA CADÊNCIA DO SAMBA (QUE BONITO É) (instrumental) - Waldir Calmon (tema dos treinos do Divino Futebol Clube)
13. MULHER CARIOCA - Preta Gil
14. TANTA COISA - Paolo (tema geral)

Trilha Sonora Internacional



01. LONG LIVE - Taylor Swift featuring Paula Fernandes (tema de locação: Rio de Janeiro - Zona Sul)
02. SET FIRE TO THE RAIN - Adele (tema de Nina)
03. FINALLY FALLING - Mayer Hawthorne
04. CHARLIE BROWN - Coldplay (tema de Jorginho)
05. VIDEO GAMES - Lana del Rey (tema de Débora e Iran)
06. THE ONE THAT GOT AWAY - Katy Perry
07. HOTEL NACIONAL - Glória Estephan (tema de Cadinho e suas mulheres)
08. ADDICTED TO YOU - Shakira (tema de locação: Rio de Janeiro - Zona Sul)
09. BRING ON THE NITE - Mr. Jam featuring Ali Pierre & Cymcolé (tema de Max)
10. INFILTRADO - Bajofondo (tema de Carminha)
11. THE GLORY OF LOVE - Paul MacCartney
12. ENDLESS LOVE - Lionel Richie & Shania Twain (tema de Roni e Suelen)
13. BELLE - Cattle & Cane
14. SHE'S GOT EVERYTHING - Ellison Chase

SET FIRE TO THE RAIN - Adele (tema de Nina) ainda
EU VOU PEGAR VOCÊ E TÃE - Munhoz & Mariano
RED DUST - Zero 7
SMILE - Charles Chaplin (tema de Rita e Batata crianças)
DON´T THINK TWICE, IT´S ALRIGHT - Bob Dylan (tema de Rita / Nina)
WITHOUT YOU - David Guetta e Usher

Sessão de Terapia – 2ª Semana


Nós já conhecemos suas histórias. Agora é hora de começarmos a conhecer suas almas.

Spoilers Abaixo:

Depois das primeiras impressões, a 2ª semana da série Sessão de Terapia do canal GNT, nos convida a continuar analisando seus personagens e mergulharmos em suas histórias para continuar conhecendo mais deles e, quem sabe, até mais sobre nós mesmos. E então? Vamos ver o que rolou nessa semana?


Segunda – Júlia
Júlia passou de furacão para brisa. A tensão sexual continua a mesma, mas Júlia estava diferente. Se na sessão passada ela apareceu chorando, nessa ela própria se intitulou “feliz”. E com uma novidade: vai se casar!
 
Foi bom conhecer mais de Júlia, saber que o “não” de Théo resultou no “sim” para André, mesmo que ela não concorde com ideal de família perfeita que é o sonho de seu noivo. Júlia sempre foi carente e quis ter posse sobre as pessoas, como Théo bem lembrou, quando adolescente ela desejou ser adotada para fugir do pai que estava abalado com a morte de sua mãe. Percebam que aí fica claro que se no passado ser adotada era o escape de Júlia, na situação atual, é Théo o escape para o relacionamento frustrado dela.
 
Júlia consegue desestabilizar o terapeuta e um exemplo disso é quando ela pede pra usar o banheiro da casa já que o do escritório estava entupido, demonstrando mais uma vez a vontade de ultrapassar o profissional e entrar na vida de Théo. Mesmo com o casamento abalado e brigando com a esposa até na hora de desentupir uma privada, a resposta para Júlia, tanto para o banheiro como para vida, foi “não”.
 
Por mais que eu tenha um problema com a escolha de Maria Fernanda Cândido para interpretar a personagem, posso dizer que fiquei mais satisfeita essa semana, com um episódio mais leve do que o da semana passada.
 
Obs.: O que foi Júlia dizendo “não quero que você me adote, quero que você me coma”?


Terça – Breno
O episódio começa mais informal, menos tenso, com Théo preparando um café quando Breno chega. Sabendo do vício de seu paciente por café, oferece uma xícara. Só que Breno ao desgostar do café, cuspiu e reclamou e com Breno funciona do mesmo jeito na terapia: se ele não gostar de uma opinião de Théo, ele também vai cuspi-la e se desfazer dela.
 
Breno voltou para o consultório a fim de contar o que aconteceu na sua volta à escola onde matou o menino. É interessante notar a indiferença nas palavras dele quando revela que não sentiu nada ao ver o sofrimento das pessoas com a morte de Douglas, e como sua expressão facial transmitiu um incômodo ao contar que o avô da criança o reconheceu. Achei essencial para entendermos a ineficiência do personagem em demonstrar sentimentos, quando ele conta a história do seu pai que teria matado o seu avô.
 
Breno acredita que cumpriu sua função, já que matou o traficante, ainda que uma criança inocente tenha sido atingida. Achei interessante o personagem falando sobre a vida pessoal, relatando o que o irritava na esposa para no fim dizer que ela quer que ele volte ao trabalho. A questão é que ele não quer voltar porque sabe que não vai voltar como o melhor; E Breno não está preparado para não ser o melhor. Breno já decidiu que quer se separar e só foi até lá para contar a Théo. Ele simplesmente rejeita e bloqueia a opinião do terapeuta, deixando claro que já tem uma decisão tomada. Gostei do episódio, mas quero ver mais do personagem fora dessa casca dura para que possamos nos conectar mais a ele e entendo que isso levará um tempo.
 
Obs.: Breno dizendo o que o incomoda na esposa é o seu perfeccionismo: “Ela até para peidar tem data determinada”.


Quarta – Nina
O episódio se inicia e vemos uma Nina mais relaxada até corporalmente. Após receber ajuda de Clarice, esposa de Théo, para trocar a roupa molhada com que chegou ao escritório, ela até demonstrou um semblante de alegria em seu rosto dizendo ao terapeuta que gostou dela. Mas a alegria foi embora durante a sessão, e a garota, para se proteger, respondeu agressivamente por muitas vezes, até contando fofocas sobre a filha de Théo.
 
A busca do terapeuta em assumir uma relação de cumplicidade com a paciente é evidenciada quando Théo lê suas impressões sobre Nina ou quando ele disse que tentou se colocar no lugar dela e compreendeu que é difícil escovar os dentes com os braços engessados. Nina tem medo de não poder contar com ninguém, já que todos os relacionamentos dela são conturbados. Além da falta de uma amizade, as brigas com a mãe e o pai ausentes, vimos que o treinador (que Théo descobriu ser o homem que falou com ela no telefone no início do episódio), não é apenas um simples treinador pra ela. Nina se mostrou irritada com as outras garotas que queriam a atenção dele ou chateada com o fato da esposa dele ter voltado de um período em que passou fora, o que a levou a ser dispensada de cuidar da filha dele.
 
O questionamento da Nina sobre só ter ficado com os dois braços quebrados por causa do acidente e o abraço (com toda passagem de carência possível) em Clarice foram emocionantes. Surpreendi-me positivamente com o episódio, que teve na emoção um grande trunfo. Nessa semana achei a interpretação de Bianca Müller superior, ela não deu um ar chato ou irritante como na semana passada. Notem inclusive como a moça desviava o olhar quando era questionada por Théo ou em como seu corpo ficava mais relaxado com o passar da sessão. Mas Nina continua sendo a personagem mais retraída e, consequentemente, a que penso que terá a maior evolução.

Obs.: Nina não falou várias vezes “bosta” nesse episódio, né? Ainda bem.


Quinta – Ana e João
Esse episódio foi no mínimo, excêntrico. Primeiro, porque começa com o casal Ana e João no maior clima de romance, com direito a amassos e risos compartilhados. Na sessão passada, o posicionamento foi totalmente contrário, o casal não se aceitava e tinham opiniões diferentes sobre a gravidez. Abortar ou não, eis a questão.
 
Até Théo se surpreendeu ao perceber a mudança de comportamento do casal. Eles disseram que perceberam que brigar por uma gravidez era bobagem e de repente, estavam bem novamente! Ana decidiu não abortar (por enquanto) e até pensava que gostaria que o bebê fosse uma menininha; Já João era só felicidade e por isso pensava que a terapia já poderia ser encerrada. Só que Théo, como terapeuta, achava que ainda é cedo pra finalizar seu trabalho com esse casal. Nesse momento, novamente, há um (ainda que pequeno) embate entre João e Théo, já que possuem opiniões diferentes. Mesmo assim, a sessão estava bem mais calma do que a da semana passada, pelo menos até que Ana começou a sangrar e teve que ir rapidamente para o hospital.
 
A bizarrice vem do fato de que pouco tempo do episódio foi dedicado ao casal, sendo que a maioria foi gasto mesmo com a briga de Théo e sua esposa Clarice depois da sessão. Gostei da interpretação de Maria Luíza Mendonça, que passou toda mágoa da personagem pelo marido que se importa mais com os pacientes do que com a família. Só achei meio apressada toda àquela situação de limpar a mancha, discutir sobre a família, revelar uma traição e querer o divórcio. Sem contar o fato que a esposa disse que tudo ali dependia dele, logo, que é por culpa dele tudo estar dando errado entre eles.
 
Essa trama do casal Ana e João desde o começo, eu considero muito interessante, ainda mais porque aqui no Brasil, o aborto não é permitido. Espero que seja dada a essa trama a devida importância e que foquem mais nos pacientes.
 
Obs.: Nesse episódio, ainda tivemos o diretor Selton Mello, fazendo uma participação especial, como um paciente mega nervoso. Deu pra sentir que não foi um episódio comum mesmo, né?


Sexta-feira – Dora
Agora quem fala é Théo. Após descobrir a traição da esposa, lógico que o terapeuta estava precisando desabafar. É aí que entrou novamente na história a terapeuta e ex-amiga Dora. Diferente da semana passada, em que achei que a atriz Selma Egrei estava absolutamente fria e parada demais, nessa semana gostei de sua interpretação, achei que ela encontrou o tom da personagem e ficou muito bom.
 
Com Théo descontrolado e tomando comprimidos, não faltaram críticas aos pacientes e declarações de ódio a esposa. Isso até que Dora tocou novamente no assunto do relacionamento de Théo e Júlia. Percebam que até o momento, Théo havia falado de cada um dos pacientes, mas nem tinha citado o nome de Júlia, claramente se omitindo ali e não querendo falar da paciente. Quando falou foi sobre não querer que Júlia ultrapasse a porta que separava seu escritório do restante da casa, simbolicamente sendo a porta que estabelecia o limite entre a relação de terapeuta e seu paciente com a sua vida pessoal.
 
Dora, diante da crise do relacionamento de Théo e Clarice, sugeriu então que ele passasse Júlia para outro profissional. Nesse momento, uma lembrança de Théo é ativada e ele joga para nós, como telespectadores, algo do passado dos dois. No passado, foi Dora que teve um paciente apaixonado por ela e diante da situação (e exposição), ela fugiu com outro homem e o paciente, depois morreu. Foi incrível a hora em que Théo diz que não vai abandonar Júlia como Dora fez com seu paciente, o que claramente a afetou.
 
Por mais que eu não seja fã de Zécarlos Machado como o terapeuta de Sessão de Terapia, é inegável o quanto ele foi bem nesse episódio. O que acende minha esperança para o fato de que sua atuação pode nos convencer ainda até o final da temporada.
 

“Lado a Lado” registra sua pior média semanal e segue como o pior Ibope das seis

 


Os protagonistas Camila Pitanga e Lazaro Ramos
 
A novela “Lado a Lado” registrou sua pior média semanal desde a estreia. A trama das seis ainda não empolgou, apesar da bela história e um grande elenco, e conta ainda com o horário de verão e muito calor na cidade de São Paulo.
 
De 22 à 27 de outubro a novela marcou 16.3 pontos de média. Diga-se de passagem, esse Ibope deveria ser da reprise de “Da Cor do Pecado”, mas que também está mal das pernas. Vale destacar, ainda, que “Lado a Lado” tem 17.81 pontos de média geral até o momento.
 
Até o capítulo 42, confira o Ibope das outras tramas: “Amor Eterno Amo” 21.81, “A Vida da Gente 21.5, “Cordel Encantado” 24.4, “Araguaia” 21.4 e “Escrito nas Estrelas” 25.7 pontos.
 

“Guerra dos Sexos” não terá alterações por causa da audiência de São Paulo

Personagens de Irene Ravache e Tony Ramos vivem em guerra
 
Muito tem se falado sobre a baixa audiência do remake de “Guerra dos Sexos”. A trama, diferente da primeira versão, não caiu no gosto popular. Para a crítica, a história repete um tema que não é tão discutido quanto nos anos 80.
 
A novela vem atingindo baixíssimas audiências na Grande São Paulo, causando decepção na emissora. Porém, não podemos esperar grande mudanças no rumo da história. Silvio de Abreu pretende seguir com o que planejou em relação ao roteiro.
 
Fora de São Paulo, “Guerra dos Sexos” vem marcando praticamente os mesmos índices de “Cheias de Charme”.
 
Já rolou até guerra de comida / Reprodução
 
A trama acumula em seus primeiros 25 capítulos apenas 22.8 de média, enquanto Chayene e sua turma tinham 28.9 no mesmo período, de acordo com dados de São Paulo.
 
Porém, muito diretores da Globo acreditam que com o fim do horário eleitoral, e a volta ao horário normal, não só “Guerra dos Sexos” mas também as demais novelas voltarão a atingir audiência satisfatória.

Primeiras Impressões: (fdp)


Filho da…

Spoilers Abaixo:

O palavrão, que foi a última fala do roteiro desse episódio inaugural da nova série da HBO Brasil criada por José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta, é o grande mote por trás de fdp. A série pretende mostrar que, muito além da mítica figura do juiz de futebol há um homem que sofre tantas pressões quanto qualquer outro, seja como pai, como marido ou como filho… Filho da…
 
Bem, brincar com a maior paixão dos brasileiros utilizando para isso a figura mais emblemática do futebol é o grande trunfo da série, que já começa nos mostrando que o sonho da vida de Juarez Gomes da Silva (Eucir de Souza) é apitar uma final de uma copa do mundo, o que parece ser bem mais tranquilo do que lidar com sua própria vida pessoal, que se encontra de cabeça pra baixo depois que sua mulher o expulsou de casa e ficou com seu filho.
 
E em cima disso se desenvolve todo o primeiro episódio de fdp, que conseguiu com mérito mostrar que, mesmo sendo um homem comum, ele sofre os mesmos problemas de qualquer outro, o pobre Juarez tem que carregar a sina de ser um fdp e pode até perder a guarda do filho unicamente porque assinalou um pênalti “errado” no último minuto do jogo, contra o time do juiz que julgava seu processo.
 
E acredito ser este o maior trunfo do argumento da série: a possibilidade de brincar com todo um universo próprio enquanto desenvolve seus personagens incertos nesse mundo único. E para todos que são acostumados com o universo futebolístico, foi possível se deliciar com cada referência – nada sutil – que a série nos presenteou nesse primeiro episódio. Seja a dupla de comentarista e narrador, seja o técnico escolhido a dedo a ponto de deixar um certo incômodo com a referência mais do que direta ao Luxemburgo ou até mesmo o apresentador-merchan que deixou Milton Neves enciumado.
 
Outro elemento que foi usado com parcimônia nesse episódio é a própria mãe de Juarez (Maria Cecília Audi), que, pelos previews, promete ser mais um grande ponto de humor na série. Dona Rosali vai mostrar que não é ela quem está por trás do apito, mas que é capaz de defender sozinha sua honra e a de seu querido filho.
 
A verdade é que, tendo um argumento tão bem desenvolvido, fdp tem um longo caminho para trilhar e, se o fizer com talento e competência em seus próximos 12 episódios dessa 1ª temporada – bem como foi feito neste episódio de estreia – vai saber levar para a TV o ponto mais doentio da cultura brasileira: o amor pelo futebol que coloca o seu time como prioridade em sua vida. E entre o seu time e a vitória só existe uma barreira: o fdp do juiz.
 
Criada por José Roberto Torero e Marcus Aurelius Pimenta, com base em argumento de Adriano Civita e Giuliano Cedroni, a série também traz em seu elenco os atores Cynthia Falabella (Manuela), Maria Cecília Audi (Rosali), Vitor Moretti (Vini), Paulo Tiefenthaler (Carvalhosa, o bandeirinha), o ator e cantor Saulo Vasconcelos (Serjão), Fernanda Franceschetto (Vitória, a bandeirinha), Adrian Verdaguer (Guzmán), Domingas Person (Paloma) e Chris Couto (Gilda Marques, a comentarista).
 
Produzida pela Pródigo Filmes, a primeira temporada tem treze episódios produzidos.

Lima Duarte é confirmado em nova novela de Walcyr Carrasco

Lima Duarte volta às novelas no horário nobre
 
A próxima novela das nove, de Walcyr Carrasco, já conta com um mega elenco. Depois de Antonio Fagundes, Susana Vieira, Cássia Kis, Ary Fontoura, Fúlvio Stefanini, Christiane Torloni, Rosamaria Murtinho, Maitê Proença, Elizabeth Savalla, a trama ganhou mais um nome de peso em seu elenco.
 
De acordo com o jornal O Globo, Lima Duarte, afastado das novelas desde o fim de “Araguaia” (2010), foi escalado para o elenco. O ator, junto com todo elenco, começa a gravar logo após o Carnaval. A equipe da trama, comandada por Wolf Maya, embarca para o Peru em dezembro.
 
Lá, eles vão escolher locações para a trama.
 
O folhetim se passará em um hospital, de propriedade de Antonio Fagundes. Um dos grandes dramas da história será a adoção de um menino por um homossexual, que será interpretado por Malvino Salvador. O pai solteiro brigará na Justiça com a mãe biológica do garoto, papel destinado à Paolla Oliveira, que tentará a guarda do filho.
 

Isaac Bardavid pode ser visto na Globo e na Record ao mesmo tempo

Isaac Bardavid em "Salve Jorge" e "Rei Davi"
 
Presença importante na dramaturgia brasileira, Isaac Bardavid pode ser visto simultaneamente no horário nobre da Globo e da Record. O ator, que vive o Tartan na novela “Salve Jorge”, está no elenco de “Rei Davi”, que vem sendo reprisada pela Record, no mesmo horário. Na minissérie bíblica, o ator atuou como Samuel.
 
Aliás, muitos nomes de “Rei Davi” também aparecem no elenco de “Balacobaco”, que é exibida logo na sequencia da minissérie. É o caso de Paulo Figueiredo, Roger Gobeth, Thierry Figueira, Rodrigo Phavanello, Léo Rosa, Leandro Leo, Roberta Gualda, entre outros.

“Presença de Anita” estreia dia 22 de novembro no Viva

Mel Lisboa (Anita) e Leonardo Miggiorin (Zezinho) na minissérie
 
Inspirada na obra homônima de Mário Donato, “Presença de Anita” apresenta uma história de obsessão, sedução e morte. A minissérie de Manoel Carlos foi exibida originalmente em 2001, e estreia no Viva no dia 22 de novembro, logo após o término de “JK”, às 23h15.
 
Carolina Kasting, Julia Almeida, Leonardo Miggiorin, Marcos Caruso, Nelson Sargento e Vera Holtz também estão no elenco. Para protagonizar a trama, Manoel Carlos e os diretores queriam uma atriz desconhecida.
 
Então foi feita uma concorrida seleção e a estudante Mel Lisboa foi aprovada para o papel entre mais de 100 jovens.

“Dona Xepa” será ambientada em São Paulo

O autor Gustavo Reiz
 
Assim como na primeira versão, exibida em 1977 pela Globo, “Dona Xepa” será ambientada em São Paulo, na nova versão que começará a ser produzida em breve pela Record.
 
Gustavo Reiz, responsável pela trama, recebeu ordens para adiantar o processo de adaptação da novela. Ivan Zettel, recém-saído de “Rebelde”, ficará a cargo da direção.
 
“Dona Xepa” terá entre 60 e 80 capítulos, e começa a ser gravada na capital paulistana ainda este ano.
 
O folhetim, que será exibido na faixa das 20h30, estreia no primeiro semestre de 2013.
 

Primeiras Impressões: Sessão de Terapia

 
Com direção de Selton Mello e roteiro adaptado de Jaqueline Vargas, “Sessão de Terapia” coloca o Brasil numa lista de países que realizaram suas próprias versões da aclamada série israelense Be Tipul, que já contém EUA, Argentina, Holanda, Canadá, Romênia, entre outros. Contudo, o que todo mundo realmente quer saber é se a nossa versão está fazendo jus à série. Nesse review, tentei resumir minhas impressões sobre a série após a exibição da sua primeira semana de episódios.
 
Spoiles Abaixo:

Ao longo da temporada brasileira, que contará com um total de 45 episódios, sendo estes exibidos de segunda a sexta, sendo um paciente a cada dia, entre segunda e quinta, e na sexta o próprio terapeuta se consultando com sua antiga supervisora, o público brasileiro poderá descobrir que um roteiro bem amarrado e um elenco em sintonia são mais que suficientes para fazer um produto televisivo de qualidade, sem precisar apelar a baixarias ou pirotecnias.
 
Admito que adaptar uma série de sucesso internacional não é um trabalho fácil, especialmente quando o diretor é relativamente novato na profissão. Mesmo assim, e esse já é sem dúvida um dos pontos fortes de Sessão de Terapia, a direção soube copiar de maneira bastante competente o que foi visto por aqueles que assistiram a versão americana da série, In Treatment. Focando-se exclusivamente nos atores, sempre no centro da tela, ora em closes ora em planos médios, Selton Mello soube usar sua própria experiência como ator para capturar os melhores ângulos do elenco durante os episódios, fazendo sua parte para que este colocasse na prática o que o roteiro lhe exigia.
Antes de prosseguirmos, adianto ao leitor, até mesmo por uma questão de honestidade, que já assisti In Treatment e sou fã dessa versão. Gabriel Byrne, o ator responsável por interpretar o terapeuta na versão americana, está simplesmente brilhante em sua atuação. Como bem comentou comigo uma conhecida, ele é aquela série e, sem ele, simplesmente nada faz sentido. Byrne é o melhor retrato de um terapeuta que eu jamais vi em toda minha vida; as pequenas nuances de sua performance durante as sessões fictícias são tão contidas como as reações de um verdadeiro terapeuta em ação (já fiz terapia e conheço alguns). Em resumo, ele estava perfeito naquele papel. Não surpreende que tenha inclusive ganho um Globo de Ouro de Melhor Ator pela sua atuação.
 
Talvez seja justamente por isso que foi difícil não torcer o nariz inúmeras vezes durante os episódios dessa primeira semana ao trabalho realizado por Zécarlos Machado no papel de Theo (nos EUA, o personagem se chamava Paul). Não que sua atuação seja algo horrível, mas lhe falta um pouco mais de tato para encarnar um personagem tão complexo e fascinante, especialmente quando o que mais ele tem que aprender a fazer em cena é como se expressar para o público sem precisar dizer nada.
Posto isto, podemos agora abordar cada uma das histórias vistas em cada um dos cinco episódios (ou sessões) mostradas nessa primeira semana da série:
 
 
Segunda – Júlia
A adaptação do piloto não surpreendeu nem inovou, preferindo se manter plenamente fiel a versão americana. É curioso que durante todo o episódio de estreia, Sessão de Terapia só tenha conseguido me fazer lembrar completamente de cada detalhe do piloto de In Treatment. Pior: não foi só o roteiro que ficou idêntico (com as devidas adaptações a realidade brasileira, evidentemente), mas até mesmo as atuações e trejeitos dos personagens (para não comentar sobre o escritório do terapeuta que ficou igual ao americano) pareciam uma simulação total da versão feita nos EUA.
 
A atriz Maria Fernanda Cândido deixou muito a desejar no papel de Júlia (em In Treatment, a personagem se chamava Laura), uma anestesista que tem problemas com relacionamentos. Aliás, aqui cabe comentar que, ao contrário da química entre Gabriel Byrne e Melissa George na versão americana, aqui os atores Zécarlos e Maria Fernanda pareciam se esforçar, às vezes com maior ou menor intensidade, para convencer o público da veracidade do que seus personagens diziam ou gesticulavam.
 
No mais, o clichê (entendido aqui de forma positiva) presente no piloto da série original e das demais versões foi mantido de forma integral: paciente caindo em lágrimas; terapeuta tentando confortá-la; paciente culpando os outros por seus problemas; terapeuta a fazendo perceber que os problemas estavam nela mesmo; paciente declarando está apaixonada pelo terapeuta.
 
A crítica fica por conta do fato de que senti falta de algo nesse episódio que desse a versão brasileira uma identidade própria. Por exemplo: na versão americana, ao contrário da original, o escritório do terapeuta é bem mais fechado e com um ambiente familiar. Pode parecer algo insignificante, mas é uma mudança interessante. No nosso caso, contudo, se optou em simplesmente copiar em tudo o cenário e roteiro da versão dos EUA. Dito isto, não tenho nada mais a comentar sobre essa sessão.
 
 
Terça – Breno
Em seu 2º episódio, o que faltou, em minha opinião, no piloto de Sessão de Terapia finalmente foi dado ao público: uma identidade. Breno, interpretado pelo ator Sérgio Guizé, em muito me lembrou do trabalho feito pelo ator Blair Underwood no mesmo papel, em In Treatment. As roupas, o modo de falar e as expressões corporais do personagem foram seguidos da mesmíssima forma em que o personagem foi apresentado na versão americana, mas tivemos uma ótima inovação aqui.
 
A história do personagem teve que ser obrigatoriamente alterada quanto à versão original e a dos EUA. Primeiramente porque ao contrário desses países, nossas Forças Armadas não estão envolvidas em conflitos internacionais. Em segundo lugar, porque a ideia de transformar o personagem, na versão nacional, em um atirador de elite que mata um inocente (uma criança ainda por cima) acidentalmente é algo que já ocorreu no Brasil, gerando assim um feedback interessante com o público, sem que para isso tenha sido preciso fugir da essência do problema enfrentado pelo paciente em todas as demais versões.
 
Só me incomodou mesmo a falta de coragem do roteiro nacional de alterar alguns elementos das versões anteriores que seriam dispensáveis, como é o caso da obsessão do personagem por café. Excetuando-se essa questão, a sessão de terça foi realmente boa.
 
 
Quarta – Nina
Confesso que estava ansioso pela sessão de quarta. Isso porque a minha paciente favorita na 1ª temporada de In Treatment é a Sophie (que no Brasil, virou Nina). Estava realmente na torcida para que a atriz Bianca Müller chegasse próximo do nível de atuação que a Mia Wasikowska conferiu a personagem.
 
Então finalmente chegou a quarta-feira. O problema foi que terminei ficando levemente decepcionado com a versão brasileira da paciente ginasta com tendências suicidas. Obviamente não desconsidero que o desafio que a jovem atriz Bianca encarou era enorme, especialmente quando a última intérprete da sua personagem foi ninguém menos que Mia Wasikowska.
 
O que realmente achei é que, mesmo ficando incomodado com o excesso de vezes em que a palavra “bosta” foi dita (aliás, porque a vasta maioria das produções nacionais acredita que para demonstrar raiva o personagem precisa xingar muito?), ela até que conseguiu fazer um bom trabalho. Há inclusive uma forte possibilidade de ela crescer em sua atuação ao longo dos episódios, o que realmente torço para que ocorra. Portanto, é prudente aguardar mais um pouco para realizar uma avaliação completa.
 
No mais, a história da personagem tem todos os elementos para ser, como na versão americana, a melhor de todas. Por isso recomendo que não percam as sessões de quarta. Quanto a Zécarlos, assim como nas duas sessões anteriores, ele ainda não tinha conseguido me convencer com o seu personagem. Foi a partir daqui que preferi tentar ignorá-lo, ainda que tenha falhado neste intento.
 
 
Quinta – Ana e João
Não vou esconder que o casal não foi uma das tramas que tenha me agradado em In Treatment e, pelo que pude perceber nesse episódio de estreia, não será dessa vez que eles me farão repensar meu ponto de vista.
 
Ana (Mariana Lima) e João (André Frateschi) são, em Sessão de Terapia, respectivamente, uma executiva bem sucedida e um ator desempregado. No caso, assim como na versão americana, o casal quer que Theo atue como um mediador em suas constantes brigas, só que dessa vez focando-se exclusivamente em uma questão: Ana deve ou não abortar sua gravidez?
 
Não sei vocês, e aqui abro um adendo, mas, provavelmente meu lado mais conservador pense assim, nunca achei que um relacionamento que surja de uma traição (Ana era casada quando começou a se envolver com João), tenha muitas chances de ter um futuro a longo prazo.
 
O que ficou claro é que a tônica de brigas, ofensas e desconfianças será o grande forte das sessões de quinta. O problema é que depois de já ter acompanhado a mesma história uma vez, meu interesse pela trama do casal (que foi até bem desenvolvida em In Treatment) não será tão grande assim.
 
Obs.: Na versão americana, mesmo existindo uma polêmica envolvendo a questão do aborto, ao menos por lá isso é legal. Já no Brasil, até onde me lembro, ainda é crime. Portanto, na versão nacional, a polêmica envolvendo o tema é maior ainda, afinal estamos falando de um terapeuta que tem que aconselhar seus pacientes a cometerem ou não um crime.
 
 
Sexta – Dora
Senti vergonha. Não consigo usar outro termo para descrever este confronto de egos em forma de sessão de terapia. Zécarlos e Selma Egrei agiram de forma tão confusa e perdida em cena que era difícil saber o que realmente estava ocorrendo. Reconheço que o problema nem foi no roteiro, mas na forma como os atores tentavam interpretar ao mesmo tema o misto de emoções que existiam, pelo menos em tese, naquele momento.
 
Primeiramente, porque se em In Treatment, Gabriel Bryne é o espírito da série na forma do terapeuta Paul, ao menos na 1ª temporada, Dianne Wiest é o corpo no papel de antiga orientadora e amiga Gina. Em segundo lugar, porque nesse episódio teríamos que ver dois terapeutas experientes em seu melhor, e não foi isso que vi. Aliás, desde o início do episódio, no momento em que Theo senta na poltrona de Dora, a forma como ela reage foi tão bruta que foi inevitável não notar a diferença substancial entre o jeito frágil e calmo da personagem na outra versão e nessa.
 
Quanto a trama em si, nada muito diferente das demais versões: Theo revela que seus problemas em casa, desde a distância sexual e emocional com a sua esposa (a qual ele acredita subconscientemente que o está traindo) até a maneira como vem tratando seus pacientes, “pulando etapas” para ficar nas palavras do mesmo, deixam claro que a vida pessoal e profissional estão começando a se afetarem mutuamente.
 
A atriz Selma, por sua vez, que por algum motivo acha que parecer uma estátua é o mesmo que atuar, até que foi tentando demonstrar que os problemas de Theo são uma prova de que o terapeuta precisa de supervisão, possibilidade que ele afasta completamente (por enquanto, claro).
 
Resumo da Semana
Ok, ok. Há potencial para um desenvolvimento gradual e de alto nível nas tramas de Sessão de Terapia, mesmo que no geral as impressões iniciais não tenham sido as melhores. Com uma direção competente, o grande empecilho da série será mesmo as atuações. Obviamente, por se tratar de primeiras impressões de episódios de estreias de cada um, eles terão mais nove semanas ainda (consequentemente nove episódios cada) para mostrar que podem transmitir toda a carga dramática que seus personagens exigem e, mais importante de tudo, fazer o público simpatizar com seus dramas pessoais. Se tivesse que apostar em quais serão as tramas mais promissoras no decorrer da série, diria que são as da ginasta Nina e do casal João e Ana, tendo mais por base o roteiro do que as atuações.
 
E vocês? O que acharam de Sessão de Terapia? Gostaram? Detestaram? Ainda não formaram uma opinião? Comentem.