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sábado, 14 de dezembro de 2013

Lauro César Muniz conta bastidores da Record e fala em sabotagem; confira


Após anunciar que o seu contrato não será renovado no fim deste ano, Lauro César Muniz, de 75 anos, resolveu comentar sobre o seu trabalho na Record e fala em “sabotagem” na época de “Máscaras”. Confira mais detalhes do depoimento dado ao jornalista Daniel Castro, do site “Notícias da TV”.

Já sobre a Globo, afirma que também houve uma briga com Jayme Monjardim, diretor-geral de “Aquarela do Brasil” (2000). “Ele mexia demais no texto e na edição, achava que o ritmo não estava adequado. Os atores reclamavam. Fui aguentando, até certo ponto. Fiz um comentário e não gostaram.”

Depois de ficar quatro anos sem produzir nada na emissora carioca, Lauro recebeu um convite da Record, que foi sugerido por Tiago Santiago. “Isso foi antes de eu ter problemas com o Tiago. Como supervisor de teledramaturgia, ele queria uma impor uma linguagem. É difícil impor algo para um autor experiente como eu. Ele queria coisas mais esquemáticas, mais maniqueístas. Eu não concordava.”

Em 2012, o fracasso de “Máscaras” chocou a Record. A história, a última de Lauro César Muniz no canal, era considerada confusa e muito sofisticada para o público. “Até hoje não entendo direito o que aconteceu. Houve um desentendimento total, um absurdo. Ignácio Coqueiro [diretor-geral] queria outra novela. Um dia, pouco antes da estreia, tive uma crise no RecNov, me tranquei no banheiro, vomitei muito. Eu pressentia o desastre.”

Outros problemas internos também atrapalharam o desenvolvimento de “Máscaras”. “Durante uma visita da produção ao navio, procurei pelo Ignácio longamente. Fui encontrá-lo isolado, muito angustiado. O cenário era muito ruim. Havia também a limitação das jornadas de trabalho das equipes técnicas. Uma novela que começa assim não pode ser consertada”, finaliza.

A falta de estratégia da Record é destacada pelo autor. “Antes de ‘Máscaras’, colocaram uma reprise de ‘Vidas Opostas’, uma trama ótima do Marcílio Moraes. Mas havia 14 atores comuns nas duas novelas. Isso foi desastroso. O público fazia piada com os atores. Eu recebia com três pontos [no Ibope]. Um erro elementar. Dois terços da novela foram exibidos depois das 23h30. Eu não sabia se era a última novela do dia ou a primeira do dia seguinte.”

Sobre os problemas com o texto, muito divulgados na época, Lauro avalia o próprio trabalho. “O texto era muito sofisticado, e nisso eu errei. Mas não era confusa, tanto assim que teve um enorme sucesso quando exibida em canais por assinatura na Europa. Em Portugal, alcançou o primeiro lugar de audiência”, relembra ele.

O autor também fala em sabotagem, mas diz que não tem como provar. “O fracasso provocou a queda do Hiran [Silveira] e mais adiante pesou indiretamente na substituição do [Honorilton] Gonçalves. Fui o último a cair. Sabotagem? Não tenho provas para falar nisso, mas parecia que o comitê artístico estava em choque com o RecNov. Quem viria nos escritórios em São Paulo, percebia isso. Eu comecei a me sentir o bode expiatório dentro de uma guerra de poder.”

A Record também desistiu da ideia de produzir uma minissérie sobre o maestro Carlos Gomes. Com a mudança da direção, o projeto foi rejeitado. “Depois de uma rápida conversa por telefone com o novo chefe da teledramaturgia, recebi uma informação: ‘A grade de 2014 e 20115, em teledramaturgia, está completa’. Então eu respondi: ‘Volto em 2016′. Na verdade, trata-se de uma questão financeira. Dois anos de meus ganhos é um valor alto demais para a empresa.”

Lauro também não esconde que sente um pouco de mágoa da emissora. “Nos nove anos em que trabalhei lá, eu me senti isolado.” O autor afirma que os diretores não entendem do assunto e que o canal não confia no setor. “O diálogo é difícil. As pessoas que cuidam da teledramaturgia se esforçam, mas não são do meio.”

Sobre a saída recente de vários atores da Record, Lauro é direto e critica a posição da emissora. “Não podiam perder atores e atrizes como o Gabriel Braga Nunes, Marcelo Serrado, Tuca Andrada, Miriam Freeland, Bianca Rinaldi. A última estrela da Record é a Paloma [Duarte]. Há bons atores, mas faltam grandes astros protagonistas.”

Tranquilo por estar no fim de contrato, Lauro vai “retomar a vida. Uma nova era.” 

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Lauro César Muniz deixa a Record; contrato não será renovado


O fracasso da novela “Máscaras”, que iniciou a trajetória de queda do segmento na Record, acabou colocando fim na parceria entre o autor Lauro César Muniz e a emissora, que teve início em 2005, quando foi contratado pela Casa após um longo período na geladeira da Globo, onde o último trabalho foi a minissérie “Aquarela do Brasil”, em 2000.

Segundo o site “NTV”, a não renovação do contrato vai de encontro com o processo de redução de valores contratuais e, além disso, a nova direção da Record não pretendia produzir a minissérie sobre a vida do maestro Carlos Gomes, que estava nos planos do autor.

“Fui informado pelo senhor Marcelo Silva [vice-presidente artístico] de que a emissora não faria a minissérie sobre [o maestro] Carlos Gomes, um projeto que eu acalentei durante dois anos. Havia um interesse muito claro da gestão anterior, mas os dois [Honorilton Gonçalves, vice-presidente artístico, e Hiran Silveira, diretor de teledramaturgia] deixaram seus cargos, foram transferidos para outras função da empresa”, diz Muniz.

Para 2014, o veterano autor tem como projeto o roteiro de um filme, entretanto, ainda não está em negociações com nenhum outro canal.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Em carta, atores de “Máscaras” defendem novela e autor


O autor Lauro César Muniz

Um grupo de 28 atores de “Máscaras” – praticamente todo o elenco da trama – divulgou uma “carta de amor” à novela e ao autor Lauro César Muniz. No documento, os artistas chamam atenção para as mudanças promovidas na história e a relação qualidade/audiência imposta por alguns setores da mídia.

Com médias entre 5 e 7 pontos, “Máscaras” obtém até o momento uma das mais baixas médias da dramaturgia da Record. A trama, não custa lembrar, vem sendo exibida por volta das 23h30, o  que impossibilita um melhor desempenho no Ibope.

Confira, na íntegra, a carta:
CARTA DE AMOR DOS ATORES DE “MÁSCARAS”
Inconformados com o tratamento  dado ao nosso trabalho, em vários tipos de mídia, nos manifestamos e queremos alertar para algo que não está sendo percebido.

No começo os críticos  reclamavam que a novela era difícil, feia até. Acatamos, Lauro abriu mais a trama, lutamos, perdemos um diretor, ganhamos outro, uma NOVA novela está no ar. Isso, estranhamente, quase ninguém comenta.

1 – É do conhecimento de todos que uma novela que vai ao ar após às 23h30m , não tem a mesma audiência de uma outra que vai ao ar às 21h. No entanto, a veiculação sobre o índice de audiência de “Máscaras”, não vem com esta informação.

2 – Nós não aceitamos a avaliação de nosso trabalho apenas através do índice/Ibope, o que significaria colocar o trabalho dos atores no mesmo patamar de componentes de um reality show. O Ibope é um índice de mercado, comercial, compreendemos isso, mas nosso trabalho é artístico.

3 – “Máscaras” inova e transgride, mas isto não está sendo percebido pela maioria. O que não estão vendo em nossa novela, é que ela quebra com os clichês das novelas convencionais: quando apresenta um galã dúbio, que tanto pode ser bom ou mau caráter, sem heroísmo romântico; vilões que se apaixonam, cujas ações são misturadas com humor e atitudes paradoxais, sem maniqueísmos; um casal que tem um filho imaginário, uma metáfora, algo inexistente em novelas; personagens com tesão explicita e realizada, fugindo aos padrões antigos de comportamento; um retrato político do capitalismo selvagem internacional, ao mostrar uma organização com interesses em propriedades de outra nação, como acontece com o petróleo do Oriente Médio, ou a loucura dos investidores da bolsa americana, em sua ambição desenfreada, levando o mundo a uma crise imensa. Não é justo que essa inovação, essa ousadia, não fique registrada, seja tratada tão prosaicamente, baseada tão sómente  no valor Ibope.

4 – Não estamos incomodados por qualquer crítica desfavorável, respeitamos o gosto de cada um. Afinal, o que seria da música “brega”, se todos gostassem de Mozart? O que seria de Van Gogh que só vendeu após a morte? O que nos dói é saber que esta que será a última novela de Lauro Cesar Muniz tem sido tratada de forma tão equivocada por alguns veículos da mídia, sem o cuidado de prestar atenção ao texto deste grande dramaturgo, cuja obra plenos de amor e garra representamos. Além disto  trata-se do nosso ofício e do nosso mercado de trabalho.

5 – Temos encontrado uma reação calorosa nas ruas e, sabemos, isto não acontece com um trabalho sem audiência. A TV de hoje tem tantos canais, tanta programação, que não se pode cobrar das pessoas que acompanhem tudo e, talvez por isso, não tenham percebido o que estamos alertando agora. Mas, tendo feito já as mudanças que grande parte da mídia  tanto criticou e talvez estivessem certos em alguns aspectos, seria honroso que no mínimo comentassem de forma mais respeitosa, e opinassem inclusive sobre a “nova novela” quem vem sendo exibida, chama-se “Máscaras” e é boa pra caramba.

Assinam:
Barbara Bruno, Bemvindo Sequeira, Carlos Bonow, Domingos Antonio, Eliete Cigarini, Fernando Pavão, Flavia Monteiro, Giusepe Oristânio, Heitor Martinez, Iris Bruzzi, Jean Fercondini, Jonas Bloch, Jorge Pontual, Livia Rossy, Luiza Curvo, Marcelo Escorel, Marcio Killing, Nicola Siri, Nina de Pádua, Paloma Duarte, Pâmella Vidal, Petrônio Gontijo, Raul Gazolla, Renato Livera, Robert Bomtempo, Sabrina Costa, Tatsu Carvalho e Theo Fox.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

"Máscaras", próxima novela da Record, começa a ser gravada em janeiro e estreia em abril


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O autor Lauro César Muniz

A Record já está a todo vapor preparando a próxima novela das dez. Com texto de Lauro César Muniz, "Máscaras" já tem os 12 primeiros capítulos fechados. A substituta de "Vidas em Jogo" tem estreia prevista para abril e as gravações começam no mês que vem.

Segundo Flávio Ricco, todos os atores vão visitar o transatlântico de luxo que servirá de locação para as gravações dos 15 primeiros capítulos.

"Máscaras" conta com Fernando Pavão, Paloma Duarte, Petrônio Gontijo, Bete Coelho, Luiza Tomé, Jussara Freire, Jonas Bloch, Heitor Martinez, Miriam Freeland, Roberto Bomtempo, Iris Bruzzi, Gisele Itié, Francisca Queiroz, Márcio Kieling, Raul Gazola, Eliete Cigarini, Dado Dolabella, Nicola Siri, Franciely Freduzeski, Gabriela Durlo e Jean Fercondini no elenco.

domingo, 10 de abril de 2011

Lauro César Muniz quer salvar novelas atuais

“Vou gritar”, dispara Lauro César Muniz, 73, autor de telenovelas como “Salvador da Pátria” e “Roda de Fogo”.

Ele começa nesta semana a convidar colegas como Aguinaldo Silva, Silvio de Abreu, Gilberto Braga e Manoel Carlos para uma campanha contra o que considera uma ameaça à sobrevivência das novelas no Brasil.

“O processo industrial está acabando com a qualidade e a solução é cortar pela metade o número de capítulos.”

Lauro diz que as novelas foram tomadas por um “fordismo”, em referência ao norte-americano Henry Ford (1863-1947), criador de técnicas para a produção em série.

“Hoje um autor de novela não senta no computador para criar histórias. Ele virou um distribuidor de tarefas.”
Até meados dos anos 90, quase todos os autores davam conta de, sozinhos, escrever uma novela inteira. Depois, exaustos, passaram a chefiar grupos de roteiristas que redigem os capítulos.

Na avaliação de Lauro, isso aconteceu em razão da mudança no ritmo das novelas. “Antes, as histórias podiam ser mais lentas. Hoje, com a pressão da disputa por audiência, acredita-se que o público exige muita ação, cenas fortes que chamem a atenção a todo o momento.”

Segundo ele, é inviável segurar uma história assim sozinho por oito meses, tempo em que os mais de 200 capítulos da novela vão ao ar.

A ampliação do número de colaboradores, avalia Lauro, fez com que “a autoria se perdesse”. “Isso acontece também na direção. Grande parte das cenas fica com assistentes do diretor. Perde-se, assim, a unidade estética.”


MENOS É MAIS
Para Lauro, as novelas devem passar a ter 120 capítulos. “Seriam mais concentradas na história central, com menos tramas paralelas, um elenco mais enxuto, o que reduziria também os custos.”

Lauro crê que isso facilitaria o lançamento de novos autores. “É muito mais viável para uma emissora arriscar um novo nome em uma novela de quatro, cinco meses do que em uma de oito.”

Para o elenco, defende, também seria uma vantagem. “Atores como Wagner Moura, Rodrigo Santoro e Alice Braga, que não fazem novela porque têm de abandonar projetos no cinema e no teatro por muito tempo, podem topar tramas curtas.”

Nos anos 90, Lauro e outros defenderam a ideia na Globo, mas a mudança do processo de produção era recente, e a emissora preferiu deixar tudo como estava.

No segundo semestre de 2011, contudo, a Globo se aproximará dessa experiência com um remake de “O Astro”, sucesso de Janete Clair.

Enquanto o original da trama dos anos 70, famosa pelo mistério “Quem matou Salomão Hayala?”, teve 186 capítulos, o remake deve ter 80.

DESABAFO
Contratado da Record desde 2006, após 33 anos na Globo, Lauro prepara uma novela para 2012, no atual padrão de 200 e poucos capítulos.

“Isso já está fechado assim e a campanha, se for bem aceita, não deverá mudar as coisas tão cedo. Eu, com 73 anos, nem sei se vou chegar a participar disso, mas quero lançar a discussão.”

Sua insatisfação com a qualidade teledramatúrgica fica clara no livro “Lauro César Muniz Solta o Verbo”, recém-lançado pelo Coleção Aplauso (leia ao lado).

Em depoimento biográfico ao escritor Hersch Basbaum, o autor revela bastidores de seu trabalho na Globo e desabafa sobre aspectos de sua vida pessoal, como a morte do filho Ricardo, ao 28 anos, soropositivo desde os 23.

Foi um raro momento em que o ex-militante do Partido Comunista e crítico feroz das religiões questionou seu ateísmo. Conta que sabia que todo mundo que entra em uma igreja desconhecida tem direito a três pedidos.
“Fazia três pedidos iguais: salve o meu filho!”.

LAURO CÉSAR MUNIZ SOLTA O VERBO
AUTOR Hersch W. Basbaum
EDITORA Imprensa Oficial
QUANTO R$ 15 (354 págs.)

quinta-feira, 31 de março de 2011

Em livro, Lauro César Muniz conta porque deixou a Globo

Principal nome do time de autores de novelas da Record, Lauro César Muniz lança hoje sua biografia, "Lauro César Muniz Solta o Verbo".

O evento será na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, a partir das 19h. Muniz estará no local autografando a obra.

O livro integra a coleção "Aplauso", da Imprensa Oficial, dedicada à preservação da memória do cinema, teatro e televisão brasileiros. A partir de amanhã, estará disponível para download gratuito no site da Imprensa Oficial (clique aqui).

O livro foi escrito em 2005, mas só agora chega às livrarias. "É uma biografia da minha vida profissional com alguns toques de questões mais pessoais", define Muniz, autor de Cidadão Brasileiro (2006) e Poder Paralelo (2009), na Record, além de Escalada (1975), O Casarão (1976), Os Gigantes (1979), Roda de Fogo (1986) e O Salvador da Pátria (1989), entre outras novelas e minisséries que escreveu para a Globo.

No livro, Muniz conta em detalhes episódios como a crise que teve com o diretor Jaime Monjardim, durante a produção da mininissérie Aquarela do Brasil, em 2000, e sobre sua saída da Globo, em 2005, após cinco anos na "geladeira" (sem conseguir produzir nenhuma de suas ideias). Muniz então retornou à Record, onde trabalhara entre 1970 e 1972.

A seguir, trecho do livro de Lauro César Muniz em que ele narra sua saída da Globo (lembre-se que a obra foi escrita em 2005):

'O monopólio é sempre nocivo e perigoso. Uma das razões que me anima a trabalhar na TV Record foi contribuir para abrir o mercado de trabalho, gerando uma concorrência.'

(Lauro César Muniz)

"Nos últimos anos houve uma grande transformação no quadro administrativo da Rede Globo, com mudanças não apenas nos nomes, mas de filosofia de trabalho, de opções por novelas mais populares, mais esquemáticas, de fácil comunicação. Nesses últimos anos apresentei cinco projetos excelentes, de telenovelas e minisséries. Alguns chegaram a entrar em produção; depois, por razões nem sempre muito claras, foram abandonados.

Alguns trabalhos que apresentei à Globo e que ficaram nas gavetas: Mãe Terra, em parceria com Rosane Lima, baseada no maravilhoso romance "A Mãe da Mãe de Sua Mãe e Suas Filhas", de Maria José Silveira; Tutti Frutti, novela em parceria com Renato Modesto, baseada em três obras de Molière; Vendetta, baseada no romance de Sílvio Lancellotti; e Espumas Flutuantes, a vida de Castro Alves.

A gota d'água de meu desânimo aconteceu em 2004 numa reunião em que o Mário Lúcio Vaz, diretor artístico, mencionou que meu projeto sobre Castro Alves poderia ser produzido em 2009. Havia ironia e deboche em sua frase. Eu já estava congelado há quatro anos!

Decidi, a partir dessa reunião, que buscaria outro caminho fora da TV Globo. Tinha convites de uma emissora de Santiago do Chile para assumir a supervisão de um departamento de novelas e fazer trabalhos de minha autoria. E percebia também o movimento da TV Record, que abandonara a terceirização desastrosa para produzir suas própria telenovelas. Almocei com o Hiran Silveira, diretor responsável pelas novelas da Record, e senti que estava diante de um projeto bem planejado e sério. Comecei então a analisar as possibilidades de sair da Globo e voltar a escrever para a televisão.

Já estava decidido a ir para a Record, no início de janeiro 2005, quando a TV Globo me propôs fazer uma telenovela, retomar um tema que eu já havia apresentado. Imperatriz do Café foi inicialmente cogitado para ser uma minissérie, depois eu mesmo sugeri que virasse novela. A história, baseada no livro O Lírio e a Quimera, do Romaric Büel, é um folhetim maravilhoso, uma mistura inteligente do universo de Vítor Hugo e Alexandre Dumas. Nesse momento, informei à TV Globo que não renovaria contrato. O Carlos Manga [diretor da emissora] ainda insistiu, afirmando que agora era pra valer, mas... mas eu já tinha em mãos uma proposta irrecusável da TV Record, não pelo valor da proposta, mas por me abrir as portas com um novo horário, com perspectivas muito animadoras.

Trabalhei muito durante os 33 anos em que permaneci na Rede Globo. Sou um dos autores que mais produziu teledramaturgia: escrevi e participei de 19 novelas e minisséries, vários teleteatros, cenas cômicas para o Fantástico, substitui dois colegas que não tinham condições de terminar seus trabalhos, supervisionei vários outros. Não creio que a Marluce (Dias da Silva) e o Octávio Florisbal, que hoje comandam a emissora [nota do blogueiro: Marluce não dirige mais a TV Globo], ou mesmo os Marinho, tivessem consciência plena do processo de congelamento de meu nome. Senti na Marluce um espanto quando comuniquei minha saída. Tivemos um longo e emocionado papo pelo telefone. Com o Florisbal, tive um contato pessoal excelente, harmonioso e ele entendeu as razões da minha decisão.

O monopólio é sempre nocivo e perigoso. Uma das razões que me anima a trabalhar na TV Record foi contribuir para abrir o mercado de trabalho, gerando uma concorrência. É claro que a Record de hoje nada tem a ver com a Record que eu deixei [em 1972]. É outra administração, que vem construindo uma rede com empenho e planejamento.

Fui o último autor a deixar a TV Record para ir para a TV Globo e o primeiro a voltar."

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Lauro César Muniz à espera de um navio


Lauro César Muniz, autor de “Navegantes” (título provisório), está à espera da licença para gravar num transatlântico a novela da Record prevista para 2012. Com direção de Ignácio Coqueiro, o folhetim contará a história de um passageiro que desaparece num cruzeiro.

Sobre o elenco, o autor quer Paloma Duarte como protagonista. De “Poder paralelo”, novela de sua autoria, ele gostaria de voltar a trabalhar com Bete Coelho e Miriam Freeland. Ele também está de olho nos atores de outras produções da emissora.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A História da Telenovela


Série de nove encontros mensais que possibilitará o relato da memória artística-cultural de nossas artes cênicas através deste genuíno produto brasileiro: as novelas.

• Dia 25 de janeiro | Este mês o encontro será entre Lauro Cesar Muniz, escritor de novelas inesquecíveis e Laura Cardoso, uma das grandes damas das artes cênicas

Duração do encontro: 90 minutos

SERVIÇO

Horário: Terças, às 18h30
Local: Teatro I | Rua Primeiro de Março, 66 - Centro
Recepção/Informações: Terça a domingo, das 9h às 21h | Telefone: (21) 3808-2020
Classificação: Livre
Entrada Franca | Senhas distribuídas uma hora antes do evento

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Record tem projeto de novela em navio


O novo projeto de Lauro César Muniz para a Record é uma novela de suspense, contemporânea, que começa num navio. A trama girará em torno do desaparecimento de um passageiro importante.

Para dar seguimento ao projeto, Lauro aguarda o sinal verde da direção da emissora sobre a possibilidade de gravações em um transatlântico de verdade.

Não há elenco ainda, mas Paloma Duarte, que condicionou a renovação de seu contrato com a Record à permanência de Lauro César Muniz na emissora, deverá participar.

sábado, 21 de agosto de 2010

Lauro César Muniz substituirá novela de Cristianne Fridmann na Record


Está praticamente confirmada a volta de Lauro César Muniz à dramaturgia da Record. Ele, provavelmente, voltará no segundo semestre de 2011, substituindo o folhetim de Cristianne Fridman.

Com isto, Gisele Joras – que já pensava em uma sinopse inédita – deve ser escalada para substituir o remake de “Rebelde”.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Lauro César Muniz renova com a Record por mais cinco anos


O autor Lauro César Muniz, 72, renovou com a Record por mais cinco anos após demorado impasse durante as negociações com a emissora, é o que conta a coluna “Outro Canal”, do jornal “Folha de S. Paulo”, desta segunda-feira (25).

Segundo a coluna, o autor, responsável por sucessos como “Roda de Fogo” e “O Salvador da Pátria”, chegou a ser sondado por outros canais.

O contrato de Lauro César Muniz e a Record deverá ser assinado nos próximos dias. O autor está na emissora desde 2006, quando saiu da TV Globo para ganhar cerca de duas vezes e meia a mais do que recebia na emissora carioca.

Muniz é autor das novelas “Cidadão Brasileiro” e atualmente escreve “Poder Paralelo”.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Bomba: Site revela que Láuro Cesar Muniz irá assinar com o SBT após término de "Poder Paralelo"


Não foi só Tiago Santiago que recebeu convite para trocar a Record pelo SBT. Lauro César Muniz também foi convidado pelo diretor Del Rangel para trocar de casa. Lauro, que assina ‘Poder Paralelo’, aceitou, mas só quando a novela terminar em janeiro. Uma fonte garante que a emissora de SS ainda não está comprando terreno para construir uma cidade cenográfica no Rio: “Mas o futuro pertence a Deus e a Silvio Santos!”, disse.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Lauro César Muniz apresenta Poder Paralelo e dispara: "A telenovela seguiu o caminho da má qualidade"


Contemporâneo dos maiores autores de telenovelas brasileiras, como Walter George Durst, Bráulio Pedroso e outros, Lauro César Muniz quer reviver o período de ouro das tramas. A garantia foi feita durante a coletiva de imprensa de "Poder Paralelo", na manhã desta segunda-feira (6), no Recnov, zona oeste do Rio de Janeiro.

“A pobreza das telenovelas atuais me espanta. Eu convivi com esse mundo nos anos 70, 80 e 90. É claro que os tempos são outros, mas eu acredito que a telenovela seguiu o caminho da má qualidade. Hoje, ela perdeu o seu ‘elan’ e muitos atores estão abandonando este caminho. Com essa história, pretendemos resgatar o glamour. Chega de mentiras em telenovelas”, disse ele, que foi aplaudido de pé pelos atores presentes no encontro.

A trama tem a máfia e a espontaneidade do povo italiano como fios condutores e conta com a direção de Ignácio Coqueiro e um elenco de mais de 60 atores. Os personagens principais são vividos por Gabriel Braga Nunes - o mafioso Tony Castellamare, Marcelo Serrado - o vilão Bruno Villar e Paloma Duarte - a atriz Fernanda, que é amante de Bruno.

A novela tem estreia prevista para o dia 14 de abril, inicialmente às 23h, já que sua antecessora, "Chamas da Vida", só termina no dia 28 de abril.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Record promete ação e novidades para próxima novela das 22h


Apesar de não ter o título definido, a próxima novela das 22h da Record já está em pré-produção e promete várias surpresas para o telespectador.

Sob autoria de Lauro César Muniz e direção de Ignácio Coqueiro, a substituta de Chamas da Vida terá a máfia e o narcotráfico como esqueleto de roteiro e terá a Itália, São Paulo e Rio de Janeiro como pano de fundo.

Já é certo que além de retratar uma história policial, a trama de Lauro César também investirá em romance e assim seguindo a tradicional cartilha dos folhetins.

Temas como relações familiares e a realidade do cotidiano do Brasil também serão abordados de forma bastante dinâmica, com inúmeras cenas de ação que já marcam a dramaturgia da Record.

A novela será protagonizada por Paloma Duarte, Gabriel Braga Nunes e Marcelo Serrado e tem estréia prevista para a segunda quinzena de março do próximo ano.

sábado, 12 de julho de 2008

Lauro César Muniz pode fazer sua última novela na Record

A novela Vendetta, de Lauro César Muniz, está confirmada na Record e já entrou em produção.

O autor vai fazer essa próxima novela da Record, mas pode ser a última. De acordo com a coluna Canal 1, a Globo tem interesse na sua volta.

E com as recentes modificações na cúpula da emissora carioca, já não existem motivos para que o seu retorno não aconteça.

domingo, 15 de junho de 2008

Vendetta: Record gravará cenas de novela na Itália


A próxima novela da seguirá a moda que a Globo lançou há alguns folhetins. A emissora deve gravar cenas na Europa, mais precisamente na Itália.

Assinada por Lauro César Muniz, Vendetta terá em seu elenco Carla Regina, com contrato renovado, de acordo com informações do colunista Flávio Ricco.