A partir do dia 07 de maio, na faixa da 00h15, o canal Viva reestreia um dos maiores sucessos do horário das 19h da Rede Globo, a novela "Que Rei Sou Eu?".
A novela exibida entre 13 de fevereiro e 16 de setembro de 1989, teve
185 capítulos escritos por Cassiano Gabus Mendes e Luís Carlos Fusco e
dirigidos por Jorge Fernando, Lucas Bueno e Mário Márcio Bandarra. A
novela é considerada o melhor trabalho de Cassiano Gabus Mendes e uma
das melhores novelas já produzida para a faixa das sete. Em 2013,
ganhará um remake na Rede Globo escrito por Maria Adelaide Amaral, para o horário das 19h ou 23h.
A história se passa em 1786, três anos antes da Revolução Francesa. Após
a morte do rei Petrus II (Gianfrancesco Guarnieri), o trono do reino de
Avilan é assumido pela rainha Valentine (Teresa Racuel), uma histérica
que não estava preparada para o governo. No entanto, em seu testamento, o
falecido rei revela haver deixado um filho bastardo, que teve com a
camponesa Maria Fromet (Aracy Balabanian), e seria o herdeiro do trono. A
rainha Valentine é dominada pelos conselheiros reais: Crespy Aubriet
(Carlos Augusto Strazzer), Gaston Marny (Oswaldo Loureiro), Bidet
Lambert (John Hebert), Gerárd Laugier (Laerte Morrone) e Vanolli Berval
(Jorge Dória), que com seu jogo de cintura comandam completamente a
rainha. O único conselheiro honesto de Avilan é Bergeron Bouchet (Daniel
Filho), que sofre com o assédio de Valentine. Ele é casado com a bela
Madeleine (Marieta Severo), a única mulher do reino que sabe escrever, e
tem ideais feministas. Madeleine é objeto do desejo de Ravengar
(Antônio Abujamra), o bruxo da corte.
Cena de “Que Rei Sou Eu?” que volta em maio pelo Viva
Divulgação/Rede Globo
Na ausência do sucessor do trono, os conselheiros reais coroam o mendigo
Pichot rei (Tatu Gabus Mendes), como se fosse o verdadeiro filho de
Petrus II. A armação é obra do misterioso Ravengar, o feiticeiro. Porém,
há uma conspiração entre a classe pobre de Avilan, que busca derrubar o
governo para instituir uma sociedade menos opressiva, já que o reino é
corroído pela corrupção de seus governantes e injustiças sociais. Dentre
eles está Loulou Lion (Itala Nandi), a dona de uma taberna que sabe a
verdade sobre o filho do rei; e Corcoran (Stênio Garcia), o bobo da
corte, que é um rebelde infiltrado no palácio. Mas o líder da revolução é
Jean Piérre (Edson Celulari), que, ao descobrir que é o filho bastardo
do rei, passa a lutar pela coroa que lhe pertence. Todavia, não só de
heroísmo sobrevive Jean Piérre. Sua luta é entremeada por duas mulheres
apaixonadas: a jovem Aline (Giulia Gam) e Suzanne (Natália do Valle), a
bela esposa do conselheiro Vanolli Berval, que disputam o seu amor.
Na novela, o fictício Reino de Avilan era uma paródia do Brasil: a
miséria do povo, a instabilidade financeira, os sucessivos planos
econômicos que impõe o congelamento de preços, a moeda desvalorizada que
muda de nome, a elevada carga de impostos, a corrupção... O Brasil
vivia a euforia da eleição 1989, quando o presidente da República iria
ser eleito depois de um jejum de quase três décadas. ”Que Rei Sou Eu?”
refletia esse momento histórico e político como uma sátira inteligente.
O elenco contava com nomes como Edson Celulari, Tereza Rachel, Antônio
Abujamra, Tato Gabus Mendes, Cláudia Abreu, Giulia Gam, Jorge Dória,
Natália do Vale, Daniel Filho, Marieta Severo, Dercy Gonçalves, Stênio
Garcia e Vera Holtz.