domingo, 21 de junho de 2009
Novela das sete vai plantar megaedifício no centro de SP
A próxima novela das sete da Globo, “Bom Dia, Frankenstein”, será ambientada em dois megaedifícios virtualmente implantados no centro velho de São Paulo, na região que vai da rua Boa Vista ao Teatro Municipal. Um desses edifícios terá 200 andares e fará sombra em boa parte da cidade.
Será a estreia como autor-solo de Bosco Brasil, 49, um nome respeitado no teatro paulista. Ele se baseou em um projeto megalomaníaco real.
O protagonista de “Bom Dia, Frankenstein” será um personagem inspirado em João Artacho Jurado (1907-1983), construtor que, apesar de não ser arquiteto, projetou importantes edifícios da cidade, entre eles o Bretagne, em Higienópolis, um dos condomínios pioneiros.
Esse empreiteiro erguerá um primeiro edifício, o Frankenstein do título (ainda provisório), por onde circularão 7.000 pessoas. Passará a novela levantando o segundo prédio, ainda maior e mais moderno.
“A ideia é brincar com a história da liberdade vigiada, que está na moda. O sistema de segurança, a neurose da segurança, fez a gente viver em presídios. As pessoas vivem isoladas em condomínios, vítimas do perigo”, afirma Bosco Brasil.
O autor conta que sua novela fará comédia com o “Big Brother” do livro “1984″, de Orson Welles, não com o “Big Brother” hedonista do reality show. “Quero tirar humor das pessoas em suas relações com a tecnologia”, diz.
O primeiro edifício será “inteligente, mas com moradores burros”. Terá uma central de segurança que controlará tudo, da luz à temperatura interna. A tecnologia do edifício, contudo, “será meio brasileira”. “As coisas não funcionam direito. Há muita gambiarra”, afirma.
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