terça-feira, 7 de outubro de 2008

Alice – 1x02: O tesouro de Alice


No segundo episódio, Alice teve a grande responsabilidade de retornar para um segundo episódio sob a sobra do excelente piloto, e infelizmente acabou sofrendo pelo alto patamar que construiu na primeira semana.

Não que tenha sido ruim, mas a narrativa seguiu um ritmo bem mais lento essa semana, e somando o fato de que eu detestei a atuação da garotinha que faz a irmã de Alice isso acabou afetando um pouco a minha visão sobre a qualidade de todo o episódio. Sei que muitas pessoas tendem a “aliviar a barra” de atores mirins, mas quando a gente assiste a dezenas de séries americanas onde varias delas possuem personagens crianças que dão um show de atuação, ver essa irmã de Alice atuando de forma tão mecânica e sem nenhuma naturalidade em todas suas cenas, acaba sendo algo muito frustrante para mim.

Bom, chega de apedrejar a criança e vamos aos pontos positivos: Acredito que as grandes sacadas do episódio foram às analogias de duplo sentindo. Alice já está em São Paulo a duas semanas e sofre com a pressão do namorado de Palmas para voltar para casa e ao mesmo tempo sofre com o fardo de se sentir obrigada a lutar pelo o que ela e o irmão tem direito. A tal da herança.

Lógico que nesse meio tempo ela ainda arruma um bico na produtora do amigo para fazer uma graninha e como ninguém é de ferro, ainda tem espaço para curtir aquele churrasco com os amigos onde rola mais drogas do que carne.

A tia de Alice é um personagem muito enigmático. Foi só eu que achei que teve uma química maior do que apenas amizade naquela cena do jantar da tia com a amiga? Pelo o que me pareceu não é apenas Alice que está num processo de autoconhecimento.

Mas como eu já mencionei antes, o legal do episódio foram as analogias e uma delas acredito que está no título do episódio. Esse tesouro de Alice não se trata meramente de algo material como a herança e sim das descobertas que ela fazendo na Terra da Garoa. Descobrir da onde veio para saber para onde vai é o primeiro passo da autodescoberta, e a passos de bebê Alice vai seguindo sua jornada. Aquele pequeno anagrama dos nomes Alice e Célia foi outra pequena descoberta que serviu como uma grande forma de conforto.

PS – A prostitua e a travesti que ajudaram Célia nas imediações da Praça Roosevelt foram muito engraçadas.

PS 2 – Alguém avisa a Alice que ficar perambulando pelo centro de São Paulo com um Ipod a tira cola é meio perigoso.

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