Já se observa uma determinação importante nas próximas novelas da Globo. A partir de agora, os elencos já não serão tão inflados como em outros tempos. A ordem é dividir o grupo, de maneira que todos, entenda-se autores e diretores, possam ser bem atendidos.
Manoel Martins, diretor de Entretenimento, com essa nova ordem, também pretende evitar que artistas do primeiro escalão exerçam função de figurantes, como já andou acontecendo, por pura falta de espaço.
"A Favorita" é o exemplo mais recente. No desenrolar dos seus muitos capítulos, Tarcisio Meira, Glória Menezes, José Mayer e Deborah Secco, entre outros, fizeram figuração de luxo.
Com essa divisão que se anuncia, os protagonistas serão mesmo protagonistas e o aproveitamento de todos será otimizado. "Viver a Vida", de Manoel Carlos, substituta de "Caminho das Índias", será a primeira a obedecer a esses critérios. Terá 53 personagens. Em seu último trabalho em novelas, "Páginas da Vida", o autor passou de 100.
Depois de muito apanhar, a Globo conclui que é, sim, possível contar uma boa história com grupo reduzido. Mal comparando, os mexicanos da Televisa fazem isso há décadas e nem por isso deixaram de ser uma potência em Teledramaturgia.
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