domingo, 16 de agosto de 2009
“Caras & Bocas” imita seriado e recupera audiência das 19h
Foi com uma fórmula que lembra a dos seriados americanos e uma linguagem não realista que a atual novela das sete da Globo, “Caras & Bocas”, reconquistou o público do horário, em debandada desde 2006.
Com um macaco entre os protagonistas, “Caras” teve um início tímido no Ibope, em abril, mas foi se recuperando aos poucos. Nas últimas semanas, tem batido nos 35 pontos na Grande SP. Em algumas capitais, como Florianópolis (43 pontos), tem tido um desempenho digno de novela das oito.
Para o autor, Walcyr Carrasco, um dos segredos é a agilidade. As histórias paralelas duram no máximo uma semana e meia, como se fossem episódios. Nesta semana, por exemplo, se desvendará o enigma do sumiço das joias de Dafne (Flavia Alessandra). Na seguinte, será o casamento da cega Anita (Danieli Haloten). Numa novela “normal”, isso só ocorreria no último capítulo. E “Caras”, esticada, vai até janeiro.
Para Carrasco, o mundo vive um “movimento de histórias rápidas”. “Acho que existem movimentos de vaivém constantes. Hoje a trama rápida funciona, amanhã pode ser diferente”, diz. Tem tudo a ver com a internet, acredita.
A novela tem uma trama central simples e não faria sucesso se não fosse a linguagem, avalia o autor. “Optei por uma linguagem que mistura humor com romance. Não é uma linguagem realista, o tom não é realista. Ninguém tem um macaco dentro de casa”, afirma.
Nessa era de escândalos, “Caras” tem outro ingrediente de peso: “É uma novela em que as pessoas têm valores firmes. Defende postura ética, revive valores. As pessoas gostam disso”.
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