terça-feira, 20 de julho de 2010
Análise da abertura de ‘Ti Ti Ti’
Apesar da grande repaginada na trama, agora mais ágil e contemporânea (agregando inclusive temas de Plumas e Paetês, outra obra do mesmo autor), o remake de Ti-ti-ti que estreara ontem recebeu uma abertura quase igual a original de 1985.
A briga entre carretéis, tesouras, agulhas, fitas e linhas permaneceu quase intacta. O que é um grande ponto positivo, já que a ideia é simplesmente sensacional, oriunda do período áureo criativo de Hans Donner nos anos 80. Modificar esse conceito seria no mínimo uma perda de tempo.
No entanto, os objetos, que antes eram reais e manipulados por um jogo de linhas e imãs, agora são totalmente modelados e animados graças a moderna computação gráfica, produzindo ângulos de câmera e movimentos mais fluidos e naturais. O que não impediria, entretanto, que a “artesanalidade” empregada anteriormente fosse mantida em 2010 com mais propriedade com técnicas mais apuradas de stop-motion, por exemplo. Embora eles tenham optado pelo caminho mais fácil, não quer dizer que foi o menos interessante.
O logotipo harmônico, pregnante e bem construído também não precisou se alterado. Sua representação como um bordado sobre um tecido, aliás, tornou-o ainda mais interessante. Enfim, uma abertura de encher olhos, vibrante e irreverente que desperta inclusive um sentimento nostálgico para os que acompanharam a primeira versão.
Mas o maior erro, foi a música, onde o ritmo, não condiz com a abertura, e acaba destoando, uma pena, já que quem canta é a grande Rita Lee.
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