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Apesar da grande repaginada na trama, agora mais ágil e contemporânea (agregando inclusive temas de Plumas e Paetês, outra obra do mesmo autor), o remake de Ti-ti-ti que estreara ontem recebeu uma abertura quase igual a original de 1985.
A briga entre carretéis, tesouras, agulhas, fitas e linhas permaneceu quase intacta. O que é um grande ponto positivo, já que a ideia é simplesmente sensacional, oriunda do período áureo criativo de Hans Donner nos anos 80. Modificar esse conceito seria no mínimo uma perda de tempo.
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No entanto, os objetos, que antes eram reais e manipulados por um jogo de linhas e imãs, agora são totalmente modelados e animados graças a moderna computação gráfica, produzindo ângulos de câmera e movimentos mais fluidos e naturais. O que não impediria, entretanto, que a “artesanalidade” empregada anteriormente fosse mantida em 2010 com mais propriedade com técnicas mais apuradas de stop-motion, por exemplo. Embora eles tenham optado pelo caminho mais fácil, não quer dizer que foi o menos interessante.
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O logotipo harmônico, pregnante e bem construído também não precisou se alterado. Sua representação como um bordado sobre um tecido, aliás, tornou-o ainda mais interessante. Enfim, uma abertura de encher olhos, vibrante e irreverente que desperta inclusive um sentimento nostálgico para os que acompanharam a primeira versão.
Mas o maior erro, foi a música, onde o ritmo, não condiz com a abertura, e acaba destoando, uma pena, já que quem canta é a grande Rita Lee.
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