Se você olhar para a nova geração de atores da Globo – e até alguns mais antigos – vai perceber. Quase todo mundo já fez pelo menos uma participação em “Malhação”. A novelinha, que revelou atores como Cauã Reymond, Fiuk, Fernanda Vasconcellos, Fernanda Rodrigues e muitos outros, chega aos quatro mil capítulos com fôlego para muitos mais. A atração, que já teve como cenário uma academia de ginástica e dois colégios, tem como marca de cada temporada um belo casal de protagonistas.
Os novatos da vez são Bruno Gissoni e Daniela Carvalho, que interpretam Pedro e Catarina, enquanto Ariela Massotti vive a grande vilã, Raquel. Para os jovens atores, participar deste momento histórico é importante. Mas, ainda mais importante é estar ali, já que o lugar é cobiçado por dez entre dez jovens que saem da Oficina de Atores da TV Globo. Daniela que o diga. Ela conseguiu o papel principal depois de vários testes com respostas negativas, a exemplo de Sophie Charlotte – hoje em "Ti Ti Ti" – e muitas outras. “Faz parte. Só deixa a gente mais forte. Mas, confesso que, quando me chamaram para este teste, fui um pouco desanimada, e acabei conseguindo o papel”, comemora.
Tanto ela quando Bruno sabem da importância de participar do capítulo 4000, mas preferem comemorar o simples fato de estarem na equipe, seja no quatro mil ou no dez mil. “Estar aqui no capítulo 4000 é maravilhoso. Mas, só fazer parte desta equipe já é muito especial”, afirma o ator. Daniela completa. “O mais importante é a minha dedicação, e o que vai acontecer depois deste trabalho. Para mim, seria a mesma coisa se fosse o 1000, 2000 ou 10000. O importante é a oportunidade que eu estou tendo”, dispara.
Os dois atores têm mais idade do que seus personagens (ambos têm 24 anos e vivem jovens de 16 e 18 anos). E tinham em comum o sonho de estrelar um dos programas que mais assistiam na adolescência. “Sempre assisti. Só não vi no período em que morei nos Estados Unidos. E cheguei a sonhar em estar aqui”, contou Bruno que trocou uma promissora carreira no futebol pelos palcos. Já Daniela, não apenas sonhava como batalhava por seu ‘lugar ao sol’. “Cheguei a participar de um concurso no Caldeirão do Huck. Na época, não consegui, mas ganhei uma bolsa na Oficina de Atores da Globo e fiz vários testes para Malhação”, comentou.
O programa comemorou os seus 10 anos em 2005. De lá pra cá, algumas mudanças, novos protagonistas e uma nova forma de falar para os adolescentes. Durante este período, sexo, namoro, casamento entre jovens, gravidez na adolescência, e drogas, entre outros, já viraram temas que causaram polêmicas ou foram discutidos em ‘rodinhas’ de qualquer escola de ensino médio.
Relembre esta linha do tempo, a partir dos dez anos de Malhação:
2006 – Ao falar sobre famílias modernas e tendo o skate como pano de fundo para as principais tramas, a história teve como protagonistas Luiza Valdetaro e Bernardo Mello Barreto. Os antagonistas da temporada foram Monique Alfradique e Gabriel Wainer.
2007 – A temporada marcou a estreia de Thaila Ayala, Fiorella Mattheis e Maria Eduarda Machado na telinha, e falou sobre a importância dos pais na educação dos filhos. Rômulo Arantes Netto, Gabriel Wainer e Kleber Toledo compunham o trio de co-protagonistas. As vilanias ficaram por conta de Gabriela Vigol e José Rubens Chachá.
2008 – De outubro de 2007 (a trama anterior não suportou as baixas audiências até o final do ano) até janeiro de 2009, a trama passou a ser ambientada no Colégio Múltipla Escolha Ernesto Ribeiro. Neste ano, Nathalia Dill apareceu como a vilã da trama, Débora, filha do dono da escola, vivido por Licurgo Spinola. Nesta edição, também surgiram nomes que hoje brilham em novelas globais como Sophie Charlotte, Caio Castro, Mariana Rios e Jonatas Faro, que ficou marcado como o Peralta da novelinha.
2009 – Na Quinta Geração, o Colégio Ernesto Ribeiro foi comprado por uma família e integrado a um shopping, que também servia como pano de fundo para as tramas da novelinha. Foi daí que surgiram Bianca Bin, que vai protagonizar a próxima novela das 18h, e Humberto Carrão. Neste ano, discutiu-se também o amor entre professor e aluno, a partir do romance entre o personagem Bruno (Caio Castro) e a professora Juliana (Georgiana Góes). A vilã da trama foi vivida por Amanda Richter, que também discutiu a anorexia, através do problema vivido por sua personagem.
2009 (final) – No final de 2009, começa a história do Colégio Primeira Opção, que continua até hoje. O novo colégio serviu com pano de fundo para o romance entre Cristiana (Cristiana Peres) e Bernardo (Fiuk), abordando a diversidade, a diferença de classes sociais e até mesmo a pedofilia.
2010 – Ainda no Primeira Opção se passa a história que completa os 4000 capítulos. Nela, está sendo discutida a maioridade penal e a gravidez na adolescência, entre outros assuntos. Vale a pena conferir e aguardar as cenas dos próximos capítulos.
Mas a pergunta que não quer calar: "Não seria hora de terminar?"
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