terça-feira, 17 de março de 2009

Poder Paralelo estréia em Abril


Lauro César Muniz, autor da novela "Poder Paralelo", disse que não há mocinhas na trama que estreia dia 14 de abril na Record, substituindo "Chamas da Vida".

"Não tem mocinha na minha novela. Não gosto de mocinhas impolutas. É muito chato", disse Muniz à Folha Online, que prefere personagens "mais ricas".

Ele ainda profetiza o fim desse tipo de personagem. "Esse maniqueísmo vai acabar na TV brasileira. Os atores estão chiando, porque está muito ruim. É o momento de se voltar para a nossa realidade", afirmou.

"As novelas têm que melhorar. Os autores têm que abordar temas mais adultos, temas fantasiosos são ridículos. A fantasia é um narcótico para o telespectador usar. É mentira que ele quer sonhar, ele quer encarar a própria realidade", insiste Muniz.

Segundo ele, não há mocinhos e bandidos em "Poder Paralelo", cuja trama abordará as ações da máfia italiana na América do Sul.

O protagonista Tony Castellamare, vivido por Gabriel Braga Nunes (com quem Muniz já havia trabalhado em "Cidadão Brasileiro"), cultivará uma personalidade ambígua --ele pode ser tanto um chefe mafioso quanto um policial infiltrado no crime organizado.

"Ele age como um mafioso. Não é um herói, no sentido mais puro da palavra. Ele é humano, com conflitos internos", explicou Muniz, que diz que a verdadeira identidade do personagem só será revelada no fim da trama.

Já a atriz Miriam Freeland interpretará Ligia, uma jornalista que investiga a vida de Tony para escrever uma reportagem, mas que entra em crise quando se apaixona por ele.

A produção ainda promete cenas violentas. "Vai ter muita violência, principalmente violência moral, sobretudo coação, chantagens, mas vai haver muita ação física, perseguições de carro", contou Muniz, ressaltando que não haverá "muito sangue".

O autor ainda declarou que a novela, baseada no livro "Honra ou Vendetta", de Silvio Lancelotti, terá um cunho político, que mostrará as ligações da máfia com o poder público.

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