sexta-feira, 3 de julho de 2009

Som e Fúria traz o ator Rodrigo Santoro em raro papel cômico


Rodrigo Santoro tem feito poucos trabalhos na TV brasileira - o último foi a minissérie Hoje é Dia de Maria: Segunda Jornada - mas a possibilidade de trabalhar com Fernando Meirelles e de encarar um papel divertido fizeram com que o ator aceitasse o convite para fazer o publicitário Sanjay na minissérie Som & Fúria, que estreia na Rede Globo na próxima terça-feira, dia 7 de julho, logo após o Casseta & Planeta, Urgente!

O papel de Rodrigo faz parte do núcleo de antagonistas da minissérie. Se por um lado Dante (Felipe Camargo) e os outros integrantes da Companhia de Teatro do Estado (CTE) querem manter sua integridade artística com suas montagens de Shakespeare, Sanjay (Rodrigo Santoro) é contratado por Ricardo da Silva (Dan Stulbach), diretor financeiro da companhia, para trazer mais público para o teatro. Só que o rapaz tem um método polêmico e provocador de trabalho, o que ocasiona um grande impacto na mídia.

- O Sanjay é difícil de classificar. Ele é uma espécie de visionário que tem um caráter duvidoso. Eu não o vi como um publicitário. Acho até que o publicitário era um papel que ele estava desempenhando naquele momento. Ele começa a prestar os serviços e, inicialmente, é um pouco radical. A gente acabou entendendo que ele tinha essa onda indiana, meio zen, mas que, na verdade, é um zen que se revela - conta Rodrigo.

Os motivos que levaram Rodrigo Santoro a aproveitar a brecha entre o lançamento dos filmes “La Leonera” e “Che” para participar de Som & Fúria, que ele gravou em apenas três dias, foram a oportunidade de trabalhar com Fernando Meirelles e o próprio papel, que ganhou o ator de cara.

- O Fernando me enviou os capítulos e eu fui arrebatado pelo texto, pela ideia. O personagem é divertidíssimo e a oportunidade de trabalhar com ele também pesou - diz Rodrigo.

Sanjay é um dos poucos papéis cômicos na carreira de Rodrigo, que tem encarado histórias bastante pesadas, principalmente no cinema. E o bichinho do humor parece ter mordido o ator.

- Geralmente faço filmes com temáticas pesadas. E eu estava vindo de experiências assim. Fiz o “Che”, depois fiz o “Cinturão Vermelho”, que têm uma temática de luta, guerrilha. São histórias pesadas, densas. E esse meio que foi meu primeiro papel cômico. Já tinha feito comedia romântica e um episódio do A Comédia da Vida Privada, mas coisas muito curtas. Mas eu gostei de fazer comédia. Tenho vontade de fazer mais - conta Rodrigo, animado.

Para Rodrigo personagem tem "onda indiana" - Já estudei um pouco sobre ele e o autor é realmente genial. Os personagens e os conflitos foram feitos para o povo. Mas ele acabou virando essa coisa erudita e complicada. E não deveria ser assim, inacessível. Adoraria tentar alguma coisa como Shakespeare, mas também tem muitas outras coisas que eu gostaria de fazer no teatro - afirma Rodrigo.

Por enquanto, o ator comemora a participação em Som & Fúria, que matou a vontade antiga de trabalhar com Fernando Meirelles, a quem ele enche de elogios.

- O clima das gravações era maravilhoso. O Fernando deixa a gente muito à vontade para criar e improvisar. Ao mesmo tempo em que é delicado, ele é muito preciso. Além de ser uma gentileza de pessoa - completa Rodrigo.

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