quarta-feira, 24 de março de 2010

Helena descobre envolvimento de Dora e Marcos


Quando descobre que Dora está na casa amarela, Marcos bem que tenta disfarçar, mas não consegue deixar de dar um dos seus sorrisos mais cínicos, misto de surpresa e desejo. Naquele momento, o canalha que há dentro dele desperta e fica ouriçado. Marcos, então, se serve de um uísque e, silenciosamente, vai até o anexo onde Dora tenta dormir o sono dos inocentes.

Ele empurra a porta e... dá o bote. Dora acorda assustada e tenta se proteger. Segurando ela pelos braços, Marcos começa então a ladainha de sempre – aquela que inevitavelmente terminava em tórridos beijos seguidos de um tapa ou de um grito.

“Você está à minha procura?”, pergunta, cínico. Dora diz que não. Veio apenas falar com Helena, mas descobriu que ela não está mais. Separam-se. Ela pede, então, pra ficar em paz, mas ele nega: “Veio pedir dinheiro? Repetir as mentiras que me contou?”.

Marcos, claro, se refere ao filho que ela jura estar esperando dele.

Dora está com medo do que ele possa fazer: “Se não quiser assumir o nosso filho, tudo bem. Eu assumo sozinha”. Marcos ri: “Nosso filho? Quem você pensa que está enganando?”.

Dora se irrita, empurra Marcos e tenta fugir, mas é nesse momento que ela quase cai pra trás.

Como a materialização do juízo final, Helena surge de trás da cortina, os olhos injetados de indignação.

Estava ouvindo tudo e está estarrecida. E agora, Dora? E agora, Marcos?

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