Ninguém contesta que um dos fatores para o sucesso de uma novela é a continuidade de produção do departamento de dramaturgia de uma emissora. Neste aspecto a Globo é insuperável porque trabalha com produções adiantadas para três horários e não abre espaço para erros na sequência de suas histórias. A emissora pode até não escolher o melhor texto, mas, como tem continuidade, uma produção ajuda a outra, num equilíbrio natural e importante. Lá pela Anhanguera a regra da continuidade do produto não existe e, mais uma vez, Silvio Santos sinaliza para um intervalo entre suas novelas.
“Uma Rosa com Amor” terminará em julho e, nem mesmo com um milagre, “Corações Feridos” não ficará pronta antes de agosto. Assim, quando os responsáveis forem cobrados pela sonhada audiência na casa dos dois dígitos poderão se defender com a ausência de um projeto a longo prazo.
A teledramaturgia nunca foi o departamento preferido de Silvio Santos porque gastava muito dinheiro e não garantia os resultados esperados nas salas de reunião. O fato é que mais uma vez haverá um buraco entre uma novela e outra.
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