Enquanto Fabiula Nascimento e Renata Castro contracenavam em uma feira cenográfica montada no Projac, Débora Lamm e Gregório Duvivier trocavam mais uma vez seus figurinos. Ao mesmo tempo, Bruno Mazzeo começava a se caracterizar e Fábio Porchat esperava sua vez no camarim. Durante quatro meses, essa foi a rotina de gravação de "Junto e misturado", humorístico semanal que estreia na próxima sexta-feira, logo após o "Globo repórter".
Até o fim de dezembro, durante 12 episódios, os seis atores vão interpretar 800 personagens, em aproximadamente 400 cenários. Apenas no dia em que a reportagem da Revista da TV acompanhou os bastidores da produção, foram dez horas de gravação, três cenários, 30 trocas de figurino e muitas, muitas risadas.
- "Junto e misturado" é um programa trabalhoso, com muitas cenas, bem acima da média da televisão. É um formato ágil, cheio de informações. Gravamos bastante, nas externas e no estúdio, e, mesmo assim, a gente se divertiu um bocado. Estar com eles é garantia de riso certo - diz Maurício Farias, que assina a direção geral da atração, cuja redação final é de Mazzeo.
No projeto, apadrinhado por Guel Arraes - que ajudou Mazzeo a chegar ao formato desejado -, um grupo de amigos se encontra para conversar sobre assuntos variados e, a partir de curtos diálogos, eles imaginam cenas que ilustram fatos do dia a dia. Os episódios são divididos em três blocos temáticos, cada um deles com cerca de oito minutos. Para dar um clima de reality show, os atores são chamados por seus nomes verdadeiros. Eles dão vida a todos os personagens do roteiro, gerando as situações bem-humoradas.
Mazzeo, por exemplo, pode ser um médium; Gregório, virar Leonardo da Vinci ou Lampião; e as atrizes surgem interpretando mães de santo, peruas ou até mesmo insetos.
- A gente quer transmitir justamente esse clima de galera, que é o que nós somos: uma turma buscando seu espaço no humor. Além do talento de cada um, é claro, encontramos um bom entrosamento. Somos a cara da geração atual - afirma Mazzeo, que dedicou a maior parte dos últimos meses ao novo projeto.
Segundo ele, além de utilizar a fórmula que fez sucesso no "Cilada", exibido no Multishow, "Junto e misturado" reúne improvisos e as tiradas rápidas clássicas da stand up comedy, com exageros especialmente na caracterização, coordenada pela equipe de Simone Rosin.
- O programa também tem base na realidade, mas com um olhar mais absurdo do cotidiano, uma lente de aumento - explica o ator.
Para Simone, o trabalho na atração foi um exercício de criação. Apliques, dentes e cílios postiços, por exemplo, serviram para diferenciar os vários personagens. E, para tudo dar certo, o material tinha que ser deixado à mão para realizar as trocas da forma mais ágil possível.
O número de papéis e histórias exigiu intervalos curtíssimos entre as gravações dos esquetes. Era só uma delas terminar, que os figurantes já começavam a ficar a postos e a equipe de cenografia voltava a entrar em ação. Para acelerar o trabalho, o elenco se revezava: quando uma parte estava em cena, a outra adiantava a próxima caracterização.
- Temos vários estilos de humor em um só programa. Por isso, acho que vamos conquistar públicos variados, como aconteceu com o "TV Pirata" - ressalta Porchat, que também assina os textos, ao mesmo tempo em que acusa Renata de comer todos os quitutes do camarim.
Apesar do corre-corre, os atores não perdiam as brechas para se divertir com os próprios figurinos ou emplacar um improviso. Vestida como uma mulher extravagante em plena feira de rua, Débora pedia para Duvivier, caracterizado como um feirante dentuço com óculos de grau, parar de sorrir para ela. A esquete abordava a importância da moda no cotidiano e a perua escolhia as frutas de acordo com as cores mais fashion do momento. Em outra tomada na feira, Renata e Fabiula não cansavam de brincar com o sotaque de interior das personagens, comadres que se encontravam depois de muito tempo.
Em outro momento, contracenando com Mazzeo, Débora se entregava às gargalhadas com o parceiro, na pele de um chefe bonzinho prestes a demiti-la em um restaurante chique, com direito a violinistas. Era só ter um breve intervalo, que o ator fazia uma careta ou implicava com o sabor do suposto vinho: "Ué? Isso aqui é suco de groselha?".
E por falar em exagero, Duvivier até pensou em conceder a entrevista com os tais dentões de seu feirante, mas desistiu logo na primeira tentativa. Do personagem, restou apenas o jaleco básico.
- A gente tem esse humor parecido. Antes do início das gravações, rimos muito com a leitura dos textos - conta ele.
Já Fabiula ressalta que, apesar do cansaço, ninguém perdia o ânimo.
-- Vou sentir saudade de ficar com essa turma todos os dias - lamenta a atriz.
Mesmo com toda a expectativa para a estreia, Mazzeo diz encarar com tranquilidade a responsabilidade de conduzir um programa semanal na TV Globo:
- Vejo com a maior naturalidade possível. É mais um trabalho. Se vai dar certo ou não, é uma circunstância da arte.
Para Farias, o grande desafio de fazer "Junto e misturado" é acompanhar o tom do humor dessa nova geração de atores e colocar o resultado desse encontro dentro de um programa de TV. E ele aproveita para revelar que há um bom tempo queria trabalhar com Mazzeo:
- Por meio dele conheci o Porchat, que forma com Gregório, Débora, Fabiula e Renata uma trupe de excelentes comediantes. Eles têm mesmo uma nova maneira de fazer humor, inteligente e anárquica, que aproveita e recria um pouco de tudo que já foi feito.
Na opinião, Porchat, que admite estar ansioso com a estreia, a televisão descobriu que "o momento do humor é agora". Apesar de reconhecer a estabilidade de atrações do gênero de "Zorra total", formadas por quadros fixos, ele ressalta que a principal característica de "Junto e misturado" é a aposta nas esquetes.
- Acho que é um investimento no humor. Mas eu sou pessimista, né? Para mim, o mundo acaba antes de 2012 - brinca o ator: - Estou curioso para ver como o público vai reagir a esta rapidez. Agora, fica a ansiedade com o resultado final.
Até o fim de dezembro, durante 12 episódios, os seis atores vão interpretar 800 personagens, em aproximadamente 400 cenários. Apenas no dia em que a reportagem da Revista da TV acompanhou os bastidores da produção, foram dez horas de gravação, três cenários, 30 trocas de figurino e muitas, muitas risadas.
- "Junto e misturado" é um programa trabalhoso, com muitas cenas, bem acima da média da televisão. É um formato ágil, cheio de informações. Gravamos bastante, nas externas e no estúdio, e, mesmo assim, a gente se divertiu um bocado. Estar com eles é garantia de riso certo - diz Maurício Farias, que assina a direção geral da atração, cuja redação final é de Mazzeo.
No projeto, apadrinhado por Guel Arraes - que ajudou Mazzeo a chegar ao formato desejado -, um grupo de amigos se encontra para conversar sobre assuntos variados e, a partir de curtos diálogos, eles imaginam cenas que ilustram fatos do dia a dia. Os episódios são divididos em três blocos temáticos, cada um deles com cerca de oito minutos. Para dar um clima de reality show, os atores são chamados por seus nomes verdadeiros. Eles dão vida a todos os personagens do roteiro, gerando as situações bem-humoradas.
Mazzeo, por exemplo, pode ser um médium; Gregório, virar Leonardo da Vinci ou Lampião; e as atrizes surgem interpretando mães de santo, peruas ou até mesmo insetos.
- A gente quer transmitir justamente esse clima de galera, que é o que nós somos: uma turma buscando seu espaço no humor. Além do talento de cada um, é claro, encontramos um bom entrosamento. Somos a cara da geração atual - afirma Mazzeo, que dedicou a maior parte dos últimos meses ao novo projeto.
Segundo ele, além de utilizar a fórmula que fez sucesso no "Cilada", exibido no Multishow, "Junto e misturado" reúne improvisos e as tiradas rápidas clássicas da stand up comedy, com exageros especialmente na caracterização, coordenada pela equipe de Simone Rosin.
- O programa também tem base na realidade, mas com um olhar mais absurdo do cotidiano, uma lente de aumento - explica o ator.
Para Simone, o trabalho na atração foi um exercício de criação. Apliques, dentes e cílios postiços, por exemplo, serviram para diferenciar os vários personagens. E, para tudo dar certo, o material tinha que ser deixado à mão para realizar as trocas da forma mais ágil possível.
O número de papéis e histórias exigiu intervalos curtíssimos entre as gravações dos esquetes. Era só uma delas terminar, que os figurantes já começavam a ficar a postos e a equipe de cenografia voltava a entrar em ação. Para acelerar o trabalho, o elenco se revezava: quando uma parte estava em cena, a outra adiantava a próxima caracterização.
- Temos vários estilos de humor em um só programa. Por isso, acho que vamos conquistar públicos variados, como aconteceu com o "TV Pirata" - ressalta Porchat, que também assina os textos, ao mesmo tempo em que acusa Renata de comer todos os quitutes do camarim.
Apesar do corre-corre, os atores não perdiam as brechas para se divertir com os próprios figurinos ou emplacar um improviso. Vestida como uma mulher extravagante em plena feira de rua, Débora pedia para Duvivier, caracterizado como um feirante dentuço com óculos de grau, parar de sorrir para ela. A esquete abordava a importância da moda no cotidiano e a perua escolhia as frutas de acordo com as cores mais fashion do momento. Em outra tomada na feira, Renata e Fabiula não cansavam de brincar com o sotaque de interior das personagens, comadres que se encontravam depois de muito tempo.
Em outro momento, contracenando com Mazzeo, Débora se entregava às gargalhadas com o parceiro, na pele de um chefe bonzinho prestes a demiti-la em um restaurante chique, com direito a violinistas. Era só ter um breve intervalo, que o ator fazia uma careta ou implicava com o sabor do suposto vinho: "Ué? Isso aqui é suco de groselha?".
E por falar em exagero, Duvivier até pensou em conceder a entrevista com os tais dentões de seu feirante, mas desistiu logo na primeira tentativa. Do personagem, restou apenas o jaleco básico.
- A gente tem esse humor parecido. Antes do início das gravações, rimos muito com a leitura dos textos - conta ele.
Já Fabiula ressalta que, apesar do cansaço, ninguém perdia o ânimo.
-- Vou sentir saudade de ficar com essa turma todos os dias - lamenta a atriz.
Mesmo com toda a expectativa para a estreia, Mazzeo diz encarar com tranquilidade a responsabilidade de conduzir um programa semanal na TV Globo:
- Vejo com a maior naturalidade possível. É mais um trabalho. Se vai dar certo ou não, é uma circunstância da arte.
Para Farias, o grande desafio de fazer "Junto e misturado" é acompanhar o tom do humor dessa nova geração de atores e colocar o resultado desse encontro dentro de um programa de TV. E ele aproveita para revelar que há um bom tempo queria trabalhar com Mazzeo:
- Por meio dele conheci o Porchat, que forma com Gregório, Débora, Fabiula e Renata uma trupe de excelentes comediantes. Eles têm mesmo uma nova maneira de fazer humor, inteligente e anárquica, que aproveita e recria um pouco de tudo que já foi feito.
Na opinião, Porchat, que admite estar ansioso com a estreia, a televisão descobriu que "o momento do humor é agora". Apesar de reconhecer a estabilidade de atrações do gênero de "Zorra total", formadas por quadros fixos, ele ressalta que a principal característica de "Junto e misturado" é a aposta nas esquetes.
- Acho que é um investimento no humor. Mas eu sou pessimista, né? Para mim, o mundo acaba antes de 2012 - brinca o ator: - Estou curioso para ver como o público vai reagir a esta rapidez. Agora, fica a ansiedade com o resultado final.
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