Toda mágica consiste em três atos. O primeiro é chamado ‘a promessa’: o mágico mostra um objeto ou ação comum, mas que, naturalmente, não é. O segundo ato é chamado de ‘a virada’: o mágico transforma o comum em algo extraordinário. Agora, se você está procurando o segredo, não vai descobrir, porque, na verdade, não quer! O terceiro ato é o grande truque, no qual a mágica se transforma, e a plateia se surpreende com algo realmente impressionante. É a hora do êxtase absoluto.
Alakazan! A fumaça se espalha, e a expectativa é grande. Olhos fixos nas brechas do nevoeiro. Está feito. O público estupefato se aperta nas cadeiras e cai nos encantos da ilusão. O êxtase é inevitável. Eis a mágica! É isso que eles desejam. “Todos os seres humanos querem ser enganados”, afirma Ferragus (Francisco Cuoco), um sujeito misterioso e sedutor, com quem Herculano (Rodrigo Lombardi) esbarra na cadeia e que se torna seu mestre na arte do ilusionismo. Ferragus é uma homenagem dos autores Alcides Nogueira e Geraldo Carneiro ao ator Francisco Cuoco na minissérie/novela ‘O Astro’, especial da Rede Globo que revisita a obra original de Janete Clair em comemoração aos 60 anos da teledramaturgia brasileira. Com estreia marcada para 12 de julho, a releitura de ‘O Astro’ tem direção de núcleo de Roberto Talma, direção geral de Mauro Mendonça Filho e direção de Fred Mayrink, Allan Fiterman e Noa Bressane. O roteiro tem colaboração de Tarcísio Lara Puiati e Vitor de Oliveira.
O papel que antes foi de Francisco Cuoco agora é de Rodrigo Lombardi. Protagonista de ‘O Astro’, Herculano Quintanilha é um o herói ambíguo e, por isso, humano. “Janete Clair sempre esteve à frente do seu tempo. Ela impregnava seus personagens de humanidade. Falar sobre ‘O Astro’ é reviver alegrias e sentimentos bons. Sinto-me recebendo uma grande homenagem”, derrama-se Francisco Cuoco, convidado pelos autores e diretores para viver Ferragus. Os dois atores contracenam juntos. Ferragus é o mestre de Herculano durante os oito anos de prisão. Ao se separarem, Ferragus continuará aparecendo para Herculano, ora em pensamento, ora se materializando como um alter ego. E, assim, estarão juntos ao longo de toda história. “Quando me vi com o turbante, levei um susto. Bateu um êxtase. Na primeira vez que estive com Cuoco, ele olhou pra mim e me arrepiei. Ele é imbatível. Ele será o mestre Ferragus, que, de algum modo, é o Herculano 30 anos depois”, declara Rodrigo Lombardi. “É mágica. Ninguém ao certo sabe quem é quem. É como se fosse uma projeção dele no futuro. É uma experiência que suscita muitas interpretações”, conclui o diretor Mauro Mendonça Filho.
A saga do sonhador Herculano Quintanilha (Rodrigo Lombardi) abarca ilusionismo, cobiça e sedução. Sem saber se o Professor Astro, como ficará conhecido Herculano em seus shows, é um trapaceiro ou realmente um homem com poderes fora do comum, todos acabam se envolvendo nos seus atraentes enigmas. Um sujeito que saiu de sua pequenina cidade natal dentro de um camburão para passar oito anos na prisão estadual, onde aprendeu tudo sobre ilusionismo e vidência, Herculano surpreende o destino e se torna a grande atração de uma soturna casa de espetáculos, no centro do Rio de Janeiro. E é nesta cidade que ele conhecerá dois personagens que mudarão o rumo de sua história: a sua paixão, Amanda Mello Assunção (Carolina Ferraz), e seu grande amigo, Márcio Hayalla (Thiago Fragoso). E também reencontrará Neco (Humberto Martins), um antigo desafeto.
O GOLPE DENTRO DO GOLPE
Dono de uma loja de miudezas em Bom Jesus do Rio Claro, Herculano Quintanilha (Rodrigo Lombardi) não para de sonhar. E, em meio a tantas fantasias, eis que surge uma ideia que mudará sua vida para sempre. O ano é 2002, em plena Copa do Mundo. A pequenina cidade não comporta as ambições de Herculano, que põe em prática um plano que é um primor de vigarice: arrecadar donativos para a reforma da Igreja Matriz e superfaturar a obra. O esquema é um sucesso. Herculano se vale da confiança do pároco Frei Laurindo (Sérgio Mamberti) e consegue que a cidade toda dê quantias substanciais para os reparos.
Herculano, porém, nem imagina o que Neco (Humberto Martins), seu parceiro, é capaz de fazer. No dia da fuga dos cúmplices, Neco se adianta e dá um golpe dentro do golpe. Herculano avista o amigo fugindo da cidade em sua caminhonete, levando não apenas o dinheiro, mas seus sonhos. Neco deixa o parceiro em um beco sem saída: depois de correr da população da cidade, ávida por vingança, Herculano se entrega, é preso e condenado.
CONDENADO AO ILUSIONISMO
Herculano (Rodrigo Lombardi) chega à prisão estadual e é tomado de desespero quando se vê confinado. Num rompante, usa os punhos para golpear as grades com violência. Numa das celas, surge um homem 30 anos mais velho que ele, com ar de simpatia, que diz: “Calma, rapaz. O tempo aqui passa devagar. Todo mundo tem que aproveitar pra aprender alguma coisa”. É Ferragus (Francisco Cuoco), um sujeito preso há 15 anos.
Aos poucos, Herculano decide se aproximar de Ferragus e lhe pergunta por que é que os guardas o tratam de maneira diferenciada, cheio de regalias. Ferragus sorri e responde: “Porque eu tenho certos poderes”. Nesse momento, o velho prisioneiro decide ensinar seus segredos de ilusionismo. “Sabia que eu sou capaz de trazer de volta a pessoa amada em três dias?”, indaga Ferragus, e acrescenta, zombando: “Só não sei por quanto tempo a pessoa amada aguenta antes de fugir de novo.” Herculano nunca sabe se ele está falando sério ou não, mas embarca nas suas ilusões. Por fim, ganha um presente de Ferragus do qual jamais irá se separar: uma ametista, falsa.
O PROFESSOR ASTRO
Oito anos se passam, Herculano (Rodrigo Lombardi) ganha a liberdade e aparece no palco da casa de shows Kosmos, num sobrado da Lapa, bairro boêmio do Rio de Janeiro. Ele agora é o Professor Astro, a principal atração de ilusionismo e telepatia. Na cabeça, um turbante, e, no centro do artefato, tilinta sua ametista. Ao lado dele, Valéria (Ellen Roche), sua ajudante hipnotizante. Essa é a nova vida de Herculano.
OUTRAS VIDAS, UM AMOR
Durante um de seus espetáculos, o olhar do Astro se cruza com o de uma requintada mulher, e uma paixão avassaladora surge entre eles. Ela é Amanda Mello Assunção (Carolina Ferraz), herdeira da Construtora Mello Assunção, que está a ponto de falir. Amanda, que sempre foi cética, assiste ao show com ar blasé até que Herculano (Rodrigo Lombardi) se aproxima e começa a revelar verdades, a princípio triviais, a respeito dela. Essas verdades vão, no entanto, se tornando cada vez mais específicas.
Ele advinha, por exemplo, que há alguma pessoa dilapidando o patrimônio de sua família. Como o pai de Amanda, Adolfo Mello Assunção (Reginaldo Faria), é um jogador compulsivo e fez muitas dívidas no pôquer que prejudicaram a empresa, ela dissimula, mas sente o golpe da revelação.
Como se não bastasse, Herculano pergunta a Amanda onde está o belíssimo colar que ela queria usar. Amanda fica perplexa ao lembrar da joia, que herdou de sua mãe e foi vendida pelo pai. Ela se levanta, encara o vidente e sai da Kosmos às pressas, mexida não só com as revelações, mas com uma sensação desconcertante. No carro, vira para Beatriz (Guilhermina Guinle) e diz: “Eu tenho a impressão de conhecer esse Herculano há milênios.”
Alakazan! A fumaça se espalha, e a expectativa é grande. Olhos fixos nas brechas do nevoeiro. Está feito. O público estupefato se aperta nas cadeiras e cai nos encantos da ilusão. O êxtase é inevitável. Eis a mágica! É isso que eles desejam. “Todos os seres humanos querem ser enganados”, afirma Ferragus (Francisco Cuoco), um sujeito misterioso e sedutor, com quem Herculano (Rodrigo Lombardi) esbarra na cadeia e que se torna seu mestre na arte do ilusionismo. Ferragus é uma homenagem dos autores Alcides Nogueira e Geraldo Carneiro ao ator Francisco Cuoco na minissérie/novela ‘O Astro’, especial da Rede Globo que revisita a obra original de Janete Clair em comemoração aos 60 anos da teledramaturgia brasileira. Com estreia marcada para 12 de julho, a releitura de ‘O Astro’ tem direção de núcleo de Roberto Talma, direção geral de Mauro Mendonça Filho e direção de Fred Mayrink, Allan Fiterman e Noa Bressane. O roteiro tem colaboração de Tarcísio Lara Puiati e Vitor de Oliveira.
O papel que antes foi de Francisco Cuoco agora é de Rodrigo Lombardi. Protagonista de ‘O Astro’, Herculano Quintanilha é um o herói ambíguo e, por isso, humano. “Janete Clair sempre esteve à frente do seu tempo. Ela impregnava seus personagens de humanidade. Falar sobre ‘O Astro’ é reviver alegrias e sentimentos bons. Sinto-me recebendo uma grande homenagem”, derrama-se Francisco Cuoco, convidado pelos autores e diretores para viver Ferragus. Os dois atores contracenam juntos. Ferragus é o mestre de Herculano durante os oito anos de prisão. Ao se separarem, Ferragus continuará aparecendo para Herculano, ora em pensamento, ora se materializando como um alter ego. E, assim, estarão juntos ao longo de toda história. “Quando me vi com o turbante, levei um susto. Bateu um êxtase. Na primeira vez que estive com Cuoco, ele olhou pra mim e me arrepiei. Ele é imbatível. Ele será o mestre Ferragus, que, de algum modo, é o Herculano 30 anos depois”, declara Rodrigo Lombardi. “É mágica. Ninguém ao certo sabe quem é quem. É como se fosse uma projeção dele no futuro. É uma experiência que suscita muitas interpretações”, conclui o diretor Mauro Mendonça Filho.
A saga do sonhador Herculano Quintanilha (Rodrigo Lombardi) abarca ilusionismo, cobiça e sedução. Sem saber se o Professor Astro, como ficará conhecido Herculano em seus shows, é um trapaceiro ou realmente um homem com poderes fora do comum, todos acabam se envolvendo nos seus atraentes enigmas. Um sujeito que saiu de sua pequenina cidade natal dentro de um camburão para passar oito anos na prisão estadual, onde aprendeu tudo sobre ilusionismo e vidência, Herculano surpreende o destino e se torna a grande atração de uma soturna casa de espetáculos, no centro do Rio de Janeiro. E é nesta cidade que ele conhecerá dois personagens que mudarão o rumo de sua história: a sua paixão, Amanda Mello Assunção (Carolina Ferraz), e seu grande amigo, Márcio Hayalla (Thiago Fragoso). E também reencontrará Neco (Humberto Martins), um antigo desafeto.
O GOLPE DENTRO DO GOLPE
Dono de uma loja de miudezas em Bom Jesus do Rio Claro, Herculano Quintanilha (Rodrigo Lombardi) não para de sonhar. E, em meio a tantas fantasias, eis que surge uma ideia que mudará sua vida para sempre. O ano é 2002, em plena Copa do Mundo. A pequenina cidade não comporta as ambições de Herculano, que põe em prática um plano que é um primor de vigarice: arrecadar donativos para a reforma da Igreja Matriz e superfaturar a obra. O esquema é um sucesso. Herculano se vale da confiança do pároco Frei Laurindo (Sérgio Mamberti) e consegue que a cidade toda dê quantias substanciais para os reparos.
Herculano, porém, nem imagina o que Neco (Humberto Martins), seu parceiro, é capaz de fazer. No dia da fuga dos cúmplices, Neco se adianta e dá um golpe dentro do golpe. Herculano avista o amigo fugindo da cidade em sua caminhonete, levando não apenas o dinheiro, mas seus sonhos. Neco deixa o parceiro em um beco sem saída: depois de correr da população da cidade, ávida por vingança, Herculano se entrega, é preso e condenado.
CONDENADO AO ILUSIONISMO
Herculano (Rodrigo Lombardi) chega à prisão estadual e é tomado de desespero quando se vê confinado. Num rompante, usa os punhos para golpear as grades com violência. Numa das celas, surge um homem 30 anos mais velho que ele, com ar de simpatia, que diz: “Calma, rapaz. O tempo aqui passa devagar. Todo mundo tem que aproveitar pra aprender alguma coisa”. É Ferragus (Francisco Cuoco), um sujeito preso há 15 anos.
Aos poucos, Herculano decide se aproximar de Ferragus e lhe pergunta por que é que os guardas o tratam de maneira diferenciada, cheio de regalias. Ferragus sorri e responde: “Porque eu tenho certos poderes”. Nesse momento, o velho prisioneiro decide ensinar seus segredos de ilusionismo. “Sabia que eu sou capaz de trazer de volta a pessoa amada em três dias?”, indaga Ferragus, e acrescenta, zombando: “Só não sei por quanto tempo a pessoa amada aguenta antes de fugir de novo.” Herculano nunca sabe se ele está falando sério ou não, mas embarca nas suas ilusões. Por fim, ganha um presente de Ferragus do qual jamais irá se separar: uma ametista, falsa.
O PROFESSOR ASTRO
Oito anos se passam, Herculano (Rodrigo Lombardi) ganha a liberdade e aparece no palco da casa de shows Kosmos, num sobrado da Lapa, bairro boêmio do Rio de Janeiro. Ele agora é o Professor Astro, a principal atração de ilusionismo e telepatia. Na cabeça, um turbante, e, no centro do artefato, tilinta sua ametista. Ao lado dele, Valéria (Ellen Roche), sua ajudante hipnotizante. Essa é a nova vida de Herculano.
OUTRAS VIDAS, UM AMOR
Durante um de seus espetáculos, o olhar do Astro se cruza com o de uma requintada mulher, e uma paixão avassaladora surge entre eles. Ela é Amanda Mello Assunção (Carolina Ferraz), herdeira da Construtora Mello Assunção, que está a ponto de falir. Amanda, que sempre foi cética, assiste ao show com ar blasé até que Herculano (Rodrigo Lombardi) se aproxima e começa a revelar verdades, a princípio triviais, a respeito dela. Essas verdades vão, no entanto, se tornando cada vez mais específicas.
Ele advinha, por exemplo, que há alguma pessoa dilapidando o patrimônio de sua família. Como o pai de Amanda, Adolfo Mello Assunção (Reginaldo Faria), é um jogador compulsivo e fez muitas dívidas no pôquer que prejudicaram a empresa, ela dissimula, mas sente o golpe da revelação.
Como se não bastasse, Herculano pergunta a Amanda onde está o belíssimo colar que ela queria usar. Amanda fica perplexa ao lembrar da joia, que herdou de sua mãe e foi vendida pelo pai. Ela se levanta, encara o vidente e sai da Kosmos às pressas, mexida não só com as revelações, mas com uma sensação desconcertante. No carro, vira para Beatriz (Guilhermina Guinle) e diz: “Eu tenho a impressão de conhecer esse Herculano há milênios.”
REDE HAYALLA, MAIS UM SUPERMERCADO PERTO DE VOCÊ!
Beatriz (Guilhermina Guinle) ouve a amiga e a acalma. Um homem bonito e sedutor daqueles mexe com qualquer uma, ela pensa. Ela vai para casa descansar, pois o dia seguinte será importante para o Grupo Hayalla, do qual é consultora jurídica. A rede inaugura mais um dos seus supermercados, num bairro nobre do Rio de Janeiro, com direito à presença de autoridades, celebridades e imprensa. No palanque montado para a festa, em posição de gala, está Salomão Hayalla (Daniel Filho), o patriarca da família.
A FAMÍLIA HAYALLA: UM ESCÂNDALO ABALA A SOCIEDADE!
De repente, um jovem de camiseta e jeans aparece e começa a distribuir dinheiro para o povo que está ao lado de fora da inauguração do novo supermercado. O púbico presente invade o supermercado e arremata todos os produtos que consegue pagar com o dinheiro recebido. O jovem que promoveu a ação é Márcio Hayalla (Thiago Fragoso), único filho e herdeiro do império de Salomão, que vendeu seu próprio carro para distribuir o pagamento à população.
Salomão Hayalla (Daniel Filho) nunca deixou de sentir o peso da mala de mascate nas costas. Mesmo tendo se tornado muito rico, continuou trabalhando arduamente. E, apesar de ser um homem honesto, valoriza excessivamente o dinheiro. Essa é a grande diferença entre ele e seu filho. Márcio (Thiago Fragoso) quer viver como um missionário, longe das seduções do mundo material, e abomina a hipocrisia e o culto ao dinheiro que reina em sua casa e sua família.
Salomão enxerga Márcio como uma pessoa que nunca se deu conta de que o dinheiro é a recompensa “efetiva” do trabalho. Já seu filho o vê como alguém que não se importa com os outros. Esses embates frequentes vão atingir o clímax com uma profunda ruptura entre os dois.
MÁRCIO É INTERDITADO PELO PRÓPRIO PAI
Em uma noite de festa na casa dos Hayalla, Clô (Regina Duarte) e Salomão (Daniel Filho) recebem seus familiares, amigos, empresários e banqueiros para comemorar a inauguração do novo supermercado. Festa grande, bem ao gosto de Clô, esposa de Salomão. Os convidados circulam pelas salas. Um silêncio repentino toma conta do ambiente. Salomão, pasmo, vê Márcio (Thiago Fragoso) descendo as escadarias tirando cada peça de roupa, até ficar completamente nu e declarar: “Pronto, pai! Agora sou um homem livre!”.
Pai e filho se enfrentam. Salomão acaba por reprimir Márcio, que, atônito, segue para seu quarto, sem saber que no dia seguinte será internado em uma clínica psiquiátrica.
A PENHA, LUGAR DE SAMBA, INTRIGAS E MUITA PAIXÃO
A casa de espetáculos Kosmos, na qual Herculano Quintanilha (Rodrigo Lombardi) faz seus shows, pertence a Natalino Pimentel, mais conhecido por Natal (Antonio Calloni), empresário nascido e criado no bairro da Penha. E foi justamente lá, onde Neco (Humberto Martins), ex-parceiro de Herculano no golpe de Bom Jesus, investiu o dinheiro que arrumou passando a perna em todo mundo, inclusive no próprio Quintanilha.
Neco comprou uma casa na Penha, inaugurou um salão de beleza e casou-se com Laura (Simone Soares). Só que a esposa não quis deixar desamparada sua mãe, Dona Consolação (Selma Egrei) e a irmã mais nova, a moça mais cobiçada do bairro, Lili (Alinne Moraes). Resultado: todos foram morar com o proprietário do salão Penha Fashion. Neco também tratou de aumentar a família, e teve os filhos Ernesto Jr., o Nequinho (Diego Kropotoff), e Kelly (Anna Luiza Anillo).
Como sempre teve alma de vigarista e explorador, Neco pôs a cunhada Lili a trabalhar no salão como manicure, mas não a remunera, porque, à sua lógica, Lili trabalha em troca de moradia e comida. Dona Consolação foi para a cozinha e agora faz quentinhas, apesar de o genro reclamar do transtorno que isso traz para o sossego do seu lar.
LILI, A ANGELINA JOLIE DA PENHA
Todos olham quando ela passa. A beleza de Lili (Alinne Moraes) arrebata toda Penha. E Neco não se cansa de cobiçar seus encantos. Mas ela não é boba e sabe que o cunhado é de fato o príncipe dos canalhas. Para se proteger dele, aceita a corte de Natal (Antonio Calloni), o poderoso da Penha. Como o aniversário dela se aproxima, Natal resolve oferecer à sua deusa uma boca livre na Kosmos para toda a sua família que, a contragosto da aniversariante, inclui o cunhado. O apogeu da noite é o show de mentalização do Professor Astro.
O REENCONTRO COM O PASSADO
Herculano (Rodrigo Lombardi) faz seu show na Kosmos, surpreendendo os presentes com suas adivinhações. Encanta-se particularmente com Lili (Alinne Moraes), para quem prevê uma mudança radical. Mas, em seguida, reconhece Neco (Humberto Martins). O Professor Astro, então, “capta” a presença de um traidor e ladrão entre os presentes na casa. Neco veste a carapuça e sai em pânico da Kosmos.
Herculano vê a oportunidade de dar o troco em Neco. Ele ameaça revelar sua participação no roubo de Bom Jesus e, como pagamento pelo seu silêncio, consegue uma casa. Neco, a contragosto, passa a conviver de perto com o sucesso do bruxo, mas fará de tudo para atrapalhar a vida de seu antagonista.
LILI E OS HAYLLA
Sem suportar mais as canalhices do cunhado, Lili (Alinne Moraes) vai trabalhar como operadora de caixa em um supermercado da Rede Hayalla, onde conhecerá o poderoso Salomão Hayalla (Daniel Filho). Salomão se apaixonará perdidamente por ela, porém, o verdadeiro amor de Lili ainda está por vir: Márcio Hayalla (Thiago Fragoso), o filho de Salomão. Ao se sentir traído pelos dois, o poderoso Salomão Hayalla verá o amor se transformar em fúria.
MÁRCIO E HERCULANO: AMIZADE OU INTERESSE?
Márcio (Thiago Fragoso) foge da clínica psiquiátrica e passa a vagar pelas ruas do Rio, tocando seu trompete. Dias depois, com muita fome, não tem dinheiro nem para um salgado. Herculano (Rodrigo Lombardi) vê a cena, se compadece e manda trazer comida para Márcio. Não tem a menor ideia de quem seja ele, mas Márcio desperta em Herculano o seu lado bom. É o acaso que patrocinará este encontro. Uma afinidade tão poderosa que parece provocada por um feitiço. Herculano acolhe Márcio em sua casa e, através da sua amizade com o herdeiro, se aproximará futuramente da família Hayalla, até se tornar admirado por todos. Ou quase todos.
Herculano descobre a verdadeira identidade de seu amigo Márcio e tenta reaproximá-lo da família, conquistando aos poucos a confiança dos Hayalla. A família, por fim, acredita em Herculano e pede que ele impeça Márcio de viver com os missionários, conforme os planos do rapaz. Herculano, sempre jogando, diz que podem contar com ele.
O RISCO DE TENTAR COMPRAR UM AMOR
Enquanto isso, na mansão dos Hayalla, Salomão (Daniel Filho) descobre que Clô (Regina Duarte) e Felipe (Henri Castelli) são amantes. Felipe é filho de Nelson Cerqueira (Celso Frateschi), amigo de Salomão e um dos diretores da Construtora Mello Assunção, da família de Amanda (Carolina Ferraz). Felipe foi amigo de adolescência de Márcio (Thiago Fragoso), até se ligar a um grupo de jovens delinquentes de classe alta. Felipe se aproximou de Clô de olho em sua fortuna. Mas ela não sabe.
Diante da catástrofe econômica de sua família, Amanda pede a Nelson que consiga dinheiro emprestado com Salomão. Samir Hayalla (Marco Ricca), irmão de Salomão, vê nisso a grande oportunidade de se casar com Amanda. Pede que o irmão negue o empréstimo, pois assim terá Amanda em suas mãos. Mas, quando Cerqueira faz o pedido, Salomão concorda em ajudá-lo, desde que Cerqueira envie Felipe para fora do país.
QUEM MATOU SALOMÃO HAYALLA?
Secretamente, Felipe (Henri Castelli) volta ao Brasil e passa a exigir que Clô (Regina Duarte), sua amante, roube os documentos que o incriminam e que estão no cofre de Salomão Hayalla (Daniel Filho). Clô aproveita uma ausência do marido e consegue pegar o dossiê no cofre. Na mesma noite, Salomão é encontrado morto, assassinado em circunstâncias misteriosas. A investigação policial toma conta da trama. Diversos são os possíveis assassinos, todos com motivos para matar o empresário.
HERCULANO CHEGA AO TOPO
Os irmãos Samir (Marco Ricca), Youssef (José Rubens Chachá) e Amin (Tato Gabus), apesar das divergências e suspeitas mútuas, se unem e pedem que Herculano (Rodrigo Lombardi) convença Márcio (Thiago Fragoso) a assumir o lugar do pai na empresa, enquanto Samir ocupa interinamente a presidência. Movido por sua ambição de poder, Herculano coage Márcio a assumir a presidência do grupo Hayalla e é nomeado por ele seu assessor. É o grande momento do Professor Astro: ele finalmente chegou lá.
O talento e o carisma de Herculano fazem com que ele ascenda a posições de grande poder dentro do grupo econômico. A suspeita de que seja um vigarista e os interesses contrariados fazem com que seus inimigos e rivais sempre procurem desmascará-lo. Em vão. Mas isso faz com que suas peripécias sejam cada vez mais mirabolantes e que o personagem se torne fascinante, abusando de sua ambiguidade e destreza para se equilibrar na corda bamba. Craque da estratégia, ele usa não apenas o ilusionismo, mas a inteligência, para manipular a todos.
AMORES, ARROUBOS, PAIXÕES
O amor é rasgado, derramado. O romantismo está em todo lugar. Amanda (Carolina Ferraz) e Herculano (Rodrigo Lombardi) não entendem como viveram até agora sem se conhecer. Eles se apaixonam no primeiro olhar. Mas esse amor encontrará muitas pedras e percalços no caminho. Amanda não tem certeza se ele merece todo sentimento que tem por ele. Herculano tem certeza de que a ama e de que ficarão juntos. Ela acha que ele não a ama tanto assim. Ele compreende que tudo tem sua hora, mas sempre se enrola nos próprios trambiques. Amanda teme não aguentar tamanha montanha-russa. Mas os dois desejam eternizar esse amor. “Iremos abusar do romantismo rasgado. Afinal, o mundo pode ter mudado, mas o desejo de amar e ser amado nunca mudou”, comenta o autor Geraldo Carneiro.
A união de Márcio (Thiago Fragoso) e Lili (Alinne Moraes), assim como a de Heculano e Amanda, é tumultuada, cheia de paixão e de idas e vindas. Clô (Regina Duarte) e Salomão (Daniel Filho) têm tantas mágoas que não conseguem a paz. Felipe (Henri Castelli) só quer o dinheiro de Clô, e ela se apaixona pelo canalha. Salomão sonha com o amor de Lili e sofre quando descobre que é por seu filho que ela se apaixonou. Laura (Simone Soares) é maltratada pelo marido Neco (Humberto Martins), que, mesmo brigando com Lili, deseja a cunhada. Youssef (José Rubens Chachá) é louco por Magda (Vera Zimmermann), que o faz de gato e sapato. Já Amin (Tato Gabus) reprime a mulher Jamile (Carolina Kasting), que nem desconfia que seu marido tem um caso com a secretária Silvia (Bel Kutner). Mas Silvia sofre porque Amin não quer assumir seu relacionamento com ela. Em suma, amores e dissabores no ar.
O ASTRO REVISTADO
Samir (Marco Ricca) é o irmão mau-caráter e parceiro de Salomão Hayalla (Daniel Filho), um homem trabalhador, que de mascate se tornou o poderoso dono do Grupo Hayalla, em que se destaca uma rede fortíssima de supermercado. Salomão ainda tem mais dois irmãos: Youssef (José Rubens Chachá) e Amin (Tato Gabus). Todos são parceiros na empresa e estão de olho na herança. Salomão é o patriarca da família, casado com Clô (Regina Duarte), uma mulher da alta sociedade, e pai de Márcio (Thiago Fragoso), um jovem que renega toda fortuna do pai.
Márcio, por obra do destino, se torna amigo de Herculano (Rodrigo Lombardi) e passa a morar com ele na Penha, subúrbio onde vive a esfuziante Lili (Alinne Moraes). Pai e filho dividirão o amor por essa mulher. Na Penha também reside Neco (Humberto Martins), um sujeito sem escrúpulos, que no passado passou a perna em Herculano e agora vai tentar se livrar do desafeto de qualquer jeito. Salomão e Herculano são iguais em um ponto: atraem inveja por onde passam. Herculano mira alto, e o céu é o seu limite. Ele usará todos seus poderes, os convencionais e também os especiais, e chegará ao topo do poder. Salomão, para chegar aonde chegou, também pensou grande e, quando parece atingir o auge, é assassinado. A morte de Salomão beneficia muita gente. Mas quem será que matou Salomão Hayalla?
A trama é velha conhecida dos contemporâneos da década de 70. Janete Clair escreveu a história que fez o Brasil parar até o último capítulo. Todos queriam descobrir quem matou Salomão Hayalla e o desfecho do “talvez trambiqueiro” encantador Herculano Quintanilha. O suspense pegou até o poeta Carlos Drummond de Andrade, que escreveu em sua coluna logo após o fim da novela: “Agora que ‘O Astro’ acabou vamos cuidar da vida, que o Brasil está lá fora esperando”.
Na nova versão, o público verá um Herculano e um Salomão do nosso tempo, dos anos 2000. “Estamos preservando os pilares básicos da história original. A nossa preocupação tem sido deixar as tramas com ares do século 21 e, assim, os personagens agirão em consonância com os hábitos dos anos atuais”, explica o autor Alcides Nogueira. “Ainda que hoje em dia pareça que não temos tempo para falar de sentimentos, os personagens mostram o contrário. É o que todos querem em qualquer tempo: amar e ser amado. O amor derramado será uma das marcas de ‘O Astro’”, conclui o autor Geraldo Carneiro.
A VIAGEM AO PARANÁ
A primeira parada foi na estação do Marumbi que, na ficção, ilustrará a estação ferroviária de Bom Jesus do Rio Claro, cidade de Herculano (Rodrigo Lombardi). Logo depois, a equipe seguiu para o presídio do Ahú, em Curitiba. Desativada há quatro anos, a cadeia serve de cenário para as cenas da prisão de Quintanilha. O diretor-geral Mauro Mendonça Filho esteve à frente das gravações externas no Paraná. As paradas seguintes foram Antonina e Morretes, cidades históricas do litoral paranaense, onde foram registradas mais cenas da fictícia Bom Jesus do Rio Claro.
A equipe, que partiu do Rio de Janeiro, foi composta por cerca de 50 profissionais, entre eles, elenco, direção, produção, cenografia, engenharia, produção de arte, figurino, efeitos especiais, assistentes e até mágicos. Nas cenas da ferrovia, foram utilizados cerca de 80 figurantes locais. No presídio, em torno de 180 e, em Antonina e Morretes, mais de 200 pessoas fizeram parte da figuração.
No total, a produção gravou durante 12 dias no Paraná. Em Curitiba, gravaram os atores Rodrigo Lombardi, Francisco Cuoco, Marcella Muniz, como Doralice, ex-mulher de Herculano, e Bernardo Marinho, como Alan, filho de Herculano. No litoral, além do elenco citado, participaram Humberto Martins e Sergio Mamberti, como Frei Laurindo, entre outros.
CIDADE CENOGRÁFICA E ESTÚDIO
A cenografia é concebida por José Claudio, com o auxílio de Eliane Heringer, nos estúdios, Isabela Urman, nas gravações externas, e Fernando Meirelles, na cidade cenográfica. Para as gravações no Paraná, Isabela visitou até cadeia de verdade para ter referências reais e construir não só o presídio como a cadeia local, na qual Herculano (Rodrigo Lombardi) ficará preso. O próprio presídio do Ahú, em Curitiba, ainda tem celas que não estão totalmente desconstruídas, e assim Isabela pode reconstruir uma cela fictícia bem próxima da realidade, usando-as como referência. “A direção pediu realidade em todas as montagens. Pesquisamos para que o real e a ficção estivessem misturados a tal ponto de não sabermos diferenciar quando começa um e termina o outro. Em Antonina, usamos a própria cidade, com seu ar interiorano, e as interferências, como as bandeirinhas do Brasil para a Copa do Mundo, foram pensadas para dar um ar mais natural possível”, explica minuciosamente a cenógrafa Isabela Urman.
Nos estúdios, foram levantadas as paredes da luxuosa casa de Salomão Hayalla (Daniel Filho), que segue a arquitetura de uma antiga mansão de Copacabana. Não muito longe, moram Youssef (José Rubens Chachá) e Amin (Tato Gabus), que terão suas casas cenográficas também em estúdio. O apartamento moderno e chique de Amanda (Carolina Ferraz) recebeu cenografia completa, com ares do bairro do Flamengo, na Zona Sul do Rio. O cassino de Miriam (Mila Moreira) é todo ambientado em estúdio, assim como as casas da Penha, a de Neco (Humberto Martins), Herculano (Rodrigo Lombardi), o salão de Neco e a Kosmos. “Idealizamos a Kosmos como uma casa de shows muito autêntica e prática para gravações em televisão. Todos os pequenos detalhes foram pensados com calma para termos mais realismo em cena. A cor escolhida para o ambiente foi o azul marinho, que dá profundidade ao cenário”, adianta o cenógrafo José Claudio.
A Penha ganhou uma cidade cenográfica só pra ela. O coração do Projac recebeu a reprodução de algumas ruas do bairro. O salão Penha Fashion e o bar Bafo de Ouro foram construídos para serem gravados por dentro e por fora. As ruas buscam retratar a parte residencial da Penha carioca. As casas de Neco, Herculano e Lili (Alinne Moraes) ganharam também fachadas. A Igreja da Penha estará lá, reproduzida por computação gráfica. “O salão Penha Fashion merece destaque na cidade cenográfica de ‘O Astro’. Nele, foram criados três corredores que evitam a invasão de câmeras no cenário e ficam em volta do sobrado. Com isso, as câmeras podem ser posicionadas através dos espelhos e vitrines removíveis. Um dos corredores, por exemplo, é disfarçado por uma porta de entrada, que, quando for preciso, será aberta ou removida para a câmera entrar”, explica o cenógrafo Fernando Meirelles.
A VIVÊNCIA DOS AMBIENTES
O pedido dos diretores foi claro: realismo. E a pesquisa da produção de arte foi intensa, desde workshop sobre a cultura libanesa até pesquisa local no bairro da Penha e consultas a mágicos para dar o tom certo aos ambientes que serão apresentados. Para a família Hayalla, Silvana Estrella, a profissional que assina a produção de arte de ‘O Astro’, criou a partir de traços do costume libanês. “Utilizamos sutilezas dessa tradição para construir uma vivência com muito realismo. Cada detalhe foi pensado e montado para tornar os ambientes mais vivos”, explica Silvana. Na casa dos Hayalla, a ostentação pode ser observada através dos detalhes dourados, a prataria e a decoração forrada de vermelho, com arranjos de flores e objetos característicos da cultura libanesa.
Para dar vida à Penha, a equipe de produção de arte foi até as suas adjacências e fez registros do local. Camelôs e barraquinhas distintas serão montados na cidade cenográfica para dar movimento real às ruas do bairro fictício. Já o apartamento de Amanda foi pensado para acompanhar o perfil do personagem, uma arquiteta moderna. Sua casa é clean e elegante. A casa de shows Kosmos foi concebida como um espaço místico. Para isso, mágicos foram consultados sobre a vivência do velho teatro, que recebeu um espelho infinito, piso com figuras que remetem à galáxia e simulação de estrelas, além de mesa de centro e jogo de luzes.
Na viagem, o presídio foi o ponto alto para a produtora Estrella: “Temos como base a novela de Janete Clair produzida nos anos 70, e isso nos possibilitou criar espaços atuais, sem perder a essência da trama. Mas a cadeia fugiu desse pensamento. Foi muito cativante fazer a ambientação de um presídio verdadeiro. A estrutura era perfeita e abusamos disso”.
AULAS DE ILUSIONISMO
Os atores que estão diretamente ligados ao show de ilusão, voaram para São Paulo e tiveram aulas com mágicos de verdade. Além do workshop, Rodrigo Lombardi e Ellen Roche ensaiam os números de magia com a ajuda de consultores, horas antes de executá-los para as câmeras. “Rodrigo (Lombardi) fará mágica de verdade. Investimos em aulas e uma consultoria acompanha as gravações dos shows de ilusionismo. Com isso, nos aproximamos cada vez mais da magia real”, comenta o diretor Mauro Mendonça Filho.
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