Danielle Winits vai ter seus dias de Lara Croft - heroína vivida por Angelina Jolie nos cinemas - em "Guerra e paz", seriado que estréia nesta sexta-feira, na TV Globo. É o que promete a atriz que contracenará com Marcos Pasquim (um policial meio 007, Pedro Guerra) muitas cenas de ação com a assinatura de Carlos Lombardi.
Seriemaníaca como o autor, ela diz que também se inspirou em Carrie (Sarah Jessica Parker) para viver a escritora Bárbara. Até com os cabelos castanhos (por causa de uma campanha publicitária) a loura vai ficar no final do seriado, como aconteceu com a estrela de "Sex and the city - o filme". Danielle buscou ainda outras fontes televisivas.
- À primeira vista, lembrei logo de "A gata e o rato" (série da década de 80, com Bruce Willis e Cybill Shepherd) - contou a atriz , enquanto aguardava o início da gravação, no Projac. - Sempre fui fã das séries americanas. Meu lado adolescente vê até "Dawson's Creek".
Com uma previsão de 16 episódios, "Guerra e paz" vai ao ar depois do "Globo Repórter", substituindo "Dicas de um sedutor". Mesmo grávida de oito meses, Danielle protagonizou o especial de fim de ano que deu origem à série. Sobre a repetição da dupla com Pasquim nas obras de Lombardi (eles fizeram as novelas "Uga uga" e "Kubanacan" e a minissérie "O quinto dos infernos"), Danielle não dá bola para possíveis críticas:
- Respeito opiniões, mas somos a constatação de uma química que funciona. E nem todos os casais da teledramaturgia dão certo. Temos que parar de enxergar tudo com tanto rótulo. De certa forma, as fórmulas das novelas são quase sempre as mesmas. Às vezes, vivemos personagens que são semelhantes aos anteriores. Já fiz papéis parecidos. O que eu tento é dar uma cor nova para cada um deles.
No intervalo da gravação, de roupão preto para se proteger do frio, Pasquim falou com entusiasmo sobre seu personagem: um ex-jogador de vôlei, popular no colégio, que deixou de ir para a seleção porque fraturou a bacia. Em depressão, começou a beber. Depois, virou um policial amargo que descobre que tem vocação para ser padre. Mesmo assim, só anda com garotas de programa. No mais, é pular, saltar, rolar no chão...
Bem-humorado, o ator lembra que foi criado em São Paulo brincando de "polícia e ladrão". Por isso, tira de letra o roteiro:
- Quando era moleque, adorava subir em telhado.
Além de Pedro Guerra, ele interpretará o agente Tony Tijuana, uma espécie de James Bond latino, criação da escritora Bárbara, cujo pseudônimo é Paloma Paz. Por causa das histórias inventadas por Bárbara, que passará a acompanhar o trabalho de Pedro para buscar inspiração para seus livros, Danielle e Pasquim vão usar mil disfarces em aventuras que se passarão em lugares como Serra Leoa (a Portelinha de "Duas caras" foi usada como cenário deste episódio), Espanha, Rússia, Itália...
- Como Tony Tijuana, já fui parar até na Idade Média. Vamos fazer vários tipos, o que é uma constante no texto do Lombardi - contou ele, que, por não querer fazer mais um herói, teve uma conversa com Lombardi, com quem trabalha há mais de dez anos. - Disse que queria dar um tempo nos mocinhos, que gostaria de fazer um vilão. Mas o Pedro me seduziu por ser um personagem de seriado.
Tranqüilo, Pasquim admitiu, ainda, que voltará a aparecer sem camisa em "Guerra e paz", a exemplo de outros personagens que interpretou em obras do mesmo autor:
- O Lombardi tem essa tônica dos descamisados. Até peguei o texto do especial de fim de ano e pedi para ele mudar algumas coisas. Ele acatou. Mas agora não temos mais tempo para isso. O que ele escrever, eu faço. Então, vou ficar sem camisa de novo - contou o intérprete, dizendo que já fez um papel dramático em "Chiquititas" e que pretende trabalhar com outros autores: - Como Glória Perez, Manoel Carlos, Walcyr Carrasco, João Emanuel Carneiro - enumerou.
Com várias participações especiais, "Guerra e paz" também terá no elenco Betty Lago, Daniele Valente, Chico Anysio e Mouhamed Harfouch.
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