segunda-feira, 19 de abril de 2010

Crítica: 'Escrito nas estrelas'


Estreia da semana passada na Globo, “Escrito nas estrelas” possui todos os ingredientes que costumam agradar o público feminino do horário: romance, diferenças de classes sociais, ligações familiares e sobrenatural. A novela das 18h de Elisabeth Jhin aposta numa espécie de espiritualismo generalista, para escapar das discussões dogmáticas e encantar com algo mais próximo ao fantástico. Este é apenas um dos acertos desta produção.

São muitas cartas na manga. O elenco não se apoia em um ou dois grandes talentos. Nathália Dill, que já tinha aprendido o que faltava em “Paraíso”, é uma protagonista feita, madura. Tem talento, presença e é aplicada. E conseguiu se reinventar no papel da mocinha. Viviane é mais encorpada que a doce Santinha da novela anterior. Mérito também da boa direção de atores de Rogério Gomes. Humberto Martins também brilhou. Em dois capítulos, seu personagem foi da frieza do médico bem- sucedido macho alfa ao sentimental e desmontado pai que perdeu o filho. Sem sair do tom, nem exagerar. Deixou a vilania a cargo de Alexandre Nero, que, em pequenas oportunidades já deu boas demonstrações do que é capaz. O mesmo se pode dizer de Zezé Polessa, Marcelo Faria, Débora Falabella, Gisele Froes, Susana Faini e Antônio Calloni. Finalmente, não se pode deixar de citar: Walderez de Barros e Jandira Martini, uma dupla luxuosíssima.

“Escrito nas estrelas” tem ritmo e, nesta primeira semana, eletrizou com vários eventos, cenários e belas externas. Também não vem embalada pelo grande sucesso de Tetê Espíndola nos anos 80, como muitos temeram no Twitter. E por isto também merece um elogio.

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