quarta-feira, 12 de maio de 2010

Viva terá humorístico no horário da novela


Criado para atender um público feminino, com reaproveitamento de programas principalmente da TV Globo e também do GNT, o novo canal Viva, da Globosat, foi programado com o cuidado de não competir diretamente com a emissora aberta.

A preocupação transparece por exemplo no primetime noturno do canal, que começa com a reprise do "Vídeo Show" exibido no mesmo dia pela Globo, às 19h30, e segue com o humorístico "Sai de Baixo" no horário da novela das 21h da emissora aberta. Em seguida, às 22h, entra uma sessão de filmes dublados.

A escolha das novelas e séries exibidas também é feita em coordenação com a Globo, para evitar conflitos por exemplo com a sessão "Vale a Pena Ver de Novo" da TV aberta, explica a diretora do novo canal, Letícia Muhana.

O Viva estreia com um misto de séries e novelas já exibidas pela Globo, programas de linha da emissora em horários alternativos e programas do GNT que já saíram da grade do canal pago.

A escolha dos programas foi feita, conta Letícia, com base em 12 focus groups feitos com mulheres de várias regiões, que apontaram seu desejo por novelas antigas (mas não tanto: o canal por enquanto só tem dramas dos anos 90 para cá), programas de celebridades (por isso o "Vídeo Show") e comédia.

O canal também terá um bloco infantojuvenil pelas manhãs, com "Sítio do Picapau Amarelo", "Sandy & Jr." e "Malhação".

O "Mais Você", de Ana Maria Braga, apareceu como um dos mais pedidos pelas mulheres, conta Letícia. Muitas vezes elas perdem o programa pela manhã, porque estão cuidando dos filhos ou da casa. O programa terá duas reapresentações diárias, às 13h e às 18h.

O público-alvo do Viva, explica Letícia, é bem diferente daquele do GNT, embora ambos tenham foco nas mulheres.

"O GNT é para aquelas mulheres definidas pela pesquisa da Marplan como 'atuais', que correspondem a 20% da base, têm de 25 a 44 anos e perfil mais polêmico. O Viva é para outro grupo, que também corresponde a 20%, que é o das 'dedicadas', com perfil mais conservador, que trabalham em casa e têm de 35 a 54 anos", conta.

A ideia de fazer um canal voltado a este perfil também responde à entrada em massa de mulheres da classe C na base de assinantes. Isso explica a opção não só pelo tipo de programa mas também pela exibição de todos os conteúdos estrangeiros com dublagem, à exceção de "Oprah".

O canal estreia com 3 milhões de assinantes, em pacotes básicos de Net, Sky e Embratel. A perspectiva é chegar aos 6 milhões até o fim do ano.

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