Autores de novelas da Globo e da Record estão articulando um movimento para tentar mudar as atuais regras de classificação indicativa, que, segundo eles, têm gerado “paranoia” e “autocensura” dentro das redes de televisão, prejudicando a criação artística.
Os autores fazem questão de frisar que não são contra a classificação indicativa das obras audiovisuais. São contrários, isso sim, à reclassificação indicativa, como ocorreu recentemente com Ribeirão do Tempo (imprópria antes das 21h), Escrito nas Estrelas (não recomendada para menores de 10 anos) e Tempos Modernos, proibida antes das 20h, medida que só não inviabilizou sua exibição porque foi tomada após seu encerramento.
Atualmente, segundo o jornalista Daniel Castro, a classificação indicativa é feita pela própria emissora. Mas o Ministério da Justiça tem de concordar para ela ter validade. Durante dois meses, a novela é “monitorada” por técnicos do ministério, que avaliam se ela se encaixa em um manual de classificação indicativa elaborada pelo próprio órgão.
Se, por exemplo, uma novela das seis tem assassinato, ela já corre o risco de perder o selo “livre”. O ministério adverte a emissora e, caso a rede não se comprometa a não mais exibir assassinatos às 18h, a novela pode ser reclassificada.
“Somos contra que o governo tenha o poder de interferir, de determinar horários, mas não somos contrários à classificação indicativa”, afirma Marcílio Moraes, presidente da AR (Associação dos Roteiristas) e autor de Ribeirão do Tempo.
A entidade já questionava o fato de a classificação indicativa estar atrelada a horários. Para a AR, a classificação deve servir para indicar aos pais que determinado programa tem conteúdo inadequado para a idade de seu filho. Mas vincular essa classificação a horários dá “margem para o ressurgimento da censura”, como afirma em manifesto publicado em seu site.
A novidade agora é a revolta dos autores contra a reclassificação indicativa. Marcílio Moraes defende que o governo não tenha mais esse poder. “Se o governo não concorda com a classificação feita pela emissora, ele tem de brigar na Justiça, para que a emissora possa recorrer e para que haja um julgamento”, afirma.
Moraes foi recentemente procurado duas vezes pelo secretário nacional de Justiça, Pedro Abramovay, para discutir o assunto. “Vamos deixar para depois das eleições. Agora não é o momento”, diz. Segundo Moraes, autores importantes da Globo, como Silvio de Abreu e Walcyr Carrasco, estão dispostos a irem a Brasília negociar com o Ministério da Justiça. O problema é que os três estão atualmente muito ocupados com suas novelas (Carrasco prepara a próxima das sete da Globo).
Os autores fazem questão de frisar que não são contra a classificação indicativa das obras audiovisuais. São contrários, isso sim, à reclassificação indicativa, como ocorreu recentemente com Ribeirão do Tempo (imprópria antes das 21h), Escrito nas Estrelas (não recomendada para menores de 10 anos) e Tempos Modernos, proibida antes das 20h, medida que só não inviabilizou sua exibição porque foi tomada após seu encerramento.
Atualmente, segundo o jornalista Daniel Castro, a classificação indicativa é feita pela própria emissora. Mas o Ministério da Justiça tem de concordar para ela ter validade. Durante dois meses, a novela é “monitorada” por técnicos do ministério, que avaliam se ela se encaixa em um manual de classificação indicativa elaborada pelo próprio órgão.
Se, por exemplo, uma novela das seis tem assassinato, ela já corre o risco de perder o selo “livre”. O ministério adverte a emissora e, caso a rede não se comprometa a não mais exibir assassinatos às 18h, a novela pode ser reclassificada.
“Somos contra que o governo tenha o poder de interferir, de determinar horários, mas não somos contrários à classificação indicativa”, afirma Marcílio Moraes, presidente da AR (Associação dos Roteiristas) e autor de Ribeirão do Tempo.
A entidade já questionava o fato de a classificação indicativa estar atrelada a horários. Para a AR, a classificação deve servir para indicar aos pais que determinado programa tem conteúdo inadequado para a idade de seu filho. Mas vincular essa classificação a horários dá “margem para o ressurgimento da censura”, como afirma em manifesto publicado em seu site.
A novidade agora é a revolta dos autores contra a reclassificação indicativa. Marcílio Moraes defende que o governo não tenha mais esse poder. “Se o governo não concorda com a classificação feita pela emissora, ele tem de brigar na Justiça, para que a emissora possa recorrer e para que haja um julgamento”, afirma.
Moraes foi recentemente procurado duas vezes pelo secretário nacional de Justiça, Pedro Abramovay, para discutir o assunto. “Vamos deixar para depois das eleições. Agora não é o momento”, diz. Segundo Moraes, autores importantes da Globo, como Silvio de Abreu e Walcyr Carrasco, estão dispostos a irem a Brasília negociar com o Ministério da Justiça. O problema é que os três estão atualmente muito ocupados com suas novelas (Carrasco prepara a próxima das sete da Globo).
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