segunda-feira, 17 de outubro de 2011

"Gosto de brincar com o politicamente incorreto", conta Miguel Falabella sobre a trama

Giovanna Antonelli e Ricardo Pereira  Divulgação/TV Globo
 
A faixa das sete na tevê é conhecida por exibir novelas leves, com pegadas cômicas. É justamente isso que Miguel Falabella gosta de explorar quando escreve. Sua próxima trama, "Aquele Beijo", que estreia no dia 17, aposta no humor em todas as situações, inclusive nas que poderiam ser trágicas. "Vejo humor até nos piores momentos da vida. Temos de ter a capacidade de rir de nós mesmos", acredita. Sem grandes pretensões, o folhetim, com direção de núcleo de Roberto Talma e direção geral de Cininha de Paula, é uma comédia romântica baseada nos encontros e desencontros que ocorrem a todo momento. "É uma novela que é a minha cara. Gosto de comédia e de brincar com o politicamente incorreto. E o horário me permite brincar mais", completa.

Aliás, foi uma frase que serviu de inspiração para Falabella. Em algum lugar, ele leu: "Quantas vezes você já cruzou com o grande amor da sua vida sem se dar conta disso?". A partir daí, teve a ideia de se colocar como narrador da própria novela. Assim, pode interferir nas tramas dos personagens e mudar o rumo da história de maneira explícita para o público. "Por exemplo, tem uma situação em que a Giovanna e o Ricardo entram em um hotel e o narrador interfere, fala sobre as coincidências. Por que não apresentar uma coincidência ainda maior se colocarmos um narrador?", questiona, referindo-se a Giovanna Antonelli e Ricardo Pereira, intérpretes dos protagonistas Cláudia e Vicente.


Na trama, ela namora Rubinho, de Victor Pecoraro, há muitos anos. E sonha em se casar de véu e grinalda, mas o rapaz não parece empolgado em assumir um compromisso maior. Frustrada, Cláudia dá um ultimato ao namorado quando surge uma viagem de trabalho para a Colômbia: ele precisa decidir se quer viver com ela até sua volta. "Falar de amor é uma coisa que todo mundo gosta. Gosta de ouvir, de sentir", acredita Giovanna.

A maior parte do elenco contou com a ajuda de Sérgio Penna, renomado preparador de cinema. Durante um mês, os atores visitaram locais que pudessem funcionar como referências para seus personagens. Entre eles, uma comunidade carente e lojas de moda, além de outros que tivessem a ver com assuntos explorados na trama. Ricardo Pereira, por exemplo, aproveitou para conhecer de perto o trabalho de um procurador público. Afinal, interpreta Vicente, um advogado engajado em causas sociais e filho da dona de um restaurante. "Assisti a várias audiências. Fomos também a uma comunidade para ver de perto a realidade de quem mora por lá. Passei dois dias em um orfanato e ainda trabalhei em uma adega portuguesa", enumera.

Vai ser um encontro inusitado com Vicente, inclusive, que fará a vida de Cláudia mudar. Ele ainda é apaixonado por sua ex-namorada, Lucena, de Grazi Massafera, que o deixou por se sentir abandonada em um momento em que Vicente só queria se dedicar aos estudos e ao trabalho. A moça se casa em Cartagena e o advogado resolve ir até lá se declarar – ou acabar de vez com a esperança que ainda carrega.

"Ele é um cara com sucesso que só se importou com o trabalho e não com o amor. Agora, quer cuidar da paixão", conta Ricardo. Para ambientar a trama, foram construídos, além de 25 cenários em estúdio, um pequeno bairro, uma loja de luxo, uma comunidade e um casarão abandonado. "Fizemos uma construção seguida de desconstrução para dar uma verdadeira aparência de abandono", explica o cenógrafo Keller Veiga. No total, são duas cidades cenográficas que ocupam uma área de 8.800 m².

Para gravar as primeiras cenas da novela, uma equipe de 70 pessoas passou duas semanas em Cartagena, na Colômbia. Entre as locações escolhidas, estavam as Muralhas, a baía de Cartagena, a Plaza Del Relojo e o Palacio de La Inquisicion, além de outros pontos turísticos. "Não encontramos obstáculos nos dias em que passamos lá. É tudo colorido, alegre e seguro", comemora Cininha. Também foram feitas sequências em Paris e na Paraíba, no Nordeste do Brasil.

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