Deborah Kalume nem pensa em férias. Na reta final de "Negócio da China", a malvada Edilza da trama de Miguel Falabella quer mais é recuperar o tempo perdido. Formada em Informática pela PUC-Rio, a atriz, nascida no Piauí, resolveu deixar uma carreira de dez anos no ramo da informática para seguir sua verdadeira vocação.
- Essa é uma busca muito frenética e é difícil você começar aos 30. Por isso nem penso em tirar férias: acabei de começar - enfatiza a atriz, de 31 anos, que resolveu investir na atual carreira depois do nascimento do seu filho, João, hoje com 3 anos. - Sou muito teimosa e não gosto de desistir de nada no meio. Por isso completei a faculdade e fiquei tanto tempo trabalhando com informática. Mas, quando tive filho, resolvi parar para ser mãe e achei que estava na hora de fazer o que eu gostava.
Casada há 6 anos com o cineasta Fábio Barreto - "ele é coruja e elogia até demais" -, Deborah ainda tem pouca experiência na TV. A atriz esteve em quatro episódios da versão brasileira de "Desperate housewives", dirigida pelo marido e exibida pela Rede TV!, e interpretou uma professora em "Malhação".
- A série é muito voltada para os jovens e a gente ficava mais como pano de fundo. Mas era um ritmo frenético e você acaba aprendendo muito. São 40 cenas gravadas por dia - diz Deborah, que teve um papel escrito para ela em "Negócio da China". - Eu bati na porta, pedi, fui levar o meu material no Projac. E já teria ficado feliz com qualquer papel na novela do Miguel, ainda mais com uma vilã como a Edilza.
A malvada das 18h terá um final trágico: vai morrer.
- Edilza é tudo de ruim: sonsa, malandra, assassina... Entrei na novela sem saber que ela era da máfia e percebi que fazer a vilã chama mais a atenção do público - conta a atriz, que pretende seguir com o curso na Casa das Artes de Laranjeiras (CAL) e voltar às aulas de dança depois da novela.
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