quarta-feira, 11 de março de 2009
Malhação: A difícil missão de se renovar
No ar desde 1995, “Malhação” vem dando sinais de cansaço que se refletem na audiência abaixo do esperado (semana passada, chegou a marcar 15 pontos). Não é a primeira vez que o programa perde o fôlego. A história começou ambientada numa academia de ginástica. No elenco, Carolina Dieckmann, Danton Melo, Fernanda Rodrigues, Juliana Martins e muitos outros. Durante algumas temporadas, a grande variação era o cenário. A academia passou a ser o Colégio Múltipla Escolha, depois veio o Gigabyte. Hoje tem um shopping. O programa lançou atores que fizeram belas carreiras depois, e os elencos contaram ainda com veteranos que têm um trabalho da melhor qualidade. Um exemplo é Louise Cardoso, atualmente no ar como Filó.
Para renovar a novela adolescente, os vários autores e diretores que passaram por ali ao longo dos anos já lançaram mão de muitos expedientes, alguns deles com sucesso, ou “Malhação” não seria tão longeva. Um deles — tentativa de Roberto Talma — foi fazer o programa ao vivo, comandado do “Muquifo do Mocotó” (André Marques) com participação do telespectador. Radical, mas malsucedido. A participação do internauta entrava ao vivo e sem filtros. Não deu certo.
Os dois pulos do gato foram a Vagabanda, que enriqueceu o programa com uma pegada musical e ainda lançou Marjorie Estiano, atriz talentosa hoje no ar em “Caminho das Índias”. O outro, em 2004, foi quando o programa recebeu um up grade com muitas sequências externas e tratamento de novela. A audiência respondeu e o programa chegou a marcar 42 pontos em seus melhores dias. Um programa não fica tantos anos no ar à toa. “Malhação” tem um trunfo: seu público se renova à medida em que vai saindo da adolescência. Mas isso não significa que a produção não precise se reinventar.
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