domingo, 14 de junho de 2009
Viver a Vida: Belos cenários nas gravações na Jordânia
Estava difícil conseguir silêncio no set de "Viver a vida", montado em frente a um dos gigantescos monumentos escavados em pedra que fazem a fama de Petra, na Jordânia. Era o quarto dia de gravações da próxima novela das oito no país, na semana passada, e um veículo da produção atrapalhava o trabalho.
- Desliga esse carro! - pedia o diretor Jayme Monjardim, em inglês.
Mas a calmaria não durou muito:
- Agora dá para desligar esse camelo? - brincou o responsável pela nova trama de Manoel Carlos, com estreia prevista para setembro.
- Deve ser a lua cheia, o bichinho tá nervoso - emendou Taís Araújo, intérprete de Helena, a protagonista da trama, que estava em cena com Thiago Lacerda (Bruno), Alinne Moraes (Luciana), Rodrigo Hilbert (Felipe) e Marcelo Valle (Osmar).
É com bom humor que a equipe brasileira - formada por 27 profissionais - vem enfrentando as adversidades das gravações na Jordânia desde o início de junho. E elas não são poucas: o calor intenso, acima dos 40 graus; os problemas de locomoção até as locações, que são de difícil acesso e exigem muita caminhada e diversas mulas para carregar o equipamento; e também, é claro, a língua.
Além da equipe brasileira, juntaram-se ao grupo 20 profissionais de uma produtora local. Em cenas complicadas - como um desfile de moda em Petra, eleita uma das novas Sete Maravilhas do Mundo - , 27 extras foram contratados.
Thiago Lacerda diz que o sacrifício vale a pena:
- Petra é um lugar que tem que ser mostrado. Estamos produzindo algo tão bacana que justifica qualquer esforço.
Para Monjardim, a maior dificuldade é a barreira da língua, já que a população fala apenas árabe ou um inglês nada fluente:
- Descobri que era mais interessante ter um profissional que traduza do português direto para o árabe do que falar em inglês.
Com o cronograma de gravações definido antes da viagem - que começou em maio, em Israel (onde a equipe ficou por dez dias), e seguirá para Paris no dia 20 -, Monjardim dificilmente passa das nove horas de trabalho diárias. No dia em que a reportagem acompanhou a gravação, a função começou pouco depois das 9h, e às 17h os atores já estavam no carro, a caminho do hotel cinco estrelas em que se hospedaram. Gravaram duas cenas de manhã, pararam duas horas para o almoço - num bufê dentro do sítio arqueológico de Petra - e voltaram às 15h30m para a cena final, num bar fictício montado em frente a uma das tumbas reais.
Era também a última cena de Rodrigo Hilbert, que voltou ao Brasil feliz por não ter mais que comer a comida árabe:
- Não estava me alimentando direito, não aguentava mais humus, falafel, tabule. Já emagreci uns dois, três quilos - contou ele.
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