sábado, 29 de agosto de 2009

Força-Tarefa evolui e garante segunda temporada


Terminou nesta quinta-feira (2/7), com o episódio Plantão Noturno, a primeira temporada de Força-Tarefa. Mas os fãs da série não precisam lamentar. Uma segunda temporada está confirmada. Terá 16 episódios, quatro a mais que o ano de estréia.

A primeira temporada de Força-Tarefa registrou audiência média de 20 pontos no Ibope, índice considerado muito bom para às 22h50, horário em que a série é exibida.

Para quem acompanha as séries norte-americanas, Força-Tarefa ainda não é a atração brasileira que desejamos ver. Esperava mais de um programa produzido pela Globo, com um elenco interessante (Murilo Benício, Milton Gonçalves, Hermila Guedes, Fabíula Nascimento, entre outros), um diretor experiente (José Alvarenga Jr.) e, principalmente, dois roteiristas tarimbados – Marçal Aquino (O Invasor) e Fernando Bonassi (Carandiru).

Os dois primeiros episódios foram sofríveis, com interpretações pouco naturais, roteiros desinteressantes e situações sem sentido. Um bom exemplo foi a morte do policial corrupto no final de O Sumiço de R$ 5 milhões. Cena previsível e sem qualquer emoção.

No entanto, a partir do quarto episódio, Tolerância Zero, a série deu um salto de qualidade. As histórias passaram a prender minha atenção. Os atores estavam mais à vontade em seus papéis – destaque para Juliano Cazarre, o impulsivo cabo Irineu, e Rogério Trindade, o fantasma Jonas que assombra o tenente Wilson.

Porém, em sua segunda temporada, Força-Tarefa precisa investir mais na preparação de seu elenco. Este é um dos grandes trunfos de recentes sucessos do cinema nacional, como Cidade de Deus e Tropa de Elite. Certamente eliminará alguns diálogos artificiais que ainda persistem.

Além disso, as cenas de ação continuam sendo o ponto fraco de Força-Tarefa. Como disse o colega blogueiro Davi Garcia em seu perfil no Twitter, ainda está “tudo telegrafado demais”.

Se avaliarmos algumas das séries policiais norte-americanas de maior sucesso da atualidade, como a franquia CSI e The Mentalist, notamos que as cenas de ação são raras e, em muitos casos, ausentes.

Força-Tarefa não precisa insistir em perseguições e afins para se firmar como série policial. A interessante premissa da atração, o trabalho da Corregedoria da Polícia Militar do Rio de Janeiro, demanda roteiros que envolvam mais tempo dedicado a inteligência e a investigação, como em Cold Case e em Law & Order: SVU.

Mesmo frustrado com os primeiros episódios, sempre acreditei que Força-Tarefa tinha potencial para se tornar uma boa série. Sua evolução mostra que acertei. Ela ainda não está à altura de suas similares norte-americanas, mas já é superior aos concorrentes nacionais, A Lei e o Crime (Record) e 9MM: São Paulo (Fox).

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