Um episódio perfeito dentro do que Descolados é como série. Aqui, os três protagonistas se sentiram fora de rumo num mesmo nível, e cada qual na sua linha narrativa, sem a necessidade de um artifício externo, como um tema da semana.
É bom quando o roteiro consegue equilibrar a evolução do trio sem precisar deixar um ou dois em ponto morto ou com apenas uma ponta de uma história que se desdobrará depois. É o caso até de Felipe, que parece apesar começar o problema, mas, pela bagagem, ele já está todo exposto.
Teco obviamente domina o episódio com a tentativa de resolver uma situação limite de sua mentira para com seus pais. É interessante ele se sacrificar apesar de ter uma casa e um emprego que queria. O melhor de tudo é a reviravolta que acontece, como também na sua sutil apresentação. Foi uma bela construção de cena, primeiro um bom gancho para um intervalo comercial, depois uma bela piada e finalmente dando um conceito que desorienta o personagem.
Lud, por sua vez, sofre com aquilo que se propôs a fazer. A personagem sempre teve duas vertentes claras: os enlaces amorosos e o seu emprego no clube noturno. O lado emocional já foi bem explorado com idas e vindas às vezes sem muito sentido, mesmo assim válido para a série. Já esse lado de carreira serviu apenas para construir aquele mal ajambrado episódio do DJ, o pior da série. Aqui nesse episódio o desenvolvimento acontece de boa maneira e agrada.
Um detalhe interessante é notar que esse episódio estaria quase nos moldes de ser o segundo ou o terceiro em exibição na série, de tão conectado as premissas iniciais de Descolados. E da maneira que ele se sai tão bem fica claro que houve muita enrolação pelo meio do caminho.
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