Aguinaldo Silva anda feliz da vida. O motivo é um só: o sucesso de Cinquentinha. Diante dos números da minissérie, que estreou com 24 pontos e tem média até o momento de 20 pontos no Ibope da Grande São Paulo, a Globo pediu ao autor para produzir uma continuação já para o primeiro semestre de 2010. Quanto a esse prazo, o novelista afirmou estar ainda indeciso, mas revelou que fará a continuação.
Em entrevista exclusiva na manhã desta sexta (18), dia em que o último capítulo da primeira fase da minissérie será exibido, Silva contou detalhes da negociação e ainda elegeu os atores Rafael Cardoso e Pierre Baitelli como destaques. Leia a entrevista:
A minissérie vai voltar em 2010?
Aguinaldo Silva – A Rede Globo já me propôs a volta de Cinquentinha, e o mais rápido possível, ainda no próximo semestre... Mas eu confesso que estou indeciso. É que tenho vários trabalhos já engatilhados. Além do roteiro do filme Roque Santeiro, a supervisão da próxima novela das sete, Tempos Modernos, e a minha própria novela, Marido de Aluguel, que está prevista para 2011 [no horário das oito]. Mas uma segunda temporada de Cinquentinha é sem dúvida um desafio.
Como você avalia Cinquentinha? Fez o sucesso que você esperava?
Silva – Fez o sucesso que eu esperava e mais ainda. Virou o assunto da televisão neste fim de ano... E, mais uma vez, me deu a certeza de que o segredo do sucesso nesta minha profissão é não se repetir nunca, ousar, e tentar fazer sempre alguma coisa inovadora.
Cinquentinha é idolatrada pela comunidade gay. É um texto de forte pegada gay?
Silva – Não, pelo contrário, Cinquentinha é amada pelo povo gay justamente porque fala de mulheres decididas. Sabe-se que os gays adoram mulheres, principalmente esse tipo de mulheres - as que se tornam suas Divas. Ao mostrar quatro delas em ação Cinquentinha não apenas conquistou a platéia feminina, mas também os gays, e claro, os homens hétero de lambuja. Ou seja: foi uma unanimidade, e isso se refletiu nos números de audiência.
Quem te surpreendeu no elenco de Cinquentinha?
Silva – Não gosto de destacar nomes num trabalho cuja grande virtude foi esforço de toda a equipe. Mas confesso que fiquei impressionado com Rafael Cardoso e Pierre Baitelli, dois atores jovens e já absolutamente seguros quanto ao que estão fazendo.
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