quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Record deixa para a madrugada raro programa de qualidade

Não vi tudo que a Record exibiu em 2011, mas arrisco dizer que o especial “O Menino Grapiúna”, dirigido pela cineasta Lina Chamie, tenha sido o melhor programa da emissora no ano.

O telefilme é uma adaptação do livro de memórias de Jorge Amado, publicado originalmente em 1982. Começa com uma historia que, de tanto ouvir a mãe contar, o escritor passou a achar que se lembrava dela – tinha dez meses e ficou ensangüentado no dia em que o pai sofreu uma tocaia, perdeu o cavalo e levou um tiro.

Por limitação de orçamento ou para se adequar ao formato do programa, Lina Chamie optou por recriar apenas algumas poucas aventuras da infância de Jorge Amado. No lugar, a diretora faz um convite à leitura do livro. Com muito jeito, sem aborrecer o espectador, os personagens da história lêem trechos da obra, também comentada por Gilberto Gil.

Programado pela Record para a 0h15, depois da “Retrospectiva”, o especial começou com atraso, por volta de 0h40, e terminou à 1h30 da madrugada. Um horário péssimo, ainda mais para um programa de qualidade, algo tão raro na TV aberta.


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