quinta-feira, 23 de julho de 2009

Som & Fúria - Episódio 10


Quando os problemas chegam ao ápice quer dizer que as soluções estão próximas. Depois de embaralhar a vida dos protagonistas nesse episódio, só nos resta esperar o fim que se aproxima. Porque é no momento de maior pressão que Dante revela seu infinito talento, como vimos em Hamlet e veremos em Macbeth, pois esse momento é agora.

Sendo sincero, não gostei muito desse episódio. Foi bom, mas ficou devendo muito em qualidade aos outros exibidos. Grande parte por culpa da Globo, que pega um episódio de 50 minutos e edita, apresentando esse costurado que assistimos. Já havia percebido que os episódios de quarta sempre deixavam a desejar, e esse ainda mais.

Adoro Andrea Beltrão e acho a Ellen sensacional, mas realmente não vejo sentido em toda essa trama de seus problemas com a receita, essa trama em geral é fraca, insossa, e parece não levar a lugar algum. Até mesmo o seu caso com o cunhado é uma coisa sem sentido. Até então não sabíamos muito sobre sua irmã, somente sabíamos que o relacionamento das duas era ruim. É desnecessário piorar um relacionamento já ruim e tão pouco interessante. Se a intenção foi arruinar seu (já arruinado) relacionamento com Dante, um caso com o Henrique seria muito mais interessante. Espero não ver mais essa trama na reta final da série, a não ser que a repercussão seja algo grandioso, a ponto de mudar sua vida e/ou a de Dante.

Falando no Diretor Artístico da Cia. De Teatro, estou adorando esse novo momento de Dante. Seu bloqueio, suas dúvidas, sua insanidade, está tudo misturado em perfeitas proporções. E é ainda melhor ver que ao se afastar do contato de qualquer pessoa, nesse momento de reflexão, é com Oliveira que ele divide suas angústias. O fantasma não é uma boa companhia e, mesmo sendo uma alucinação de Dante, tenta colocá-lo cada vez mais para baixo. Mas é exatamente essa dinâmica entre eles que transfere perfeitamente os sentimentos de Dante para o público. Hoje destaco a cena inicial do episódio. Foi ótimo ver Oliveira acordando Dante ensangüentado. Além de trazer toda uma simbologia, foi hilário.

Por falar em hilário, Ricardo esteve excepcional em suas aparições. Foi ele o que mais sofreu com os cortes do episódio, tendo quase todas as suas cenas (inclusive algumas com Ana e várias com Sanjay) cortadas. Se forem exibidas amanhã é outra história, acredito que não, o que é uma pena. Mas mesmo assim ri muito dele tentando meditar com Sanjay e mais ainda dele tentando tocar clarinete.

E já que continuamos falando em rir, nisso o episódio não me decepcionou. Seja na cena entre Oswald e Dante ou na improvisação das falas do texto de Lionel, seja com Ellen mandando alguém dar um tapa na estagiária Emília ou nos comentários de Ciro e Franco, todo o humor que a série já apresentou até hoje esteve presente no episódio. Negro, sutil, escrachado, irônico… tanto faz! Tinha para todos os gostos no episódio.

Finalizo a review falando de Romeu e Julieta. A peça começa a ganhar destaque com o ensaio maluco que Dante criou, e isso deu oportunidade a Débora Falabella e Leonardo Mggiorin mostrarem o quão talentosos são. Engraçado ver que o casal Kátia e Jacques eram Julieta e Romeu da série, e os intérpretes dos tão famosos personagens estão fadados a viver um romance confuso. Confio muito que Sarah e Patrick ainda terão muito destaque nos próximos episódios, e vão suprir a falta que o casal de Daniel de Oliveira e Maria Flor fez para os que torcem por um romance.

Agora faltam apenas dois episódios para o final de Som & Fúria… E à medida que as apresentações de “Romeu & Julieta” e “Macbeth” se aproximam, minhas expectativas só aumentam.

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