quinta-feira, 18 de março de 2010
Falabella se inspira nele mesmo para escrever "A Vida Alheia", novo seriado da Globo
"Vamos começar? Aí a Cláudia Jimenez chega!", disse Miguel Falabella, autor de "A Vida Alheia", pouco antes de iniciar a coletiva de imprensa do seriado, que estreia no dia 8 de abril, na Globo. Foi nesse clima de brincadeira e descontração que Miguelito, como é chamado pelos amigos, apresentou o programa que vai mostrar os bastidores de uma famosa revista de celebridades.
Marília Pêra vive Catarina Faissol, dona da revista "A Vida Alheia". Cláudia Jimenez é Alberta Peçanha, a poderosa editora da publicação. "Peçonha", como é conhecida no mercado editorial, chefia uma equipe de repórteres composta por Manuela, papel de Danielle Winits, e Olívia, feita por Karen Roepke. Manuela se espelha em Alberta e espera seguir uma carreira parecida com a de sua chefe. Para ganhar a confiança de Alberta e se destacar na revista, ela move mundos e fundos. "Manuela não é uma vilã. Acho que ela é uma moça que têm seus objetivos profissionais muito bem definidos e luta por ele. Lírio, o fotógrafo que a acompanha nas pautas, é mais comedido", compara Danielle, fazendo referência ao personagem de Paulo Vilhena.
Manuela, aliás, foi escrita para Danielle Winits mas, por pouco, outra atriz não ocupou o seu lugar na trama de Falabella. "Não poderia nem falar isso, mas esse seriado é dela!", deixou escapar o autor. A atriz estava reservada para a segunda temporada de "Cinquentinha" e, por isso, talvez tivesse que abrir mão do seriado. "Como não houve a continuação de 'Cinquentinha', fui liberada pela emissora para 'A Vida Alheia'", explica Danielle.
O fato de saber que sua personagem foi escrita especialmente para ela, mexeu com o ego da atriz. "É claro que tem um prazer especial quando um personagem é escrito para você. Tem uma responsabilidade diferente", confessa Danielle.
A primeira temporada conta com 15 episódios e, cada um deles, conta a história de uma capa de "A Vida Alheia". "Pode ser a matéria principal que cai ou como se faz uma capa de uma revista de celebridades. Digo que é uma série humana, e não de humor. É uma relação de olhar o outro lado, o lado da imprensa. Estamos falando de uma revista semanal que é sempre furada, afinal de contas, em dez minutos o assunto está na internet", diz Falabella.
No primeiro episódio, há uma suspeita de que o filho da celebridade Verônica Moyana (Isabeli Fontana) não seja fruto do relacionamento com seu marido. Manuela, então, se encarrega de cobrir a matéria e, para conseguir o grande furo, chega inclusive a se passar por uma babá. "Eu sou a principal fonte de inspiração para este seriado. Mas, obviamente, sempre há outras inspirações. Tem ator que é gay e quer esconder isso da imprensa. Aqui tem um catálogo", brinca o autor, apontando para os estúdios da Globo.
Falabella diz que já está acostumado com os paparazzi. "Eu não tenho nada a esconder. Quando operei o nariz, saí contando para todo mundo. Mas eu sei que há um jogo muito claro. Há celebridades que se aproveitam da mídia. Tem assessor de imprensa que liga para as redações avisando que fulano vai numa churrascaria com a amante. É um flagrante armado", lembra.
A ideia de fazer o programa, aliás, surgiu durante um almoço com Cláudia Jimenez no Leblon, na zona sul do Rio. "A gente estava almoçando quando um fotógrafo apareceu. Só pedi para não me fotografar de boca aberta, comendo", rememora o autor.
Cláudia Jimenez diz que adora fazer dobradinhas com Falabella e ficou radiante quando viu que a ideia do seriado ia se concretizar. "Cláudia Jimenez e Miguel Falabella é uma marca de sucesso", gaba-se a atriz, emendando que, depois de conhecer a fundo a vida dos jornalistas, jamais se arriscaria na área: "Eu não tenho o saco que vocês têm para lidar com as celebridades".
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário