domingo, 2 de janeiro de 2011

'Sansão e Dalila', segunda série bíblica da Record, traz Mel Lisboa como protagonista


Quando a equipe da Revista da TV entrou na Fortaleza de Santa Cruz, em Niterói, atravessou uma espécie de túnel do tempo. A poucos metros da bela vista da Baía de Guanabara e dos canhões espalhados pela construção - erguida no século XVI - encontramos uma feira livre que nos levou até 1.100 a.C. Nela, vende-se de tudo: especiarias, frutas e animais como cabras, bodes e carneiros. Em torno, paredes escurecidas com uma tintura especial, e pedras esculpidas em isopor para ajudar a compor o clima desértico.

O cenário, de 450 metros quadrados e coberto por 20 metros cúbicos de areia, retrata o comércio na cidade filisteia de Timna, e é uma das principais locações de "Sansão e Dalila", minissérie bíblica de 18 capítulos que estreia terça-feira, às 23h, na Record. É a segunda investida da emissora no gênero: a estreia foi com "A História de Ester", exibida no início do ano passado.

A trama, adaptada pelo autor Gustavo Reiz, se mantém fiel à história original e à cronologia bíblica. E conta, por meio de várias passagens, a trajetória de Sansão, herói hebreu conhecido por sua força. Sozinho, ele derrota exércitos e animais, mas não resiste ao amor de Dalila. No elenco da minissérie, com direção geral de João Camargo, nomes como Lu Grimaldi, João Vitti e Miguel Thiré. Os protagonistas são Fernando Pavão (Sansão) e Mel Lisboa (Dalila). Na fictícia Timna, os dois gravaram a cena em que por pouco não se conhecem. Ele acaba se encantando por Ieda (Rafaela Mandelli), que se torna sua primeira mulher.

- Sansão tinha um hábito pouco comum, ele saía do povoado para conhecer outras mulheres. Na hora em que ele vai olhar Dalila, ela está de costas. Mas algo chama a sua atenção e ele acaba avistando Ieda - conta Pavão.

Entre os cerca de 60 figurantes, o ator passa irreconhecível com a pele escurecida pela maquiagem, um megahair e figurino de época:

- Dá muito trabalho para lavar, secar. Mas é imprescindível para que a gente entre na história.

Mel Lisboa, bem morena, conta que sofreu com a exposição ao sol durante as gravações.

- Na verdade, estou branca. Isso é maquiagem. Passo protetor solar com fator 60 - explica ela, que vive sua primeira personagem de época: - Dalila quase não gesticula, é contida e eu sou bem expansiva. Mas estou indo bem, né? - pergunta Mel à preparadora de elenco, Maria Silvia Campos.

Enquanto espera por sua vez, Rafaela Mandelli mantém seus cabelos presos.

- Às vezes, até dá para usar solto, mas como está longo, é quente. A sorte é que gravei quase tudo em estúdio - diz a atriz.

O diretor Régis Faria pede atenção. Qualquer rastro de contemporaneidade pode colocar tudo a perder.

- São muitos detalhes para orquestrar. Naquela época, um simples toque já era considerado intimidade, por exemplo - alerta ele.

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