Uma
história de amor e drama social, cuja ação principal se passa no seio de uma
família da Zona Norte do Rio de Janeiro, em meados dos anos 1990.
Suburbia,
seriado idealizado pelo diretor Luiz Fernando Carvalho e desenvolvido por ele e
pelo escritor Paulo Lins, estreia em 1 de novembro na TV Globo, sendo exibido em
oito episódios, um a cada semana.
A
trama conta a trajetória de Conceição (Débora Nascimento/Erika Januza), menina
pobre que deixa o interior de Minas Gerais em busca de uma vida nova, longe dos
fornos de carvão, e vai parar no Rio de Janeiro, onde, tempos depois, é acolhida
por uma amorosa família do subúrbio carioca. Ali ela se apaixona por Cleiton
(Fabrício Boliveira) e vira estrela dos bailes funk, mas não perde a pureza,
reafirmando sua integridade diante dos obstáculos que a vida lhe
apresenta.
O
elenco de Suburbia é formado, em sua quase totalidade, por artistas negros e
mulatos, escalados em testes de seleção realizados em Minas Gerais e no Rio de
Janeiro. Conceição é interpretada pela mineira Erika Januza, que nunca havia
trabalhado como atriz. Outros não atores também atuam na trama, como Ana Pérola,
ex-gari e passista da escola de samba carioca Império Serrano, que interpreta
Jessica, a rival da protagonista. Atores de companhias teatrais do Rio de
Janeiro e artistas de grupos culturais como Nós do Morro e AfroReggae também
integram o elenco, que traz, ainda, os veteranos Haroldo Costa e Rosa Marya
Colin.
Com
Suburbia, o diretor Luiz Fernando Carvalho busca retratar a realidade a partir
de um olhar documental, mais próximo do real. Seu foco está na rede de afetos
que move a vida e também no retrato da Zona Norte com as diversas facetas que a
compõem, sugerindo reflexões sobre a representação dos negros na produção
cultural e na dramaturgia, e apontando seu olhar para a importância do espaço
das periferias na sociedade brasileira. Minas Gerais e vários bairros do
subúrbio do Rio de Janeiro serviram de cenário para a história, cujas cenas
foram todas realizadas em locações externas, evitando radicalmente os estúdios e
as representações cenográficas da realidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário