quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

POR ONDE ANDA? Eduardo Caldas


Eduardo hoje, com 27 anos, prepara um CD de rap
Eduardo hoje, com 27 anos, prepara um CD de rap Foto: Arquivo pessoal
Eduardo Caldas tinha apenas 6 anos de idade quando estreou na TV, na pele de Alvinho, de “Felicidade” (1991). Durante dez anos trabalhou sem parar na televisão, chegando a ser considerado o maior ator mirim da sua geração. Mas foi preciso ganhar um disco de presente da mãe para descobrir que ficava mais empolgado em ouvir músicas do que gravar novelas. Resultado: jogou tudo para o alto em busca do seu verdadeiro sonho. Hoje, com 27 anos, Eduardo Albuquerque ou Dudu, como é conhecido, prepara um CD solo de rap e diz que não se arrepende da decisão tomada há uma década.

“Estava com 16 anos, tendo saído da novela para novela desde os 6. Atuar é legal, acho uma arte muito interessante, nobre. Mas acho que não tenho mais talento para isso. Fiz uma belíssima história como ator, não teria mais nada para conquistar: vim, vi e venci. Deixei a coroa para outro pegar”, justifica o rapaz, cujo um dos últimos trabalhos na TV pode ser revisto no canal Viva, na reprise de “Chiquinha Gonzaga (1999)”.


Ao lado de Tatyane Goulart, em sua estreia na TV, na novela
Ao lado de Tatyane Goulart, em sua estreia na TV, na novela "Felicidade" 
Foto: Arquivo/TV Globo
A vida agitada de gravações e compromissos de antes não chega a ser tão diferente da que tem hoje. Formado em Cinema, Eduardo dá expediente como coordenador audiovisual do Fluminense, finaliza o roteiro de um longa-metragem (a comédia “A esperança é a última que morre”, a ser filmado em janeiro com direção de Calvito Leal) e produz o próprio disco com músicas que mostram muito da sua intimidade.

“O CD fala sobre o meu renascimento após 2010, onde terminei um relacionamento intenso de três anos, e tive problemas sérios com um ex-sócio. Saí de casa, do confortável Leblon, para morar sozinho no Jardim Botânico. Claramente, ali morreu um Eduardo e nasceu um novo, pois tinha feito diversos planos, e a vida me disse não”, desabafa. “Agora, estou muito animado. Esse CD é a melhor coisa que já fiz na vida”.

Autor de todas as canções do seu disco, que se chamará Pio XI ("Nome da praça onde moro e inspiração da minha vida”, explica), o ex-ator mirim hoje usa o nome Reverendo ("apelido de adolescência e quase um persoangem"), e diz que escolheu o estilo rap por acreditar que é “muito bom com as palavras”.
“A mensagem é muito mais útil. É quase autoajuda. Meu sonho era ter a Fafá de Belém cantando na última faixa. Mas é sonho, né. Adoro ela”, brinca ele, aproveitando para esclarecer que uma polêmica entrevista que circula há anos na internet envolvendo o seu nome é completamente falsa. “Um bando de verosimilhança colocada junta de uma maneira engraçada. Internet, né?”.


Com Myrian Rios em
Com Myrian Rios em "Era uma vez" (1988) Foto: Arquivo/TV Globo

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