segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Cecília Dassi, de 'Três irmãs', conta como foi crescer em frente às câmeras


Cecília Dassi está cansada de ouvir essa frase por onde passa: "Te conheço desde que você era desse tamanhinho". Aos 19 anos, a atriz ainda carrega o peso de ter sido uma criança prodígio, que fez sucesso muito cedo. Quem não derramou lágrimas por Sandrinha, filha do alcoólatra Orestes (Paulo José) em "Por amor"?

- Nossa, aquela época foi uma loucura! Tinha só 7 anos, tinha acabado de chegar do Sul, e não podia nem tomar um sorvete perto de casa que uma multidão me cercava querendo foto e autógrafos - lembra a gaúcha.- Isso fez com que eu demorasse mais a fazer amizades. Acho que minha mãe também tinha receio de me expor. Por outro lado, amadureci mais rápido - afirma.

Por conta de sua profissão, a atriz mudou a vida da família inteira, obrigando a mãe a largar seu caçula, então com 4 anos, para vir realizar o sonho da filha no Rio.

- Tive que ter muita certeza de que era aquilo que eu queria fazer. Sabia que estava causando uma revolução. Morava num apart-hotel com minha mãe, e nenhuma das duas sabia nada da cidade ou sobre como esse meio (artístico) funcionava - relembra.

Hoje, acostumada com o assédio e com o universo de sua profissão, Cecília encara seu papel mais sério na pele de Natália, na novela "Três irmãs".

- É completamente diferente, mudou minha forma de dedicação. Me perguntei muito, novamente, se queria isso mesmo antes de encarar esse personagem. E descobri que adoro ser atriz - garante.

Na trama de Antonio Calmon, ela vive uma adolescente que engravida do namorado após uma única noite juntos e tem que lidar com a pressão dessa nova realidade.

- Eu fiz uma pesquisa com professoras da faculdade (ela cursa psicologia) sobre meninas que estiveram nessa situação. Fiquei muito impressionada como ainda tem tanta desinformação - diz, com voz doce. - Tenho esse problema de ter a voz meiga, acho que as pessoas não me levam a sério. Me acham muito menina. É difícil brigar assim - brinca.

Talvez o jeito tímido seja a forma que ela encontrou para preservar a pouca privacidade que lhe resta, visto que até o primeiro beijo da moça foi na frente das câmeras.

- Eu tinha 13 anos e nunca tinha beijado ninguém. Aí, na novela "O beijo do vampiro", tinha uma cena em que eu beijava o Kayky Brito. Não falei nada, mas fiquei muito nervosa - conta, citando um ator que já foi seu par romântico em outras nas novelas. - Já inventaram que éramos namorados, mas não tem nada a ver. Somos amigos. Ele até está em "Três irmãs", mas, desta vez, não tem nada a ver comigo - esclarece.

Namoro é um assunto que deixa a atriz tensa. Ela admite que está comprometida, mas não revela a identidade do rapaz.

- Não quero que as pessoas saibam quem estou namorando. Eu sou na minha. Porque é isso, né? Você dá margem, depois não pode reclamar se invadem sua privacidade - alfineta.

E quem cuida da intimidade da moça é dona Elenara, sua mãe, que não arreda o pé do lado da filha:

- Minha mãe me faz enxergar algumas coisas. Por isso vai nas sessões de foto comigo. É comum quererem começar a fazer fotos sensuais suas quando você ainda tem 15 anos. É absurdo. Não quero vender essa imagem - declara.

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