terça-feira, 7 de junho de 2011

"O beijo entre Eduardo e Hugo não depende da minha vontade", diz Ricardo Linhares, autor de "Insensato Coração"

Rodrigo Andrade e Marco Damigo, intérpretes de Eduardo e Hugo em Insensato Coração 


Eduardo (Rodrigo Andrade) e Hugo (Marco Damigo) estão cada vez mais próximos em "Insensato Coração". Depois de terminar seu namoro com Paula (Tainá Müller), Eduardo  começa a sair com o professor. Eles vão ao cinema, saem para jantar e passeiam juntos por uma livraria. Mas um dos autores da trama, Ricardo Linhares, ainda não sabe se a novela da Globo vai ter o primeiro beijo entre dois homens. "O beijo entre Eduardo e Hugo não depende da minha vontade. É uma questão institucional, da emissora", disse Ricardo por e-mail.

O ator Rodrigo Andrade entende que seu personagem tomará um rumo importante na trama. "Estou achando essa história genial. Eduardo e Hugo vão ter uma responsabilidade social muito grande. Os relacionamentos homossexuais são comuns nos dias de hoje", diz o ator.

Vale lembrar que em "América", um  beijo entre os personagens de Bruno Gagliasso e Erom Cordeiro chegou a ser gravado, mas não foi exibido. O mesmo aconteceu mais recentemente, na série "Clandestinos - O Sonho Começou".  Luiz Erlanger, diretor da Central Globo de Comunicação, justificou o veto à exibição de um beijo gay no seriado em uma carta enviada como resposta a um questionamento de Toni Reis, presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais). A cena gravada do beijo, que deveria ter ido ao ar no episódio de 9 de dezembro de 2010, mostra o ator Hugo (Hugo Leão) cumprimentando seu amigo e diretor Fábio (Fábio Henriquez) com um beijo na boca.
 
Na carta de resposta, datada de 3 de fevereiro de 2011, o diretor alega que "emissora entende que a classificação estabelecida pelo Ministério da Justiça para a programação televisa não se limita a ser indicativa, uma vez que efetivamente proíbe a veiculação de programas que apresentem conteúdos considerados “sensíveis”, fora das faixas horárias determinadas, e que, inclusive, substitui o poder parental, uma vez que não há a possibilidade de que os pais autorizem a exibição para seus filhos, como ocorre no cinema para sessões de filmes classificados”.

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