Os Maias é uma minissérie brasileira exibida pela Rede Globo entre 9 de janeiro e 23 de março de 2001, em 44 capítulos. Adaptada do romance homônimo de Eça de Queiroz, foi escrita por Maria Adelaide Amaral, João Emanuel Carneiro e Vincent Villari e dirigida por Emílio di Biasi e Del Rangel, unindo tramas e elementos de outro romance de Eça, A Relíquia, tendo direção geral e núcleo de Luiz Fernando Carvalho.
Será reprisada a partir de 6 de março de 2012 no Canal Viva, substituindo Dona Flor e Seus Dois Maridos.
ENREDO
Pedro da Maia, filho do patriarca e viúvo Dom Afonso da Maia, vive enclausurado em sua melancolia. Inseguro, Pedro conhece a felicidade ao se apaixonar pela Bela Maria Monforte. Este romance, porém, é rejeitado por Afonso por conta do passado nebuloso do pai da moça, Manuel Monforte, um negreiro que não pertence à alta roda da sociedade lisboeta, como Maria da Cunha, Maria da Gama e Dom Diogo Coutinho, amigos aristocratas do patriarca Maia. Apesar do desgosto de Afonso, Pedro se casa com Maria, tem dois filhos, Carlos Eduardo e Maria Eduarda.
Mas um acidente vai transformar a vida do casal. Durante uma caçada, Pedro fere acidentalmente o Príncipe italiano Tancredo e o convida para se recuperar em sua casa. Maria Monforte se apaixona por aquele homem e resolve fugir com ele, levando consigo a filha e deixando o pequeno Carlos aos cuidados do pai. Este retorna à casa paterna, mas não agüenta o desespero e acaba por se suicidar. Dom Afonso decide criar o neto de acordo com suas convicções.
Após ter tido uma infância feliz ao lado do avô querido, Carlos vai estudar Medicina na Universidade de Coimbra. Lá ele tem suas primeiras experiências amorosas e conhece aqueles que farão parte do seu círculo de amizades, como o melhor amigo, João da Ega - que envolve-se com Rachel, a esposa do banqueiro judeu Jacob Cohen -, e Teodorico Raposo. Aos olhos da tia Patrocínio das Neves, a Titi, Teodorico é o maior beato do mundo, aquele que conhece todos os santos e é incapaz de fumar, beber ou ir para a cama com mulheres. Mas, no fundo, ele adora um bom fado e é conhecido como "O Raposão das Espanholas". A vida dupla que leva tem um objetivo: herdar a fortuna de Titi.
Recém-chegada a Lisboa, acompanhada da filha Rosa e do marido Castro Gomes, a Bela Maria Eduarda encanta o jovem médico Carlos - que a esta altura deixa sua amante, a Condessa de Gouvarinho, inconformada de ter sido preterida. Seu passado, sua origem, tudo é um mistério. Não gosta de Castro Gomes, mas não consegue se separar dele por vários motivos: a pressão que ele exerce, o temor pelo destino da filha e até mesmo uma certa gratidão por ele tê-la ajudado em determinado momento de sua vida. Quando conhece Carlos e se apaixona por ele, hesita diante do novo e inebriante sentimento, mas acaba rendendo-se a ele, dando início a uma paixão que não tende a ter um final feliz.
Contra esse romance, está Dom Afonso da Maia, que teme pelo futuro do neto, receoso de que esse envolvimento amoroso tenha o mesmo fim trágico que o de seu filho Pedro.
ELENCO
FÁBIO ASSUNÇÃO - Carlos Eduardo da Maia
ANA PAULA ARÓSIO - Maria Eduarda
WALMOR CHAGAS - Dom Afonso da Maia
LEONARDO VIEIRA - Pedro da Maia
SIMONE SPOLADORE - Maria Monforte
MARÍLIA PÊRA - Maria Monforte (velha)
PAULO BETTI - Joaquim Castro Gomes
SELTON MELLO - João da Ega
MATHEUS NACHTERGAELE - Teodorico Raposo
MYRIAN MUNIZ - Titi (Patrocínio das Neves)
EVA WILMA - Maria da Cunha
OSMAR PRADO - Tomás de Alencar
OTÁVIO MÜLLER - Dâmaso Salcede
ELIANE GIARDINI - Condessa de Gouvarinho
OTÁVIO AUGUSTO - Conde de Gouvarinho
CECIL THIRÉ - Jacob Cohen
MARIA LUÍSA MENDONÇA - Rachel Cohen
MARIA CLARA FERNANDES - Encarnación
BRUNO GARCIA - Adelino
SÉRGIO VIOTTI - Padre Vásquez
FELIPE MARTINS - Eusebiozinho
EWERTON DE CASTRO - Manuel Vilaça
RITA ELMOR - Teresinha
RODRIGO PENNA - Artur Corvelo
ANTÔNIO CALLONI - Palma Cavalão
LEONARDO MEDEIROS - Taveira
DAN FILIP STULBACH - Craft
ILYA SÃO PAULO - Cruges
GISELLE ITIÉ - Lola
LUÍS DE LIMA - Monsieur Guimarães
MILA MOREIRA - Viscondessa de Gafanha
ARICLÊ PEREZ - Maria da Gama
CARLOS ALBERTO - Dom Diogo Coutinho
IVAN MESQUITA - Coronel Sequeira
STÊNIO GARCIA - Manuel Monforte
FABIO FULCO - Tancredo
JOSÉ LEWGOY - Abade Custódio
JANDIRA MARTINI - Eugênia Silveira
WÁLTER BREDA - Xavier
JUSSARA FREIRE - Amélia
THELMA RESTON - Vicência
RUTH BRENNAN - Miss Sarah
MARINA BALLARIN - Melanie
RENATA SOFFREDINI - Gertrudes
HÉLIO ARY - Batista
MARCOS FRANÇA - Domingos
GILLES GWIZDEK - Monsieur Théodore
PHILLIP CROSKIN - Mr. Brown
JACQUELINE DOLABONNA - D. Joana Coutinho
MÔNICA MARTELLI - Consuêlo
RONNIE MARRUDA - Mulato Julião
MARIANA LEONI - Adélia
FRANCISCA QUEIRÓZ - Ana
as crianças
ISABELLE DRUMMOND - Rosa (Roseclair)
ALISSON SILVEIRA - Charles
SAMIR ALVES - Carlos (criança)
MARIA ISABEL QUINHÕES - Teresinha (criança)
ADRIANO LEONEL - Eusebiozinho (criança)
ANA CAROLINA HERQUET - Maria Eduarda (criança)
e
RAUL CORTEZ como Eça de Queiróz, o narrador
BASTIDORES
Além do romance original de Eça de Queiróz que dá o nome à minissérie, a adaptadora Maria Adelaide Amaral usou tramas e personagens de duas outras obras do autor português: A Relíquia, com o núcleo de Teodorico Raposo e Titi; e A Capital, com o núcleo de Artur Corvelo.
A minissérie Os Maias (co-produção com a emissora portuguesa SIC - Sociedade Independente de Comunicação) tinha tudo para dar certo. O elenco era de primeira linha. A Rede Globo investiu alto na produção: cada capítulo teve um custo de R$ 200 mil. E ainda levou parte do elenco para gravar durante cinco semanas em Portugal. Mas todo o aparato montado para a produção acabou não despertando o interesse do público. Ao longo de sua trajetória, a minissérie obteve uma média de 15 pontos no Ibope. Chegou ainda a dar 9, muito abaixo dos 35 esperados pela alta cúpula da Globo.
O diretor Luiz Fernando Carvalho talvez tenha pecado pelo ritmo lento que aplicou à produção - ele utilizou praticamente duas semanas para a apresentação dos atores da primeira fase. Maria Adelaide Amaral seguiu fielmente o linguajar original utilizado pelo autor Eça de Queiróz no livro: o texto ficou excessivamente erudito.
Outro detalhe que também comprometeu o andamento da minissérie foi o horário exibido, principalmente nas quarta-feiras, quando a Globo exibia futebol: Os Maias chegou a ir ao ar depois da meia-noite. Mas, ao contrário de outras minisséries bem sucedidas na emissora, esta produção não conseguiu manter a fidelidade do público até altas horas.
Por outro lado, Luiz Fernando Carvalho, mais uma vez, abusou da arte cênica para incrementar a produção: fotografia, cenários, figurinos, direção de arte impecáveis.
A atuação de alguns atores foi um dos destaques da minissérie: Walmor Chagas, perfeito como o aristocrata Dom Afonso da Maia; Matheus Nachtergaele, como o dúbio Teodorico Raposo; e Fábio Assunção, que defendeu muito bem, passou segurança e não comprometeu seu personagem, Carlos da Maia. Raul Cortez teve uma participação especial, narrando a história em off, como se fosse o próprio autor Eça de Queiróz.
Três atores estrangeiros participaram da história: os ingleses Philip Croskin (Mr. Brown) e Ruth Brennan (Miss Sarah) e o italiano Fabio Fulco (Tancredo). Além disso, a minissérie lançou a atriz curitibana Simone Spoladore (Maria Monforte), que foi protagonista do filme Lavoura Arcaica - dirigido por Luiz Fernando Carvalho.
Alguns meses antes do início das gravações, o elenco e a equipe participaram de palestras feitas por especialistas na obra de Eça de Queiróz, realizadas no Projac.
Publicado em 1888, o livro Os Maias é um retrato da decadência da aristocracia portuguesa na segunda metade do século XIX. O romance é apresentado em três fases, indo de 1850 a 1875, e chegando ao ano de 1888. Um dos destaques desta produção foi a tentativa de dar um tom realista a trama, o que levou a minissérie a ser gravada durante cinco semanas em várias regiões de Portugal, sendo a primeira produção a passar tanto tempo fora do Brasil.
Uma pequena intervenção de Maria Adelaide Amaral na obra causou a revolta dos aficcionados por Eça de Queiróz. É que, no livro, quem dá a trágica notícia a Carlos Eduardo da Maia de que ele é irmão de sua amada Maria Eduarda é Joaquim Castro Gomes (Paulo Betti), então marido dela. Mas Maria Adelaide resolveu trazer de volta Maria Monforte, a mãe, para dar ela mesma a notícia. Marília Pêra foi chamada para fazer a interpretação. A cena, uma das mais belas, é quase um trecho de ópera. Não só pela intrerpretação dos atores, como pela imagem conseguida por Luiz Fernando Carvalho.
As cenas de interior foram gravadas no estúdio Renato Aragão, situado em Vargem Grande (zona oeste do Rio), e alguns locais do Rio de Janeiro foram usados para a realização de cenas externas, como o Teatro Municipal; o Palácio do Catete; a antiga Casa da Moeda, no centro da cidade (locação do fictício cortiço da trama); o Museu do Açude; a Fortaleza de Santa Cruz, em Niterói; e o Museu da Cidade, no Parque da Cidade. Uma estação de trem na cidade mineira de São João Del Rey também serviu de cenário para a trama.
Os locais de Portugal usados como locações para a minissérie foram o Vale do Douro, ao norte do país, onde foram gravadas as seqüências das colheitas de milho e vinho. Na estação de trem de Vargelas foi gravado o embarque de Carlos da Maia para Coimbra. Ainda ao norte, quase na fronteira com a Espanha, está a vila de Monção, onde está situado o Palácio da Brejoeira, que na ficção serve como a Quinta de Santa Olávia. Lá foi realizado o enterro de Pedro da Maia e é onde Afonso cria Carlos. Sintra, distrito situado a meia hora de Lisboa, serviu de cenário para o passeio de Pedro, Maria e Manuel ao Castelo dos Mouros. Também em Sintra foram gravadas as fachadas da Quinta da Regaleira e da Quinta da Riba Fria; esta, cenário da casa de Maria Monforte.
Já a praça do Palácio Real foi adaptada ao século XIX. Em Óbidos, distrito de Leiria, com características de vila medieval, foi realizada uma procissão da qual participaram cerca de 250 figurantes, recrutados em Lisboa e em Óbidos. Já em Lisboa, diversos locais serviram de cenário para a minissérie. A tradicional casa dos Maias, conhecida como "o Ramalhete", teve como fachada um antigo casarão abandonado de 1788. Também foram gravadas cenas nas ruelas estreitas e sinuosas de Alfama, que ainda conserva o aspecto castiço - neste cenário Maria Monforte encontra-se às escondidas com Tancredo. No Palácio Nacional de Queluz, foi realizado o suntuoso baile de um príncipe com o qual Maria Monforte dança a primeira valsa. Já no Museu do Traje, foi simulado um espaço público.
A fachada do Teatro São Carlos foi acoplada às cenas de interior gravadas no Teatro Municipal do Rio. E a praça de touros Campo Pequeno, em Lisboa, abrigou uma grande figuração para as cenas em que Pedro conhece Maria, durante uma tourada. Por fim, em Coimbra foram feitas as cenas da vida acadêmica de Carlos da Maia. Como cenários, a Universidade Velha de Coimbra; a biblioteca da Universidade; o Jardim Botânico; e o Largo da Sé Velha.
A trilha sonora, com produção de André Sperling, contou com a gravação especial de uma peça sinfônica inédita, feita pelo maestro John Neschling, que regeu uma orquestra de 90 integrantes.
A minissérie Os Maias (co-produção com a emissora portuguesa SIC - Sociedade Independente de Comunicação) tinha tudo para dar certo. O elenco era de primeira linha. A Rede Globo investiu alto na produção: cada capítulo teve um custo de R$ 200 mil. E ainda levou parte do elenco para gravar durante cinco semanas em Portugal. Mas todo o aparato montado para a produção acabou não despertando o interesse do público. Ao longo de sua trajetória, a minissérie obteve uma média de 15 pontos no Ibope. Chegou ainda a dar 9, muito abaixo dos 35 esperados pela alta cúpula da Globo.
Outro detalhe que também comprometeu o andamento da minissérie foi o horário exibido, principalmente nas quarta-feiras, quando a Globo exibia futebol: Os Maias
A atuação de alguns atores foi um dos destaques da minissérie: Walmor Chagas, perfeito como o aristocrata Dom Afonso da Maia; Matheus Nachtergaele, como o dúbio Teodorico Raposo; e Fábio Assunção, que defendeu muito bem, passou segurança e não comprometeu seu personagem, Carlos da Maia. Raul Cortez teve uma participação especial, narrando a história em off, como se fosse o próprio autor Eça de Queiróz.
Três atores estrangeiros participaram da história: os ingleses Philip Croskin (Mr. Brown) e Ruth Brennan (Miss Sarah) e o italiano Fabio Fulco (Tancredo). Além disso, a minissérie lançou a atriz curitibana Simone Spoladore (Maria Monforte), que foi protagonista do filme Lavoura Arcaica - dirigido por Luiz Fernando Carvalho.
Alguns meses antes do início das gravações, o elenco e a equipe participaram de palestras feitas por especialistas na obra de Eça de Queiróz, realizadas no Projac.
Publicado em 1888, o livro Os Maias é um retrato da decadência da aristocracia portuguesa na segunda metade do século XIX. O romance é apresentado em três fases, indo de 1850 a 1875, e chegando ao ano de 1888. Um dos destaques desta produção foi a tentativa de dar um tom realista a trama, o que levou a minissérie a ser gravada durante cinco semanas em várias regiões de Portugal, sendo a primeira produção a passar tanto tempo fora do Brasil.
Uma pequena intervenção de Maria Adelaide Amaral na obra causou a revolta dos aficcionados por Eça de Queiróz. É que, no livro, quem dá a trágica notícia a Carlos Eduardo da Maia de que ele é irmão de sua amada Maria Eduarda é Joaquim Castro Gomes (Paulo Betti), então marido dela. Mas Maria Adelaide resolveu trazer de volta Maria Monforte, a mãe, para dar ela mesma a notícia. Marília Pêra foi chamada para fazer a interpretação. A cena, uma das mais belas, é quase um trecho de ópera. Não só pela intrerpretação dos atores, como pela imagem conseguida por Luiz Fernando Carvalho.
As cenas de interior foram gravadas no estúdio Renato Aragão, situado em Vargem Grande (zona oeste do Rio), e alguns locais do Rio de Janeiro foram usados para a realização de cenas externas, como o Teatro Municipal; o Palácio do Catete; a antiga Casa da Moeda, no centro da cidade (locação do fictício cortiço da trama); o Museu do Açude; a Fortaleza de Santa Cruz, em Niterói; e o Museu da Cidade, no Parque da Cidade. Uma estação de trem na cidade mineira de São João Del Rey também serviu de cenário para a trama.
Os locais de Portugal usados como locações para a minissérie foram o Vale do Douro, ao norte do país, onde foram gravadas as seqüências das colheitas de milho e vinho. Na estação de trem de Vargelas foi gravado o embarque de Carlos da Maia para Coimbra. Ainda ao norte, quase na fronteira com a Espanha, está a vila de Monção, onde está situado o Palácio da Brejoeira, que na ficção serve como a Quinta de Santa Olávia. Lá foi realizado o enterro de Pedro da Maia e é onde Afonso cria Carlos. Sintra, distrito situado a meia hora de Lisboa, serviu de cenário para o passeio de Pedro, Maria e Manuel ao Castelo dos Mouros. Também em Sintra foram gravadas as fachadas da Quinta da Regaleira e da Quinta da Riba Fria; esta, cenário da casa de Maria Monforte.
Já a praça do Palácio Real foi adaptada ao século XIX. Em Óbidos, distrito de Leiria, com características de vila medieval, foi realizada uma procissão da qual participaram cerca de 250 figurantes, recrutados em Lisboa e em Óbidos. Já em Lisboa, diversos locais serviram de cenário para a minissérie. A tradicional casa dos Maias, conhecida como "o Ramalhete", teve como fachada um antigo casarão abandonado de 1788. Também foram gravadas cenas nas ruelas estreitas e sinuosas de Alfama, que ainda conserva o aspecto castiço - neste cenário Maria Monforte encontra-se às escondidas com Tancredo. No Palácio Nacional de Queluz, foi realizado o suntuoso baile de um príncipe com o qual Maria Monforte dança a primeira valsa. Já no Museu do Traje, foi simulado um espaço público.
A fachada do Teatro São Carlos foi acoplada às cenas de interior gravadas no Teatro Municipal do Rio. E a praça de touros Campo Pequeno, em Lisboa, abrigou uma grande figuração para as cenas em que Pedro conhece Maria, durante uma tourada. Por fim, em Coimbra foram feitas as cenas da vida acadêmica de Carlos da Maia. Como cenários, a Universidade Velha de Coimbra; a biblioteca da Universidade; o Jardim Botânico; e o Largo da Sé Velha.
A trilha sonora, com produção de André Sperling, contou com a gravação especial de uma peça sinfônica inédita, feita pelo maestro John Neschling, que regeu uma orquestra de 90 integrantes.
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