sábado, 15 de novembro de 2008
Em 'Dilemas de Irene', Mônica Martelli mostra os embates femininos
Diante de uma conjuntura contemporânea, de vanguarda, nos relacionamentos do século 21, Mônica Martelli protagoniza a série Dilemas de Irene, que estréia dia 21, às 23h30, no GNT.
Criada e dirigida por Patrícia Lopes, mostra em 13 episódios diversos embates vividos pela personagem, como um inesperado pedido de casamento, a escolha da roupa certa para uma festa, a troca de um pneu sozinha na estrada, a resolução de problemas do cartão de crédito etc.
A cada dilema com que Irene se depara, surgem depoimentos de especialistas que dão explicações para certas reações do ser humano ou dicas de como agir diante da situação.
Além de Mônica, o elenco traz nomes como Fernando Alves Pinto, no papel de ex-marido de Irene; Raphael Vianna, o atual namorado; Gisah Ribeiro, a melhor amiga; Vera Holtz, como sua mãe, e o porteiro Marcos Caruso. A protagonista traça um paralelo e revela que tem muitas semelhanças com a personagem.
– Ela é estabanada, vive recorrendo ao ex-marido, mas é bastante feminina como eu. A Patrícia já escreve esse tipo de papel pensando em mim – diz Mônica.
– Dentre as cenas típicas do universo feminino, ela é insegura e passa sempre pela situação de experimentar mil roupas antes de sair.
Em meio aos estresses do cotidiano, Irene tem uma ótima relação com a mãe e juntas acreditam que, por pior que seja uma situação, no fim dela resta ao menos uma boa história para contar.
– A Vera interpreta uma psicanalista superdesencanada e sabe que a filha é enrolada – comenta Mônica.
– No seu aniversário ela pede para a Irene preparar um jantar, mas isso causa um certo desespero, porque ela não sabe o que preparar nem como lidar com os amigos da mãe.
Com seu ex-marido a história não é diferente. Conhecendo Irene dos pés a cabeça, a relação dos dois é mediada com muito humor.
– O relacionamento deles é muito divertido – atesta a protagonista.
– O Caco sabe que Irene não junta dinheiro, vive no cheque especial. Então, quando ela liga, ele já atende o telefone naquele tom debochado: “Faaalaaa, Irene!!!”.
Não é a primeira vez que Mônica protagoniza um papel repleto de encontros, desencontros, alegrias e desilusões. Na peça Os homens são de Marte... e é pra lá que eu vou, faz uma crítica bem-humorada a certos valores da sociedade na pele de Fernanda, uma jornalista solteira de 35 anos com tantos dilemas quanto Irene.
– As duas têm questões semelhantes, buscam terapias, tratamentos de celulite, mostram como encarar situações inusitadas e coisas comuns entre as mulheres – enumera.
– Mas a diferença é que a Fernanda é solteira e quer um amor a todo custo. Já a Irene não sabe se casa com o atual namorado ou se volta para o ex-marido.
Mônica conclui ainda que a maior luta das mulheres modernas é equilibrar o casamento e o trabalho.
– Conseguir se dedicar igualmente aos dois é uma tarefa árdua. Ninguém é feliz só com muito dinheiro nem unicamente com amor, mas não é todo mundo que encontra o meio termo.
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