Enquanto Juliana Paes vive às voltas com as desventuras de Maya, uma outra atriz rouba a cena da protagonista de “Caminho das Índias”. Ela não tem tantas falas quanto a morena. Aliás, nenhuma. Também não ostenta os mesmos atributos físicos, mas tem tantas regalias quanto a estrela do horário nobre. Alimenta-se de banana e legumes frescos nos intervalos de cena e ganha afagos de Tony Ramos, que já se apegou à “colega de elenco”. De quebra, ganha por dia de gravação, em média, R$ 350. A vaca Emília pode não ser sagrada como suas primas indianas, mas defende o “pão de cada dia” de Carlos Silva, o Nori, um veterano locador de animais para novelas.
— Emília já nasceu artista, no set de “O sítio do pica-pau amarelo” — conta o orgulhoso dono.
Emília ainda nem é assim, digamos, uma vaca. É uma novilha de 1 ano e 8 meses, resultado do cruzamento entre as raças nelore indiana e holandesa, tem 350 kg e 1,20m de altura. Até atingir a maturidade, lá pelos dois anos e meio, poderá chegar a meia tonelada, ganhar 30 centímetros e também um namorado!
— É um bebê ainda e por isso está solteira, sem pretendentes — diz Nori.
Como as personagens casadoiras da Índia, a vaquinha tem um bom dote. Afinal, quando faz um comercial, por exemplo, chega a receber R$ 700 por dia de trabalho. Na TV, ela é contratada e tem rendimentos maiores que alguns funcionários.
— Isso já me deu um problema danado. Sei que teve ator reclamando, dizendo que ela ganha mais. Mas não existe isso — jura Nori.
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