segunda-feira, 20 de abril de 2009
Episódio de estréia de ‘Força-Tarefa’ deixa a desejar
Se depender do episódio de estréia de Força-Tarefa, não será desta vez que assistirei entusiasmado a uma série policial brasileira.
Não achei que foi uma tragédia. É totalmente assistível. Tanto que relevei, sem culpa, diversos pequenos pecados - como a arma do tenente Wilson (Murilo Benício) ficar descarregada após um único tiro na cena do aeroporto.
A grande decepção foi a falta de ritmo, fruto de uma história mal desenvolvida e de uma edição confusa. Aliás, como pode dois roteiristas tarimbados, como Marçal Aquino (O Invasor) e Fernando Bonassi (Carandiru), apresentarem uma trama tão rasa? Será pressa, já que o episódio foi extremamente curto, com menos de uma hora de duração?
Falando nisso, a Globo deve se preocupar com o clima morno de Força-Tarefa. A série corre sério risco de não repetir o sucesso de A Lei e o Crime. A produção policial da Record não é um primor, mas caiu no gosto popular ao apresentar muitas cenas de ação com elevada carga de violência.
Porém, mesmo frustrado com o episódio de estréia, acredito que Força-Tarefa tem potencial para se tornar uma boa série. O elenco tem bons nomes. Jonas (Rogério Trindade), o policial que se matou para não ser preso por Wilson, pode colocar em xeque os inflexíveis princípios morais do tenente. Além disso, achei totalmente adequado o ambiente que cerca o protagonista, que precisa fazer bico como taxista para sobreviver e adora estabelecimentos comerciais de qualidade duvidosa, com Calypso como trilha sonora.
Resta torcer pelos próximos episódios.
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