domingo, 17 de abril de 2011

Por onde anda?: Patrick de Oliveira

 
 
Patrick de Oliveira está presente na memória de muita gente. Por vários anos, o menino moreninho de cabelo liso e carinha de índio fez trabalhos marcantes na televisão, assim como comerciais que até hoje são lembrados.


Patrick começou a carreira aos três anos de idade apresentando o programa “Cometa Alegria” da extinta TV Manchete e não parou mais. Em 1992, ele fez seu papel mais marcante, o menino Léo de “Despedida de Solteiro”.

Em seguida vieram as novelas "Fera ferida" (1993), no papel de Romãozinho; "A próxima vítima" (1995), como Arizinho; "Pecado capital" (1998), na pele de Paulo Roberto; a minissérie "A Muralha" (2000) como o índio Tuiu, entre outros trabalhos.


O último bom papel na TV foi na minissérie "Amazônia" (2007), na qual interpretou um boliviano chamado Alípio. O ator também apresentou por dois anos o programa "Globo Ciência". Confira a entrevista com Patrick: 


Quais seus melhores papeis no teatro?
O teatro é a casa do ator, e lá são feitas nossas grandes realizações. Já fiz 16 espetáculos, trabalhei com grandes nomes e dividi o palco com ídolos, como Rosamaria Murtinho, Zezé Motta, Ida Gomes, entre outros grandes amigos. Fiz o espetáculo "Proíbido Amar" com direção de Domingos de Oliveira, que foi uma grande experiência. Trabalhei com Charles Moeller e Claudio Botelho no musical "O abre alas", que foi inesquecível. Mas certamente protagonizar a peça "Capitães da Areia" com direção do Pedro Vasconcelos é o trabalho no teatro pelo qual tenho mais carinho.


E no cinema?
Minha história com o cinema é diferente por ter um 'biotipo' bem brasileiro. Fiz três filmes estrangeiros rodados no Brasil falando inglês, co-produções Brasil-Estados Unidos e Brasil-Italia. Os filmes foram: "Thamy", "Boca de Ouro" e "Missão de amor". Em 2008 interpretei o personagem Kolu em "Porralokinhas", um filme nacional com um elenco maravilhoso.


Você já dublou vários personagens famosos no cinema, não é? Fale um pouco sobre eles.
Essa é minha paixão. Dublo sempre! Meu primeiro trabalho foi aos oito anos dublando o personagem Linguado de "A pequena sereia". Fiz a voz de muitos personagens marcantes como: Simba, de "O Rei Leão"; "Gasparzinho"; "Fievel"; Sid, de "Toy History", entre outros. Atualmente estou dublando o personagem Steve da série "Grey's Anatomy".”


Por que você está afastado da TV?
Trabalhar com a televisão é maravilhoso, é uma maneira de ver seu trabalho reconhecido pela massa, já que a TV atinge milhões de espectadores, fora o carinho que recebemos do público. Às vezes as pessoas acham que a carreira de um ator está restrita apenas à TV, porém nunca parei de atuar no teatro. Estou seguindo meu trabalho com muito orgulho e dedicação. A carreira na televisão às vezes é muito instável, uma hora trabalhamos, outras não, e esta necessidade de estar sempre trabalhando me distanciou da TV. É difícil depender apenas da televisão.


Pensa em voltar para a TV?
Claro!!! Ter uma oportunidade de mostrar mais uma vez o meu trabalho seria ótimo. Eu me formei e estou muito mais maduro como ator. Atuar é o que sei fazer e nunca vou parar.


O que você faz hoje em dia?
“Abri uma escola de teatro com o ator George Lopes, em Jacarepaguá, o Centro Nacional das Artes (CENA), que é um sucesso. Vamos para o segundo ano e estou muito feliz com isso. Na escola também dou aulas de dublagem. Além disso, tenho uma produtora cultural, com o mesmo sócio, a Arcos Produções. Também sou o diretor geral do programa "Balanço Esportivo", na CNT aos domingos, uma experiência maravilhosa por se tratar de um programa ao vivo, e dirigir ao vivo é uma adrenalina incrível. Estou lendo o texto da peça "E Agora?”, escrita por Marco Rodrigo, e devo entrar em cartaz no segundo semestre. E escrevo crônicas para revista de bordo "Util". Corrido né!? (risos).

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