quarta-feira, 15 de julho de 2009

Review: Descolados - 1x01


Excelente o primeiro episódio de Descolados, que estreou nesta terça-feira (14/7) na MTV Brasil.

O piloto atendeu minhas expectativas, que eram altas. Afinal, a atração é realizada em parceria com a Mixer, a mesma produtora da excelente Mothern, duas vezes indicada ao International Emmy Awards.

Descobrir, logo no primeiro episódio, que Descolados não tem nada a ver com a gíria foi ótimo. Eu ando cansado de hypes e de todas as coisas mais bacanas de todos os tempos da última semana.

Descolados mostra três jovens de 20 e poucos anos arrancados a fórceps de suas rotinas e que despencam, sem pára-quedas, na vida adulta.

Lud (Renata Gaspar) termina a faculdade e sai da casa dos pais. Teco (Thiago Pinheiro) foi deportado de Londres (Inglaterra) por causa de um baseado. Felipe (Marcelo Lourençon) é um modelo abandonado pela namorada e com dúvidas sobre sua carreira.

Há identificação com os personagens, algo raro em produções nacionais, ainda mais as voltadas aos jovens (vide Malhação). Aliás, isso sequer acontece em séries como Gossip Girl, The Hills ou 90210. Se a rotina dos personagens dessas atrações já não é a realidade da maioria dos jovens norte-americanos, imagine dos nossos.

Ao não emular as séries gringas, Descolados acerta em cheio. Apostar em uma linguagem própria é fundamental para termos uma produção estabelecida de séries de qualidade e que façam sucesso.

É muito provável que você conheça algum Teco, Felipe ou Lud. Também poderiam ser meus amigos ou conhecidos. Olha que não sou de frequentar baladas, não moro mais em São Paulo e já passei dos 30 anos.

Em alguns momentos, Descolados lembra Alice, série da HBO exibida em 2008. Não só por seu apuro técnico, mas também por mostrar a transformação de jovens em uma cidade grande.

A primeira temporada de Descolados terá 13 episódios de 30 minutos. A série é exibida às terças-feiras, às 23h30, com reprises aos domingos (1h15 e 23h).

Um comentário:

Unknown disse...

Êta série ruim. O primeiro episódio foi horrível, com atuações artificiais e situações inverossímeis. Nem mesmo a produção técnica foi boa, apenas competente. Fotografia, música, direção de arte, tudo muito mundano e artificial. The OC era melhor, só para comparar. E eu odiava aquela série horrenda.

Uma pena, achei que se a MTV estivesse envolvida, algo melhor poderia sair. Fico me perguntando de onde vão tirar assunto para 13 episódios de 30 minutos com um tema que parece ter se esgotado antes da metade do episódio.

Francamente, não fica devendo nada às novelas e séries da Globo e da Record. E isso, meus caros, não é um elogio. As pessoas ficam nesse patriotismo jeca de defender qualquer merda que se faz neste país enquanto o resto do mundo nos dá uma sova em dramaturgia. Vide exemplos: Southland (fantástica), Pushing Daisies (muito ousada e linda direção de arte), 30 Rock (hilária, só sendo muito chato para não rir), Paris enquêtes criminelles (Lei e Ordem com toque francês). Só para ficar em alguns exemplos.

Mais uma vez, uma pena mesmo. Torcia para que se encontrasse o rumo para tirar a teledramaturgia do artificialismo, mas parece que não vai ser por enquanto.