terça-feira, 14 de julho de 2009

Som & Fúria – Episódio 4


Para fechar com chave de ouro sua primeira semana de exibição, Som & Fúria nos apresentou, nesta sexta, um excelente episódio com muito mais amor, humor, insanidade e, claro, muito mais Shakespeare.

Fiz uma reclamação do episódio anterior e acabo recebendo de presente mais um excelente episódio, que em nada deveu aos dois primeiros. Tudo o que a série tem de bom esteve presente, as partes que eu achava mais fracas na série, se equilibraram, resultando um episódio harmonioso. Fora que a história deu um salto nesse episódio, avançando a história a um ponto que eu só esperava ver em mais dois ou três episódios.

Logo após sair da cadeia, Dante retorna a Cia. De Teatro com uma decisão tomada: assumir a direção de Hamlet. E começam os ensaios da peça com uma interessante dinâmica entre o grupo de atores e Dante, e entre este e o fantasma de Oliveira. Enquanto ocupa-se da peça, Dante vem sendo sabotado por Ricardo e Graça, que colocam em prática os planos para assumirem o controle da Cia.

O episódio foi todo sensacional, não sobrando nenhuma cena da qual eu não tenha gostado. Nem houve disparidades entre o elenco, ficando quase todos no mesmo nível de excelência de Felipe Camargo e Pedro Paulo Rangel. Até mesmo o Cléber (namorado de Ellen) conseguiu me convencer que ele não é total desperdício de tempo.

Como destaquei, a história hoje avançou muito. Aspectos como a substituição de Clara por Kátia no papel de Ofélia, por exemplo, imaginei que ocorreria alguns episódios adiante. Claro, tudo ainda tá muito cru e a peça está longe de ficar pronta, por isso, vários ajustes ainda terão que ser feitos pelo Dante. O romance de Kátia e Jacques também continuou tendo espaço na trama chegando a um excelente nível (não gostei dos dois no episódio anterior, onde cada frase tinha a palavra ’sexo’, em uma abordagem equivocada). Por falar em romance, Dante e Ellen mostraram que ainda têm força para fazer um casal cativante e cheio de química.

Em um episódio tão bom, o elenco todo se destacou. Os já elogiados Pedro Paulo Rangel, Felipe Camargo, Andrea Beltrão, Maria Flor e Daniel Oliveira mantiveram os níveis de seus respectivos personagens. Destaque para Maria Helena Chira, e sua hilária interpretação da “loucona” Ofélia.

Também quero elogiar três atores que já mereciam desde o primeiro episódio. São eles: Arthur Kohl, Wandi Doratiotto e Gero Camilo. Os dois primeiros interpretam o casal Ciro e Franco, que são quase sempre irônicos em seus comentários sobre seus companheiros de elenco e me fazem rir muito. Já o personagem de Gero Camilo é Naum, o segurança do Teatro. Ele é a alma daquele Teatro pela quantidade de peças e ensaios que presenciou ali, os shows dados por diversas estrelas e toda uma vida naqueles corredores. Como já dizia sua descrição, ele vive e respira teatro, conhece todos os clássicos, dá pitacos nas produções e faz diversas citações aos clássicos.

O humor, que sempre destaco em minhas reviews, esteve dissipado em todas as cenas do episódio, na maluca conversa entre Dante e Cléber, os comentários de Dante sobre os atores, as interpretações de Jacques e Clara, o “jeitinho” de Oliveira para tirar Clara da peça, nas constantes conversas entre Dante e Oliveira sobre o elenco e o cenário e, sobretudo, na cena da apresentação de Dante para o elenco, onde ele imitou o jeito do Oswald… Acho que nunca ri tanto do Felipe Camargo antes como nesse momento.

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