sábado, 18 de julho de 2009
Som & Fúria – Episódio 7
Em um episódio de narrativa irregular, cheia de altos e baixos, Som & Fúria encerra um ciclo, e mergulha afundo nas personalidades das personagens para criar uma base para o novo ciclo que se aproxima.
O que mais me surpreendeu em Som & Fúria, até agora, foi a agilidade com que tudo aconteceu até aqui. Imaginei que a estréia de Hamlet, o sucesso de Dante e as resoluções dos conturbados relacionamentos da série seriam coisas que só veríamos nos últimos episódios e enganei-me. Já no 6º episódio parte dessa trama já foi resolvida, e no episódio de hoje, questões remanescentes foram resolvidas. E tendo apenas essa função, o episódio acabou tendo uma narrativa mais lenta, que pode não ter agradado a todos.
Eu mesmo, durante grande parte do episódio, não estava agradado com o que via. A série já mostrou que tem muita capacidade para criar tramas interessantes, e até o primeiro comercial ela não mostrava isso. Parecia que girava em torno de si, sem sair do lugar, mostrando questões que já haviam sido levantadas em episódios anteriores. A partir do segundo bloco, as coisas melhoraram.
O episódio não me agradou muito. Esperava que houvessem mais dicas do que a série reserva nos próximos episódios, mas isso não aconteceu. Só sabemos que a próxima peça será Macbeth, e nada mais. Mas mesmo frustrado quanto a essa expectativa, acabei sendo recompensado com as tramas pessoais dos personagens. É ótimo ver Andrea Beltrão dando vida à amargurada Ellen, principalmente quando esta deixa seus sentimentos aflorarem.
Kátia e Jacques também estiveram na trama central do episódio, infelizmente, pela última vez. A história do casal foi finalizada nesse episódio e acredito que eles não apareçam mais na série, a não ser para uma participação. Mesmo ficando triste pela perda do meu casal preferido da série, fiquei feliz pelo jeito como o relacionamento deles foi tratado no episódio, com o sofrimento de Kátia em decidir-se entre a carreira e o amor. Mas como lhe disse Ellen, “A gente pode interpretar a Julieta ou ser a Julieta”, e Kátia decidiu ser a Julieta.
Como disse antes, Jacques e Kátia espelhava-se em Dante e Ellen. E se o primeiro casal conseguiu se acertar, já era hora do segundo fazer o mesmo. Ellen utiliza o seu próprio conselho para assumir o controle da sua vida, e não só dar vida às personagens. Dispensa o Cléber e se entrega para o Dante. Estou intrigado sobre esse relacionamento. A primeira parte da temporada foi movida pelo conturbado relacionamento dos dois, agora que estão em sintonia, sinceramente, não sei o que esperar.
E não sei se era o clima “Season Finale”, mas até o Cléber me agradou hoje. Seu jeito infantil de pedir a Ellen em casamento e a sua dança na festa me fizeram rir muito. Mas não tanto quanto o seu parceiro de dança, Ricardo. Ele passou o episódio todo bêbado, e conseqüentemente hilário. Não consegui parar de rir em nenhuma de suas cenas. Outras duas passagens divertidíssimas do episódio foram: a cena entre Dante e Naum conversando sobre Macbeth no Teatro e quando Dante conversava com Ricardo, e este revelou a ele que sentia-se mal pelo Oliveira, ao que Dante responde: “O Oliveira tá bem, eu falo com ele todo dia”. Foi sensacional.
Falando em Oliveira, desde o episódio anterior que ele não aparece muito, o que é uma pena, já que Pedro Paulo Rangel enriquece ainda mais a série.
Com o fim desse primeiro ciclo da série, é como se no próximo episódio iniciasse uma nova temporada. Acredito que não voltaremos a ver Maria Flor, Daniel de Oliveira, Regina Casé, Paulo Betti, Maria Helena Chira e Haydée Bittencourt (Kátia, Jacques, Graça, Oberon, Clara e Milu). Em compensação, o elenco será renovado e entrarão Rodrigo Santoro, Daniel Dantas, Débora Falabella, entre outros.
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