quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O que é bom dura pouco – “Separação” chega ao fim


O anúncio do fim da temporada de “Separação?!”, no encerramento do programa de sexta-feira, mexeu com os leitores desta coluna.

Sérgio Leão, por exemplo, escreveu: “Quero manifestar minha indignação. Não posso entender que programas que tratam do humor com inteligência sem cair na mesmice tenham vida curta”. Este foi só um dos e-mails queixosos. Concordo com Sérgio.

Apesar de exibido num horário caveira-de-burro (sexta à noite, na segunda linha de shows), o seriado chama a atenção por seu humor requintado. Além disso, o público fica tocado pelo tema. Quem nunca odiou alguém com tanto entusiasmo?

Trata-se de um encontro de felizes variáveis. Primeiro, há o texto inspirado de Fernanda Young e Alexandre Machado, mesma dupla de “Os Normais”, novamente sob a direção de José Alvarenga, uma sintonia fina. E tem ainda “aquele” elenco.

Débora Bloch é uma das melhores atrizes de sua geração, mais experiente que Vladimir Brichta, seu par.

Nos primeiros episódios, havia um desnível entre os dois, talvez por causa dos anos de estrada dela. Porém, quanto mais Karen e Agnaldo iam brigando, mais foram convencendo o público de que são (ou foram) um casal. Esta diferença se resolveu.

O elenco secundário, aos poucos, também saiu das tramas periféricas. Muito justo: Kiko Mascarenhas (Delavega), Rita Elmor (Anete) e Cristina Mutarelli (Cinira) são muito bons e foram bem aproveitados. Esta “Separação?!” é um dos melhores casamento da TV com o humor.

Merece voltar.

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