Autor de Passione, Silvio de Abreu elaborou uma estratégia para evitar que jornalistas saibam quem será o personagem da novela das oito a ser assassinado no final deste mês.
Abreu quer que a imprensa descubra a identidade da vítima junto com o telespectador, no momento em que a cena for ao ar. Assim, mantém o suspense e atrai mais audiência. Ele só revela que alguém será assassinado após Bete Gouveia (Fernanda Montenegro) descobrir que seu marido, Eugênio (Mauro Mendonça), fora envenenado. Isso irá gerar um novo mistério, um “quem matou?”.
O autor não conta qual será a estratégia, porque isso poderia indicar pistas aos jornalistas.
Trata-se de uma missão quase impossível manter segredo sobre quem será assassinado.
Primeiro, porque Abreu envia os capítulos para o Projac (a central de produção da Globo) quase um mês antes da exibição. Os capítulos são copiados e distribuídos a dezenas de pessoas, entre atores, produtores e diretores. Entre esses profissionais podem estar pessoas que passam a informação para jornalistas. No passado, em mais de uma ocasião, a Globo identificou esquemas em que capítulos de novelas eram vendidos para revistas especializadas.
Uma estratégia para manter o sigilo seria distribuir os capítulos com as cenas que revelam quem será morto apenas para os profissinais envolvidos diretamente nela e gravá-las somente no dia da exibição. Isso funcionaria em um último capítulo, mas não na metade da novela. O principal problema é: como esconder a identidade da vítima nas cenas seguintes (velório, enterro, investigações, repercussões nos personagens)?
Abreu poderia também escrever várias cenas falsas. Mas, de novo, esbarraria nas cenas seguintes, que não poderiam revelar a vítima.
Os artifícios, enfim, são inúmeros, todos trabalhosos e nenhum infalível.
O autor de Passione já escreveu o episódio do crime, porém ainda não o enviou ao Projac.
“Que vai ter esquema [para tentar evitar o vazamento] vai, mas se vai funcionar, não sei”, admite.
Abreu quer que a imprensa descubra a identidade da vítima junto com o telespectador, no momento em que a cena for ao ar. Assim, mantém o suspense e atrai mais audiência. Ele só revela que alguém será assassinado após Bete Gouveia (Fernanda Montenegro) descobrir que seu marido, Eugênio (Mauro Mendonça), fora envenenado. Isso irá gerar um novo mistério, um “quem matou?”.
O autor não conta qual será a estratégia, porque isso poderia indicar pistas aos jornalistas.
Trata-se de uma missão quase impossível manter segredo sobre quem será assassinado.
Primeiro, porque Abreu envia os capítulos para o Projac (a central de produção da Globo) quase um mês antes da exibição. Os capítulos são copiados e distribuídos a dezenas de pessoas, entre atores, produtores e diretores. Entre esses profissionais podem estar pessoas que passam a informação para jornalistas. No passado, em mais de uma ocasião, a Globo identificou esquemas em que capítulos de novelas eram vendidos para revistas especializadas.
Uma estratégia para manter o sigilo seria distribuir os capítulos com as cenas que revelam quem será morto apenas para os profissinais envolvidos diretamente nela e gravá-las somente no dia da exibição. Isso funcionaria em um último capítulo, mas não na metade da novela. O principal problema é: como esconder a identidade da vítima nas cenas seguintes (velório, enterro, investigações, repercussões nos personagens)?
Abreu poderia também escrever várias cenas falsas. Mas, de novo, esbarraria nas cenas seguintes, que não poderiam revelar a vítima.
Os artifícios, enfim, são inúmeros, todos trabalhosos e nenhum infalível.
O autor de Passione já escreveu o episódio do crime, porém ainda não o enviou ao Projac.
“Que vai ter esquema [para tentar evitar o vazamento] vai, mas se vai funcionar, não sei”, admite.
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