Muitos podem questionar a necessidade do autor Sílvio de Abreu usar do artifício de matar mais um protagonista de sua novela na tentativa de alavancar a audiência (já morreram vários em Passione: Saulo, Myrna, Noronha e Diana), principalmente porque no caso da morte de Totó ninguém tem certeza se o personagem morreu de fato.
O que não se pode discutir é a capacidade que o autor mostrou e a boa forma. Após decepcionar a todos - público e crítica - no capítulo da morte de Saulo, apresentando um roteiro sem graça e um capítulo extremamente arrastado, Sílvio de Abreu recuperou a boa forma e mostrou ainda ser um gênio quando o assunto é tramas policiais.
No capítulo desta segunda-feira ele conseguiu criar todo um clima de suspense, mistério, além de muita adrenalina nos momentos finais que antecederam a morte de um dos principais personagens da novela. Foi incrível assistir toda a preparação, ver o plano bem armado por Clara e todos ficamos muito ansiosos esperando o momento em que o plano seria colocado em prática.
Aliás, Clara que, desde muito antes da estréia de Passione, já dava o que falar, finalmente foi a vilã que o público sempre quis. Em um único capítulo a personagem foi mais maquiavélica do que em todo o restante da novela, lançando mão de frases realmente geniais, aqui vai duas: "Não é hora de amar, é hora de matar"; "O amor é tudo... Cretino". Era disso que falávamos durante toda a novela e foi isso que faltou ao folhetim nesses meses.
Tivesse Sílvio de Abreu feito a novela toda como foi o capítulo de ontem, certamente Passione seria um sucesso de crítica e de audiência. Aliás, é preciso também parabenizar a diretora Denise Saraseni que vinha errando a mão nesta trama, mas principalmente na cena em que Clara atira em Totó tudo ficou perfeito, sem falhas e muito bem desenvolvido. Um baita capítulo de uma novela que prometia muito e cumpriu tão pouco.
Em tempo; Segundo os dados prévios, Passione registrou no capítulo média de 46 pontos com picos de 50. Recorde absoluto da novela.
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