Aprofundar-se em artes cênicas no exterior foi a solução encontrada por Rita Guedes para aprimorar seu trabalho como atriz e, ao mesmo tempo, aprender outra língua. Rita mora há quatro anos em Los Angeles, nos Estados Unidos. Neste período, teve aulas com renomados preparadores de elenco de Hollywood, como Eric Morris, coach dos atores Jack Nicholson e Johnny Depp, entre outros. "Todo mundo acha que quem vai estudar no exterior está buscando uma carreira internacional. Não é o meu caso. Quero me especializar para trabalhar no meu país", confessa a intérprete da sedutora Marlene, de "Malhação", da Globo.
O convite para a novela juvenil surgiu enquanto Rita estava matriculada em um curso para roteiristas. Ao ler as primeiras páginas do texto, ela não teve dúvidas sobre o que fazer. Trancou o curso, arrumou as malas e veio para o Brasil. "Adorei a personagem. Achei que seria uma experiência divertida, dentro de uma história bem contada", justifica a atriz, que teve a mesma atitude quando foi chamada para integrar o elenco de "Eterna Magia", novela de 2007, e também para participar das emoções finais de "Caminho das Índias", no ano passado. "Adoro fazer TV. Esses convites são a possibilidade de estar em bons projetos e matar as saudades de casa", acredita.
Na atual temporada do folhetim, Rita interpreta a esposa do dirigente de um clube de futebol. Mesmo casada, Marlene vive dando em cima do jogador Maicon (Marcelo Melo Junior). "Ela vive se insinuando para o garotão. Ele tanta fugir, mas não consegue", diverte-se. Com o curto espaço de tempo entre o convite e o início das gravações, ela não teve como compor a personagem de forma mais elaborada. A solução foi apostar em sua intuição e no texto do autor Emanuel Jacobina. "Vou usando as minhas referências. Gosto dessa coisa de ela não ser politicamente correta. Ela é comédia pura, sem vulgaridades e vilanias", analisa.
Esta é a quarta vez que a atriz dá vida a um personagem de "Malhação". Em 1997, Rita fez duas participações, primeiro como Luana, uma detetive cega, e depois como Carla, uma corredora de kart. Já na temporada de 2002, ela interpretou Flávia, uma produtora de moda. "É um produto de sucesso, por isso que está esse tempo todo no ar", valoriza. Para ela, a fase atual da trama está mais madura e tratando assuntos polêmicos de forma mais real. "A abordagem não é específica para os jovens. Violência doméstica, alcoolismo e homossexualidade são problemas gerais", enumera.
Uma realidade pessoal também veio à tona com o novo trabalho. "Agora todos podem ver que eu, na verdade, sou morena", diz, referindo-se ao fato de acumular tipos de cabelos loiros. Sem dúvida, uma das personagens mais conhecidas da carreira de Rita é a louríssima Kátia, de "Alma Gêmea", novela de Walcyr Carrasco, exibida em 2005. "A novela fez muito sucesso e a personagem era muito interessante", relembra a atriz, que garante querer voltar em definitivo para o Brasil logo depois de terminar seus cursos. O compromisso com a novela acaba em meados de 2011. Após isso, Rita pretende passar mais dois meses no exterior antes de voltar de vez. "Não tem lugar melhor para viver que o Brasil. Estava precisando desse aprendizado. Sinto-me muito mais segura em cena", conta
(por Geraldo Bessa)
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