segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Três autores acusam novela da Globo de plágio


Novela de 2005 que está sendo reapresentada nas tardes da Globo, "Alma Gêmea", de Walcyr Carrasco, se tornou uma recordista em acusações de plágio. Já são três as "denúncias", e cresce a tensão nos tribunais desde a reexibição da obra no "Vale a Pena Ver de Novo", que vem dando médias de ibope entre 16 e 19 pontos.

Até agora nenhuma das acusações prosperou além da primeira instância da Justiça. Este mês, um dos processos ganhou nova repercussão porque a reclamante, a escritora Shirly Costa Ferreira, 46 anos, que acusa Carrasco de plagiar um de seus livros, "Rosáceo", entrou com pedido de liminar para obrigar um dos peritos a devolver o processo.

"O perito simplesmente 'sentou' em cima do processo. Tivemos de entrar com ação para fazê-lo se mover", afirma Shirly, em referência ao professor Eduardo Coelho. Procurado, Coelho confirmou ter sido escolhido como perito, mas não quis comentar as acusações da escritora.

A primeira perícia, feita em dezembro de 2007, avaliou que havia indícios de plágio entre livro e novela. A segunda perícia, de Coelho, concluiu que as semelhanças entre as obras poderiam ser apenas o uso comum de chavões e lugares comuns.

A história de Carrasco tem inspiração "espírita" e conta a história de duas almas que se encontram (Serena e Rafael), mas enfrentam todo tipo de obstáculos para poder se unir.

Outro processo contra a Globo é do escritor Carlos de Andrade, que escreveu o livro "Chuva de Novembro", de 1977, que também reclama de "similaridades demais" entre seu livro e a novela. Há ainda um terceiro processo de outro escritor, não identificado, que corre na Justiça do Rio.

Procurada, a CGCom informou que a emissora ou o autor da trama não se pronunciariam sobre casos que estão "sub judice".

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